Obras do corredor Norte Sul chegam em dezembro na Agamenon Magalhães

 

Agamenon Magalhães - Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press

Os motoristas que circulam pela Avenida Agamenon Magalhães terão de exercitar ainda mais a paciência já a partir da primeira quinzena de dezembro. As obras do Corredor Norte/Sul chegarão à avenida, considerada a espinha dorsal do trânsito no Recife.

Obras numa via tão importante e já saturada pressupõem um plano especial de circulação de veículos. A Secretaria das Cidades estará concluindo esse estudo até o fim deste mês. Por dia, transitam pela avenida quase 80 mil automóveis nos dois sentidos. As mudanças estão sendo definidas pelo Consórcio Heleno Fonseca, que executará a quarta fase do corredor, a mais delicada devido ao trânsito pesado na via. Participam das decisões a Secretaria das Cidades e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

O corredor Norte/Sul, que inicia em Igarassu, bifurcará no Shopping Tacaruna e seguirá em dois ramais, um pela Avenida Agamenon Magalhães até o Terminal Integrado de Joana Bezerra, e outro pela Avenida Cruz Cabugá até a Estação Central de Metrô do Recife, no Centro. Serão 33,2 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus nos moldes BRT e 33 estações.

Cerca de 60% das obras já foram concluídas e a previsão é de que o ramal, orçado em R$ 151 milhões, fique pronto até março. As obras na Cruz Cabugá já estão em andamento. Há uma expectativa de que o motorista ganhe 30 minutos em deslocamento na Agamenon, após a conclusão do corredor.

“Uma artéria como a Agamenon precisa de um olhar especial, devido ao grande volume de veículos. Optamos por fazer essa etapa por último (entre o Shopping Tacaruna e o Centro do Recife) para reduzir os transtornos. Vamos concluir o plano de circulação e logo em seguida começaremos a obra na avenida”, justificou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

Pelo projeto, a Agamenon Magalhães receberá nove das 33 estações de embarque e desembarque. As plataformas serão construídas sobre o canal e os ônibus ganharão uma faixa exclusiva. “Estamos definindo o plano com a prefeitura porque é uma obra que vai interferir na cidade”, disse Cabral.

As plataformas de embarque e desembarque serão fechadas, com ar-condicionado e acesso em nível, facilitando a entrada de pessoas com deficiência. O sistema é semelhante ao usado no metrô. Cada estação contará com guichê, agilizando a compra dos bilhetes, e dispositivo que indicará a previsão de chegada do coletivo. As obras na Avenida Caxangá, que receberá seis estações de BRT no Corredor Leste/Oeste, já estão bem adiantadas.

Mascarenhas de Moraes e Barão de Souza Leão terão trechos interditados para passarela do aeroporto

Construção da passarela do aeroporto do Recife - Foto - Bernardo Dantas DP/D.A.Press
Construção da passarela do aeroporto do Recife – Foto – Bernardo Dantas DP/D.A.Press

Os motoristas que circulam na madrugada pela Avenida Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira, e pela Rua Barão de Souza Leão, em Boa Viagem, deverão ficar atentos.

Dois trechos da Avenida estarão interditados a partir de hoje (4) e até sexta-feira (8), da 0h às 5h da manhã, para que sejam executados os serviços de içamento da estrutura metálica das esteiras rolantes da Passarela que vai ligar o Aeroporto ao Terminal de ônibus e à Estação do metrô.

Para os motoristas que vem pela Barão de Souza Leão, o trecho bloqueado será a partir da Rua da Linha (paralela à linha do metrô, na Avenida Sul). Neste caso, os motoristas devem dobrar à esquerda na Avenida Sul (rua paralela à linha do metrô), em seguida entrar à direita, na Rua 10 de Julho, e seguir para a Avenida Mascarenhas de Moraes.

No sentido inverso (Recife/Jaboatão), os motoristas devem utilizar as vias localizadas no piso térreo do Aeroporto. Isso serve também para os veículos que estão saindo do estacionamento do Aeroporto.

A previsão de conclusão de toda a obra da Passarela do Aeroporto é dezembro deste ano. Orçada em R$ 23 milhões, o equipamento tem início no Aeroporto, na frente do portão B6 (embarque), passando pela Avenida Mascarenhas de Moraes, seguindo pela Avenida Barão de Souza Leão, e entrando na rua do colégio Maria Tereza, até o acesso ao Terminal Integrado do Aeroporto e a Estação do Metrô local.

