Divulgado vencedores da licitação dos Viadutos da Agamenon Magalhães

A Secretaria das Cidades divulgou o resultado da licitação para a construção dos viadutos Bandeira Filho, Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Paissandu localizados ao longo da Avenida Agamenon Magalhães. O Consórcio JM-CIDADE foi o vencedor do certame, considerando a oferta do menor preço. Os nomes dos vencedores serão publicados no Diario Oficial do Estado.

O grupo ganhador da licitação apresentou uma proposta  no valor de R$ 87 milhões para a construção dos empreendimentos. O consórcio é formado pelas empresas JM TERRAPLANAGEM E CONSTRUÇÕES e CONSTRUTORA CIDADE, sendo a primeira com sede em Brasília e a segunda em Porto Alegre.

A licitação, iniciada em 06 de março, contou com sete participantes, sendo um grupo desclassificado e outro inabilitado. As cinco empresas habilitadas terão até cinco dias úteis a partir da publicação do resultado para entrar com recurso. A homologação com o resultado definitivo da empresa ganhadora será divulgado até 30 de Maio.

A obra prevê a construção de quatro viadutos na Avenida Agamenon Magalhães, que possibilitarão a implantação do corredor exclusivo de Transporte Rápido por Ônibus (TRO). Os elevados fazem parte da segunda etapa do Corredor Norte Sul, que tem início no Tacaruna e segue até o Terminal de Integração Joana Bezerra. “A proposta da intervenção é priorizar o transporte público”, diz o secretário das Cidades, Danilo Cabral, lembrando que “a via é uma das mais importantes da capital, por onde passam cerca de 100 mil veículos por dia, cuja velocidade média em horário de pico chega a 5 km/hora em alguns trechos”.

Todo o corredor terá 37,9 km de extensão. Os quatro viadutos estarão centradas entre a Ilha do Leite e o Parque Amorim – uma extensão de 2,2 km. Eles serão construídos em 18 meses a partir da ordem de serviço. De acordo com o secretário Danilo Cabral, o fato dos viadutos serem construídos simultaneamente ou não, vai depender do plano de circulação que será entregue ao Estado antes do início das obras. “O Plano irá nos guiar para que façamos todas as rotas alternativas para os motoristas. Com as informações em mãos, faremos um planejamento do tráfego junto à Prefeitura do Recife e um grande trabalho de divulgação para informar todas as mudanças à população”, ressaltou.

Em cada cruzamento, atualmente, são cerca de 3300 veículos por hora em horário de pico (7h às 8h da manhã). Com os viadutos, estima-se que esse número de automóveis aumente para 4200 – um ganho de cerca de 30% no aumento do fluxo de carros na via. Hoje são 15 semáforos em toda Agamenon, sendo 9 de automóveis e 6 de pedestre. Com as intervenções desaparecem os 4 semáforos de automóveis localizados nos pontos de intervenção. As passarelas de pedestres e Estações serão

construídas durante a segunda etapa do Corredor Norte-Sul.

Benefícios: Com as mudanças na Agamenon, a velocidade média atual (Olinda / Boa Viagem), que é de 20,9 km/hora vai passar para 30,3 km após a construção dos viadutos, sendo o maior ganho no trecho entre a Avenida Rui Barbosa e o cruzamento com a Rua Buenos Aires, cuja velocidade atual em horário de pico é de 5 km por hora e subirá para 18km/h – velocidade quase quatro vezes maior. No trecho Boa Viagem / Olinda, a velocidade média que hoje é de 18,2 km/hora passará para 33,7 km/hora, o que significa um ganho de 54% na velocidade média do trecho. Nesse sentido, no entanto, o ganho maior será no cruzamento com a Rua Paissandu, cujos carros passarão de 7km/h para 40 km/hora – 175% de ganho na velocidade do trecho.

