Carona vira alternativa para o trânsito das grandes cidades

 

De acordo com o Denatran, a frota de automóveis brasileira é de 40 milhões de veículos. O Estado de São Paulo concentra o maior número de carros: 14,2 milhões.

O trânsito quase sempre congestionado que atormenta as grandes cidades pode servir, acredite, como fonte de inspiração para empreendedores que “pensam fora da caixa”. Tanto aqueles que planejam abrir o próprio negócio quanto os que já são proprietários de empresas – e se preocupam com a mobilidade de seus colaboradores – olham com interesse para um novo negócio que promete atenuar os danos do tráfego lento: os sites de caronas.

Eles nasceram com a ambição nada modesta de diminuir o número de carros nas ruas. Como pretende fazer isso? Aumentando a quantidade de passageiros nos veículos em circulação por meio da criação do hábito de oferecer e pegar carona com pessoas que vivem e atuam na mesma região. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em janeiro deste ano o País contava com pouco mais de 40 milhões de automóveis. Só no Estado de São Paulo, este número é de 14,2 milhões – e a estatística conta que a cidade de São Paulo recebe 350 novos carros nas ruas.

Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que, na capital paulista, 64% dos automóveis particulares são ocupados apenas por uma pessoa. Isso quer dizer que quase dois de cada três veículos em circulação levam apenas o motorista. Por isso não é de se espantar que os recordes de congestionamento na capital mais importante do Brasil sejam quebrados a cada ano. Outra questão não menos importante é a responsabilidade socioambiental – dos governos, das empresas e do cidadão comum.

Menos carros nas ruas significa também menos emissão de gases poluentes na atmosfera, o que melhora a qualidade do ar e de vida das populações dos grandes centros urbanos. Este cenário de trânsito parado, poluição crescente e horas desperdiçadas em congestionamentos provocou uma reação de empreendedores que criaram o modelo de negócio baseado na organização virtual de comunidades de motoristas e passageiros.

Hoje, existem sites com várias modalidades de caronas: para universitários, para funcionários de empresas públicas e privadas – as chamadas caronas corporativas – e para pessoas que apenas buscam otimizar o seu deslocamento na cidade. O site Caronetas se especializou no chamado caroneiro corporativo. Com o início da operação no começo de 2011, o site realizou, já nos primeiros dias de funcionamento, 1 mil cadastros e 100 caronas.

Segundo a empresa, o objetivo é que “a carona em grandes centros seja encarada como uma alternativa para funcionários e uma iniciativa sustentável para as empresas”. Gratuito, o Caronetas possui dois tipos de cadastro: na fase 1 (para companhias recém-cadastradas) as empresas aderem ao formato de caronas internas. O objetivo é que os colaboradores sejam apresentados ao modelo e possam se habituar à prática.

Na fase 2, a empresa cadastrada passa a fazer parte de um circuito de caronas entre diferentes organizações. A intenção do site é fechar caronas com quatro pessoas por carro. Para Marcio Nigro, fundador do Caronetas, a carona tem várias vantagens. “É comprovado que há menos assaltos em carros com mais de uma pessoa”, afirma.

Outro ponto importante destacado por ele é o network e a integração gerada entre os profissionais que se tornam caroneiros. “O carona e o motorista podem ser de áreas diferentes da empresa. Ou, ainda, de empresas vizinhas. Nessa nova comunidade, as chances de surgirem negócios aumentam pelo simples fato de que as pessoas passam a estar em contato e a trocar informações durante o trajeto”, aponta.

O colaborador que pega carona economiza ao dividir as despesas de combustível e estacionamento. Já as empresas que adotam o modelo, segundo Nigro, promovem a sustentabilidade e melhoram a sua imagem perante a sociedade. Além disso, podem usar a quantidade de carbono que deixaram de emitir – informação que é calculada pelo site – em seus relatórios de sustentabilidade. Como abrir sites de caronas Nigro afirma que o Caronetas é, por ora, o único site voltado exclusivamente para o mercado corporativo.

Por ser pioneiro, ele acredita que foi mais fácil conquistar as empresas. “Quando você faz exatamente o que uma empresa com mais experiência já faz, é mais difícil convencer alguém a apostar na sua ideia e não naquela com mais tempo de mercado”, avalia. Ele diz também que o investimento financeiro nesse tipo de plataforma é grande, principalmente por conta da ferramenta de georreferenciamento, necessária para a localização de quem oferece carona e de quem recebe.

