Motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife ameaçam cruzar os braços nesta sexta-feira

 

ônibus recife - Foto Annaclarice Almeida DP/D.A.Press

Além da ameaça de greve dos trabalhares ferroviários, agora os motoristas dos ônibus da Região Metropolitana do Recife já ensaiam um protesto nesta sexta-feira. A paralisação de três horas está prevista para acontecer das 6h as 9h. Caso o protesto seja levado adiante, cerca de dois milhões de usuários do sistema terão dificuldades para ir ao trabalho.”Eu ouvi um motorista dizer que a paralisação também pode acontecer à noite na volta para casa. Seja como for vai nos prejudicar”, criticou a empregada doméstica Mirian Araújo, 45 anos, que mora no Alto Santa Terezinha e trabalha no Hipódromo.

O protesto está sendo organizado por um grupo de motoristas, que pretende advertir os empresários do setor e enfrentar a direção do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, que está à frente da entidade há 33 anos.De acordo com os organizadores, integrantes da Oposição Rodoviária, que conta com o apoio da Central Sindical Popular (CSP/Conlutas), os motoristas deverão se dirigir ao Centro, estacionar os ônibus e fazer concentração na Rua do Sol. Já as linhas do Sistema Estrutural Integrado (SEI) devem ficar paradas nos próprios terminais.

Não se trata de uma greve, apenas de um protesto, esclarecem  os colaboradores do Oposição Rodoviária. Pelo menos por enquanto, o grupo prefere o anonimato. “Estamos fazendo esse movimento porque soubemos que, mais uma vez, o Sindicato dos Rodoviários está planejando um acordo com o setor empresarial para que o reajuste salarial seja de apenas 7% e o vale-refeição suba de R$ 160 para R$ 200. Vão ensaiar uma greve e depois cederão a esses percentuais. Está tudo orquestrado, como vem acontecendo nos últimos anos. Por isso queremos mostrar que a categoria está unida e agora tem uma dissidência do sindicato. Que não estamos para brincadeira. Nossa profissão é estressante, arriscada e precisamos receber por tudo isso”, defende um dos colaboradores, pedindo o anonimato.

Os motoristas e cobradores de ônibus querem um percentual de reajuste igual ao aumento da cesta básica, de 33%, e que o vale-refeição suba para R$ 300. Assim, o salário do motorista passaria de R$ 1.500 para R$ 2 mil e o do cobrador de R$ 690 para R$ 1.200.

Empresas de ônibus explicam porque não assinam o TAC do Ministério do Trabalho

Em nota enviada ao blog, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), explica, ou melhor não explica, o porquê da não assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A nota também não menciona nada sobre a carga horária dos motoristas, um dos pontos essenciais do TAC. Confira a abaixo o texto enviado sobre a posição do Urbana-PE.

Nota:

O advogado Antônio Henrique Neuenshcwander, que atua representa o Urbana-PE, esclarece a posição das empresas de ônibus sobre a decisão de não  o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) apresentado proposto pelo  Ministério Público do Trabalho (MPT):

“As empresas de ônibus, diretamente e através do sindicato Urbana/PE, tem dispensado imensa atenção às condições de trabalho dos motoristas e cobradores, inclusive e, especialmente, quanto ao conforto térmico, ergonômico e jornadas de trabalho. Ao longo do ano de 2012, por exemplo, elas participaram de dezenas de audiências perante o Ministério Público do Trabalho, contrataram peritos e não vem medindo esforços, junto ao MPT, no sentido de identificar problemas e buscar alternativas.

Tanto é assim que TODOS os veículos que atualmente são adquiridos pelas empresas de ônibus, sem exceção, atendem com rigor à íntegra das normas da ABNT, especialmente quanto à acessibilidade. A frota que atualmente serve à população na Região Metropolitana do Recife, embora diversificada, conta com câmbio mecânico nos ônibus convencionais e câmbio hidráulico nos articulados.

Toda a frota possui direção hidráulica e os bancos dos motoristas são ergonômicos com regulagem e amortecimento hidráulico, além de cinto de segurança com três pontos. Mas os profissionais resistem fortemente à utilização dos cintos de segurança por questões culturais e práticas arraigadas. Os bancos para cobradores são igualmente ergonômicos e têm sistema de regulagem manual, com amortecimento hidráulico e são equipados com cinto de segurança de dois pontos.