Corredor Norte-Sul (1º etapa) – O investimento na obra da primeira etapa (Igarassu ao centro do Recife) é de R$ 151 milhões. A intervenção passa pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife e atenderá a uma demanda de 146 mil passageiros. O percurso de 33,2 km vai ter 33 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. As obras desta etapa foram iniciadas em 06 de janeiro, com a restauração, reforço e substituição das placas de concreto do canteiro central de um trecho da BR-101 e ainda a construção de dois viadutos nos Bultrins.

Corredor Norte-Sul (2º etapa) – Na segunda etapa que tem início no Tacaruna até o Terminal de Integração Joana Bezerra (4,7 km de extensão), o investimento previsto é R$ 110 milhões. Neste percurso, serão construídos, além do corredor de ônibus (pavimentação de toda a via, com implantação de uma faixa segregada para os ônibus articulados), cinco passarelas para a travessia dos pedestres, nove estações no canteiro central da via. Também está previsto o alargamento dos dois viadutos da Avenida João de Barros, e o alargamento do pontilhão de cruzamento das ruas Dr. Leopoldo Lins e Buenos.

 

Fonte: Secretaria das Cidades

10 Replies to “Divulgado vencedores da licitação dos Viadutos da Agamenon Magalhães”

  1. Tudo mentira desse secretário e desse governador. Uma iniciativa carrocrática, voltada exclusivamente para automóveis, idéia retrógrada (quando o mundo civilizado está derrubando viadutos, aqui se decide construir). Viadutos destroem as esquinas que são a vida das cidades. Iniciativa para fazer caixa de campanha e degradar a cidade. A velocidade média de automóveis não tem que aumentar, tem que diminuir.

  2. Paulo Rafael, você sonha em um dia ter carro? Ou você só quer ver ônibus na rua para fazer coisas básicas como ir ao supermercado, ao hospital? Você deve conseguir fazer tudo por aqui a pé ou de bike? Se dinheiro não é problema, pode bancar um táxi com ar para ficar parado em congestionamento.
    Só quem não é bom observador para não perceber que os viadutos irão dar ganho de fluidez não só para os carros, mas também para o ônibus.
    Para clarear a sua mente, meu caro, os viadutos serão instalados em trechos onde há cruzamentos de bastante movimentação e alguns bem próximos. O BRT será em nível paralelo ao tráfego misto, portanto dependeria dos cruzamentos para ter maior ou menor fluidez. Se você elimina os cruzamentos com os viadutos transversais em pontos críticos, o BRT não vai ficar aguardando o sinal abrir para cruzar, logo ele terá tráfego livre e isso, por tabela, vai beneficiar o tráfego misto. Outra, os viadutos serão usados por ônibus também, afinal há linhas saem do centro ou vem do subúrbio nos trechos onde serão construídos. Na Agamenon, só três cruzamentos ficariam ativos no trecho da João de Barros até o Paissandu, só que são de menor movimento ou não podem ter viaduto erguido – o em frente a praça do Derby. Assim, há um ganho de velocidade na avenida que beneficiará o BRT por não ter que ficar parando constantemente por conta de sinais de cruzamento. Se fizerem um ordenamento no entorno onde os viadutos farão mediação, os ônibus que hoje cruzam a avenida vindo ou indo para o centro nos citatos pontos também terão ganho de tempo, pois não ficarão também aguardando a vez para cruzar a avenida.
    Sugiro, antes de criticar, analisar, pois noto que várias críticas são mais pelo desgosto de ter um obra passando ao lado da porta de casa, ver um comércio extinto – Brompreço – e julgar que vai beneficiar veículos, mas o criticante só usa carro, pois se usasse ônibus perceberia que vai atuar sobre este.

  3. Afirmo com convicção que o ideal seria temos na 1ª perimetral um corredor central elevado passando em toda a extensão da via; que era o projeto original que foi idealizado pelo arquiteto Jaime Lerner (Veja vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=FiGeZNSxiWI) a pedido da Urbana PE para este corredor de BRT.