“Apostar em inovação é o que realmente diferencia um site do outro. Pegamos uma ideia já existente – os sites de carona – e inovamos ao oferecer o máximo de segurança possível. Para se cadastrar, o profissional interessado precisa estar necessariamente ligado a uma empresa, que também deve estar cadastrada no site. Então, ao pegar carona você sabe exatamente onde o outro caroneiro ou motorista trabalham”, explica Nigro.

O maior desafio desse tipo de negócio, afirma, é quebrar o paradigma de quem usa o próprio carro para ir todos os dias para o trabalho. “Por mais que a mobilidade urbana seja um tema em voga, ainda é difícil para muitas pessoas deixarem o automóvel em casa ou concordarem em compartilhá-lo”, diz o fundador do Caronetas.

Fonte: Terra BrasilDe acordo com o Denatran, a frota de automóveis brasileira é de 40 milhões de veículos.

Vídeo mostra conduta correta entre motoristas e ciclistas no trânsito

O projeto “Um metro e meio, a distância que aproxima” quer mostrar para os motoristas, ciclistas e outros usuários de meios de transporte urbanos a maneira correta de se portar nas ruas, garantindo a segurança de todos. O nome se refere ao artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz que a distância segura entre automóveis e ciclistas deve ser de no mínimo 1,5 metros. O artigo quer proteger os ciclistas das “finas” de automóveis, principalmente durante ultrapassagens, ação que já vitimou inúmeros ciclistas.

A Ciclo Liga é uma liga de coletivos de ciclistas que se uniram para realizar projetos em maior escala para promover uma cidade mais segura para a bicicleta. O grupo é formado pela Bike Anjo, Coletivas, Coletivo CRU e Vá de Bike.

Fonte: Atitude Sustentável

Big brother dos carros, até 2014

 

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos
Em plena  Copa do Mundo, o Brasil deverá ter toda a sua frota de  veículos “chipada”. Isso mesmo. Os nossos carros vão passar a ser monitorados pelo Sistema Nacional de Identificação Automática (Siniav) através de chips, que serão implantados nos carros. A instalação da etiqueta eletrônica está prevista para iniciar em junho e ficará colada no parabrisa. Em Pernambuco, o Detran ainda não dispõe de informações do cronograma do serviço. Mas o texto que regulamenta o Siniav já está no Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para ser homologado no próximo mês.

As discussões do projeto tiveram início desde 2006, mas só agora ele de fato começa a ganhar forma com prazo para começar e terminar : de 30 de junho de 2012 a 30 de junho de 2014.  O grande questionamento que se faz, no entanto, é até onde o “big brother viário” irá invadir a privacidade do cidadão que terá seu carro monitorado em tempo real. Ser vigiado é bom ou ruim?

O Diario foi ouvir a opinião de motoristas e especialistas em mobilidade. Na maioria das respostas prevaleceu a opção pela segurança. Nesse caso, ser vigiado não chega a ser tão ruim. De acordo com o professor, engenheiro e membro da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), César Cavalcanti o balanço dos prós e contra é positivo. “A racionalização no controle da frota não apenas estático, mas também dinâmico com o controle dos veículos regulados será muito mais fácil e isso é bom. Numa blitz, por exemplo, para verificar se o veículo está regular ou não o resultado é imediato, sem necessidade de filas ou congestionamentos”, exemplificou.

Para o engenheiro e professor das universidades Federal e Católica, Maurício Pina, a implantação do chip também será positiva. “É importante não apenas no sentido da eficácia do recolhimento dos impostos, mas também para se ter um controle da frota e por onde ela circula. As informações serão importantes inclusive em ações de políticas públicas”, ressaltou.

Já o presidente da comissão de estudos constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Labanca ressaltou que a medida pode sim, ser vista como invasão da privacidade. “Embora o direito fundamental não seja absoluto é preciso analisar a proporcionalidade. E ao meu ver é uma medida desproporcional porque existem outras formas de se conseguir as informações. Ela é violadora do princípio da proporcionalidade”, afirmou o advogado.

