Dois VLTS batem durante manobra para abastecer no Recife


O incidente ocorreu no sábado de carnaval, mas a notícia não chegou a ser divulgada.De acordo com o gerente de Operações do Metrorec, João Dueire, Os dois trens estavam acoplados e tinham sido levados por um maquinista para abastecer.

Segundo Dueire houve o desacoplamento dos trens. “A gente acredita que o maquinista quando percebeu que o primeiro  trem, onde ele estava, ficou mais leve deve ter reduzido a velocidade e o segundo trem que fazia o movimento da inércia bateu na traseira do outro”, revelou. Não houve feridos no incidente e segundo João Dueire não há necessidade de abrir sindicância para apurar o fato.

A máscara frontal do VLT danificado vai ser refeita pelo fabricante. “O trem é feito de vidro e fibra e trincou em várias partes. Nós já fizemos o pedido ao fabricante”, revelou o gerente de operações.

O incidente não deverá alterar o cronograma para as operações regulares da linha do VLT Cajueiro Seco/Cabo de Santo Agostinho, que já opera nos finais de semana. “O VLT já está operando nessa linha e teve uma participação importante no carnaval. A previsão é que a operação diária seja iniciada em março”, revelou.

Dos sete VLTs adquiridos pelo Metrorec, somente três irão operar na linha inicialmente. “Nós já estamos com os trens prontos para operar. Esse incidente não modifica em nada nosso cronograma”. Já a linha Sul, que aguarda novos trens para iniciar a operação da integração do metrô com o Terminal Tancredo Neves, depende da conclusão do treinamento dos maquinistas.

De acordo com o gerente de manutenção, Bartolomeu Carvalho, o treinamento será concluído em 30 dias. “Para fazer a integração com o Tancredo Neves será necessário mais um trem. Passando de seis para sete tres operando na Linha Sul”, revelou. Além dos VLTs, o Metrorec adquiriu 15 trens para reforçar as linhas Sul e Centro. Nenhum dos novos trens ainda entrou em operação.

A imagem da foto não corresponde aos veículos do incidente e serve apenas para ilustrar.

O requinte e a mobilidade

Por

Tânia Passos

As coisas boas e bonitas são atraentes. Na mobilidade não é diferente. Ruas e calçadas bem cuidadas e arborizadas tornam a caminhada mais fácil e possível. O cuidado com a qualidade das intervenções para tornar os ambientes atraentes para os deslocamentos não motorizados, em especial, o pedestre, é um detalhe que precisa ser levado muito a sério. E chamo atenção aqui para dois exemplos emblemáticos na cidade do Recife: as calçadas no desenho das pedras portuguesas e as passarelas.

Em relação às calçadas em pedra, uma característica arquitetônica que herdamos dos portugueses, não foram incorporadas aqui com os cuidados necessários para garantir uma boa acessibilidade. Os nossos granitos “portugueses” são inviáveis do ponto de vista da acessibilidade. E há uma razão para isso. Nunca houve o cuidado e o requinte que o passeio exige.

Quem dera, essa herança portuguesa fosse hoje um dos nosso orgulhos não apenas pela beleza, mas pela eficiência. Polir pedra por pedra para nivelar a superfície é um cuidado que há lá fora, mas não aqui. Nos contentamos, até então, com a beleza dos desenhos e deixamos o nosso conforto e segurança em último plano. Ousamos reclamar apenas dos buracos provocados pela ausência de manutenção. Um degrau muito abaixo do que se poderia supor requinte. Afinal para que tanto trabalho e dedicação com um simples pedestre?

Já o uso da passarela é um desafio para os planejadores urbanos. A presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), Vitória Andrade, resumiu bem a razão dessa dificuldade. Segundo ela, o pedestre, na maioria das vezes, prefere se arriscar pela passagem em nível. Além de encurtar distância ele não se sente atraído em fazer a travessia pela passarela.

A arquiteta compara as passarelas de Londres, verdadeiras obras de arte, que são pontos de confluência e não apenas de passagem, com as nossas, muitas vezes inseguras e desconfortáveis. É verdade que ainda estamos muito longe desse nível, mas as nossas pedras que ainda resistem podem e devem ter um melhor tratamento. Mobilidade também é requinte.

Duplicação da BR-423 no Agreste vai reduzir tempo de viagem

 

 

A duplicação da BR-423, que começa num entroncamento da BR-232, deve ser concluída em 2016. As obras começam ainda em outubro deste ano. Nesta sexta-feira (15), a Secretaria dos Transportes vai realizar duas audiências públicas para discutir as mudanças com os moradores dos municípios beneficiados: Lajedo, Cachoeirinha, Jupi e Garanhuns. A meta é reduzir os tempos de percurso e beneficiar as cidades economicamente.