    Não haveria necessidade de indenizações; não iria mexer com a estrutura das imóveis existentes. A via iria ganhar mais espaço para outros tipos de transporte, já que os ônibus passariam a ocupar a via elevada; facilitaria a travessia dos pedestres já que eles teriam a opção de acesso as duas margens da via; caminhariam menos e atravessariam com mais segurança. O custo da obra seria bem menor e de mais rápido implantação. A logística da implantação da obra não seria tão impactante no trânsito como será a obra destes viadutos. Enfim, não existe esta história que para se implantar um BRT seja necessária criar opções alternativas para o transporte individual. A prioridade tem que se mesmo o coletivo e acabou. E assim que funciona nas maiores cidades do mundo aonde a mobilidade é levada á sério pelos gestores. Quantos mais vias para os carros particulares… Mais e mais carros aparecem. Isto é lógico. Não sou contra o carro particular; porém precisamos aprender a fazer o uso racional deste utilitário equipamento. Tenho um vizinho que para buscar a filha a apenas duas quadras da casa dele; vai de carro; por que todas as coleguinhas da sua sala que não utilizam o transporte escolar vem de CARROOOO. Lá vai ele todas as tardes fechando a via com o seu luxuoso Honda Civic, é que o mundo se exploda. Esta a inútil cultura brasileira da mega valorização do uso do transporte individual – A do status veicular – Grande porcaria! Enquanto isto estamos ficando cada vez mais doentes com este trânsito caótico que engessa a economia da nossa querida metrópole e enche os bolsos de donos de hospitais com vários pacientes a beira de um ataque cardíaco por conta deste infernal congestionamento que trava até o neurônios do mais paciente cidadão. Sou contra a construção destes viadutos na Agamenon Magalhães; pois existem outras alternativas mais baratas, de rápido implantação e mais viabilidade para a cidade. Ninguém também fala em paisagismo; impacto ambiental, ciclovias, travessia para os pedestres… Nada disto! O negócio é mesmo levantar uma selva de pedras na Agamenon aonde em breve surgirão várias invasões embaixo destes viadutos. Fiquei sabendo que os membros da Igreja Batista da Capunga estão todos mobilizados para impedir a destruição do seu belo templo, já que um dos projetos visa implantar um retorno de acesso ao viaduto da “Rosa e Silva” aonde justamente esta localizada esta Igreja Evangélica. Será que valerá a pena pagar o preço da destruição para “enfiar goela a dentro da população” um projeto que até o CREA/PE e IAB/PE discorda? Admiro muito o trabalho que esta sendo feito pelo ilustre Governador Eduardo em prol do transporte em nosso estado; porém sou CONTRA A ESTA SELVA DE PEDRAS! Mais um projeto que será um fracasso. Dou fé e assino. Lamentável!

  4. Viaduto é derrubado em 7 segundos na China

    Demolição controlada usou 620 kg de explosivos em Nanjing.
    Via expressa vai ser construída no local.

    Do G1, com agências internacionais

    Enquanto no mundo, viadutos são derrubados, em Pernambuco vai na contramão da mobilidade urbana.

    O viaduto Qingliangmen-Hanzhongmen foi abaixo em 6,9 segundos em Nanjing, na província chinesa de Juangsu, segundo a imprensa oficial.

    A demolição controlada ocorreu às 22h locais de sábado e usou 620 quilos de explosivos.

    Ela faz parte de um projeto para melhorar o trânsito na região, abrindo uma via expressa na zona oeste da região.

    A implosão começou no centro e terminou nas extremidades do viaduto, de cerca de um quilômetro de extensão.

    Os rsponsábeis disseram que a implosão foi um sucesso e não provocou danos em construções próximas ou na linha do metrô que passa a 10 metros de profundidade na área.

  5. Será que os viadutos da Agamenon Magalhães, vão ter lombada, como o do complexo de salgadinho.

  6. Empresa que vai construir viadutos da Agamenon Magalhães está envolvida no caso do bicheiro Cachoeira

    Publicado em 11/05/2012, Às 15:23

    A empresa JM Terraplanagem e Construções, que compõe o Consórcio JM-Cidade, vencedor da licitação para construção dos polêmicos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, está sendo citada nas investigações sobre o esquema de corrupção comandado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira, envolvendo parlamentares, autoridades, empresas públicas e privadas. A informação é de que o contraventor, na relação com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), manteve contatos diretos com a JM Terraplanagem, conhecida por construir rodovias em áreas isoladas da Região Norte do Brasil. A relação foi tema de reportagem do jornal Correio Brasiliense publicada no dia 29/4 e reproduzida no site no dia 30/4. (veja a reportagem abaixo).