Para evitar críticas desse tipo ao projeto, o Denatran informa que os dados são exclusivamente do carro e não do dono do veículo. De acordo com o órgão serão criados dois bancos de dados para armazenar as informações: dos carros em sitação regular e os que estão alguma pendência ou restrição A gestão das informações levará em conta o perfil de acesso de cada instituição. Um órgão como a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), por exemplo, poderá receber apenas informações sobre o fluxo de carros, enquanto a Polícia Federal terá acesso à localização de veículos roubados em todo território nacional.

Categoria “C” para os carrões

O Projeto de Lei 2332/11 que tramita na Câmara dos Deputados prevê a necessidade de categoria ‘C’ de habilitação para conduzir veículos com mais de 300cv de potência, cuja justificativa são as recentes tragédias no trânsito que se tornaram notórias mais pela característica esportiva e valor dos carros envolvidos que pela gravidade propriamente dita.

Antes de qualquer outra análise de mérito vale lembrar que o Art. 143 do Código de Trânsito segue a orientação da Convenção de Viena, da qual o Brasil é signatário, e que vincula a categoria de habilitação à capacidade de passageiros ou de carga, ou ainda à quantidade de rodas no caso da categoria ‘A’.

Na década de 80 a categoria ‘A’ era subdividida em A1, A2 e A3, conforme a cilindrada do veículo de duas ou três rodas, porém com a vigência do CTB em 1998 existe apenas a categoria ‘A’ que é um bom exemplo a nossa reflexão. A pessoa para habilitar-se nessa categoria faz prova prática (e aula) em moto de mais de 120 necessariamente apto cc (cilindradas), mas sendo aprovado está habilitado (não) a conduzir motocicletas de qualquer cilindrada e potência ou tamanho.

O mesmo acontece com a categoria ‘ B’ na qual a pessoa pode fazer a prova prática em qualquer veículo da categoria ‘B’ (inclusive Porsche e Camaro) que geralmente é o de baixa potência e cilindrada da autoescola, que estará habilitado a conduzir qualquer veículo de quatro ou mais rodas que não exceda capacidade de 9 lugares ou peso bruto total de 3,5 toneladas.

Ao nosso ver o problema não está no carro, mas na pecinha que está atrás do volante. A pessoa também não pode ter um pré-julgamento condenatório pelo veículo que conduz pois não necessariamente é seu condutor que está em excesso de velocidade, embriagado ou desobedeceu o semáforo. Burlar a informação da potência para adequar-se a determinadas normas é algo tão banal que seria ingenuidade não imaginar, e estão as legislações tributárias que vinculam a potência ao imposto para não nos deixar mentir, aliás programação que pode ser feita facilmente no ‘ chip’ . Nossa conclusão é que se trata de típico caso de legislação de pânico ou conjuntural que não deve prosperar.

Fonte: Do Portal do Trânsito

Por Marcelo Araújo

Estudo revela que Brasil deve ser 3º maior mercado de carros do mundo em 2016

Pesquisa revela que em 2016 será o terceiro colocado no ranking dos maiores mercados de automóveis do mundo, de acordo com executivos de grandes empresas do ramo. O levantamento foi realizado pela empresa KPMG International.

Atualmente, o país ocupa a quinta posição entre os grandes mercados para os veículos. A previsão é que encerre o ano de 2011 com 3,63 milhões de veículos vendidos, um recorde local, segundo estimativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A pesquisa, que contou com a participação de 200 executivos de várias partes do mundo, mostra também que a expectativa é a de que até 2017 o Brasil esteja exportando mais de 1 milhão de veículos ao ano. As vendas externas brasileiras em 2011 devem ficar em 540 mil unidades, de acordo com a Anfavea.

“O resultado da pesquisa demonstra claramente a imagem que o mercado automobilístico de todo o mundo projeto para Brasil: a de um país com a economia sólida e ótimas perspectivas para os negócios. Ao final, o mercadoautomobilístico encontrou um lugar propício no Brasil”, afirma Charles Krieck, sócio-líder das áreas de Industrial Markets e Audit da KPMG no Brasil.

BRICs com 40% do mercado em 2016

Com a China liderando o mercado automobilístico, e Brasil e Índia em franco crescimento na disputa pelo terceiro posto do ranking global, as perspectivas são de que em 2016 os países do BRIC (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) detenham mais de 40% do market share mundial, segundo a pesquisa.

