Metade das vias navegáveis brasileiras têm pontecial econômico

Rio Capibaribe vai ter trecho navegável no Recife - Foto - Gil Vicente DP/D.A.Press
Rio Capibaribe vai ter trecho navegável no Recife – Foto – Gil Vicente DP/D.A.Press

O Brasil dispõe de uma das maiores redes hidrográficas do planeta, mas ainda utiliza muito pouco desse potencial. Dos 63 mil quilômetros de extensão existentes, apenas 41.635 km são de vias navegáveis e, destas, apenas 20.956 km (50,3%) são economicamente navegadas.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira(11), são da Pesquisa CNT da Navegação Interior 2013. O relatório traça um panorama desse modo de transporte no Brasil. O levantamento pontua as características da infraestrutura, a movimentação de cargas, os principais gargalos e apresenta soluções para o aperfeiçoamento do sistema hidroviário nacional.

Entre os principais problemas do setor identificados na Pesquisa estão a ausência de manutenção nas vias navegáveis, a falta de investimentos do governo, o alto custo de manutenção da frota e o excesso de burocracia.

Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, se o modal hidroviário fosse mais utilizado no Brasil, a economia nacional seria fortalecida. “Esse sistema de transporte gera redução nos custos da movimentação de cargas, aumentando, assim, a competitividade dos nossos produtos. Além disso, a utilização das hidrovias aumenta a segurança e reduz o consumo de combustíveis e a emissão de gases do efeito estufa”, afirma.

De acordo com a Pesquisa, os níveis de investimentos em infraestrutura hidroviária apresentam-se abaixo das necessidades do setor. No acumulado entre 2002 e junho de 2013, o valor de investimentos autorizados pelo governo federal no setor foi de R$ 5,24 bilhões, mas apenas R$ 2,42 foram realmente aplicados.

Segundo estimativas da CNT, são necessários investimentos de, aproximadamente, R$ 50,2 bilhões em melhorias na infraestrutura das hidrovias no país. As intervenções propostas abrangem, entre outras, abertura de canais, aumento de profundidade, ampliação e construção de terminais hidroviários, construção de dispositivos de transposição (eclusas), dragagem e derrocamento em canais de navegação e portos.

Na Pesquisa CNT da Navegação Interior 2013 também foram identificados os principais componentes dos custos da atividade. O valor do combustível é o principal item, seguido pelos gastos com tripulação, tributos e mão de obra avulsa.

Ainda foram avaliadas as conexões das hidrovias com os outros modais de transporte. Os acessos ferroviários ocorrem em número bastante reduzido, o que impede um melhor desempenho logístico do país.

Nos acessos rodoviários, foram verificadas deficiências, como estado precário de conservação das vias e ausência de pavimentação. Nos acessos hidroviários, os principais problemas estão relacionados à profundidade do canal, à falta de sinalização e balizamento e à profundidade insuficiente de berços.

Outro gargalo do setor identificado diz respeito à construção de usinas hidrelétricas sem a implantação de eclusas que permitam a navegação dos rios.

O relatório aponta a necessidade do compartilhamento correto das águas, como previsto em lei, considerando os empreendimentos de geração de energia e a navegação.

Com a apresentação da Pesquisa CNT da Navegação Interior 2013, a Confederação oferece as bases para a criação de políticas públicas que fortaleçam a utilização de um modal mais eficiente, mais seguro e menos poluente.

Fonte: Agência CNT

Zona Verde ocupa estacionamento no centro de São Paulo

 

Zona Verde ocupa vaga de dois carros em São Paulo
Zona Verde ocupa vaga de dois carros em São Paulo – Foto – reprodução internet

As “Zonas Verdes” foram inspiradas nos “parklets” criados em São Francisco, nos Estados Unidos, e surgem como forma de converter o espaço de estacionamento de automóvel na via pública em área recreativa temporária. O objetivo central do projeto é estimular a discussão das cidades para as pessoas e o uso do solo com equidade.