    Segundo a matéria, embasada pela investigação da Polícia Federal, a JM Terraplanagem e Construções, empresa com sede no Distrito Federal, teria obtido contratos milionários do Dnit, apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apontado superfaturamento em obras rodoviárias no Acre. A JM teria continuado sendo beneficiada pelo órgão. Os 10 contratos somam R$ 220,5 milhões. Na quinta-feira passada, o governo do Estado divulgou que a empresa, juntamente com a Construtora Cidade, de Porto Alegre, serão responsáveis por erguer os quatro viadutos que têm gerado polêmica na cidade. As duas empresas venceram a concorrência pública por apresentar o menor valor – R$ 87 milhões. Os viadutos serão construídos para viabilizar um dos principais eixos do Corredor Norte-Sul na Avenida Agamenon Magalhães, uma via expressa que ligará os extremos da RMR com ônibus de BRT (Bus Rapid Transit), estações fechadas, com ar-condicionado, embarque em nível e pagamento antecipado das tarifas. Com a palavra o governo de Pernambuco.

    Na foto, o bicheiro Carlinhos Cachoeira

    Veja a matéria do Correio Brasiliense na íntegra:

    O Cerco de Cahoeira ao Dnit

    De olho nas licitações milionárias, bicheiro tentou emplacar superintendentes e espionou a cúpula do órgão

    Por Vinicius Sassine

    O bicheiro Carlinhos Cachoeira se aproximou de empreiteiras estratégicas para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e beneficiárias de repasses milionários do órgão. Além das negociatas para favorecer a Delta Construções, a empreiteira com a maior fatia do dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o contraventor manteve contatos com representantes da Data Traffic, responsável por obras de fiscalização eletrônica em rodovias, e da JM Terraplanagem e Construções, que constrói rodovias em áreas isoladas da Região Norte. O Dnit, para Cachoeira, passou a ser um órgão estratégico: o bicheiro tentou emplacar superintendentes e usou a espionagem de seu grupo criminoso para vasculhar a vida do diretor-geral do órgão, Jorge Fraxe, nomeado pela presidente Dilma Rousseff durante a faxina no Ministério dos Transportes, em setembro do ano passado.

    A Polícia Federal incluiu Paulo Roberto Vilela, descrito na planilha como “diretor de Engenharia da Data Traffic”, na lista de pessoas ligadas a Cachoeira. A Data Traffic é uma empresa goiana especializada em fiscalização eletrônica de rodovias por meio de radares. Paulo Roberto foi presidente da empresa e, hoje, atua numa construtora em Brasília. Até agosto de 2011, atos oficiais traziam o engenheiro como diretor presidente. Durante a gestão de Paulo Roberto, a empresa obteve nove contratos com o Dnit, que totalizam R$ 228,8 milhões. Quatro foram concluídos e cinco estão em vigor, referentes a instalação de equipamentos eletrônicos para monitoramento de velocidade em rodovias de Goiás, Pernambuco e Paraíba. Numa conversa telefônica gravada pela PF em julho de 2011, que está entre o material que será enviado pelo Supremo Tribunal Federal à CPI do Cachoeira, o bicheiro e o então diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, falam sobre a Data Traffic e sobre contratos de inspeção veicular.

