Os caminhos da Agamenon Magalhães

Há quarenta anos nascia a principal via urbana do Recife. São sete mil metros estratégicos para ligar os diversos pontos da cidade. Ao inaugurar a primeira perimetral da capital pernambucana, o então prefeito Geraldo Magalhães queria deixar um marco de modernidade para a cidade. E deixou. A avenida se prepara para passar pela maior transformação desde que foi criada e passará a integrar o principal corredor de transporte urbano da Região Metropolitana:o Norte/Sul.

O Diario conta a história da avenida e mostra as intervenções pensadas para ela na década de 1970. Uma séria de reportagens revelará os caminhos que fazem da Agamenon o que ela é hoje e a sua importância dentro do corredor de tráfego. A avenida está prestes a receber quatro viadutos que irão mudar a concepção da circulação.

A intervenção está longe de ser uma unanimidade, mas em um ponto todos concordam: a velocidade na via irá aumentar até que a frota de veículos permita e a qualidade do serviço do transporte público seja capaz de atrair usuários do carro. As reportagens irão também abordar o olhar do motorista, do pedestre, do ciclista e do morador.

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3 Replies to “Os caminhos da Agamenon Magalhães”

  1. Não devemos ignorar as radias da Avenida Agamenon, pois elas irão receber um aumento considerável de veículos após a construção desses quatro viadutos. Em consequência, essas vias terão que passar urgentemente por intervenções estruturadoras para receberem um maior número de veículos.
    As estações do TRO que serão construídas ao longo da Avenida Agamenon, terão que possuir bicicletários, dessa forma o sistema de transporte integrado será mais eficiente e sustentável.

  2. Não entendo como haverá aumento de carros nas radias com a presença de quatro viadutos. O aumento se dá pelo crescimento da frota que até a entrega dever ser superior ao de hoje? Esse aumento é na verdade a possível maior permanência nos trechos iniciais da radias, pois ao eliminar os cruzamentos via viadutos, não haverá os intervalos para cruzar que evitam as radiais criarem um acúmulo que chegue até a avenida principal já que essas também tem pontos que limitam a fluidez?
    Considero a segunda opção, pois não é um aumento de veículos propriamente dito – a média diária não mudará – e sim o tempo que estes passarão nas radiais (pode ser maior aumentando o congestionamento).
    Para mostrar que faz sentido a segunda opção, o túnel que irão construir ao lado do museu da Abolição, na Madalena, aumentará a fluidez na Av. Caxangá (sentido centro) e na Rua Real da Torre (sentido Afogados). Contudo, no ínicio da Rua Benfica, com a construção a estação elevada que tomará uma faixa das quatro existentes, deve limitar a duas, sentido centro, disponível para o tráfego misto, e não se fala em eliminar o cruzamento para o tráfego misto na Av. Visconde de Albuquerque, e ainda há outro ao lado do Extra. Então, se na Caxangá a fluidez melhorará para o misto com a eliminação do cruzamento com a Real da Torre, é possível uma piora na Rua Benfica com a redução de uma faixa e manutenção dos dois existentes. Alguém já percebeu isso? Provavelmente, diante dessa limitação, o veículo particular terá que se dirigir a Av. do Sport para chegar ao centro pela Paissandu se a Benfica estiver sobrecarregada. Outra coisa, também, que não falam no leste-oeste é se a construção do novo formado de estação na praça do Derby conviverá com outras linhas da zona oeste que hoje param no lado direito e não passam pelo leste-oeste, bem como o tráfego misto continuará circulando ali? Se fala numa fluidez para o transporte coletivo, ótimo, mas certas medidas sugerem uma piora para o já ruim tráfego misto e convencer as pessoas que usam carro a usarem o ônibus demanda tempo e nem todos podem fazer isso.
    Sobre os comentários no site dedicado a matéria, alguns pedem a responsável pelo blog publicar a nota do CREA como se não ocorreu, pelo menos aqui no blog, mas o ser contra e não sugerir algo viável também não vejo graça; Também sugerem fechar o canal para sobre este criar corredor exclusivo de ônibus dando a entender que um canal não é bonito de se vê. Não ser bonito vai depender do tratamento deste canal, pois se generalizando é uma opção acertada, Veneza da qual nós somos um espelho degradado, não dá exemplo. E criar tampar para criar um corredor é esquecer que os ônibus por serem pesados danificam o pavimento e se embaixo há um canal, o que vai ocorrer se o pivo quebrar? O veículo vai cair dentro do canal. Bom, não? Corredor sobre o canal teria que ser por elevado com estruturas de sustentação nas margens e não precisaria tampar para tal. Todavia, há árvores que teriam que ser podadas constantemente e se ficassem sobre estas, entraria no problema anterior do elevado longitudinal sugerido: ele não poderia ser toda vida elevado até chegar próximo a praça da Derby. Novamente, o povo dá pitaco por dar, esquecendo de ver as várias variáveis que podem dificultar ou até inviabilizar.

