Trabalhador gasta 2h por dia no trânsito de São Paulo

 

Cerca de 22% dos moradores do Grande ABC que trabalham em outros municípios gastam, em média, duas horas ou mais para ir e voltar do trabalho todos os dias. Essa rotina é enfrentada atualmente por 214.802 pessoas que moram na região e têm atividades em outras cidades.

O levantamento é parte do Censo 2010 que foi divulgada na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na proporção com o número de habitantes, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires são as cidades onde os moradores levam mais tempo no deslocamento.

Na primeira, o índice de trabalhadores que têm essa rotina é de 32% do total, ou 5.300 pessoas. Em Mauá, o número é de 31%, ou 50.000 habitantes. Já em Ribeirão, 10.333 trabalhadores (24,5%) perdem duas horas ou mais diariamente. Dentre as sete cidades da região, as três são as mais distantes do centro da Capital.Nos municípios mais próximos da região central paulistana, a quantidade de pessoas que perdem uma hora ou mais em cada deslocamento é menor.

Em São Caetano, 9.399 trabalhadores (15,7%) se encaixam no grupo. Em Diadema, a rotina é enfrentada por 27.452 habitantes (18,3%), enquanto em São Bernardo, a faixa abrange 57.237 moradores (20%). Dos 55.140 profissionais de Santo André, que equivale a 20,9% do total, gastam duas horas ou mais para ir e voltar do serviço.
Análise – Os dados não surpreendem especialistas, que comumente defendem medidas para diminuir o transtorno de motoristas e passageiros no trânsito caótico das metrópoles. A curto prazo, o engenheiro de tráfego e transporte Horácio Figueira indica alternativas que já são conhecidas na região e na Capital: a criação de corredores exclusivos para circulação de ônibus.

“Não adianta restringir o tráfego de caminhões (medida que é estudada para implantação nos 39 municípios da Grande São Paulo). É ilusão. Isso dá vazão aos automóveis, que em um mês irão entupir aquele espaço. A faixa exclusiva é a melhor opção, mas tem de ter fiscalização humana e eletrônica para impedir invasões.

Hoje os ônibus não são atrativos. Eles têm de andar mais rápido do que os carros.”Figueira avalia que a opção do investimento no transporte público, como criação de trens e linhas de metrô, é considerada insuficiente diante da urgência que a situação exige, já que as obras levariam anos ou décadas.
Especialista sugere semáforos inteligentes para ônibusA única saída apontada pelo engenheiro especialista em tráfego e transporte Horácio Figueira para melhorar as condições viárias no Grande ABC é a criação de faixas exclusivas para ônibus, o que possibilita mais fluidez.Em Curitiba, desde 2008, sistema informatizado garante sinal verde permanente em semáforos de 45 cruzamentos da capital paranaense.

A ideia foi criada com objetivo de reduzir pela metade o tempo de percurso dos passageiros e estimular a troca do carro pelo ônibus. “Sem obras, Londres (capital da Inglaterra) implantou o mesmo modelo em 1977 e conseguiu redução de 30% no tempo de percurso. Só falta vontade política para resolver. Os técnicos sabem como implantar. Temos que atrapalhar o usuário de carro, não há outro jeito”, avalia.O sensor do ônibus é acionado a pelo menos cem metros do cruzamento, distância considerada segura para a transição entre os sinais vermelho, amarelo e verde. O sistema funciona por meio de sensores instalados no chão.

Média da região é inferior à da Grande SPA quantidade de pessoas que perdem duas horas ou mais diariamente para ir e voltar do trabalho é maior na Região Metropolitana de São Paulo em comparação ao Grande ABC. Nos 39 municípios da Grande São Paulo, 1,9 milhão pessoas entram para o grupo, o que corresponde a 28,5% do total de trabalhadores com atividade profissional em outra cidade.Na Capital, a parcela é ainda maior, com 31% do total, enquanto no Estado, a taxa cai para 28,5%.