Este conceito inclui instalar áreas de lazer e convívio entre as pessoas em espaços anteriormente ocupados por carros, bem como em áreas que podem ativar determinadas ruas, bairros ou cidades.

Pesquisa realizada com cerca de 1.000 usuários durante a primeira etapa, realizada durante o Design Weekend em Agosto de 2013 em dois endereços: Rua  Amauri – Itaim e Rua Maria Antônia na Vila Buarque – Centro de São Paulo revelou a importância do desenvolvimento de áreas permanentes para o pedestre. O projeto teve 100% de aceitação tanto para pedestres , quanto para motoristas.

A cidade de São Paulo possui 37 mil vagas de zonas azuis, sendo que 32 mil são destinadas exclusivamente para automóveis particulares sem prioridade, o número de automóveis registrados no Detran-SP superam a casa dos 7 milhões de unidades, atualmente cerca de 1.500 carros zeros são incorporados diariamente na frota circulante de São Paulo.

Na prática,o número de vagas é insuficiente para atender uma demanda de automóveis na cidade de São Paulo, o  que teoricamente poderia ser negativo para a intervenção, porém o resultado mostrou-se bastante positivo na prática, os motoristas tem a exata noção de que mesmo que dobrasse  o número de estacionamentos, ainda assim eles seriam insuficientes para atender a demanda crescente de estacionamentos.

O número de pessoas com respostas contra a criação de novos estacionamentos de carro é praticamente o mesmo entre motoristas e pedestres, 88% para  quem não tem carro e 77% de quem possui carro ( são contra a criação de mais estacionamentos zonas azuis).

Apenas 5% de quem tem carro e 2% de quem não tem foram favoráveis  da ampliação dos estacionamentos de zonas azuis na cidade.  No entanto para  100%  das pessoas consultadas sobre  o uso de zonas azuis, foram favoráveis  para criação de “Zonas Verdes” permanentes  no espaço de dois automóveis, todos eles  consideraram Excelente ou Boa a iniciativa.

A pesquisa também identificou que na faixa etária dos  26 a 31 anos, contem  o grupo com maior motorização ( 98% de proprietários de carro) , no entanto é o grupo que menos utiliza o carro, com cerca de 78% utilizando o carro apenas uma vez por semana e 22 % utilizando  2 ou mais vezes por semana. Isso demonstra que os mais jovens tem uma percepção diferente de cidade e faz o uso mais racional do carro.

Fonte – Instituto Mobilidade Verde (via Portal Mobilize)

25 mil pessoas ainda não trocaram a carteira de livre acesso pelo VEM

 

vem livre acesso Foto - Tania Passos DP/D.A.Press

As pessoas com deficiência devem ficar atentas ao prazo para trocar a antiga carteira de Livre Acesso pelo cartão VEM. Os beneficiários têm até o dia 30 de dezembro para comparecer ao posto de atendimento, na Rua da Soledade, com os documentos e garantir o direito à gratuidade.

Para realizar a troca do documento é necessário fazer o agendamento através do site www.vemlivreacesso.com.br ou pelo telefone 3125.7585, das 7h às 19h, de segunda a sábado. No momento da troca é indispensável que a pessoa com deficiência apresente o CPF, leve a Carteira de Livre Acesso, que será retida, e mostre o comprovante ou o número do agendamento.

A Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco) disponibilizou para a operação 20 guichês exclusivos, que funcionam de segunda a sábado, das 8h30 às 17h30. Caso a pessoa com deficiência tenha perdido a Carteira de Livre Acesso é necessário que ele retire a segunda via, para só então fazer a troca.

O objetivo é garantir ao beneficiário o direito da gratuidade sem fraude. Das 97 mil pessoas que trocarão seus cartões pelo VEM Livre Acesso, 72 mil já agendaram o atendimento e outras 25 mil ainda precisam fazer o agendamento.

