Alargamento da Avenida Dois Rios no Ibura, Zona Sul do Recife

 

Projeto alargamento Avenida Dois Rios - PCR/Divulgação
A Avenida Dois Rios, no Ibura, terá um alargamento de 17 metros em um trecho  290 metros de extensão, entre as ruas Pintor Agenor Albuquerque César e a Rua Jornalista Édson Régis. O projeto da Prefeitura do Recife faz parte de uma reivindicação antiga dos moradores locais. De cordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Nilton Mota as sugestões dos moradores serão incluídas no projeto.“Estamos aqui para uma conversa. Queremos abrir este canal de diálogo para que sugestões e propostas de vocês sejam levadas em consideração na hora de concluir o projeto e executar a obra”, garantiu.

A previsão é que o projeto seja concluído nos próximos dias e o edital de licitação seja publicado até o dia 15 de agosto. Já as obras, orçadas em R$ 1,3 milhão, devem ser iniciadas no dia 9 de setembro, com duração de seis meses.O projeto prevê o alargamento de 290 metros da via, com oito metros de largura em cada um dos sentidos; melhoria nas calçadas, com largura regular de 2,5 metros; criação de canteiro central com largura de 1 metro, facilitando a travessia de pedestre; melhoria da drenagem; melhoria da sinalização horizontal e vertical; e implantação de rampas de acessibilidade e colocação  de piso de alerta.

Fonte: Prefeitura do Recife

 

Transporte público bom e de graça já existe, mas bem longe daqui

Tallinn, na Estônia, se tornou em 2013 a primeira capital europeia com transporte público gratuito para todos os seus habitantes, uma forma de reduzir os engarrafamentos

Desde o começo do ano, os moradores da cidade de Tallinn – a capital da Estónia, localizada no Golfo da Finlândia – têm que apresentar um novo cartão ao embarcar em ônibus, bondes ou trólebus, mas o trajeto é totalmente gratuito.

“Ainda é tão novo que muitas vezes me esqueço”, admitiu à Agência France Presse (AFP) Pavel Ilmajarv, um jovem de 19 anos, ao embarcar em um ônibus no centro da capital estoniana. “Antes, tinha um cartão mensal e não precisava apresentá-lo toda vez. Mas não vou me queixar: a gratuidade dos transportes é superprática, adoro”, afirmou.

A gratuidade é reservada aos 420 mil moradores de Tallinn. Só é preciso pagar dois euros pelo cartão magnético pessoal que comprova a residência.

“Tivemos esta ideia há um ano e constatamos que nas primeiras semanas o número de pessoas que usa os transportes públicos aumentou, portanto decidimos aumentar o número de ônibus em serviço”, afirmou à AFP o prefeito adjunto de Tallinn, Taavi Aas. A metade dos moradores da capital já utilizou o novo sistema, segundo a prefeitura.

Mas para o município, a gratuidade tem um custo. “Este ano, ficaremos sem os 12,4 milhões de euros da venda de bilhetes, uma soma que cobriria 23% da totalidade dos custos do transporte público de Tallinn”, explicou Toomas Pirn, porta-voz da prefeitura.

“Uma parte deste valor será compensada pelo aumento dos impostos correspondentes à chegada de novos moradores. Este ano, a população aumentou em 3.686 pessoas e continua aumentando”, acrescentou.

Muitas pessoas que até agora declaravam sua residência de verão como a principal se registraram em Tallinn para poder se beneficiar da gratuidade dos transportes e assim contribuem para aumentar os ganhos do município, pagando impostos localmente.

O objetivo da operação é lutar contra os engarrafamentos e a contaminação.

“Esperamos limitar o número de veículos em circulação na cidade e reduzir a contaminação do ar. Segundo os estudos, os veículos são os maiores contaminadores em Tallinn”, afirmou Pirn.