  3. Vendo o vão que as estações sobre o canal terão, um bicicletário é possível. A essa medida, como já debatem, uma ciclovia margeando o canal também seria interessante, embora teriam que haver uma solução de passagem sem interferir nas estações sobre o canal que também deverão ter comunicação através de passarelas a estas paralelas aos elevados que pretendem construir.
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    Li o material do CREA que questiona os elevados e eles nada sugerem como alguns dizem. Eles se limitam a criticar a forma como foi embasada a solução dos elevados, a falta de planejamento no ordenamento do trânsito no entorno, a desconsideração de um projeto que atenda a longo prazo, suposta preferência pelo TRO/BRT ignorando outros modais até afirmando que o TRO/BRT só atenderia a uma demanda presente e não futura, o tipo de elevado adotado que é muito mais caro e tecnicamente não segue premissas, o aumento do deslocamento que os pedestres teriam que fazer por não contemplar estes, o principal cruzamento não sofrer mudança (praça do Derby), etc.
    Enfim, eles não sugerem nada, apenas criticam a forma como foi conduzida essa opção de locomoção. Sugerir VLT e Metrô como solução melhor que o BRT/TRO não mostra para aqueles que de forma cega criticam os elevados que esse modais tem um custo de implantação muito superior (o metrô fica dez vezes mais caro). Também esquece de dizer que a demanda tende a aumentar com o tempo, então se o BRT/TRO se torna limitado, o metrô vai no mesmo caminho, tanto que aqui em Recife o próprio governo aguarda a entrega de novas composições. Se o metrô pode ser ampliado, o TRO/BRT não pode com mais ônibus e modelos maiores (biarticulados) que custam bem menos que um conjunto do metrô?
    O CREA cita o principal cruzamento, que é o da praça do Derby, sem intervenção, mas não passam por eles ou eles não têm ciência que a praça será tombada, logo obras de arte como elevados prejudicariam a sua visualização, que é algo a ser evitado nesse processo?
    O modelo estaiado é muito mais caro que outros elevados mais simples com construção mais em conta e embora não estaria dentro das premissas que definiriam essa opção, se elevado for mesmo a melhor opção, vão colocar um elevado feio na avenida como são os da Av. Norte e Av. João de Barros?
    Alguns, não o CREA, sugerem túneis ao invés de elevados, mas alguém garante que estes não terão problemas com alagamentos cuja via sofre desse mal?
    Se fala na inviabilização de um aumento de capacidade da via para atender um tráfego futuro se os viadutos forem feitos, mas qual solução seria empregada para garantir isso? O CREA fala disso, mas não diz como seria essa possibilidade.
    É por essas e outras que é fácil criticar, mas sugerir melhoras que é bom, nada. Pelo contrário, parecem chamar a atenção para terem alguma participação no processo. Concordo que algumas coisas o governo realmente colocou a carroça na frente dos bois e as criticas, parecem, geraram alterações como acréscimo de passarelas com elevadores que evitarão um maior translado dos pedestres e cadeirantes que desejam cruzar a via.
    Bem, se tem tanto entendido no assunto, sugiram que leiam a matéria do link abaixo que mostra que nem sempre o modal metrô é uma opção acertada como alguns e o CREA defedem.

    http://blogpontodeonibus.wordpress.com/2012/06/18/jose-serra-contraria-o-que-dizem-os-mais-renomados-estudos-sobre-transportes/