Elevadores para ajudar os pedestres na Agamenon



Não está disponível ainda nas imagens de divulgação do projeto, mas a solução que os projetistas estão elaborando para facilitar o deslocamento dos pedestres é da implantação de elevadores nas extremidades dos viadutos. A ideia é que o pedestre ou o ciclista possa acessar os elevadores e fazer a travessia por cima do viaduto, onde haverá espaço para o ciclista no elevador, mesmo sem ciclovia. Os elevadores ficarão ao lado dos pilares de sustentação nas duas extremidades, mas apenas em um dos lados. Além dele, haverá também uma escada.

“Não havia sentido a gente fazer ciclovia em cima dos viadutos se as ruas do entorno não dispõem de faixa para ciclistas. Não haveria como fazer essa ligação”, justificou o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo. Para os pedestres que caminharem ao longo das calçadas da Agamenon, a travessia nos cruzamentos será por baixo dos viadutos. Pelo projeto nenhum pedestre vai colocar o pé na avenida nos deslocamentos de um lado a outro da via onde há viaduto.

Ao descer do elevador, a opção será acessar as pistas locais que deverão estar sinalizadas com faixas. “Eu espero que dê mais conforto para o pedestre. A passarela geralmente é extensa e na prática as pessoas não usam”, afirmou a estudante Valéria Soares de Lima, 21 anos. Menos esforço é tudo o que a aposentada Maria da Conceição Pires, 67 anos, espera. “Se for para cansar menos eu acho que vai ser bom. É muito difícil atravessar a Agamenon. Espero que fique melhor assim”, disse.

A logística de conciliar a construção dos viadutos e do corredor exclusivo de ônibus com o trânsito diário ainda não foi definida. Somente com o resultado da licitação a empresa vencedora terá três meses para realizar o estudo. Segundo o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo, a proposta é realizar cerca de 40% da obra no horário noturno. “Além disso, a proposta é usar estruturas pré-moldadas para agilizar o andamento da obra”, afirmou.

A expectativa é que as obras comecem a ser executas até maio. “A gente espera que as obras estejam concluídas para a Copa das Confederações”, afirmou Flávio Figueiredo. Mesmo com um estudo de tráfego, a previsão será de caos duplicado. A avenida é ponto de ligação para os quatro cantos da cidade e as vias do entorno já são engarrafadas. A ideia é que as obras dos viadutos sejam feitas simultaneamente com as do corredor exclusivo de ônibus. A licitação sai em fevereiro.

Novos abrigos para as paradas de ônibus de Caruaru

Os abrigos das paradas de ônibus de Caruaru serão substituídos por novos modelos, a partir do próximo sábado (28). Estão previstos a troca de 180 equipamentos. O trabalho será iniciado nas vias do centro da cidade a exemplo da Agamenon Magalhães. O problema é que o modelo dos abrigos, não apenas de Caruaru, mas da maioria das cidades brasileiras, não protege o usuário nem do sol e muito menos da chuva, mas em muitos casos  já é um alento. Há lugares  no Recife que, em razão da largura da calçada,  é instalado apenas um poste indicando que se trata de uma parada de ônibus.

O projeto dos abrigos de Caruaru foi desenvolvido pela Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra) e a URB. Serão três modelos. Nos principais corredores de ônibus da cidade onde as calçadas são mais largas e o fluxo de pessoas é grande serão instalados abrigos maiores. Outros dois menores foram projetados para locais onde as calçadas não comportam o primeiro modelo e para onde é feito apenas o desembarque de passageiros.

 

Com informações da assessoria de imprensa da Destra

A defesa da Destra de Caruaru sobre as críticas de estacionamento irregular

 

O primeiro email que recebi foi do agente de trânsito Marcelo Assis, ele explica que nesta última foto estacionou em cima da calçada porque se tratava de uma emergência. “… foi do dia em que eu fui deslocado p cobrir um acidente q ocorrera em um cruzamento a 50m de onde estava a viatura. Quer dizer q eu teria q procurar um lugar melhor p estacionar enquanto um cidadão estava no chão c a perna quebrada?”… Ainda segundo o agente, ele está acobertado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De fato está, no caso de uma situação de emergência. O problema é que os flagrantes registrados de estacionamento irregular estão sendo muito frequentes e “aparentemente”, sem nenhum emergência.