    A JM Terraplanagem e Construções, empresa com sede no DF, também obteve contratos milionários do Dnit. Mesmo com os apontamentos de superfaturamento em obras rodoviárias no Acre, feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a JM continuou a ser beneficiada pelo órgão vinculado ao Ministério dos Transportes. Os 10 contratos somam R$ 220,5 milhões. O último, no valor de R$ 54,6 milhões, é uma dispensa de licitação para a construção de estradas que integrariam duas aldeias indígenas à BR-163, no Pará. Foi a maior dispensa de concorrência já feita na gestão do general do Exército Jorge Fraxe. Depois de o Correio revelar o caso, em 1º de abril, Fraxe comunicou a suspensão do contrato e dos pagamentos e a realização de uma nova licitação.

    Inspeção veicular

    Os diálogos telefônicos interceptados na Operação Monte Carlo trazem uma provável referência à empreiteira. Cachoeira conversa com o ex-vereador Wladmir Garcez, também denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por integrar o alto escalão da organização criminosa, num diálogo gravado em junho de 2011. Wladmir menciona o “Júlio da JM” ao bicheiro, “aquele cara que viajou com nós (sic) pra Cuiabá”, conforme a transcrição. Em entrevista ao Correio, o diretor comercial da JM Terraplanagem, Júlio César de Ávila Oliveira, disse nunca ter visto ou conversado com Cachoeira. Mas admitiu que “batia papo” com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta que hoje está preso por envolvimento no grupo criminoso. A JM Terraplanagem participa de um consórcio com a Delta Construções, no valor de R$ 223 milhões, para duplicar 50km da BR-060 em Goiás. “Conversava quando ele era diretor da Delta.”

    A empreiteira foi apontada como ligada a Cachoeira a partir da revelação de um grampo telefônico em que o bicheiro cobra de Cláudio Abreu a devolução de R$ 500 mil. Cachoeira faz referência ao ex-senador Eduardo Siqueira Campos
    (PSDB), que exerce o cargo de secretário de Relações Institucionais no governo de Tocantins. O pai de Eduardo, Siqueira Campos (PSDB), é o governador de Tocantins. “Computa procê aqueles 500 lá, viu? Não quero nem ver aquele Eduardo”, diz Cachoeira. Cláudio defende o filho do governador. “Eduardo também é bom. Ele mandou dar pra nós a inspeção veicular.” Na entrevista à imprensa de Tocantins, em que explicou a existência dos R$ 500 mil, Eduardo disse se tratar da doação feita pela JM Terraplanagem ao comitê financeiro do PSDB no estado nas eleições de 2010. A empreiteira doou
    R$ 500 mil ao comitê.

    O diretor comercial da JM diz ter feito a doação ao comitê do PSDB porque a empresa pretendia estabelecer uma parceria público-privada com o governador eleito de Tocantins. Júlio César afirma que não sabia das ligações de Cláudio Abreu com Cachoeira. O ex-diretor da Data Traffic Paulo Roberto Vilela também admitiu ao Correio, por e-mail, conhecer o ex-executivo da Delta. “Já falei com ele algumas vezes. Empresários conversam sobre expectativas de negócios, porém nenhum negócio foi concretizado com a Data Traffic.” A empresa goiana fez duas doações de campanha em 2010, conforme os registros oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): R$ 27,1 mil à senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) e R$ 90 mil ao deputado Federal Thiago Peixoto (PSD-GO).

    Interceptações
    Conversas telefônicas gravadas pela PF mostram interesse de Cachoeira em saber detalhes sobre o novo diretor-geral do Dnit, que assumiu o cargo em setembro de 2011:

    5 de agosto de 2011
    » Cachoeira: O novo presidente do Dnit, Dadá. É o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe.
    » Dadá: Tá, eu vou vê. É com certeza da reserva. Vou tentar aqui descobrir quem é esse cara. Qual é a linha dele.
    » Cachoeira: Depois cê me fala.

    8 de agosto de 2011
    » Evaldo: Ô, professor.
    » Dadá: Professor, como é o nome desse general aí do Dnit?
    » Evaldo: Jorge Ernesto Pinto Fraxe.
    » Dadá: Ele é general de divisão, é?
    » Evaldo: Pois é, outro menino lá é amigo dele, entendeu? Aí você vê.