BIOMETRIA – A Urbana-PE está iniciando o processo de biometria no sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife com o cadastramento dos usuários do VEM Livre Acesso. O processo vai garantir ainda mais segurança ao sistema. A biometria dos demais usuários do cartão será feita durante 2014.

Norte/Sul chega à Avenida Dantas Barreto e Rua Riachuelo, no Recife

 

Avenida Dantas terá estações do BRT para o corredor Norte/Sul - Foto - Edvaldo Rodrigues DP/D.A.Press
Avenida Dantas terá estações do BRT para o corredor Norte/Sul – Foto – Edvaldo Rodrigues DP/D.A.Press

A Secretaria das Cidades inicia nesta quarta-feira (13/11), os serviços para a construção das estações de embarque e desembarque de passageiros da Av. Dantas Barreto e Rua do Riachuelo, no centro da cidade. A obra integra o Corredor Exclusivo de Transporte Rápido de Ônibus do eixoNorte/Sul.

A intervenção vai começar com a remoção das interferências nos locais. O Consórcio EMSA/ATERPA – responsável pela obra – executará os serviços de remoção da vegetação e limpeza da área. A retirada da iluminação será feita pela Prefeitura do Recife. Após essa etapa, começam os serviços de construção da estação.

Em virtude da obra, a operação das linhas de ônibus que trafegam no trecho entre a Praça da República e a Av. Nossa Senhora do Carmo, na Avenida Dantas Barreto será alterado. A mudança acontecerá com o ponto de parada de 11 linhas.
O mesmo acontecerá na Rua do Riachuelo onde uma parada de ônibus será alterada.

Com isso, entre a Rua da União e Rua da Saudade, a parada de nº 180076, localizada do lado oposto ao Circulo Católico, será realocada. As linhas 645 – Av. Norte (Macaxeira), 915 – PE-15 (Rua do Sol), 979-Paulista (Rua do Sol)-Expresso, que fazem trajeto sentido cidade/subúrbio e atendiam a esta parada, agora passarão a utilizar o ponto de ônibus provisório que será realocado na Rua do Hospício, ao lado da Faculdade de Direito.

Nos primeiros dias da alteração, o Consórcio irá disponibilizar divulgadores para auxiliar os passageiros e cartazes serão implantados nas paradas de ônibus com as informações referentes às mudanças.Em caso de dúvidas, o Consórcio disponibiliza a Central de Atendimento ao Cliente, pelo 0800.081.0158. Lembramos que o serviço da CAC funciona todos os dias, das 07h às 19h.

Nesta etapa, será necessária a supressão vegetal de 11 árvores na Av. Dantas Barreto.  Entre as espécies estão macaíbas, algodão de praia, ipê roxo e ingá. Todas as licenças para a supressão da vegetação foram dadas pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura do Recife e pela CPRH.A compensação ambiental será feita com o plantio de mudas de espécies variadas (no percentual de 1×2 – o dobro de árvores: 22), no bairro de Santo Amaro.

Confira a lista das linhas que terão ponto de parada alterado na Avenida Dantas Barreto:
1. 976 PAULISTA (PREFEITURA)
2. 621 ALTO TREZE DE MAIO
3. 741 DOIS UNIDOS
4. 122 VILA DO IPSEP
5. 193 TI TANCREDO NEVES (PRÍNCIPE)
6. 860 TI XAMBA (PRINCIPE)
7. 971 AMPARO
8. 973 CASA CAIADA
9. 993 CONJUNTO PRAIA DO JANGA
10. 822 JARDIM BRASIL I (CRUZ CABUGÁ)
11. 824 JARDIM BRASIL II (CRUZ CABUGÁ

Confira, abaixo, as modificações a serem realizadas durante as obras, no sentido Praça da República/Av. Nossa Senhora do Carmo, na Avenida Dantas Barreto:

 As linhas 621 –Alto Treze de Maio e 971 – Amparo que utilizam as paradas nº 180210 e nº 180212 respectivamente passarão a utilizar a parada provisória que será implantada próximo à parada nº 180213, localizada no lado oposto ao antigo prédio do INSS.