Outro tema abordado no levantamento está ligado à mobilidade urbana nas grandes cidades do mundo. Em relação a este assunto, os pesquisados avaliam que o mercado precisa estar atento a uma mudança significativa que tende a ocorrer, em que o conceito de propriedade de veículos tenderá a migrar ao de uso, tendo em perspectiva a evolução e consolidação do uso compartilhado de automóveiscomo uma resposta a questões ambientais, sociais, de mobilidade e de restrição de espaços vinculadas à consolidação das megacidades.

Segundo indicações de 42% dos executivos brasileiros entrevistados, o Brasil tem grande potencial para o chamado mercado de mobility services (que inclui a o uso compartilhado de veículos), pois estimam que mais de 25% dos habitantes do país devem estar usando tais serviços em 2026.

Veículos híbridos ainda superam carros elétricos

Para os pesquisados, os carros elétricos, também incluídos entre os temas que envolvem questões ambientais, ainda têm um longo caminho a percorrer para se tornarem uma realidade e, por isso, 65% dos entrevistados acreditam que os veículos híbridos são, atualmente, uma melhor solução. Este cenário tende a ser diferente na China e Japão, onde, respectivamente, 33% e 46% dos executivos ouvidos disseram que os carros elétricos, seguidos dos veículos movidos a célula de combustível, serão os mais populares até 2025. Mesmo assim, a estimativa apurada no estudo indica que teremos entre 9 e 14 milhões de veículos elétricos circulando pelo mundo até 2026.

O desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para os automóveis não é uma tendência apenas vinculada aos combustíveis, mas, também, está se voltando à conectividade dos usuários. Para 60% dos entrevistados, a indústria automobilística já está atrasada nesse aspecto, pois se percebe que a expectativa desses usuários é a de ter em seus carros as mesmas ferramentas de conectividade disponíveis em suas casas.

Além disso, os pesquisados acreditam que a exploração desse novo mercado ainda está em aberto. Apenas 30% dos executivos ouvidos dizem acreditar que as empresas que produzem autopeças originais estarão controlando esse mercado em 2025, seguidas de empresas de TI e comunicações.

“Com os resultados obtidos na pesquisa, conclui-se que as montadoras e os fornecedores de autopeças precisam investir em novas tecnologias, soluções e inovações para contribuir com a evolução do mercado e também para dar respostas às tendências destinadas a facilitar a mobilidade urbana. Porém elas devem estar sempre atentas para planejar adequadamente sua produção, evitando fabricar mais veículos do que a capacidade de consumo da população (de acordo com a pesquisa, o excesso global de produção atinge 5 milhões de unidades em 2011). E tudo isso vai acontecer em um cenário de franco crescimento dos mercados emergentes”, conclui Krieck.

Sobre o estudo

A Global Automotive Executive Survey 2012 – Managing growth while navigating uncharted routes (Pesquisa Global do Setor Automobilístico – Gerindo o crescimento enquanto rotas inexploradas são singradas) é baseada em apuração feita com 200 executivos do mercado automotivo mundial, sendo que mais de metade deles tem nível de chefe de unidade de negócio ou superior. Entre os entrevistados estão representantes dos fabricantes de veículos, fornecedores, concessionários, assim como executivos de empresas de serviços financeiros.

Do total, 47,5% dos executivos são da Europa, Oriente Médio e África; 31%, da região Ásia-Pacífico; e 21,5%, nas Américas. Dos participantes, 97,5% representam empresas com faturamento anual superior a US$ 100 milhões, e mais de um quinto deles trabalha para as empresas com faturamento superior a US$ 10 bilhões. As entrevistas foram aplicadas entre os meses de agosto e outubro de 2011.

Fonte: Administradores.com.br

campanha transito

Carrros com câmera no Recife

 

Diario de Pernambuco

Por

Anamaria Nascimento

Veículos equipados com câmeras filmadoras devem começar a circular nas ruas do Recife a partir do próximo ano. A prefeitura da cidade espera que os equipamentos flagrem irregularidades para fiscalizar melhor o trânsito. O prefeito João da Costa afirmou que as imagens vão auxiliar o trabalho dos agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).
Os detalhes do funcionamento das câmeras e dos carros só serão divulgados no próximo mês pela prefeitura. “Trata-se de uma nova tecnologia de fiscalização, uma das alternativas para o trânsito da cidade”, afirmou João da Costa. Segundo ele, os edifícios-garagem e as filmadoras serão as principais estratégias para melhorar a mobilidade urbana.