    Postado por Roberta Soares

  7. gostaria de saber se o canal da Agamenon ficará do mesmo jeito que se encontra? não vejo a hora de 2014 chegar para saber se tudo isso que está sendo divulgado vai ser verdade.

  8. Valdir Lima, você não deve ter visto na tv, na mídia, etc que viaduto longitudinal na Agamenon em toda a sua extensão não será possível, pois a praça do Derby vai entrar ou já entrou em processo de tombamento, portanto nenhuma obra que interfira no visual dela poderá ser feito nas proximidades. Outra, um viaduto longitudinal, ainda que não implicassem em desapropriações, seria mais caro que os quatros transversais já que o percusso é bem maior.
    Se fala em priorizar o transporte público, mas pegue, por exemplo, na Caxangá, corredor Leste/Oeste, ônibus das 7h às 9h, pra ver se você encontra alguma ou que pelo menos consiga ficar direito em pé. Vá a um dos TIs, principalmente com ligação com o metrô e você topa com metrôs lotados, filas enormes para embarcar em ônibus que já saem lotados. Se é um inferno os congestionamentos, é um inferno o sistema de ônibus e metrô também. Logo, quem usa o último quer mais é ter um carro e como falei antes, há coisas que transporte público não resolve.
    Você diz que não estão falando em ciclovias, paisagismo, etc. Tem certeza? O corredor Norte/Sul, no trecho da Agamenon, por exemplo, foi sugerido implantar clicovia, tanto que estão fazendo projetos para tentar aplicar. Outras dependem de reordenamento de trânsito para que as bikes tenham condições de circular com segurança. O desenho dos viadutos da Agamenon utiliza um meio paisagístico, pois o formato estaiado é muito mais atraente que os convencionais. Em Curitiba, onde o transporte público é muito bom a ponto de aqui copiar, também tem a frota de veículos crescendo e a prefeitura está melhorando as vias para os carros, mas também para ônibus e investe no metrô, portanto não dá para priorizar apenas um. Com certeza, o transporte público eficiente ajuda, mas há outros fatores que as pessoas que só sabem defender ou criticar uma posição deixam passar.
    Adianta ter um transporte bom e uma segurança pública ruim? O ônibus não pega ou deixa você na porta de casa ou do trabalho na maioria dos casos, então você vai ter que ir até a ponto de embarque/desembarque mais próximo. Nesse caminho você pode ser assaltado. Ir a determinados locais pode ser um verdadeiro treinamento de paciência, pois, por exemplo, quem está no interior de algum bairro do Leste/Oeste, se quiser ir até o Cabo, terá que pegar condução até o corredor, outro até o TI mais próximo – Caxangá ou Camaragibe, integrar para ônibus com destino a TI com integração com o metrô ou já fazer isso no que já tem, pegar o metrô até o TI Joana Bezerra ou Centro, migrar a para a linha sul, ir até o TI Cajueiro Seco, migrar para trem a diesel ou VLT se já estiver em uso até chegar ao Cabo. É possível você fazer todo esse trajeto com apenas duas passagens, mas e o tempo para fazer tantas migrações? Você, a depender do horário, pode fazer todo o trajeto praticamente em pé. Quem tem carro pagaria pelo translado mais, mas não teria problemas com tempo tomando várias conduções, nem sofreria com o desconforto e possível assalto ao coletivo. Por essas e outras, meu caro, só quem vivência isso sabe o quanto o transporte público é ruim ou bom pensando várias vezes se hoje tendo um carro voltaria a usar.
    Retomando o caso da Agamenon, os viadutos transversais viabilizam várias coisas: implantação do corredor Norte/Sul; eliminação dos cruzamentos mais complicados; aumento de fluxo para o tráfego misto; facilitação dos veículos – particulares e ônibus -que usam as vias locais, saem do subúrbio com destino ao centro e vice-versa sem ter que aguardar nos cruzamentos; passarelas serão construídas evitando exposição dos pedestres nas travessias e essas terão comunicação com as estações de ônibus do novo corredor.
    Aí, se alguém vem criticar que eu estou defendendo o veículo individual e não o ônibus, eu defendo os dois, pois utilizo os dois.
    Hoje, se eu quiser ir a Boa Viagem de ônibus, pego apenas um me expondo a um trecho de 7min a pé. Em breve, com o novo corredor, possivelmente terei que pegar dois ainda que pagando apenas uma passagem tendo que migrar em TI. Para o centro, só pego um, mas em breve terei que pegar dois tendo, também, que migrar em TI. Claro, vai depender da necessidade, pois se um veículo estiver a disposição, no melhor horário, faço o trajeto sem ter que migrar e até em menor tempo dependendo do local, pois eu posso criar a melhor rota e não apenas depender do itinerário do ônibus. Assim, para mim que sei os problemas dos dois tipos de transporte, tem que melhorar os dois, até porque pagar taxas para circular com o veículo e ficar preso no trânsito não tem graça, como também não você ter que ficar estudando o itinerário dos ônibus/metrô para ver como vai chegar a um determinado local.
    É aquele negócio, prometem corredor para ônibus, melhor comodidade e amplitude de destinos a preço único, mas isso não quer dizer que o valor da passagem não será tão acessível e você sabe que para economizar terá que ir para vários TIs. Nem sempre as pessoas estão dispostas a enfrentar uma maratona por conta de uma certa economia.