A primeira audiência acontece às 9h, no auditório da Comissão de Desenvolvimento do Agreste Meridional (CODEAM), em Garanhuns. A segunda será realizada às 15h, no Millenium Sport Clube, em Lajedo. “As observações dos moradores serão levadas em conta. Podemos alterar os projetos caso as sugestões deles sejam tecnicamente viáveis”, afirmou o secretário dos Transportes de Pernambuco, Isaltino Nascimento.
A rodovia federal a ser duplicada é o principal acesso ao Agreste Meridional do estado. A duplicação também vai auxiliar no escoamento da produção da bacia leiteira. Serão investidos R$ 500 milhões nas obras, sendo 10% de investimento do estado, e o restante de recursos do PAC 2.

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Maior de 16 anos com carteira de motorista defende projeto

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4615/12, do deputado Roberto Britto (PP-BA), que permite a concessão de Carteira Nacional de Habilitação Especial ao maior de 16 anos de idade, desde que o responsável legal se comprometa com as atitudes do condutor.

O candidato terá de comprovar estar cursando o ensino médio, e a condução será limitada a veículos de passeio em áreas urbanas. O projeto acrescenta artigo ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

“Os pais ou responsáveis devem educar seus filhos impondo limites e cobrando responsabilidades”, diz o autor do projeto. “Quando os pais defendem o direito do filho maior de 16 e menor de 18 anos de conduzir o veículo da família é pela necessidade de dar-lhes responsabilidade e torná-lo cumpridor de suas obrigações.”

Tramitação
O projeto tramita em conjunto com o PL 571/11, que será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, as propostas serão votadas pelo Plenário.

 

Fonte: Agência Câmara

Quase 500 ônibus depredados no carnaval do Recife. Um prejuízo de R$ 155 mil


Houve uma redução no número de ônibus depredados no Carnaval 2013 da Região Metropolitana do Recife. Este ano, 489 ônibus sofreram algum tipo de depredação. No ano passado, foram 612 ônibus. A fúria contra os veículos que realizam o transporte público é tão irracional quanto impunitiva.

O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano divulgou o balanço dos estragos, mas sem balanço das punições. O custo do prejuízo chega a R$ 155 mil e a conta, claro, virá nas próprias tarifas. Entre os itens mais danificados estão: vidros, janela corrediça, alçapões de teto, vidros das portas, traseiros e parabrisa dianteiro, além dos retrovisores externos.

Como não é a primeira vez que isso acontece, deveria ser possível  implantar medidas preventivas e punitivas. Os veículos danificados vão ficar de fora de circulação até que sejam reparados. Entre as empresas, a Itamaracá foi a que mais sofreu danos.

Confira a relação das empresas que tiveram ônibus danificados:

Itamaracá -117

Borborema -65

Caxangá – 50

Cidade Alta – 50

Santa Cruz – 44

Lei Seca tem 68% a mais de abordagens, mas reduz multas por alcoolemia

 

Operação Lei Seca teve, no Carnaval de 2013, um aumento de 68% no número de abordagens a veículos, em relação ao mesmo período do ano passado. Das 22h de sexta-feira (08/02) até 7h da manhã desta Quarta-feira de Cinzas (13/02), foram parados 11.915 veículos em 66 blitzes montadas na RMR e Interior, contra 7.084 em 2012.

O saldo foi de 150 CNHs apreendidas (108 no ano anterior), 53 (contra 32) constatações de teor de álcool acima do permitido, 73 (151 em 2012) recusas ao teste bafômetro e aplicação de 694 multas (contra 466), sendo 132 por alcoolemia.

No Carnaval passado, 195 foram multados por consumo de álcool antes de dirigir. “Esse crescimento significativo no número de abordagens é reflexo do aumento o número de equipes da Lei Seca, de 6 para 9 em um ano, e também da conscientização dos condutores. Isso porque tivemos redução de 50% no número de crimes, uma queda de 51% nas recusas e uma diminuição de 16,6% nas CNHs recolhidas, gerando maior fluidez e volume de abordagens. Aumentamos as constatações em 65% porque este ano a lei se tornou mais rigorosa, com tolerância zero ao consumo de bebida alcoólica antes de dirigir”, avalia o tenente-coronel André Cavalcanti.

Também houve, no balanço geral, 106 reboques, contra 69 no ano passado. Dos veículos abordados, 5.074 eram motos, 5777 em carros de passeio e 377 táxis. As motos foram o tipo de veículo com maior percentual de aumento nos pontos de fiscalização, em relação ao ano passado: 108% (passando de 2442 para 5777).