A média nacional de pessoas que ficam pelo menos duas horas por dia no trajeto ao trabalho é de 11,4%.Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito, José Almeida Sobrinho, o tempo disperdiçado no trajeto reflete mudanças nas relações de trabalho nas últimas décadas. “Antigamente, as grandes indústrias tinham vilas nas proximidades onde os funcionários moravam. Isso foi mudando.”Na avaliação de Sobrinho, atualmente o tempo de permanência dos profissionais na mesma empresa é menor, o que faz com que aumentem as chances de a pessoa morar longe do trabalho.

“O trabalhador optou por ficar em um local para morar e trabalhar onde for conveniente”, analisa.O especialista prevê tendência de aumento no tempo de deslocamento nos próximos anos, caso não sejam feitos investimentos significativos em mobilidade urbana. “O transporte público não é suficiente, tanto em horário quanto em volume. Isso obriga os cidadãos a se deslocarem de forma isolada, o que piora ainda mais a fluidez no sistema viário.”O especialista acrescenta que o tempo perdido no trânsito prejudica a produtividade no trabalho. “Duas horas diárias para ir e voltar equivalem a 25% da jornada de oito horas. Isso é muita coisa. A pessoa não rende o esperado.”

Fonte: Diário do Grande ABC (Via Portal do Trânsito)

Projeto quer criar cadastro nacional de radares eletrônicos

 

A Câmara analisa proposta que cria um cadastro nacional de radares fixos de trânsito, a ser gerenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e disponibilizado para consulta pública por meio da internet. A medida está prevista no Projeto de Lei 3157/12, do deputado Lázaro Botelho (PP-TO).

Pela proposta, o cadastro contará com uma série de informações sobre os radares, como sua localização, data de início da operação, estudos técnicos que justifiquem a instalação e termos de contratação do serviço.

Segundo o texto, será inválida qualquer multa emitida por radar que não conste do cadastro nacional público.

Transparência
O autor do projeto argumenta que a fiscalização de trânsito por meio de radares é efetiva, mas precisa estar sujeita a controles claros para que não haja suspeita de irregularidades. Ele lembra que, atualmente, há denúncias da existência de uma “indústria de multas” e de camuflagem dos aparelhos, além de dúvidas sobre a sua correta aferição.

A criação do cadastro, de acordo com Botelho, vai evitar desconfianças de fraude na emissão de multas. “Com as informações necessárias no cadastro, de livre acesso aos cidadãos, não há como pôr em dúvida a adequação dos instrumentos para o exercício da função prevista.”

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 

Projeto aumenta idade mínima para dirigir ciclomotores

 

Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 3437/12, do deputado Laercio Oliveira (PR-SE), estabelece idade mínima de 18 anos para dirigir ciclomotores – tipo de bicicleta motorizada. Atualmente, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (50/98) autoriza a habilitação para maiores de 14 anos.

Segundo o projeto, o motorista de ciclomotor deverá preencher os mesmos requisitos exigidos para a condução dos demais veículos, segundo as regras do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/07).

Para Laercio Oliveira, na regra atual, “cidadãos penalmente inimputáveis trafegam imprudentemente pelas ruas de cidades brasileiras”.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

 

Conheça as piores cidades para dirigir no mundo

 

Algumas cidades podem transformar a tarefa de dirigir um carro num verdadeiro inferno. Trânsito pesado, insegurança e motoristas que põem suas próprias vidas e as vidas alheias em perigo, são apenas alguns dos problemas nestas 10 cidades que a CNN escolheu como sendo as piores cidades do mundo para se dirigir. São Paulo, claro, está na lista.

Pequim, China
Com mais de três milhões de veículos em suas ruas, a capital chinesa é extremamente caótica. Muitas das regras báscias de trânsito, como marcações de pistas, sinais de “pare” e prioridades, são simplesmente ignoradas por todos os motoristas. Os engarrafamentos podem ser infernais, e viaturas e ambulâncias têm muita dificuldade de passar por eles, já que os motoristas pouco se importam com o barulho das sirenes. Em agosto do ano passado, um engarrafamento monstruoso durou nada menos do que duas semanas.

Nova Délhi, Índia
Nova Déli, capital da Índia, ilustra o ambiente especial e caótico que se vive no país. Poucos são os estrangeiros que se aventuram no trânsito assustador da cidade, e os que fazem, encaram um concentrado de caminhões, riquixás, carros, motos, bicicletas, vacas e até elefantes. Nenhum espaço deixa de ser aproveitado e todos tentam se ultrapassar. Retrovisores, aliás, são retirados dos carros, para que os motoristas se concentrem apenas no que se passa na frente deles.