  9. RE: Raimundo

    Estou ciente do processo de tombamento da praça do Derby;depois de destroem uma parte sua e que se toma este tipo de iniciativa. Que graça! Mesmo diante deste o projeto poderia ser modificado e ter trechos nivelados no térreo. De fato, o transporte público precisa de inúmeras melhorias e em momento algum afirmei ao contrário a isto. Sou usuário tanto do transporte individual; quanto coletivo; inclusive do METROREC. Conheço muito bem os desafios e dilemas do nosso famoso SEI. Nossa rede de transporte possuí entraves operacionais e de segurança cruciais. A integração temporal já deveria existir há muitos anos. Em relação à obra; sugestões podem se tornar ou não uma realidade. As implantações já devem fazer parte do projeto desde a sua concepção. Quando eu falei em priorizar o transporte coletivo; que frisar a melhoria em todos os modais; seja ele rodoviário urbano ou ferroviário; e quem sabe no futuro também o fluvial (Projeto Navega Recife).

    Tenho certeza de tudo aquilo que digo; até por que tive acesso ao material promocional do Governo com as obras; inclusive com o desenho das plantas. Em Curitiba/PR não é somente o transporte que é bem cuidado; a cidade inteira é linda. Lá de fato a mobilidade urbana é levada a sério em todos os aspectos. Tive o privilégio de andar de busão, carro e bicicleta pelas ruas de capital paranaense; até na periferia e digo levará décadas para que o Recife chegue aquele nível.

    Eu sei, claramente; que determinados profissionais jamais poderiam usar o transporte coletivo na sua vida cotidiana; devido as suas obrigações em muitos casos; o carro é um instrumento de trabalho.

    Lotações em horários de rush ocorre no mundo inteiro; independente de modais. Até em New York o metrô trafega na a sua capacidade máxima nesta faixa horária. Deixei muito bem claro Raimundo, mão sou contra o carro; porém quem possuí precisa fazer o uso racional dele.

    Em relação a segurança; digo a vós o seguinte: No dia em que a PMPE desejar acaba com estas desordens dentro dos terminais do SEI; eles acabam; pois possuem capacidade para isto. Em Bogotá na Colômbia, os corredores e terminais de BRT são monitorados pelo Exército 24 horas. São vários soldados circulando livremente dentro de toda a rede; armados até o “dentes”.

    Abraço!