No segundo email, a assessoria de imprensa da Destra enviou a seguinte nota:

Sobre a foto de um estacionamento proibido a Destra informa que os agentes envolvidos no fato foram advertidos sobre a situação. A Autarquia ressalta que mesmo com a livre parada, estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)  no inciso VIII, do Capítulo III, todos os agentes são orientados a evitarem situações como essa.
Veja o que diz o CTB em situações de emergência:

CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

(…)

VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente.

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:

I – as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;

II – as indicações do semáforo sobre os demais sinais;

III – as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito


Violência no trânsito provoca recorde de invalidez permanente

 

Em 2011, o Brasil ostentou um triste recorde. Os casos de invalidez permanente provocados por acidentes de trânsito cresceram 58% em relação a 2010. Durante o ano foram pagas 239.738 indenizações por esse tipo de dano. Chama atenção o fato de que mais de 51% dos acidentados estarem na faixa de 18 a 34 anos, justamente onde se concentra a maior parte da população economicamente ativa do país.

Em São Paulo, o número de acidentes com mortes no trânsito já superou o de homicídios em 2011, de acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP), divulgado em agosto. Foram 2.370 crimes, contra 2.760 homicídios culposos [sem intenção] por acidente de trânsito. Segundo pesquisadores do Ipea, cerca de 60% do prejuízo econômico decorrente de um acidente viário vêm de perda de produção: a pessoa que morre ou fica incapacitada e deixa de produzir. Os outros custos dos acidentes vêm de atendimento hospitalar, danos ao veículo, entre outros. O Ipea calcula que um acidente com morte custa, em média, R$ 567 mil.

Para a Seguradora Líder DPVAT, o aumento expressivo do número de indenizações é resultado de uma combinação de fatores. “Temos trabalhado para que cada vez mais cidadãos tenham acesso ao Seguro DPVAT. Só em 2011, o sistema ganhou 900 novos pontos de atendimento oficiais. Além disso, a imprudência no trânsito, como a combinação de álcool e direção, alta velocidade e a falta do uso do cinto de segurança nas estradas, tem causados acidentes cada vez mais graves”, aponta o diretor-presidente da Seguradora, Ricardo Xavier.

No ano de 2011, 366.356 pessoas receberam o Seguro DPVAT no Brasil, totalizando mais de R$ 2,287 bilhões pagos. As estatísticas apontam que 58.134 pessoas receberam indenização por morte no período e outras 68.484 pessoas também receberam reembolso de despesas médicas. As motos figuram em 65% dos acidentes indenizados. Nos casos de invalidez permanente, os acidentes com motocicleta representaram 72% das indenizações no período.

Na análise da Seguradora Líder DPVAT, o crescimento da frota de motocicletas tem contribuído para o crescimento do número de acidentes. “O motociclista é um para-choque, muito suscetível a danos devido à sua posição de exposição no veículo. Qualquer batida, que para um motorista de carro resultaria em um dano pequeno, é capaz de deixar um motociclista com alguma sequela”, aponta Ricardo Xavier.

Propostas
Em fórum sobre acidentes de trânsito realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) no ano passado, algumas propostas foram apresentadas para reduzir os casos que envolvem motocicletas. Entre as propostas estão a inclusão de formação de direção defensiva e exame de habilitação adequado às condições de trânsito que serão enfrentadas pelos motociclistas, com maior rigor na primeira habilitação.

Outra sugestão é criar categorias na habilitação de motociclistas, definir as áreas de trânsito das motocicletas entre as faixas de rolamento dos automóveis e as regras de circulação das motos nas faixas de rolamento regulares nas vias sem motofaixas exclusivas ou compartilhadas. A velocidade máxima de circulação das motocicletas deve ser específica de acordo com a característica de cada via.

“É importante que o motociclista tenha consciência de que está no veículo mais inseguro e frágil. Deve dirigir de forma preventiva, evitando ser pego de surpresa, por exemplo, em uma fechada brusca”, disse a médica fisiatra Julia Greve.

* Do Blog Portal do Trânsito – Com informações da Seguradora Líder