Em caso de acidente, o carro deve ser removido da via?

Um acidente atrapalha o trânsito. Sete acidentes atrapalham muito mais. Um engavetamento envolvendo sete carros na Avenida Boa Viagem, trouxe um transtorno de quase três horas. O engavetamento ocorreu pela manhã e só no início da tarde a pista foi liberada. O acidente , que causou o transtorno é apenas pano de fundo para uma discussão que precisa ser levada a sério. Afinal de contas, em caso de acidente, sem vítimas, a pista é ou não liberada? Deveria ser, mas existe ainda uma situação mal resolvida entre o que diz a Companhia de Trânsito e o que dizem as seguradoras.

Na dúvida , os segurados decidem não tirar o carro do lugar. Só o carro que estava na frente e sofreu danos menores, o motorista preferiu sair por conta própria. No acidente em questão, o último motorista que entrou no engavetamento sofreu um corte na cabeça, mas não chegou a ser socorrido para um hospital. Ficou no local acompanhando o desenrolar da ocorrência.

Como houve uma vítima com um corte, teve que se esperar a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística (IC). O agente de trânsito, que chegou ao local uma hora depois, tentava entender a história para saber se poderia ou não liberar o tráfego. Enquanto isso, uma fila enorme se formava de motoristas impacientes querende saber, enfim, a razão da pista não ter sido liberada.

A faixa de pedestre, o pedestre e o motorista

A campanha que está sendo realizada em São paulo pela valorização da faixa de pedestre tem mostrado resultado no bolso de quem ainda não entendeu a importância da faixa. No balanço da campanha em favor da travessia segura foram computados cinco mil multas no período de 8 a 21 de agosto. Destas, 2.579 foram para motoristas que não deram preferência ao pedestre. Além disso, 1.300 condutores foram multados por não utilizarem a seta indicativa de mudança de direção.

Mas o trabalho educativo desenvolvido pela Central de Engenharia de Tráfego (CET) não é voltado apenas para os motoristas. O centro de treinamento da CET atua também na conscientização dos pedestres. Alunos de escolas públicas ou privadas tem turmas agendadas todos os dias para aprender o bê- a- bá dos pedestres.

Eles são recebidos por um grupo de educadores e recebem noções básicas sobre os cuidados no trânsito. Depois vão para a aula prática. No local funciona um centro urbano cenográfico com faixas de pedestres e semáforos.

Eles aprendem como fazer a travessia e o como se comportar em vias, onde não existam faixas de pedestre. Nesses casos, a orientação é fazer a travessia em linha reta e nunca em transversal e o mais o longe possível das curvas. As crianças aprendem direitinho. Só precisam aplicar isso também quando se tornarem motoristas.