No total, 218 profissionais estiveram envolvidos na operação, que este ano teve o incremento de ações de mobilização social, feita por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde, com distribuição de preservativos, materiais informativos e orientações sobre a disposição da rede hospitalar, incentivo à alimentação saudável, hidratação e uso de protetor solar, o que agradou aos condutores e passageiros.

Emergências hospitalares – O Carnaval de 2013 foi de tranquilidade nos serviços de emergência administrados pela Secretaria Estadual de Saúde. Das 19h da sexta (08/02) até as 24h terça-feira (12/02), a Secretaria Estadual de Saúde registrou 37.426 atendimentos em todas as unidades da rede, que inclui 29 hospitais e 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) distribuídos por todo o Estado.

Esse número representa uma redução de quase 15% em relação ao ano de 2012, quando foram registrados 43.856 atendimentos. Devido ao planejamento feito pela SES, a avaliação é que a rede  funcionou em sintonia, de forma ordenada e com equilíbrio da demanda entre os diversos serviços. As 14 UPAs de Pernambuco já atenderam mais 21.680 pessoas, com grande procura pelas unidades de Olinda, Caxangá, Curado e Caruaru

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde

Projeto autoriza penhora de bem de família para indenização de trânsito

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4605/12, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que autoriza a penhora de bens de família para pagamento de indenização de natureza alimentar decorrente de acidente de trânsito.

A proposta altera a Lei 8.009/90, que trata da impenhorabilidade de bens de família. A lei, no entanto, prevê algumas exceções nas quais o bem pode ser penhorado, como para pagamento de créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias e também pelo credor de pensão alimentícia.

O deputado argumenta que em grande parte das vítimas de acidentes de trânsito restam sequelas que as “tornam impedidas de prover o seu próprio sustento e o de suas famílias”. Outra parte dessas vítimas, acrescenta, morre e deixa seus familiares em dificuldades.

“O Poder Judiciário, acertadamente, vem concedendo às vítimas indenizações de caráter alimentar, de forma a garantir o sustento dessas famílias”, destacou Major Fábio.

Ainda de acordo com o parlamentar, muitas vezes, o criminoso do trânsito busca evitar tal indenização. “Procuramos uma forma de aumentar a garantia de que tais pagamentos se realizarão”, concluiu.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Motorista que causou morte terá que ressarcir R$ 500 mil ao INSS

 

O Rio Grande do Norte é o segundo estado do país a exigir de um motorista, condenado por provocar um acidente de trânsitos com morte, os custos com a indenização da viúva da vítima. A iniciativa partiu da Procuradoria Federal no RN, com base na lei 8.213, de 1991, que possibilita ao INSS entrar com uma ação regressiva para ressarcimento no caso de negligência em acidentes.

O procurador federal Felipe Dantas explica que se trata de uma evolução da lei. “É uma evolução do uso que se faz dessa leu original. É uma autorização geral que a lei dá a qualquer pessoa que sofra um dano a ser ressarcida por este dano”, ressaltou.

De acordo com a sentença, Andson Alves da Silva terá que ressarcir cerca de R$ 8 mil aos cofres do INSS, referentes às parcelas já pagas e também arcar com as que ainda estão por vencer da pensão concedida à viúva de José Nilson da Rocha Xavier, o que dá um montante de R$ 520 mil. José Nilson morreu em agosto de 2011, durante acidente provocado por Andson. O caso foi mostrado pelo RN TV. O acidente aconteceu num trecho da BR 101, nas proximidades de Emaús, em Parnamirim.

Andson, na época com 27 anos, dirigia embriagado, sem habilitação e em alta velocidade. Ele perdeu o controle do automóvel que guiava, invadiu a via oposta e bateu num carro funerário que era dirigido por José Nilson. Os veículos ficaram destruídos. O corpo que estava no carro funerário, que era transportado para o interior do estado, chegou a ser arremessado para fora do caixão.

O procurador Felipe Dantas revelou que este foi o segundo caso de ação regressiva do país. O primeiro ainda corre na Justiça do Distrito Federal. O objetivo do INSS é recuperar prejuízos causados por má condutas de motoristas. O Brasil, de acordo com estudos, é o quinto país do mundo em número de acidentes de trânsito com vítimas fatais. Estatísticas confirmam que são 50 mil mortes por ano. E os gastos públicos chegam a R$ 8 bilhões.