TEMPERATURA – Quanto à questão da temperatura ambiente, esta é uma questão de  grande complexidade. É desafiadora a perspectiva de manter a temperatura interna nos ônibus aos ideais 28 ou 30 graus, pois tais veículos circulam pelas congestionadas ruas e avenidas da cidade, sempre com portas que abrem e fecham sistematicamente. Há sequenciadas paradas com aberturas das várias portas o que, inevitavelmente, provoca a substituição do ar frio interno pelo ar quente do ambiente externo.

Algumas empresas no Estado já realizaram experimentos ao longo dos últimos anos, quando equiparam seus veículos com os melhores e maiores aparelhos de ar condicionado (125mil BTU’s) de capacidade. Mas surgiram inúmeras dificuldades, pois se num ônibus vazio se atinge 19º, quando há passageiros, tal temperatura é elevada para 23o automaticamente. Quando os veículos estão com sua lotação máxima, e com o abrir e fechar das portas, tal temperatura pode subir para além dos 30o.

O maior equipamento de ar refrigeração para ônibus existente no mercado tem 125mil BTU’s, mas infelizmente para uma cidade como Recife, isso é insuficiente para garantir a temperatura tida como ideal. Não há solução técnica possível na atualidade e isso tem exigido criatividade dos envolvidos no processo. E isso também exige tempo para discussão e implementação de medidas capazes de aprimorar os ambientes. Não há no mercado nacional uma solução pronta e eficaz para enfrentar as particularidades de uma cidade como Recife”.

 

 

Empresas de ônibus se recusam a assinar TAC

 


O cerco está se fechando para as empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife. O Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu entrar com uma ação civil pública contra cada uma das 17  operadoras do sistema nos próximos 60 dias.

Na última sexta-feira (25), o Sindicato das Empresas (Urbana) informou ao MPT a recusa para assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) por parte de todas as empresas envolvidas no procedimento. Como justificativa, o Urbana alegou o processo de licitação atualmente em andamento. O ato de assinatura do documento seria nesta terça (29).

Para os procuradores envolvidos no procedimento, a recusa ao TAC não era esperada, visto que todo o acordo foi discutido ponto a ponto com os empresários, numa série de reuniões, que se estenderam de setembro do ano passado ao começo de janeiro. Inclusive, a questão da assinatura do TAC foi pensada para o momento pós lançamento do edital de licitação, considerando a preocupação das empresas do ramo.

Os empresários tinham o receio de que o MPT pedisse algo no TAC não previsto no edital, provocando um ‘investimento perdido’, o que, efetivamente, não aconteceu, visto que o Grande Recife Consórcio de Transporte atendeu a todas as solicitações feitas pelo MPT através de recomendação, em abril de 2012. Todo o teor do TAC proposto pelo MPT está diluído no edital de licitação e no seu anexo I.

Como as violações ao meio ambiente de trabalho de motoristas e cobradores são consideradas graves, levando-se em conta sobretudo as exaustivas jornadas de trabalho, que têm média de 16 horas por dia, o MPT avalia que se faz urgente a regularização da conduta, não restando outra alternativa que se não o ingresso das ações na justiça do trabalho.

O que o TAC previa:

O documento elaborado pelo MPT tem 27 cláusulas. Versam sobre jornada, programas de controle de saúde do trabalhador, adequações dos veículos, disponibilização de água, não realização de descontos indevidos por assalto, elaboração de lista ‘suja’.

Especificamente sobre as adequações nos ônibus, o MPT deu prazo de 180 dias para que as empresas integrem à frota apenas ônibus que atendam:

a) garantam o respeito às normas quanto à temperatura no posto de trabalho do motorista e do cobrador (25º)

a.1)Em caso de aquisição de ônibus que não garanta a temperatura nos moldes constantes na presente alínea, a Compromissada se obriga a implementar mecanismos que possam garantir o necessário conforto térmico, só se admitindo o uso comercial do ônibus após a adaptação necessária

b) motor devidamente enclausurado, com compartimento destinado ao seu alojamento e sistema de isolamento acústico e térmico de características de baixa combustão, com retardamento de chamas no interior dos ônibus, teto, paredes laterais, frontal e traseira, a fim de diminuir a vibração, temperatura e ruído (sendo o nível de ruído aceitável dentro da cabine de, no máximo, 85 dB), para mantê-los de acordo com os limites permitidos pela legislação em segurança e saúde laboral e, assim, não prejudicar a saúde, higidez e segurança dos motoristas e dos cobradores, entre outros

c) câmbio automático e direção hidráulica, de modo a reduzir os riscos como fadiga, estresse e constrangimento que comprometam a integridade física dos motoristas

d) bancos ergonômicos que atendam as exigências do item 38.1 da Norma Brasileira ABNT NBR 15570:2009

