2013 começa acelerado

 

 

Por

Tânia Passos

Tudo o que não aconteceu em 2012 começa a ganhar fôlego já no início do ano. Em uma semana, assistimos ao lançamento do edital de licitação das linhas de ônibus, que parecia emperrado, e, finalmente, o início das obras de dragagem dos rios Capibaribe e Beberibe para o projeto de navegabilidade. O governo do estado recebeu sinal verde do Ministério Público de Pernambuco para a dragagem, mas haverá ainda uma audiência pública, no próximo dia 30, que deverá sacramentar os ajustes que se fizerem necessários. Mas, o fato é que o governo tem pressa.

A Copa já bate à nossa porta e muitas das obras de mobilidade estão em execução ou para começar e o tempo é curto. Após a entrega do 15º Terminal de Integração, em Cajueiro Seco, na última sexta-feira, o governador assinou a ordem de serviço para as obras do Terminal Integrado de Prazeres. A previsão é que, este ano, outros sete terminais sejam entregues, incluindo dois que já existiam, mas estão em reforma: Barro e Joana Bezerra. E em 2014, outros cinco, que ainda não foram iniciados.

A obra dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste também vão precisar de mais agilidade este ano. A previsão é que, em fevereiro, as obras do Norte/Sul comecem na Avenida Agamenon Magalhães, tempo que o prefeito Geraldo Julio irá anunciar, enfim, a decisão sobre os viadutos.O governador já deixou claro que vai repassar essa decisão para o prefeito, que decidirá também se vai apostar nos quatro viadutos, se reduzirá o número ou se vai eliminar de vez os elevados. O prefeito disse, que nas próximas semanas terá uma definição sobre essa questão.

Embora represente um trecho curto do Norte/Sul, a Avenida Agamenon Magalhães tem o maior volume de tráfego do corredor e é uma perimetral estratégica para a dinâmica da circulação de toda a cidade. Em breve, saberemos o que lhe reserva. Afinal, 2013 está acelerado e não pode ser diferente.

Fonte: Diario de Pernambuco

9 Replies to “2013 começa acelerado”

  1. Para viabilizar o corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Agamenon, será necessário demolir o viaduto da Av. Norte que corta a Agamenon, pois ele é o único obstáculo existente para as futuras intervenções naquela via. Portanto construir novos viadutos é sepultar de vez a utilização do espaço sobre o Canal Derby-Tacaruna para o transporte público sobre trilhos (Metrô, VLT ou Monotrilho). Nos principais cruzamentos da Av. Agamenon deve-se instalar sinais inteligentes e construir mergulhões só para os ônibus do corredor Norte/Sul. Os carros deverão parar nos semáforos. Depois que a copa de 2014 passar, pode-se construir com calma,planejamento e tecnologia importada da Holanda túneis por baixo do canal do Derby nos locais onde seriam construídos os viadutos, esses túneis devem ter bombas potentes para dragar as águas nos túneis no periodo chuvosos.

  2. Continuando o meu comentário… Após a demolição do viaduto da Av. Norte que cruza a Agamenon, no local deverão ser construídos dois viadutos largos e com ciclovias no mesmo sentido da avenida. Nos futuros túneis pós-copa que deverão ser construídos por baixo do canal do Derby, serão dotados de um sistema de drenagem eficiente e por bombas potentes que bombearão de imediato as águas que por ventura se acumulem nos períodos chuvosos.

  3. Manoel Araujo,

    você não deve está acompanhando direito essa situação dos elevados transversais da Agamenon para sugerir elevado longitudinal que seria empregado para transporte sobre trilhos esquecendo que não há essa dependência a depender do modal escolhido.

    A proposta inicial do Corredor Norte-Sul na Agamenon usava elevado longitudinal sobre o canal e a proposta agora é em nível da via. O pequeno grupo de moradores e comerciantes que poderiam ser afetados pelos elevados transversais sugeriram sem mostrar valores e um mínimo de conhecimento técnico outro elevado longitudinal acima da árvores do canal. Por que não mantiveram o projeto inicial da Agamenon ou lapidariam a dos moradores? O trecho da Agamenon em frente a Praça do Derby não pode passar elevado longitudinal, pois a praça será ou é tombada e isso prejudicaria sua visualização ou desviaria esta. Empresas e pessoas do ramo ainda sugeriram alternativas também usando elevado longitudinais como alternativas aos transversais que teriam modais como monotrilho, metrô ou VLT, bem como apareceu os túneis exclusivos para os ônibus passarem nos cruzamentos.