A linha 741 –Dois Unidos que utiliza a parada nº 180210 será transferida para a parada nº180223, próxima ao Edifício da AIP (nº 576).

As linhas 822 –Jd. Brasil I (Cruz Cabugá) e 824 – Jd. Brasil II (Cruz Cabugá), que utilizam a parada nº 180227, serão transferidas para a parada nº 180214, localizada no lado oposto ao antigo prédio do INSS.

As linhas 973 –Casa Caiada e 993 – Conj. Praia do Janga, que utilizam as paradas nº 180212 e 180229, serão transferidas para a parada nº 180226, localizada no lado oposto ao nº 525 da avenida.

As linhas 122 –Vila do Ipsep e 193 – Tancredo Neves (Príncipe) que utilizam a parada nº 180211 serão transferidas para a parada nº 180224, localizada em frente ao Edifício da AIP (nº 576).

A linha 976 – Paulista (Prefeitura), que utiliza a parada nº 180209, será transferida para a parada nº 180213, localizada no lado oposto ao antigo prédio do INSS e continuará atendendo a parada nº 180230, localizada na Av. Nossa Sra. do Carmo.

Fonte: Secretaria das Cidades

No Recife, Avenida Guararapes se prepara para receber estação do BRT

 

Avenida Guararapes - Relocação das Palmeiras para instalação da estação do BRT
Avenida Guararapes – Relocação das Palmeiras para instalação da estação do BRT – Foto Bruna Monteiro DP/D.A.Press

Começam as obras de implantação de estações do BRT no centro do Recife. As primeiras intervenções ocorrem na Avenida Guararapes. As palmeiras do canteiro central estão sendo  retiradas para dar lugar a uma estação de embarque e desembarque de passageiros.

As árvores estão sendo replantadas a uma distância de cerca de 40 metros do local. A operação começou a ser realizada no final da noite desta segunda-feira, em frente à sede dos Correios.

De acordo com a Secretaria das Cidades, a obra faz parte do projeto Corredor Norte-Sul, exclusivo de transporte rápido de ônibus e não irá alterar as paradas de ônibus ou o itinerário das linhas que circulam pelo local.

O órgão acrescenta que a retirada da vegetação foi aprovada pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura do Recife e pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Passarela do aeroporto do Recife será inaugurada em janeiro de 2014

Passarela do aeroporto do Recife. Iniciada a intalação da esteira rolante - Foto - Cristiane Silva DP/D.A.Press
Passarela do aeroporto do Recife, iniciada a intalação da esteira rolante – Foto – Cristiane Silva DP/D.A.Press

O último dos 14 módulos de ferro usados na sustentação da passarela do Aeroporto Internacional do Recife – Guararapes/Gilberto Freyre, será instalado até o fim deste mês. Para evitar maiores impactos no trânsito da Avenida Mascarenhas de Morais, por onde a passarela cruza para se conectar com a estação do metrô, as interdições para a obra estão sendo feitas no horário noturno.Segundo a Secretaria das Cidades, cerca de 70% da obra já foi concluída, mas a inauguração do equipamento só deve ocorrer na primeira semana de janeiro de 2014.

A esteira rolante de 220 metros de extensão já começou a ser montada nos módulos que já foram concluídos. Orçada em R$ 23 milhões, ela terá 461,27 m de comprimento e 9,60 m de largura a uma altura de 15,5 m. Além da esteira rolante, haverá ainda elevador e escada. A cobertura do equipamento permitirá a circulação da ventilação natural pelas laterais.