(e) cintos de segurança com três pontos de ancoragem, de modo a proporcionar conforto e segurança para motoristas e cobradores, de modo a atender as disposições contidas na Norma ABNT NBR 7337 e 6091, e demais normas técnicas aplicáveis

(f) porta objetos para acondicionamento de garrafas de água e guarda de bens pessoais dos motoristas e cobradores

 

Fonte: MPT

Acordo para melhores condições de trabalho dos motoristas

 

Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre as condições de trabalho de motoristas e cobradores deve ser assinado entre as empresas de transporte coletivo de passageiros da Região Metropolitana e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

O documento seria discutido hoje entre o MPT e as empresas, mas o debate foi adiado. Isso aconteceu a pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) para que os associados tenham mais tempo para analisar o texto apresentado pelos procuradores.

As condições de trabalho de motoristas e cobradores foram discutidas em audiência pública no dia 5. Nessa data, uma pesquisa sobre o tema foi apresentada pelo MPT e pelos laboratórios de Segurança e Higiene do Trabalho da Universidade de Pernambuco (UPE) e de Ergonomia e Design Universal da Universidade Federal de Penambuco (UFPE).

O estudo mostra que motoristas e cobradores estão sujeitos, em alguns casos, a calor acima dos limites recomendados pela legislação de segurança de medicina. O ruído seria outro problema. Algumas medições apontaram que a barulho está bem próximo do limite, que é de 85 decibéis.

A pesquisa foi realizada em maio e junho deste ano, quando foram analisadas as condições de ônibus de cinco empresas e ouvidos 47 motoristas e cobradores.

 

Fonte: Diario de Pernambuco

Rodoviários voltam a protestar no Recife

A decisão da Justiça do Trabalho de considerar a greve dos rodoviários abusiva e determinar a retomada às atividades a partir da 0h desta sexta causa tumulto nas principais ruas do Centro do Recife no início da noite desta quinta-feira (05). Ao deixar a sede do Tribunal Regional do Trabalho 6ª Região (TRT6), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Pernambuco, Patrício Magalhães, foi agredido verbalmente pela categoria. Chamado de Judas, traidos e culpado, teve que sair as pressas do prédio. Alguns manifestantes mais exaltados apedrejaram seu carro. A categoria indignada com a resposta dada pelo TRT sai a pé do Cais do Apolo e promete fechar a Avenida Conde da Boa Vista hoje. A Polícia Militar já foi chamada e acompanha a classe.

Aos gritos de “a luta continua, a greve vai para a rua”, os motoristas garantem que não vão obedecer a recomendação da Justiça do Trabalho. Centenas de rodoviários estão nas ruas nesta noite exigindo que a situação seja revista e demonstrando indignação com a decisão. Aproximadamente 200 manifestantes estão sendo escoltados por viaturas do Batalhão de Polícia de Trânsito, dez equipes do policiamento com cavalos, seis motos e 50 policiais militares do 16º Batalhão. Além de equipes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). A Avenida Guararapes já foi ocupada pelos grevistas, bem como a Conde da Boa Vista. O grupo chegou por volta das 19h30 na Avenida Agamenon Magalhães, no Derby, onde deverá haver a dispersão. Eles seguem um carro de som. O trânsito nas vias está lento devido à manifestação.

Além de ter considerado a paralisação abusiva, a Justiça do Trabalho também determinou que os dias de paralisação fossem descontados dos salários dos trabalhadores. Quanto às reivindicações, foi decretado reajuste médio de 7%. O salário dos motoristas que atualmente é R$ 1.395 passará a ser de R$ 1,5 mil. Os fiscais e despachantes que anteriormente recebiam R$ 903, vão ganhar R$ 970. Os cobradores saem de R$ 645,50 para R$ 690. O vale-refeição teve acréscimo de 14,2% e passou de R$ 140 para R$ 160.

Durante a reunião, dos 17 desembargadores que votaram, apenas um preferiu se abster. Dez votos consideraram a paralisação abusiva, outros seis acrescentaram à abusividade, a questão da multa. O sindicato terá que pagar R$ 20 mil por ter decretado a paralisação a partir da 0h da quarta, mas os motoristas terem parado de exercer suasa atividades e causado o caos no centro da cidade após a assembleia da categoria.