Fonte: AFP/Press (Via Portal Mobilize)

Moradores entram com ação cível contra os viadutos da Avenida Agamenon Magalhães

 

 

Diario de Pernambuco

Por Tânia Passos
Taniapassos.pe@dabr.com.br

 

A licitação da obra dos quatro viadutos da Avenida Agamenon Magalhães será em março, mas os moradores que residem nas vias do entorno ainda não se conformaram com o projeto e entraram com duas ações: uma no Ministério Público Federal e outra no Ministério Público de Pernambuco.

As ações questionam dois pontos básicos: a ausência de um estudo de circulação nas vias do entorno para saber quais os impactos da obra para a cidade e ainda a razão dos projetos terem sido bancados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE).

Os documentos foram entregues no último dia 27 de janeiro e teve anexado um abaixo-assinado com 100 assinaturas. “A gente acha muito estranho que a Urbana, que é parte interessada, tenha participado da elaboração do projeto”, revelou a moradora Valéria Moura.

Já em relação ao estudo de circulação de tráfego, os moradores querem um posicionamento da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) se o projeto do governo do estado trará ou não benefícios para o trânsito. “A prefeitura do Recife não vem se posicionando sobre essa questão e a gente quer que o Ministério Público solicite a CTTU um estudo confirmado se será benéfico ou não a obra”, afirmou Valéria.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife, a CTTU só irá se pronunciar quando for provocada pelo Ministério Público Federal e Estadual. O secretário executivo de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo confirmou que os projetos foram bancadados pela Urbana.

“É a contrapartida dos empresários. O estado está investindo na infraestrutura e eles pagaram a execução do projeto. Foi um convênio assinado pelo estado e publicado no Diario Oficial”, revelou. A elaboração do projeto custo R$ 1 milhão. Os empresários também haviam bancado o projeto anterior feito pela equipe do urbanista Jaime Lerner do corredor Norte/Sul, que previa um elevado por cima do canal, mas foi descartado.

 

Entrevista – Flávio Figueiredo – secretário executivo de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades

A queda de braço entre os moradores que residem nas vias por onde irão passar os viadutos não é de agora. Na primeira quinzena de janeiro houve uma reunião no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) para discutir os pontos do projeto, mas no final não houve consenso e o estado reafirmou que o projeto será mantido. O secretário executivo de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades, o engenheiro Flávio Figueiredo é quem está na linha de frente das negociações.

Os moradores entraram com duas ações no Ministério Público Federal e Estadual contra o projeto dos quatro viadutos na Agamenon. O senhor já tinha conhecimento?
Sim. Nós estamos acompanhando de perto e nós estamos preparados para prestar quaisquer esclarecimento que nos for solicitado pelo Ministério Público. Estamos muito tranquilos quanto a isso.

Um dos questionamentos dos moradores é em relação a ausência de um estudo de circulação de tráfego para o pós obra. Isso foi feito?
Nós fizemos um estudo de circulação, inclusive com simulações de como os viadutos irão melhorar o tráfego na Agamenon Magalhães. Foi graças a esse estudo que percebemos o ganho na velocidade da via, que irá beneficar o corredor Norte/Sul. Os viadutos são apenas um detalhe do Norte/Sul, assim como haverá os elevados nos Bultrins e Ouro Preto.

Então os moradores estão certos quando dizem que não houve um estudo de impacto para as vias do entorno?
O nosso objetivo era identificar os efeitos do projeto na Avenida Agamenon Magalhães. Nós iremos também contratar junto com a obra, um estudo de tráfego para definir as ações durante as obras. Na verdade existe uma insatisfação de um grupo de 40 famílias, mas é preciso entender que o projeto vai atender as ações do corredor Norte/Sul em um universo que atende cerca de um milhão de pessoas e a coletividade tem prioridade em relação a minoria.

Por que o projeto dos viadutos foi bancado pela Urbana-PE?
O governo está investindo cerca de um bilhão na execução dos corredores de tráfego e nada mais justo que os empresários entrarem com uma contrapartida. E isso foi feito com a assinatura de um convênio entre o estado e a Urbana.