“A gente preferiu não fazê-la climatizada para reduzir os custos de manutenção”, explicou o secretário das Cidades, Danilo Cabral. Por ser uma obra do governo do estado, diretamente ligada à operação do transporte, a manutenção ficará a cargo do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano e não da Infraero.

Já foram montados 13 dos 14 módulos de sustentação da passarela. Foto - Cristiane Silva DP/D.A.Press
Já foram montados 13 dos 14 módulos de sustentação da passarela. Foto – Cristiane Silva DP/D.A.Press

Ainda segundo o secretário das Cidades, toda a estrutura física será concluída até o fim de dezembro, mas somente em janeiro ela entrará em operação. “São necessários alguns testes antes que a passarela seja liberada para uso, por isso estamos programando para a primeira semana de janeiro”, revelou o secretário.

O acesso à passarela pelo aeroporto será na frente do portão B6 (embarque) no primeiro piso. O equipamento segue cruzando a Avenida Mascarenhas de Moraes, passa por um trecho da Rua Barão de Souza Leão, bem na frente do Colégio Maria Tereza, até chegar ao Terminal Integrado do Aeroporto e à Estação do Metrô.

O aeroporto do Recife será o único do país, entre as cidades-sede da Copa do Mundo, a ser interligado com o metrô e, por ele, até a Cidade da Copa. Sem a passarela, as condições de travessia para passageiro que desembarca no aeroporto e quer acessar o metrô são praticamente inexistentes. Atravessar oito faixas, sendo quatro por sentido, arrastanta a bagagem desestimula qualquer tentativa de usar o transporte público.

O táxi ou o carro particular são as opções mais usadas por quem chega ou sai do aeroporto. Outra opção é o ônibus que passa na frente da Praça Salgado Filho, mas nesse caso a limitação é quanto às linhas. A oferta maior fica no Terminal Integrado, que fica no lado oposto ao aeroporto, daí a importância da passarela.

Cinquentinhas terão que ser registradas na CTTU

 

Cinquentinha - reprodução/internet
Cinquentinha – reprodução/internet

As motocicletas de 50 cilindradas, popularmente conhecidas como cinquentinhas, terão que ser registradas e licenciadas em Recife. A Câmara de Vereadores aprovou, nesta segunda-feira (11), o projeto de lei de autoria da prefeitura determinando a iniciativa.

A partir de janeiro de 2014, os proprietários das cinquentinhas deverão cadastrar os veículos junto à Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) para obtenção do Certificado de Registro. A Taxa de Cadastro de Veículo Ciclomotor é fixada na nova lei no valor de R$ 10.

Os ciclomotores e seus condutores ficarão sujeitos ao atendimento das exigências da legislação nacional de trânsito, entre elas, as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e portarias do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Para cumprir a nova legislação, a Prefeitura do Recife contará com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), por meio de convênio, para o registro único gerenciado pelo órgão e/ou realização da vistoria dos veículos.

Segundo as informações da prefeitura, a ausência de registro tem prejudicado diretamente as ações de fiscalização, uma vez que não é possível autuar, ficando assim livre o uso das cinquentinhas por motoristas sem habilitação.

De acordo com o Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco, as cinquentinhas já respondem por 30% dos acidentes com motocicletas em Pernambuco, embora correspondam a menos de 15% da frota do Estado.

O secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, afirmou que a capital pernambucana tem, atualmente, mais de 200 mil cinquentinhas, “veículos sem qualquer tipo de controle das autoridades de trânsito”. “O cadastro vai colaborar com as fiscalizações e evitar que pessoas sem carteira de motorista conduzam a moto, além de inibir também que este veículo seja utilizado em crimes”, disse João Braga. Ainda de acordo com o secretário, outras capitais já implantaram a medida, como Salvador, na Bahia.