Manila, Filipinas
Mudanças de faixa totalmente inesperadas, motoristas que não estão nem aí para faróis vermelhos, não tiram a mão da buzina e jamais usam a seta, são algumas das surpresas que você pode encontrar dirigindo nas ruas de Manila, capital das Filipinas. As péssimas condições da pavimentação e uma sinalização quase inexistente contribuem para que Manila esteja na lista de piores cidades do planeta para se dirigir.

Cidade do México, México
A capital do México tem mais de 22 milhões de habitantes e um trânsito digno de uma cidade tão grande e caótica. Obras permanentes que colaboram a piorar o trânsito insuportável, engarrafamentos onde os motoristas passam horas para voltar para casa, agentes de trânsito incompetentes e assaltos nos faróis encontram-se entre as principais reclamações dos habitantes da Cidade do México.

Joanesburgo, África do Sul
Maior cidade da África do Sul, Joanesburgo é também uma das mais inseguras do planeta. O perigo se ilustra no trânsito da cidade, com uma rotina de ataques, sequestros e assaltos à mão armada. Há alguns anos, a cidade atraiu o holofotes mundiais com sistemas de segurança que incluíam lâminas afiadas e até lança-chamas que saíam de baixo dos automóveis, atacando os delinquentes. Além de assaltos, Joanesburgo tem um trânsito caótico, com condutores irresponsáveis e muitos engarrafamentos.

Lagos, Nigéria
As regras de trânsito parecem não existir em Lagos, capital da Nigéria. Faróis vermelhos são invisíveis aos olhos dos motoristas de Lagos, a noção de “sentido proibido” não parece um conceito válido, o estado das ruas e estradas é lamentável e o caos cria engarrafamentos intermináveis. Os motoristas são tão imprudentes que as autoridades até pensaram na ideia de acompanhar as multas de trânsito com análises psiquiátricas dos infratores. Para piorar, assaltos à mão armada e sequestros são muito frequentes, e os agentes de trânsito fazem vista grossa a qualquer infração por propinas insignificantes.

São Paulo, Brasil
O trânsito infernal de São Paulo é tão característico da cidade quanto o Parque do Ibirapuera, o MASP ou sua famosa garoa. Os engarrafamentos não param de bater recordes, e a cidade simplesmente para assim que chove. Os paulistanos perdem incontáveis horas de suas vidas bloqueados no trânsito na hora de voltar para casa, numa cidade que tem cada vez mais carros. O rodízio, o investimento em transporte público e outras medidas ainda não conseguiram dar conta deste problema, um dos maiores da metrópole que o mundo mira como a capital da América Latina.

Moscou, Rússia
Os costumes dos habitantes da cidade ao volante são bem perigosos. Ninguém parece se importar com a sinalização, com faróis vermelhos e, muito menos, com limitações de velocidade, já que parece como se todos sempre aceleram ao máximo seus veículos na primeira oportunidade.

Toronto, Canadá
Maior cidade do Canadá, Toronto é conhecida por enfrentar alguns dos piores congestionamentos de trânsito do planeta. A rodovia 401 é a mais transitada do continente, com dezoito pistas e mais de meio milhão de motoristas diários. Obras que aparecem constantemente nas estradas, limitações de velocidade, além do grande número de carros, fazem com que os habitantes de Toronto encarem longos trajetos na hora de voltar para casa.

Mônaco
O pequeno principado de Mônaco consegue ter mais automóveis por habitante do que os Estados Unidos, país automobilístico por excelência. O grande problema do trânsito de Mônaco não é ter engarrafamentos e sim a impossibilidade de achar uma vaga para estacionar. Para piorar, Mônaco tem uma grande concentração de automóveis de luxo do planeta, e qualquer arranhão pode virar uma grande dor de cabeça. Em 2011, uma condutora (dirigindo um luxuoso Bentley), conseguiu bater, em um único acidente, em uma Mercedes, uma Ferrari, um Porsche e um Aston Martin. Imagine o prejuízo!

FONTE: Boa Informação