Vídeo mostra conduta correta entre motoristas e ciclistas no trânsito

O projeto “Um metro e meio, a distância que aproxima” quer mostrar para os motoristas, ciclistas e outros usuários de meios de transporte urbanos a maneira correta de se portar nas ruas, garantindo a segurança de todos. O nome se refere ao artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz que a distância segura entre automóveis e ciclistas deve ser de no mínimo 1,5 metros. O artigo quer proteger os ciclistas das “finas” de automóveis, principalmente durante ultrapassagens, ação que já vitimou inúmeros ciclistas.

A Ciclo Liga é uma liga de coletivos de ciclistas que se uniram para realizar projetos em maior escala para promover uma cidade mais segura para a bicicleta. O grupo é formado pela Bike Anjo, Coletivas, Coletivo CRU e Vá de Bike.

Fonte: Atitude Sustentável

Acidente de Thor Batista é mais comum do que se imagina

 

Centenas de condutores se envolvem em acidentes com consequências geralmente graves durante a noite em todo o país, como no caso do acidente envolvendo o filho de Eike Batista,Thor.

Imediatamente procura-se incessantemente uma causa para o acidente, excesso de velocidade, embriaguez ao volante, condições do veículo, histórico do motorista, e etc…Mas o que geralmente os motoristas, ciclistas e pedestres não sabem é que durante a noite nossa visibilidade diminui para 18% em relação ao que enxergamos durante o dia, ou seja, temos uma perda de 82% em nossa visibilidade.

Dessa forma, a noção de profundidade diminui, o que contribui para que pedestres e ciclistas geralmente não sejam vistos, por isso a percepção dos movimentos também é muito prejudicada. Por outro lado, é muito comum, pedestres e ciclistas à noite, usarem roupas com a cor preta, também não tendo a noção que isso contribui para que não sejam vistos à noite.
Este é mais um motivo que ciclistas e pedestres surpreendem os condutores e, por isso, os motoristas devem ficar atentos a mínimos movimentos que podem denunciar presença de pessoas que se lançam na via, repentinamente, saindo de lugares pouco iluminados.

Tenho certeza que muitos condutores não tem ideia do porque necessitam diminuir a velocidade após o anoitecer. Pelo contrário, normalmente, os condutores nesse horário têm as pistas menos congestionadas, e então não sabem do agravante de que com as pistas livres, correm mais, enxergando menos.

Também acredito que todos os motoristas envolvidos em acidentes com vítima, assim como Thor também não desejavam ou gostariam de, a partir de agora, carregar o peso para o resto de suas vidas de ter matado alguém. Na verdade, em um acidente como este, todos se tornam vítimas da falta de informação, de conhecimento e da educação que deveriam ser fatores fundamentais para nossa formação como participantes do trânsito.

O fato ocorrido deve servir, pelo menos, para que percebamos que todos os condutores de veículos automotores não recebem informações necessárias ao conquistarem sua Carteira Nacional de Habilitação e consequentemente evitarem um problema como esse; mas os pedestres e ciclistas deveriam receber essas informações ainda com maior prioridade, pois nesse conflito que o trânsito gera, estes são os mais frágeis e, naturalmente, os mais prejudicados.

*Salete Romero é Especialista em Psicologia e Segurança no Trânsito (via Portal do Trânsito)

 

O trânsito é uma ciência humana

 

Paris irá testar uma nova medida para aumentar a segurança dos ciclistas que a cada dia mais se multiplicam pela cidade. Quem estiver de bicicleta não irá precisar parar em determinados cruzamentos semaforizados. Em outras palavras, na cidade luz, quem estiver de bicicleta será permitido por lei a fazer o que todo ciclista mundo afora faz, avançar o sinal vermelho em nome da própria segurança.

A medida é uma maneira de aumentar a segurança dos ciclistas, e não há nenhuma contradição na idéia. Ciclistas circulam pelas cidades em um universo próprio, fortes demais perante o pedestre, frágeis demais diante dos motorizados. Uma cidade que pensa nos ciclistas e na sua segurança precisa incorporar um pouco da lógica de circulação da bicicleta.

De acordo com as autoridades de trânsito parisiense, permitir que os ciclistas avancem no semáforo vermelho irá garantir maior fluidez para as bicicletas e evitará que se forme um grande massa de ciclistas saindo ao mesmo tempo junto com os carros.

A verdade é que, apesar do que diz a legislação de trânsito, ciclistas não gostam de sinal vermelho e em nome da própria segurança muitas vezes desrespeitam as convenções semafóricas. Dois motivos simples justificam a iniciativa, evitar a “largada” junto com os carros e também buscar pedalar em paz no quarteirão seguinte.

Dito de outra forma, um ciclista consciente ao avançar o sinal vermelho evita a ameaça de veículos motorizados arrancando em velocidade e ao mesmo tempo consegue circular um trecho depois do cruzamento sem ter que lidar com os motorizados. Tudo isso ainda mantendo o momento, isso é, maximizando a própria energia.

Uma animação explicativa, ajuda a entender a importância da conservação de movimento para o ciclista. E além disso, deixa claro que pela dinâmica da bicicleta, é perfeitamente seguro que ao invés de respeitar a indicação de parada obrigatória, como os veículos motorizados, o ciclista deve dar a preferência.

 

Fonte: Do Blog Transporte Ativo – http://blog.ta.org.br/

A hora e a vez da bicicleta

 

 

A Lei 12.587/2012, publicada em 04/01/2012 e que começa a vigorar em 100 dias após sua publicação traz como uma das diretrizes o privilégio do transporte não motorizado sobre o motorizado, e do transporte coletivo sobre o individual.  A tradução mais simples dessa diretriz é que para quem optar pelo transporte individual terá deve ser estimulado ao uso da bicicleta, e quem optar pelo transporte motorizado deverá ser estimulado ao uso do transporte coletivo.  Por consequência o estímulo a esses dois modais implica no desestímulo ao veículo motorizado individual – o automóvel.

Um dos fatores amplamente comentados como negativo teria sido a demora na tramitação da Lei, que se deu ao longo dos últimos 17 anos, porém ao nosso ver essa demora foi extremamente oportuna para adesão a essa  diretriz.  Nos últimos 20 anos é que foi permitida a importação de veículos o que possibilitou o acesso de um bem que até então era privilégio de poucos. Para concorrer à altura a indústria nacional precisou oferecer qualidade e tecnologia à altura, e somado a isso diversas políticas econômicas, representadas por benefícios tributários na fabricação e facilidades de financiamento (inclusive arrendamento mercantil – leasing – para pessoa física) estimulou a compra do primeiro automóvel novo.

Nesse período nos parece que seria inoportuna e desleal a concorrência. O foco era a compra do carro, e isso teve um preço: as cidades estão abarrotadas de carros. Quem deixaria de comprar um carro, mesmo sem ter dinheiro no bolso para usar um ônibus ou uma bicicleta, considerando o conforto e a privacidade diante do custo.

A realidade agora é outra.  As cidades começam a impor restrições ao uso das vias,  com rodízio, restrições a áreas de estacionamento e quando existente sendo rotativo e pago (expressamente instituído em 1998 pelo Código de Trânsito), engarrafamentos, entre outros fatores.  Tudo isso nos faz concluir que a demora na tramitação da Lei a fez vir no momento mais oportuno para adesão ao transporte não motorizado.  O trânsito, o meio ambiente (poluição e ruídos) e a saúde agradecem. É a hora e a vez da bicicleta.

Fonte: Blog do Trânsito