    Eu venho prestando a atenção nesse projeto e em outros corredores, bem como fatores como capacidade de modais, investimento, etc e digo que não são necessários os elevados transversais até porque sua viabilidade só faria sentido se primeiro todo o tráfego das vias que fariam comunicação com eles hoje com problemas de congestionamento que não pioram por conta dos cruzamentos da avenida fosse revisto. Tem gente entendida no assunto afirma que tais elevados transversais prejudicariam futuro modal de maior capacidade por elevado e novamente ignoram que tal elevado não poderia passar em frente ao Praça do Derby.

    O corredor Norte-Sul pela demanda que tem é compatível com BRT e não é previsto inicialmente o uso de veículos biarticulados, bem como também é com VLT que é um veículo aqui por exemplo pretendem levá-lo até o Terminal Marítimo, logo este não precisa de elevado longo e longitudinal.

    Em outros estados o BRT circula em corredor com sinais inteligentes e até pode parar nos cruzamentos, só que com tempo reduzido e se o trecho onde ficariam três dos quatro elevados transversais é muito pequeno e nesse intervalo haverá ao menos uma estação BRT, qual o problema dele parar curtíssimo tempo num cruzamento?

    Eu vi os túneis como algo interessante para evitar para em cruzamentos ainda que por pouco tempo, só que é preciso lembrar que a Agamenon sofre com alagamentos em fortes chuvas e o canal que é usado para escoar chuva fluvial também poderia não dar conta de evitar alagamento num túnel mesmo equipado com bombas, então seria um recurso desnecessário tal qual os elevados transversais.

    Ignoram que o VLT pode no futuro aproveitar a estrutura do BRT sendo um equipamento de maior capacidade que pode levar, no mínimo, o equivalente a dois ônibus biarticulados.

    Sobre o elevado da Av. Norte que você falou que teriam que derrubar, por que fariam isso se este elevado não está em área nobre da avenida e o BRT passará por baixo, em nível? Farão é o alargamento do elevado da Av. João de Barros para ter faixas exclusivas, pois como só tem duas, o BRT seria forçado a entrar no tráfego misto ou destinar uma das duas faixas para este aumentaria as retenções que já ocorrem.

    As ciclovias podem ser feitas margeando o canal ao lado do corredor exclusivo bastando alargar a área de calçada e colocar grades por exemplo, e como as estações BRT sobre o canal seriam desmembradas por sentido até para que as possíveis passarelas transversais tenham comunicação com essas estações, a ciclovia passaria no espaço entre as estações e isso é possível vendo projeções divulgadas, bem como é mais seguro a ciclovia ficar junto ao canal a colocarem no lado direito de cada sentido tendo diversas agulhas (ligam pista local a principal e vice-versa) e vias transversais.

    Meu caro, o BRT é um modal compatível com o corredor, não precisa de elevado transversal, túnel, etc. O VLT pode no futuro usar a estrutura do BRT. A avenida tem problemas de alagamentos sérios que não vejo como viabilizar túnel exceto se não se importam em ficar enterditado por mais bomba que coloque, pois o canal é coletor da avenida e se ele permite esta alagar, como iria esvaziar túneis?

  4. O Governador colocou na mão do prefeito a bomba chiando, pois todos os técnicos em mobilidade de Pernambuco, já se mostraram contra esses famigerados viadutos.

  5. Caro Raimundo,
    Você é quem não entendeu o meu comentário.Todos nós sabemos muito bem que o TRO no Corredor Norte-Sul será em nível margeando o Canal do Derby e que as estações ficarão em cima do canal. O que eu disse foi que as futurais intervenções que serão feitas após a implantação do corredor de ônibus naquela via, e que fluirão harmoniosamente: O TRO ás margens do canal e Metrô,VLT ou Monotrilho, conforme o modal que será escolhido no futuro sobre o canal,isso eu deixei bem claro e que só será implantado após a copa de 2014. O que eu sugeri para já foi construir mergulhões só para os ônibus do corredor Norte-sul nos principais cruzamentos da Agamenon. Quanto aos viadutos longitudinais largos com ciclovias é para trafegarem carros e ônibus e não Metrô ou VLT, você entendeu tudo errado. Falei que o viaduto da Av. Norte que cruza a Agamenon deverá ser demolido no futuro após a implantação do corredor norte-sul e depois de 2014, pois agora não dá tempo e ocasionaria muitos transtornos.Você deturpou tudo sugeri também no futuro construir túneis por baixo do canal nos locais onde querem construir esses viadutos transversais que outrora você concordou e agora mudou de ideia por concordar agora comigo. Falei que esses túneis deverão ter tecnologia avançada e importada da Holanda com sistema de drenagem eficiente com bombas potentes que serão acionadas automaticamente ao primeiro sinal de começo de inundação.

