As 10 melhores cidades do mundo para pedalar

 

A revista norte-americana AskMen elaborou o ranking das 10 melhores cidades mundiais para trafegar com bicicletas. O texto começa lembrando a relação amorosa que os Estados Unidos mantêm com o automóvel, ainda um símbolo de status, mas também um dinossauro: a elevação dos preços de combustíveis e a “moda ambientalista” começam a trazer de volta uma invenção de mais de 120 anos, a velha e simples bicicleta, diz o texto, lembrando que a bike começa a ser incluída nos planos de transporte urbanos da maioria das grandes cidades.

A reportagem lembra que apesar das inúmeras vantagens da bicicleta, o seu uso cotidiano exige adaptações na infraestrutura urbana. E cita Paris, que tem sua rede pública de bikes, a Velib’, mas que ainda é muito extensa e frenética para ser considerada realmente “amigável” aos ciclistas.

Mas, explica a matéria, há outros locais do planeta que há muito tempo criaram condições para a circulação segura e eficiente das magrelas: A número 1 é quase óbvia, Amsterdã, na Holanda, onde 40% das viagens diárias são feitas de bike. A segunda capital mais amigável é Copenhague, na Dinamarca. Lá, 32% das pessoas vão trabalhar diariamente de bicicleta.

A terceira colocada é uma surpresa: Bogotá, aqui na Colômbia, mas o tráfego de bikes somente é maior nos dias em que a prefeitura fecha cerca de 113 km de vias para os ciclistas. Curitiba, no Brasil, foi apontada como a 4ª melhor do mundo, sabe-se lá porque. Talvez os curitibanos possam explicar.

Na sequência, vêm, Portland (EUA), Montreal (no verão, claro), Basel (Suíça), Barcelona (Espanha), Beijing (China), e Trondheim (Noruega), em décimo lugar.
Se quiser ler o original, acesse http://www.askmen.com/top_10/travel/top-10-bicycle-friendly-cities.html

 

Fonte: AskMen – Via Portal Mobilize

As lições de mobilidade de Bogotá

 

 

O colombiano Enrique Peñalosa, que foi prefeito de Bogotá entre 1998 e 2001, está no Brasil para uma série de palestras sobre mobilidade urbana, e a visão dele sobre o assunto é muito interessante e deveria servir como exemplo para o poder público.

Quando foi prefeito de Bogotá, Peñalosa foi responsável por inúmeras melhorias radicais para a cidade e os seus cidadãos. Ele promoveu um modelo de cidade que dá prioridade aos espaços públicos, restringindo o uso do automóvel. Na sua gestão, foram construídos centenas quilômetros de calçadas, ciclovias, ruas fechadas para pedestres e parques.

E os avanços não foram fáceis “Eu fui quase deposto por remover as áreas das ruas que a elite da cidade se apropriou ilegalmente para usar como estacionamento”, costuma dizer em entrevistas.

 

Aos domingos, ruas de Bogotá se transformam em ciclovias e áreas para pedestres

 

Na última segunda, Peñalosa participou do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre. Segundo relato do repórter Felipe Prestes no site Sul 21, o discurso do político foi contundente.
Separamos abaixo algumas frases proferidas por Peñalosa na palestra, registradas no site Sul 21, que podem ser uma boa reflexão para o nosso poder público e também para o cidadão comum.

“Calçadas são um direito do cidadão. Ter carros estacionados é uma decisão política. Não há nada técnico, nem legal que obrigue a ter vagas. Estacionar não é um direito constitucional” – Enrique Peñalosa

“A política de transporte público em cidades como Nova York e Londres pensa em como reduzir o número de carros. Em cidades como Bogotá, São Paulo ou Porto Alegre os secretários de Transporte sempre pensam em como facilitar a circulação de carros, o que não dá certo” – Enrique Peñalosa

“Tratar os engarrafamentos com vias maiores é como apagar fogo com gasolina” – Enrique Peñalosa

“Em uma boa cidade, as pessoas estão do lado de fora, não em shopping centers. Em uma boa cidade, não vamos de carro comprar pão e leite. Somos pedestres, necessitamos caminhar” – Enrique Peñalosa

“Uma boa cidade não é aquela em que até os pobres andam de carro, mas aquela em que até os ricos usam transporte público. Cidades assim não são uma ilusão hippie. Elas já existem” – Enrique Peñalosa.

 

Fonte : Eu Vou de Bike

Um paraciclo simples e prático

 

Para uma cidade ser considerada boa e adaptada aos ciclistas, ela precisa ter boa estrutura para o estacionamento das bicicletas.

Pensando nisso,a empresa britância CycleHoop criou um paraciclo bem simples e fácil de ser instalado em qualquer poste de iluminação, sem a necessidade de grandes obras de infraestrutura para a ampliação das vagas de bicicleta na cidade.

A empresa faz uma série de modelos de paraciclos, desde os mais tradicionais até os  paraciclos em formato de carro, que ocupam uma vaga e mostram o espaço que várias bicicletas economizam nas ruas.

Mas o paraciclo mais legal é o que leva o nome da empresa, CycleHoop. A vantagem deste tipo de paraciclo é sua facilidade de instalação, ele pode ser conectado a qualquer poste e comporta duas bicicletas estacionadas sem problemas.