 

Conheça os maiores obstáculos dos ciclistas nas ruas do Recife

Obstáculos que os ciclistas encontram nas ruas do Recife Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Obstáculos que os ciclistas encontram nas ruas do Recife Foto – Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Pedalar pela cidade pode ser uma atividade perigosa para os ciclistas, mesmo para os mais experientes. Motoristas de ônibus que não respeitam a distância mínima, buracos e ciclofaixas irregulares são apenas alguns dos obstáculos enfrentados diariamente para quem usa a bicicleta como meio de transporte principal ou como lazer e esporte. Para o organizador do grupo Kansadus Ciclo Aventuras, Amâncio dos Santos, o que mais o preocupa na hora de sair de casa com a bike, além do fluxo de carros nos horários de pico, é a má estrutura.

“Faltam faixas exclusivas para bikes e as estradas, ruas e avenidas são impróprias. Se durante o dia as ciclofaixas mal existem, imagina pedalar à noite, com tantos buracos”, conta Amâncio, que também fala da dificuldade de pedalar em dias de chuva.

“A ciclovia móvel na rua Vinte e Um de Abril, em Afogados, disponível nos domingos, passa do mesmo lado que a faixa de ônibus, o que não deveria ocorrer”, afirma. Segundo ele, os ciclistas que trafegam por lazer pelo local passam por apuros quando os ônibus param nos pontos de passageiros. A área seria, supostamente, um espaço para a ciclofaixa.

Para Roberta Tavares, do grupo Amigos Para Sempre (APS – Ciclismo Cultural), um dos problemas dos ônibus é o vácuo de ar provocado quando o veículo passa em alta velocidade próximo ao ciclista. “Com a rapidez e o tamanho do ônibus, o vento que bate depois pode desestabilizar a bicicleta”, justifica ela, que indica pedalar em locais de pouco movimento e em grupo para quem está começando.

Em seus percursos, acidentes como o de um colega que teve que desviar de um carrinho de som que vinha na contramão são mais difíceis de acontecer, mas causam bastante estrago. Já quedas em ladeiras são mais comuns. “Um parceiro nosso desceu uma ladeira em alta velocidade, passou por um buraco pequeno, mas seguiu o percurso, mesmo tendo perdido um pouco do equilíbrio. O que ele não contava é que vinha uma lombada logo em seguida. A queda foi inevitável”, relata Roberta.

Pedalando há 3 anos, como esporte e lazer, o engenheiro Guilherme Aires conta que, para ele, o principal elemento de proteção é não estar sozinho. “Você se sente mais seguro, dificilmente um carro se aproxima tanto do grupo como quando você pedala só”, diz. Foi quando voltava, sozinho, de uma pedalada com o grupo APS no dia das mães deste ano, que sofreu um acidente com um táxi.

“Ele foi me espremendo em direção à calçada e fui me afastando, mas a lateral do carro bateu no guidão da bike e me desequilibrei. Caí no asfalto, o taxista parou o carro pra ver o que aconteceu, mas não prestou socorro. Levei algumas semanas para me recuperar, usando uma tala no braço”, afirma Guilherme Aires.

Veja os 11 itens mais comuns dos obstáculos no Bike PE

Novo ordenamento muda lógica dos estacionamentos nas ruas do Recife

 

Rua dos Arcos só é permitido estacionar em um lado da rua. Foto - Blenda Souto Maior DP/D.A.Press
Rua dos Arcos só é permitido estacionar em um lado da rua. Foto – Blenda Souto Maior DP/D.A.Press

As vias públicas que são verdadeiras “garagens” a céu aberto estão recebendo novos ordenamentos. De forma ainda tímida, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) começa, aos poucos, a disciplinar a permissão ou proibição de estacionamento de acordo com a função das vias arteriais principais, secundárias e coletoras.

Um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal do Recife, no último dia 4, determina o tipo de estacionamento de acordo com as características das vias. A classificação funcional dos corredores, no entanto, ainda remete a uma lei de 1996. E que também precisa ser revista. Pela lei 16.176/96, vias como Avenida Norte, Cruz Cabugá e Conselheiro Aguiar ainda são consideradas artérias secundárias.