  6. Manoel Araujo,

    vá me desculpar, mas se eu enterpretei errado o que você disse, foi a forma que você colocou suas ideias que não deixaram o encadeamente do que é passado, presente ou futuro bem definidos, bem como as soluções e em que disposições ficariam, e ainda assim, na sua chamada pela confusão que fiz, novamente, você ao definir melhor as sugestões, continua ignorando o que eu falei acima quanto as limitações para obras e problemas da via, bem como cria uma situação mais questionável.

    Você fala em harmonia no futuro mantendo modais paralelos e de capacidade semelhante sendo um em nível (BRT/TRO) e outro por elevado longitudinal (monotrilho, VLT ou metrô) sendoo esta disposição do elevado ser vetada, pois se não fosse, conforme dito antes, a primeira proposta do Norte-Sul por elevado teria sido mantida. Outra, não fica claro que se os veículos sobre trilhos sobre o canal seriam substitutos do BRT as margens do canal ou os dois atuariam conjuntamente e se for esta situação, não se deve colocar modais equiparáveis em capacidade numa mesma via porque um iria prejudicar ou até anular o outro no caso de BRT em nível e outro sobre trilhos em elevado, sem esquecer que não precisa de modal por elevado na Agamenon visto que um VLT substituiria em nível um BRT saturado. Se há em países modernos tal solução, em outros corredores aqui no país farão isso e até o nosso quando vai para o Cabo segue em vias abertas, por que criar um elevado exclusivo que não pode ser feito? Quanto ao investimento, monotrilho é um equipamento caro, com estações áreas também mais caras e de capacidade limitada que começar a fugir a regra pois em São Paulo será empregado um de alta capacidade, mas complementando trajetos e não confrotando corredores existentes. Logo, a Agamenon não precisaria de dois modais paralelos haja vista que seria equivalente a criar um corredor BRT na Mascarenhas com o metrô ao lado quando poderia, sim, criar exclusividade para os ônibus, mas estes limitando a assistir trechos da avenida, enquanto o metrô atua como comunicador total da mesma.

    Eu, repetindo, quando vi a proposta dos mergulhões, achei boa, mas após melhor análise, eles seriam prejudicados em época de chuvas fortes porque a avenida alaga e isso ocorre porque o canal não dá vencimento e ainda depende dos nível do mar e rio e os dois cheios onde iriam colocar a água de qualquer túnel nesta avenida? É mais fácil a água da avenida acumular no túnel.

    Você, quando fala em elevado longitudinal, cai numa incoerência, pois diz que harmoniosamente um veículo sobre trilhos atuaria sobre o canal e aí dependeria de algum elevado ou seria tampar o canal e criar a via de trilhos quase em nível com corredor de ônibus? E quando fala em elevaods longitudinais largos, estes seriam para ônibus, bike e carros, mas ficariam sobre o canal ou sobre a via principal? Você não define claramente o posicionamento, então tenho que chutar.

    O uso dos elevados, independente da posição, têm sido motivo de maior ou menor prejuízo a paisagem da avenida, não importando o que nestes venham circular, então se elevados transversais prejudicariam comércios e residências e supostamente afetariam transporte de massa no futuro, mentira, pois um VLT pode ser colocado e nível e é de capacidade superior ao BRT, bem como deixaria feio determinado trecho, um elevado longitudinal destoaria toda a avenida e não apenas um pequeno trecho. Nessa hora não dá para ser bonzinho, pois prejudicar menos ou mais é prejudicar de toda a forma o paisagismo e se há soluções em nível, não tem porque gastar enorme quantia em elevados.

    Sobre os túneis transversais no lugar dos elevados de mesma posição passando sob o canal, eu já questionei tal situação com colegas em forum que participo e seriam um verdadeiro poço.Explico: a parte baixa do canal fica uns 3m, talvez mais, abaixo do nível da via. Para fazer um túnel, teria que haver um espaço entre a parte superior deste e do canal para garantir a sustentação do último e para passar diferentes veículos o vão seria de uns 4m, então o túnel teria parte mais baixa, no mínimo, a 7m de profundidade da via. Como a largura da via influencia também nos ângulos de subida e descida, bem como as vias que farão comunicação com estes túneis, esses ângulos seriam mais íngremes, tal qual o túnel Chico Science sob a ponte que liga Paissandu a Ilha do Leite. Ainda, algumas ruas transversais onde os elevados seriam feitos, a exemplo da Bandeiro Filho, são inclinadas para a avenida, logo chuvendo a água irá escoar para o túnel e mesmo este tendo bombas potentes, se o canal estiver cheio e trechos da avenida também, você vai colocar a água do túnel onde? Adotar túnel seria muito pior que os elevados quanto a circulação, pois os elevados não correriam o risco de ficar interditados por alagamento, enquanto túnel o risco é muito alto.