Fonte: Eu Vou de Bike

Em São Paulo 4,5 mil bicicletas para o transporte de alunos

 

A cidade de São Paulo, que está cada vez mais olhando para a bicicleta como um meio de transporte importante, terá nos próximos dias um super projeto promovido pela Prefeitura da cidade para incentivar o uso da bicicleta por alunos da rede municipal de ensino.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo prevê colocar 4,6 mil bicicletas à disposição dos alunos de 45 Centros Educacionais Unificados (CEUs) para o deslocamento entre casa e escola.

Nesta fase do projeto, monitores serão contratados para acompanhar os estudantes, o que garantirá a segurança de todos. A ideia é fazer com que os alunos façam os trajetos no esquema de “bike-bus”, um comboio de bicicletas como se fosse um ônibus escolar.

O projeto da Secretaria Municipal de Educação é dividido em quatro etapas e tem como objetivo principal atingir os alunos entre o 6º e 9º ano do Ensino Fundamental (10 a 14 anos).

A primeira etapa do projeto foi a instalação de paraciclos nas escolas municipais, como já noticiamos aqui noEu Vou de Bike. Na segunda fase, os alunos recolhem materiais recicláveis utilizados para a fabricação dos quadros de 4,6 mil bicicletas!

A terceira fase do projeto é muito importante e visa criar uma cultura de educação no trânsito e aulas de equilíbrio. Com as aulas, os alunos terão mais condições de pedalar pelas ruas com segurança e ainda serão adultos motoristas mais conscientes de seu papel na via pública. Nesta fase, a Secretaria Municipal de Educação espera receber da população propostas e ideias da gestão das escolas.

A quarta fase do projeto, que é quando os alunos começam realmente a fazer seu trajeto para a escola de bicicleta, deve começar no ano que vem. O uso da bicicleta pelos alunos será opcional, e todos os pais terão de concordar por escrito antes de o filho pegar a bicicleta emprestada. “Tudo isso vai ser feito com muito cuidado e zelo, coordenado com os órgãos de trânsito. Os meninos terão aulas de como pedalar nas ruas e serão acompanhados pelos monitores. Como são alunos de CEU, normalmente já moram mais próximos da escola”, afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, em entrevista aoEstadaão.

 

Fonte : Do blog Eu Vou de Bike

Bicicletas em Londres: um caso de amor

 

Por Natália Garcia

Enquanto o espaço dos carros encolhe, os outros modais se espalham. Além da extensa rede de ônibus e metrôs, que continua crescendo, a mais recente novidade de Londres são os investimentos em bicicleta.

Em um documento público sobre o uso de bicicletas em Londres, o atual prefeito Boris Johnson declarou que quer fazer uma “revolução das bicicletas” até o ano de 2026. Sua meta é aumentar em 400% o uso de bicicletas nas viagens diárias na cidade, tomando como base os dados de 2001, que apontavam 300 mil viagens feitas de bicicleta por dia, 1,2% do total.

Hoje esse número já subiu para 2% e, se a previsão de aumento realmente acontecer, teremos 1.5 milhões de deslocamentos de bicicleta por dia, o que, em 2026, representará 5,2% do total. “Queremos que Londres se torne uma cidade ‘ciclável’, onde as pessoas possam pedalar em um ambiente amigável às bicicletas: seguro, agradável e simples”, diz o prefeito Johnson nesse documento publicado pelo departamento de trânsito.

Há dois destaques nos investimentos de Londres em bicicletas:

O primeiro são as Barclays, nome do banco patrocinador, também chamadas de Boris bikes por terem sido lançadas pelo próprio Boris Johnson (apesar de o projeto ter começado com Livinstone). São bicicletas de aluguel em um sistema parecido com o de Paris (Velib) e Lyon (Velov). As bicicletas podem ser alugadas pelo equivalente a R$ 2,50 e a primeira meia hora de uso é gratuita. Há uma rede espalhada pelo centro da cidade repleta de pontos de aluguel dessas bicicletas.

Há críticas em relação ao modelo de licenciamento das bicicletas para o Barclays. Diz-se que as cotas de patrocínio foram vendidas a preços muito abaixo do mercado. O departamento de trânsito responde dizendo que o uso de bicicletas é lucrativo para a cidade, já que gera menos poluição e melhora a saúde de quem pedala.

O segundo destaque é ainda um projeto: a construção de vias expressas para ciclistas que vão ligar bairros mais afastados ao centro da cidade, para que viagens mais longas de bicicleta sejam possíveis de forma segura. O plano é lançar 10 vias até 2026.

Por enquanto, na prática, pedalar em Londres é pedalar entre os carros. Com duas diferenças fundamentais em relação a São Paulo: você precisa se manter à esquerda e é muito mais respeitado pelos veículos motorizados, em especial pelos ônibus. Por lei, as bicicletas podem compartilhar as faixas exclusivas de ônibus e eles devem respeitar a distância mínima de 1,5 m – assim como todos os veículos deveriam fazer no Brasil.

Por experiência própria, digo que os motoristas de ônibus não só respeitam a regra como muitas vezes chegam a mudar de faixa para passar por ciclistas. “Nosso treinamento é simples, o segredo está na constância”, explica Dan Maskell, técnico do departamento de trânsito de Londres. Todo mês os motoristas de ônibus participam de um encontro organizado pelo departamento de trânsito para discutirem a importância do respeito aos ciclistas: algumas vezes assistem DVDs, outras ouvem depoimentos de gente que pedala pela cidade e já chegaram até a organizar uma pedalada para que os próprios motoristas sentissem como a bicicleta fica vulnerável perto de veículos motorizados.

Do blog Eco