 

Fonte: Redação do Diario de Pernambuco

Sem acordo, greve de motoristas continua

 

 

Continua a greve dos rodoviários. A reunião entre patrões e empregados durou mais de cinco horas e não chegou a um consenso. O dissídio coletivo foi determinado pelo Ministério Público do Trabalho e nesta quinta-feira (05), às 15h, a justiça decidirá o destino da paralisação.

Participaram da negociação, o desembargador presidente do TRT, André Genn, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Pernambuco, Patrício Magalhães, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana/PE), Fernando Bandeira, e o procurador Fábio Farias. A reunião começou às 13h30 e somente no início desta noite foi determinado que a decisão ficará a cargo da justiça, tendo em vista a impossibilidade de acordo entre as partes.

Os dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre trabalhadores e empregadores.

No documento, o procurador-chefe afirmou que “os diálogos entabulados entre os sindicatos, patronal e de empregados haviam chegado a um comum acordo, ou seja, existia uma expectativa de aceitação dos termos negociados na medida em que todos entendiam que as propostas eram suficientes para a tranquilização do movimento de trabalhadores. Imperioso se fazia que a assembleia tivesse uma maior cautela na deflagração de seu movimento, até como reafirmação do primado da boa-fé que deve orientar todo e qualquer espaço de diálogo, mormente quando são interesses superiores da sociedade que se encontram em jogo.”

Esta manhã, os passageiros, afetados normalmente com a oferta insuficiente de veículos tiveram a situação agravada. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, o sistema começou o dia operando com 47% da frota e em grande dificuldade. Ou seja, dos 2.400 coletivos que circulam atendendo a 390 linhas, apenas 1.200 estavam nas ruas. Segundo o consórcio, a equipe de fiscalização e da diretoria de operações conseguiu aumentar esse percentual para 53% no final da manhã e para 57% nas primeiras horas da tarde.

A greve foi decidida em assembleia realizada na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Pernambuco, em Santo Amaro. A categoria, que pede  aumento de 30%, não aceitou a última proposta do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana/PE), de reajuste médio de 8%. Em encontro mediado pelo Ministério Público do Trabalho nesta segunda-feira (02), patrões ofereceram um aumento que elevaria para R$ 1,5 mil o salário dos motoristas, para R$ 690 o dos cobradores e dos fiscais e despachantes para R$ 970. Outros trabalhadores que não têm sindicato próprio teriam aumento de 7%, mais vale-refeição no valor de R$ 160 para todos.

Com informações da repórter Anamaria Nascimento, do Diario de Pernambuco

Greve dos motoristas de ônibus causa tumulto nos terminais

 

 

Terminais de ônibus lotados de passageiros, com poucos ônibus à disposição. Esquema policial reforçado. Tumulto nos terminais da Macaxeira e Joana Bezerra. Neste último, usuários arrancaram o vidro da saída de emergência de um veículo, para facilitar a entrada dos passageiros. Nas ruas, trânsito mais livre, com poucos coletivos circulando. Este é o quadro registrado no início da manhã desta quarta-feira no Recife por conta da greve de 24 horas dos motoristas de ônibus.

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Motoristas de ônibus do Recife decidem paralisar

 

Rodoviários decidem entrar em greve de advertência de 24 horas, a partir da zero hora desta quarta-feira. Na última assembleia, eles decidiram por uma paralisação de 100% da categoria. Caso a adesão se confirme, isso significa que cerca de  3 mil ônibus  deixaram de circular e consequentemente mais de 2 milhões de pessoas ficarão  prejudicadas e terão dificuldades para conseguir transporte.

A categoria volta a negociar na quinta no Ministério do Ttrabalho  para decidir se a paralisação continua e os motivos por ela impostos. Este ano, a pauta de reivindicações dos rodoviários é composta por 108 reivindicações, sendo o reajuste salarial a principal delas. Desta vez, a categoria quer um aumento de 27% do piso. Com isso, os motoristas passariam a receber R$ 2 mil e cobradores e fiscais teriam um aumento de 60% e 80%, respectivamente, em cima do valor oferecido aos motoristas.

Os rodoviários tiveram três encontros  com Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Pernambuco e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco, mas não chegaram a nenhum acordo.  Como de costume, no mês de julho acontece o dissídio coletivo para que a categoria avalie as possibilidades de reajuste salarial sem que haja greve. As primeiras reuniões aconteceram nos últimos dia 12 e 19. Os representantes discutem juntos, mas a possibilidade de greve dos ônibus não foi descartada.