Na prática, a classificação implica diretamente no ordenamento de onde é permitido estacionar ou não. Nas artérias principais, a exemplo das avenidas Boa Viagem, Domingos Ferreira e Mascarenhas de Morais, não é permitido estacionar. Já em vias arteriais secundárias e coletoras, quando o trânsito de veículos tem sentido único, não será permitido o estacionamento nos dois lados da via. E com sentido duplo, não será permitido em nenhum dos lados.

A denominação das vias, na verdade, não obedece a um critério objetivo. Segundo o engenheiro e coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), César Cavalcanti, o entendimento não é uniforme.

“Não há padrões objetivos. Ela pode ser determinada dentro de uma categoria e em outra não”, disse. Segundo a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, vias como a Cruz Cabugá já deveriam ser classificadas como artéria principal. “A cidade mudou de 1996 para cá e a Cruz Cabugá hoje tem uma importância, inclusive metropolitana, fazendo ligação com Olinda”, disse.

O disciplinamento dos estacionamentos é um dos aspectos que estão sendo avaliados nas mudanças que a CTTU está implantando. Também estão sendo observados os pontos críticos de congestionamento, de circulação e de risco de acidente. “Na Rua dos Palmares, onde o cruzamento permitia que o motorista fizesse a conversão à direita ou esquerda no cruzamento, dependendo do sentido, elevava o risco de acidente para o pedestre. Agora é proibido”, explicou.

Pequim diminui em 40% cota para venda de novos carros

 

Engarrafamento na China
Engarrafamento na China – Foto – reprodução/internet

Enquanto o Brasil incentiva a venda de carros novos com redução do IPI, a China está limitando as vendas. Confira abaixo a reportagem do Portal EcoD.

Na tentativa de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), a capital da China, Pequim, tomou a seguinte decisão: reduzir em cerca de 40% o limite para vendas de carros novos em 2014 – afirmou nota publicada pelo governo local.

Para se ter ideia, os altos níveis de poluição obrigaram a China a, praticamente, paralisar no mês de outubro um importante centro urbano com uma população de 11 milhões de habitantes: a cidade de Harbin.

Ainda de acordo com o documento divulgado pelo governo, até 2017, Pequim permitirá a emissão de 150 mil novas placas de carro, por ano, o que representa uma queda de 90 mil. Com isso, a comercialização de automóveis estará limitada a 600 mil unidades – menos que o total vendido na cidade apenas em 2010.

A China pretende limitar as vendas de veículos em mais oito cidades. Atualmente, a regra já funciona para Xangai, Guangzhou e Guiyang, além de Pequim, onde os compradores têm que participar de leilões de placas ou de sorteios.

Além disso, o governo emitirá uma proporção maior de placas a compradores de veículos com novas motorizações, que precisam de menores quantidades de gasolina ou utilizem energias alternativas. Isso pode beneficiar montadoras de carros elétricos, como a BYD.

Na Noruega

Apesar de não ter a comercialização de carros novos limitada, a Noruega tem atualmente um automóvel elétrico como líder de vendas: o Nissan LEAF. Em outubro, 716 LEAFs foram emplacados, o que tornou o veículo mais popular que o Toyota Auris e o Volkswagen Golf, com uma fatia de mercado de 5,6%, segundo a companhia Opplysningsraadet for Veitrafikken (OFV), que compila dados sobre vendas de carros no país europeu.

Os números marcam o segundo mês seguido em que o carro elétrico domina as vendas no país, que encoraja as vendas desses veículos menos poluentes com incentivos fiscais, isenções de taxas de congestionamento, acesso a vias de transporte público e estacionamento grátis.

No total, os automóveis elétricos responderam por 7,2% das vendas de carros em outubro no país, mais que o dobro dos 3,4% do ano anterior.

Fonte: Portal Ecod (via portal Mobilize)