    Não se pode ficar sugerindo a sério sem ver as variantes e é o que muitos tem feito e trabalham em empresas de engenharia e arquitetura. Questionam a forma como foi empregada a solução dos elevados transversais, mas os que dão alternativas fazem de forma similar.

  7. Raimundo,
    Você se acha acima de tudo, é impossível dialogar contigo.
    Sugiro que seja humilde e que escute mais e fale menos.
    * Os sábios são aqueles que pouco falam e que muito escutam.

  8. Manoel Araujo,

    desculpe, mas não estou querendo ficar acima de ninguém. Pelo contrário, chamo a atenção que pessoas do ramo sugerem coisas sem tomarem o cuidado quanto a restrições divulgadas pelo próprio governo ou elas não são informadas? Talvez não, pois até a sugestão dos elevados transversais, o que ficaria na Av. Rui Barbosa irá atrapalhar a visão de um casarão que pode ser protegido como é a Praça do Derby. O Governo aceitou proposta destes elevados sem o devido cuidado e depois viu-se que análise de fluxo dos veículos não foi corretamente feita entre outras falhas.

    Você mesmo sugere coisas similares as propostas de outros comentendo os mesmos erros questionados por pessoas do governo e outros especialistas, alguns entrevistados e com matérias postas aqui.

    Note, meu caro, que não estou impondo nada, apensar advertindo o que você sugere e o que alguns outros fizeram que não é bem assim e os meus argumentos tem fundamentação em leituras feitas de matérias deste blog, outros sites, etc, só não vou perder tempo colocando a bibliografia ou ficar fazendo citações diretas.

    Ser sábio não se limita a escutar e pouco falar, pois isso também tem outro sentido: ser conivente. Se eu posso mostrar outros ângulos de uma mesma situação, o que pode melhorar a sugestão de uma pessoa, vou ficar calado? E como mostrar diferentes ângulos sem mostrar como se chegou a diferente forma de ver?

    Ainda, ser hulmide é equipara-se aos outros, então se eu estou comentando contigo na busca de clariar alguns pontos questionáveis, não sendo hulmide não perderia tempo com isso faria como você começou, jogando situações como se elas fossem ocorrer e podem não ocorrer ou levar muito tempo para tal, ignorando ou criticando qualquer comentário que fosse contra o dito. Humilde não é reconhecer os próprios erros e por vezes na cegueira ou falta de conhecimento, são os outros que chamam a atenção?

    Me alongo nos comentários, é verdade, mas porque ser bem entendido, ainda mais tratando de diferentes assuntos, pontos de vista, nem sempre ser sucinto é o melhor caminho.

  9. Tania,
    Sabemos que construir esses quatro viadutos não resolverá o problema da Av. Agamenon, só a tornará ainda mais caótica e inviável para futuras intervenções e implantações de outros modais sobre o canal Derby-Tacaruna. A solução lógica e coerente será a construção de mergulhões (túneis) só para os ônibus do sistema TRO. Nos principais cruzamentos daquela via, os carros de passeio serão obrigados a parar nos semáforos priorizando o transporte público. Para evitar que esses túneis exclusivos alaguem nos períodos chuvosos ou nas marés cheias, é simples: Nas duas extremidades do canal ou seja, próximo às comportas serão instaladas bombas potentes que após o fechamento das comportas serão acionadas automaticamente e bombearão as águas do canal para os rios Capibaribe e Beberibe ao mesmo tempo. No futuro próximo deverão circular sobre esse canal um desses modais: Metrô, VLT ou Monotrilho, será a linha norte do sistema metroviário. Esse sistema fluirá hamoniosamente e integrado ao corredor de ônibus Norte-Sul. Para que isso aconteça no futuro próximo, o viaduto da Av. Norte que cruza a Agamenon deverá ser demolido por ser o único obstáculo existente para a implantação desse modal. Construir esses viadutos é andar na contra mão, colocando mais obstáculos para a mobilidade urbana da nossa região metropolitana.