Ainda de acordo com o prefeito, os carros vão circular pelas vias que já apresentam problemas de estacionamento. “A fiscalização será feita, principalmente, nos locais onde existem maiores conflitos no trânsito”, adianta. A CTTU não informou como as imagens serão utilizadas. Por meio da assessoria de comunicação, o órgão esclareceu que o projeto ainda está em fase de elaboração. “Todos os detalhes desse projeto serão divulgados no próximo ano, quando o carro começa a circular”, afirmou João da Costa

Supremo suspende aumento de IPI para carros importados

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu hoje (20), por unanimidade, o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados até que se completem 90 dias após a edição do decreto que determinou o aumento da alíquota.

O decreto foi editado pelo governo no dia 15 de setembro e representou aumento de até 28% nos preços finais dos veículos produzidos fora do Mercosul e do México (que tem acordo bilateral de comércio com o Brasil). Com a decisão do STF, a cobrança da nova tarifação só terá validade a partir do dia 15 de dezembro.

A ação foi proposta pelo DEM, que considerava o decreto inconstitucional. O relator do caso no STF, ministro Marco Aurélio Mello, reconheceu que a mudança na tributação deve respeitar “o princípio da autoridade nonagesimal”, previsto na Constituição Federal.

O dispositivo diz que a variação de alguns impostos só pode entrar em vigor 90 dias após a publicação do decreto ou lei que o estabeleceu, a chamada noventena. “Trata-se de garantia constitucional ao contribuinte contra o poder de tributar do ente público”, argumentou o ministro.

O voto de Marco Aurelio foi seguido pelos outros ministros do Tribunal. Os ministros concordaram em dar efeito retroativo à suspensão. A decisão do STF tem caráter liminar.

Da Agência Brasil

Brasil deve chegar a 2 milhões de veículos produzidos em 2015

 

A medida do governo brasileiro em elevar a alíquota do IPI fez marcas como JAC e Chery reafirmarem os planos de construção de fábricas no país. Além disso, outras montadoras que já estão instaladas por aqui anunciaram ampliação de sua capacidade produtiva até 2015. O crescente aumento da indústria automobilística fará com que, daqui a quatro anos, o Brasil tenha uma produção de cerca de 2 milhões de veículos anuais, número similar ao produzido no Canadá.

As quatro maiores montadoras (Fiat, Volkswagen, General Motors e Volkswagen) serão responsáveis por quase 50% desse número, já que pretendem adicionar quase 1 milhão de veículos por ano no mercado após a ampliação das linhas, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo.

Atualmente, a indústria local tem capacidade para produzir 4,3 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção deve subir para 6,3 milhões, um crescimento de 46,5%. Somente as afiliadas da Anfavea têm planos de investir US$ 21 bilhões nos próximos cinco anos, valor bem acima do que foi investido entre 2007 e 2010 (US$ 2,9 bilhões).

Fonte: Quatro Rodas


Só voando para escapar dos engarrafamentos


A pesquisa sobre poluição veicular divulgada pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), no mês passado, revela que, nos últimos 15 anos, a frota de automóveis no país cresceu 7% ao ano e a de motocicleta 15%.

No mesmo período, houve uma perda de 30% da demanda do transporte público.  Não é preciso muito esforço para entender que há uma corrida para o transporte individual e a principal razão disso é que o nosso transporte público não está atendendo às necessidades de mobilidade. Seja de locomoção, conforto, acessibilidade e pontualidade.

Mesmo com o crescimento da frota veicular, uma Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, revela que apenas metade dos domicílios brasileiros possui carro ou motocicleta, ou seja, ainda há espaço para o crescimento de automóveis no país.

E a tendência é que a renda dessa outra metade melhore e a indústria está de olho nesse mercado. De 2011 até 2015, a estimativa de investimentos pelos fabricantes de automóveis é de 19 bilhões de dólares, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com informações do Portal do Trânsito