O procurador federal diz ainda que Andson será cobrado judicialmente. Mas, independente de o rapaz ter ou não condições de pagar, a pensão da viúva está garantida pelo INSS. O que se espera com a sentença, é a criação de uma maior consciência quanto as leis de trânsito.

“A relação previdenciária do INSS com o seu segurado, com o beneficiário, ele permanece. Independentemente de o INSS ser ressarcido ou não, os benefícios vão ser pagos. Quando nós ajuizamos este tipo de ação, nós queremos o ressarcimento para recompor os cofres da Previdência e a criação de uma cultura de respeito às normas que regulam os riscos, especialmente os riscos de trânsito”, concluiu Felipe Dantas.

Fonte: 180 graus (via Portal do Trânsito)

De volta ao começo. O Plano de Mobilidade do Recife será refeito

Por

Ana Luiza Machado

O Plano de Mobilidade Urbana do Recife, enviado pela gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), encontra-se na Câmara Municipal há exatos um ano e sete meses, mas deve ser retirado para análise do prefeito Geraldo Julio (PSB). Junto com o projeto irá o voto do relator, o ex-vereador Múcio Magalhães (PT), que opinou pela rejeição e justificou ponto a ponto as falhas do projeto, que recebeu ao longo do tempo 59 emendas.

As melhorias na mobilidade, na acessibilidade, nos transportes públicos, na implantação de ciclovias, criação de políticas públicas para áreas de morro, no entanto, não terão condições de ser atendidas com a urgência necessária. Isso porque, caso o Executivo acate as sugestões do relator e realize os estudos tidos como importantes, a exemplo da pesquisa origem/destino e Plano de Adensamento Urbano, irá demandar tempo que só se somará com o trâmite legislativo.

“A falta de estudos centrais, superficialidade de todo o projeto enviado à Câmara, apesar da boa intenção, me levou a rejeitá-lo. A retirada do plano pelo prefeito confirma que a nossa avaliação está correta. Espero que seja apresentado um novo projeto à altura da complexidade da cidade”, afirmou Magalhães. O líder do governo Gilberto Alves (PTN) antecipou ao Diario que fará uma emenda ao regimento interno para criação da comissão de Mobilidade e Ordenamento Urbano. Para discutir ações na área, a Câmara aprovou ontem a ida do secretário de Mobilidade, João Braga, no dia 20.

Saiba mais

Análise do relator que culminou na rejeição do Plano de Mobilidade Urbano

Transporte Fluvial
O plano pretende combater o assoreamento e recuperar as margens dos rios para implantação dos serviços de transporte de passageiros, transportes turísticos e de carga e descarga. Porém, há necessidade de estudos técnicos prévios para analisar a viabilidade deste projeto. Recomenda que as ações estejam conectadas com o projeto de navegabilidade estadual.

Centralidade Urbana (áreas de concentração de atividades comerciais)
O plano não detalha como essas centralidades se inserem na mobilidade. O relator cita como exemplo de centros comerciais: Encruzilhada, Casa Amarela, Afogados e Beberibe e diz que o plano deve recomendar o fortalecimento desses centros comerciais sugerindo melhorias na mobilidade e revitalização dessas áreas.

Calçadas
Ausência de detalhamento e planos de ação que pudessem ser implantadas para melhorar a qualidade das calçadas. Constava apenas a pretensão da implantação da infraestrutura de acessibilidade, arborização, ciclovias e passeio de pedestre. O relator cita a necessidade de se analisar estudos sobre calçadas de especialistas em transporte, como Marcos Antônio Ferreira e Suely Sanches.

Pesquisa Origem/Destino
Diz que é “contraditório” a produção do Plano de Mobilidade sem a realização de uma pesquisa aprofundada sobre Origem/Destino, que detalha o sentido do deslocamento da população recifense nos últimos anos. O último estudo realizado neste sentido aconteceu em 1997 e, portanto, encontra-se desatualizada para servir de base para um projeto de futuro para a mobilidade da cidade.

Bicicletas
O plano não traz cronograma de execução das ciclovias, nem quais fontes de financiamento serão utilizadas para viabilizar a construção delas. A sugestão é que a prefeitura estimule às empresas privadas para criação de bicicletários como um incentivo a veículos não motorizados. Como contrapartida, poderia oferecer incentivo fiscais às empresas que aderissem à medida.

Táxis
Ausentes no Plano, foram colhidas em audiência pública com os taxistas sugestões para a frota de táxi. São elas: incentivo às empresas para implantação de um sistema que permita ao usuário chamar táxis pela internet; autorização para circulação dos táxis no corredores exclusivos de transporte público de passageiros; e implantação de GPS integrados com a SDS e a CTTU.