Batom e direção não combinam

 

Para enfrentar bem o trânsito das cidades é preciso muita concentração. Uma distração, por menor que seja, pode causar uma batida e dores de cabeça.
Estatísticas apontam que as mulheres são mais cuidadosas, causam menos acidentes graves e, dependendo da faixa etária, costumam ser beneficiadas pelas seguradoras.

Mas como a mulher é multitarefa, dificilmente fica paradinha e atenta dentro do carro em um congestionamento. E se está indo para o trabalho ou a uma festa, qualquer sinal vermelho é oportunidade para passar um batom e lápis e dar uma olhadinha no espelho para organizar o penteado. Só que esses segundos de falta de atenção ao trânsito podem ser perigosos.

Conforme explica Jaime Soares, gerente de Auto da Porto Seguro, aproveitar a parada do trânsito para fazer a maquiagem amplia a chance de a mulher ser abordada por uma pessoa má intencionada. “Ao distrair-se o condutor dá condições para que um estranho se aproxime do seu automóvel sem que ele perceba, colocando em risco sua segurança pessoal, seus pertences (como bolsas, notebook, etc.) e até mesmo o roubo do veículo”, alerta.

Sendo assim, evite baixar a guarda e não deixe pequenos objetos à vista sobre os bancos. E Jaime lembra que esse tipo de distração pode provocar pequenas batidas. A mulher pode ter a falsa impressão de que o trânsito voltou a fluir normalmente quando, na verdade, ainda está lento. “As famosas pequenas batidas na traseira do veículo à frente sempre geram aborrecimento.”

Só no celular!

Outro problema é o celular. Tudo bem que a gente vê muitos homens por aí tagarelando ao celular enquanto dirige, mas também tem muita mulher indo pelo mesmo caminho. “O ato de dirigir, por si só, já nos ocupa toda a atenção. E numa fração de segundos podemos estar diante de situações inesperadas, mesmo em ruas de pouco movimento”, alerta Antonio Cesar Costa, consultor da Oficina Brasil.

Ele exemplifica: “Pode haver uma criança que se desvencilha da mãe e atravessa em nosso caminho, uma pessoa de mais idade que muitas vezes atravessa sem a devida atenção, um motociclista que faz uma manobra mais arriscada etc. O certo é estacionar o carro, atender ao telefone e só depois seguir caminho.”

A condutora também precisa escolher bem o que vestir antes de entrar no carro. Saltos que podem ficar presos entre os pedais e pulseiras que enroscam no câmbio podem provocar acidentes graves. “Use roupas confortáveis, que possibilitem os devidos movimentos. Casacos pesados, por exemplo, dificultam a trocar a marcha do veículo ou o manuseio do volante”, explica Jaime, da Porto Seguro.

Os calçados precisam ficar presos aos nossos pés e não ter a sola lisa. Dessa forma, Jaime não aconselha o uso de salto alto, pois o salto pode quebrar e travar os pedais de freio, embreagem ou acelerador. “Uso de chinelos, rasteirinhas e tamancos também não é recomendado. Podem escorregar dos pés, comprometer a condução do automóvel e, em casos mais extremos, causar acidentes.”

Remédios e direção

Mulher também sempre tem um remedinho para curar tudo, mas é importante lembrar que a combinação medicamento e direção não é nada legal. Segundo Mika Yamaguchi, farmacêutica e Consultora Técnica da Biotec Dermocosméticos, a mulher deve evitar os medicamentos que afetam principalmente o sistema nervoso central.

“Eles diminuem o nosso reflexo motor e causam sonolência, tontura entre outros sintomas, diminuindo muito as nossas respostas frente aos obstáculos”, explica. “Esse tipo de medicamento sempre deve ser tomado com orientação médica. E leia a bula, pois ela dará uma noção de quanto tempo o medicamento terá efeito”, completa. Se você estiver ingerindo outro tipo de substância, avise o especialista, pois pode ocorrer interação medicamentosa e outros efeitos colaterais.

Fonte: Vila Mulher (Via Portal do Trânsito)

One Reply to “Batom e direção não combinam”

  1. Adorei essa matéria! Se lembra da época de quando a cidade de São Paulo era inundada de outdoors? Aquilo sim era um atentado! As propagandas ofereciam um convite a dispersão! A prefeitura já fez o que pode!
    Agora conversar muito com o passageiro, mudar a sintonia do rádio, se maquiar e mandar msg no celular são vícios pessoais que nós mesmos precisamos mudar. O risco do carro se transformar numa arma é grande!