Atualmente, circulam pela Região Metropolitana do Recife 360 linhas de ônibus, operadas por 18 empresas privadas. São 2,9 mil veículos realizando, em média, 24.350 viagens por dia que beneficiam aproximadamente 2,2 milhões de usuários diariamente.

Com informações da redação do Diario de Pernambuco e do Blog Meu Transporte

Dirigir por ruas alagadas pode dar prejuízos de até R$14 mil para motoristas


Alguns motoristas insistem em trafegar em ruas alagadas, correndo risco de causar danos elétricos no automóvel. O prejuízo pode chegar até R$ 4 mil – em carros nacionais- e R$ 14 mil para carros importados.

De acordo com o mecânico Luciano Rodrigues, especializado em injeção eletrônica, ao passar em uma rua alagada, um carro corre o risco de sofrer diversos danos por conta do ‘cauchy hidráulico’ – choque-térmico. Os problemas podem ser entre entortar/quebrar a viela ou manivela do carro, danificar a caixa de marcha, e até a perda total do motor.

Ele contou que a água também pode fundir o motor do carro, além de outros problemas hidráulicos. “É muito perigoso passar por por áreas alagadas, a não ser que o carro esteja frio, pois se ele já estiver ‘rodando’ a muito tempo, os danos serão grandes, e os prejuízos também”, recomendou Luciano.

Passar em baixa velocidade reduz os riscos de danificar o automóvel, segundo o mecânico. “É bom passar devagar, esse é o certo, pois o carro possui alguns componentes que não podem molhar, se passar com muita velocidade o pneu vai fazer pressão na água, e pode molhar algum componente eletrônico e comprometer o veículo”, informou.

Segundo ele, nas últimas semanas o número de casos de “falhamento” aumentou na oficina onde trabalha. “Falhamento é quando uma bobina ou vela falham. Nessas últimas semanas, por conta da cheia, muitos clientes chegaram aqui com esse problema, e eles tiveram sorte de ter sido só falhamento, pois poderia ter danificado o motor”, contou o mecânico.

Segundo ele, nos casos de ‘choque térmico’, é comum a perfuração do ‘carter’ do carro. Em carros populares, como o Gol, Ford, Corsa, Palio e Fiat, os valor do conserto fica em até R$ 4 mil. Já os mais caros, da marca Honda, Toyota, entre outros importados que utilizem blocos de alumínio, o conserto pode custar até R$ 15 mil.

Como evitar problemas no motor
O mecânico de carros Alonso Veras, deu algumas dicas ao Portal D24AM de como evitar problemas com o automóvel nesta cheia. “Se o local tiver muito alagado, é necessário procurar um desvio. Evitar o caminho é o certo a fazer, pois, mesmo que o motor esteja frio, corre o risco de molhar algum componente eletrônico do carro”.

Caso não exista um caminho alternativo, Alonso recomenda que o motorista fique atento e reduza a velocidade. “Não sabemos o que tem em baixo da água, pode ter até um buraco, então é bom que o motorista passe devagar por essas ruas, e o certo mesmo é que espere o motor dar uma ‘esfriada’ antes de entrar na água”.

Alonso informou que carros grandes como pick-ups, ou caminhões não correm o risco de sofrer problemas hidráulicos, mas mesmo assim é preciso atenção. “Os carros maiores podem passar tranquilamente, mas tem que ter um cuidado dobrado para não passar por um buraco, pois se furar um pneu fica difícil fazer a troca no alagado, principalmente de um carro grande”, recomendou.

Fonte: Portal do Trânsito

 

 

Pesquisa é favorável a mais rigor na lei para reduzir mortes no trânsito

Penas mais rigorosas para quem dirige sob efeito de álcool e outras drogas, inclusive com o pagamento de indenizações às vítimas de acidentes de trânsito e suas famílias. Este é o principal resultado de uma pesquisa feita pelo Disque Câmara (0800-619619), com 1.263 pessoas que ligaram de 10 de novembro a 11 de dezembro de 2011, para avaliar a opinião da população sobre a atuação dos poderes públicos; os fatores agravantes no trânsito; e a atuação do Legislativo.

Em segundo lugar destaca-se a opinião de que a legislação deve ser modificada de modo a considerar bêbado o motorista que se recusar a fazer o teste do bafômetro. Em terceiro lugar, os pesquisados entenderam que é necessário aumentar o rigor das punições para todos os tipos de infração de trânsito. Acompanhe no infográfico os principais dados da pesquisa.

Fonte : Agência Câmara