  10. Valdir Lima, concordo com você sobre o uso racional do carro, mas como falei, ir a certos destinos utilizando transporte público não é rápido, confortável e nem seguro, sendo assim o uso do veículo não é apenas para trabalho e sim uma necessidade – não será o ônibus que vai facilitar a ida ao supermercado, ao hospital por exemplo. Essas situações podem ser uso racional? Sim, mas certos destinos o transporte público não é interessante com falei anteriormente.
    Já foram criadas medidas para melhorar o transporte de massa e até individual, mas faltam é sair do papel. Concordo que certas intervenções deveriam na sua fase de projeto ter a participação da população para que na conclusão haja uma concordância das partes envolvidas e não se criar as medidas para ver se o povo engole. Aí, se for preciso criar mudar, mais tempo é perdido para tentar minimizar as críticas. Os viadutos da Agamenon já sofreram intervenções para atender os afetados como alteração de inclinação de rampas para o fluxo dos veículos serem mais rápidos evitando ver a vida alheira nos prédios vizinhos, criação de passarelas com elevadores nas extremidades para que os pedestres cruzem a avenida e comunicação das passarelas com as estações de BRT sobre o canal.
    Outras medidas em nível que você sugere seria criar o corredor BRT sobre o canal, mas não em elevado, mas e quando chegar as pontes dos cruzamentos, os cruzamentos com sinais continuariam existentes já que há veículos nas transversais para cruzar. Alguns deram a ideia de túneis e elevados longitudinais, mas túnel numa avenida que tem problema de escoamento e junto a um canal é complicado. Se um túnel alaga, o corredor de ônibus para.
    Sobre a segurança, não falei em segurança nos terminais e sim nas vias públicas. Não é papel aqui da PM fazer segurança patrimonial e para isso há empresas prestadoras que já se encontram em alguns meios de transporte. O BRT, pelo que já vi, precisará de segurança humana, pois haverá o pagamento antecipado, logo se o cobrador dentro do ônibus é o alvo de ladrões, será o cobrador da estação no modelo a ser implantado, mas e o resto do caminho percorrido a pé?
    Vou dar um exemplo que poderá ocorrer num futuro próximo e já ocorre em outras ocasiões. Em período de jogos de futebol, vemos um bando de bitolados por time nos bairros invadindo os ônibus pelas janelas, pela porta de saída ou pela de entrada saltando sobre a catraca. Eles não pagam, fazem baderna, alguns ficam até no teto do veículo e motorista e cobrador nada podem fazer. Se no caminho tiver fiscalização da polícia ou alguém ver e denunciar, ótimo. Esse bando pode até fazer migração em TI sem pagar nada – já entrou de graça no ônibus. E no BRT que será preciso pagar para acessar a estação, alguém vai conter isso? As linhas de bairro irão levar esse péssimo exemplo aos TIs de migração para o BRT e novamente os pagantes serão penalizados, sem falar que há depredação em veículos hoje nem tão bons bem como as estações mais simples. Transpote público melhor e seguro não é barato, mas falta o resto da segurança nas vias – a Boa Vista e região próxima ao Sport, por exemplo, é constantemente vítima de arrastões e nos demais dias, em vários locais, dos assaltantes a pé, de moto e de carro. Logo,o veículo particular não é apenas uma forma de se transportar, mas de ficar menos vulnerável a falta de segurança nas ruas. Os idealizadores falam no uso racional do carro, mas vejo cada vez mais o carro como uma necessidade e não uma ferramenta.
    Chegar ao status de Curitiba, com certeza, vai demorar, mas a cabeça daquele povo é outra. Você deve ter percebido que há maior educação em evitar sujar a cidade por exemplo, coisa que aqui vemos constantemente pessoas jogando no chão resto do que usaram, seja nas vias, seja nos coletivos.
    Enquanto lá fora, ter uma saúde melhor pode ser conquista indo a pé ou de bike com a devida infraestrutural, aqui se opta pelas academias externas ou internas onde se reside, pois se não há respeito entre os condutores de veículos motorizados, respeitar os ciclistas então.
    Pagamos, como li numa revista, pelo partidarismo dos governantes por épocas, quando deveriam é criar obras que fossem capazes de suportar situação futura e não imediata. Mas, o dito popular explica: brasileiro gosta de deixar para última hora. Esperam a situação saturar para pensar em fazer alguma coisa.