Ao todo, a Passarela conta com 461,27m de comprimento, com 9,60m de largura e 15,5m de altura. O equipamento oferecerá esteira rolante, elevador, escada, sala de administração e sala para serviços de manutenção. Além de coberta com telhado de aço e ventilação natural.

Fonte: Secretaria das Cidades

Obras do Leste/Oeste podem parar

 

Obras do Leste/Oeste na Avenida Caxangá - Foto - Tânia PAssos DP/D.A Press
Obras do Leste/Oeste na Avenida Caxangá – Foto – Tânia PAssos DP/D.A Press

Por

Jailson da Paz

Prevista para terminar em março do próximo ano, a obra do corredor Leste-Oeste pode atrasar. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deve ingressar com um pedido de paralisação dos serviços até sexta-feira. Os argumentos para a solicitação do embargo da obra, que ligará Recife e Camaragibe, se fundamentam no Inquérito Civil Público, instaurado há 90 dias e concluído ontem pelo promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio da Capital, Ricardo Coelho.

Quando pronto, o corredor vai operar no modelo BRT (Bus Rapid Transit), que adota faixas e estações exclusivas para os ônibus, dotados de ar-condiciado e sistema de compra antecipada de bilhetes. A Secretaria das Cidades alega que cumpriu todas as exigências legais.

O pedido de suspensão parte de três pontos, segundo o promotor. “O inquérito aponta que a construção do Terminal Integrado de Passageiros junto ao Hospital Getúlio Vargas, na Avenida Caxangá, é absolutamente incompatível com a função de tratar da saúde das pessoas”, exemplicou Ricardo Coelho.

A incompatibilidade se daria porque os coletivos a circularem pelo terminal vão gerar muito barulho, poluição atmosférica e trepidação, elementos que seriam prejudiciais ao tratamento dos pacientes de uma unidade de saúde. Além disso, completou ele, o fluxo de veículos e de pessoas no terminal dificultará o acesso ao Getúlio Vargas.

Outro aspecto destacado no Inquérito Civil Público é o impacto das obras do túnel próximo ao Museu da Abolição. O promotor entende que os serviços afetam a estrutura e o funcionamento do museu, instalado no Sobrado Grande da Madalena e vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O casarão foi a sede do Engenho Madalena e residência do conselheiro João Alfredo. Em 1888, ele presidia o conselho que extinguiu a escravatura no Brasil. Por essa importância, entende Ricardo Coelho, a construção do túnel jamais deveria ser licenciada. O promotor vai pedir à Vara da Fazenda Pública Estadual que imponha compensações ao estado por conta dos serviços do túnel.

O terceiro argumento para a necessidade de suspensão das obras do Leste-Oeste é de ordem ambiental. O MPPE questiona o processo de compensação pela derrubada das árvores na Caxangá, avenida que sofre adaptações para se implantar estações exclusivas para os ônibus do BRT. “O replantio das árvores tem que ser na própria área da obra”, justifica o promotor.

No projeto, a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) autoriza a derrubada das árvores, mas desde que se plantasse um número maior, ou seja 150 unidades. O replantio se daria, entretanto, em Carpina, na Mata Norte e a 65 quilômetros da capital. O pedido para a suspensão das obras do Leste-Oeste, adiantou Ricardo Coelho, está sendo elaborado e deve ficar pronto nas próximas horas.

Os sete erros da Via Mangue

 

Via Mangue - foto Cristiane Silva DP/D.A.Press
Via Mangue – foto Cristiane Silva DP/D.A.Press

Faltando sete meses para a obra da Via Mangue ser finalmente entregue surgem incertezas quanto a sua eficácia na melhoria do sistema viário ligando o Centro do Recife à Zona Sul. Especialistas apontam pelo menos sete erros na concepção do projeto orçado em quase R$ 400 milhões. O maior pecado da via, segundo eles, foi ter se afastado da concepção original do projeto desenhado, inicialmente, na década de 1970 pela Fidem e redesenhado nas décadas de 1980, 1990 e 2000.

O traçado já recebeu o nome de Via Costeira, Linha Verde, Via Metropolitana Sul e por último Via Mangue. Nas três versões anteriores, simuladas no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), havia um elemento que foi dispensado no projeto atual: a terceira ponte. Sem ela, o desenho da Via Mangue optou pela meia ponte, que se encontra com a Ponte Paulo Guerra, no Pina, (já saturada).

Ponte Agamenon Magalhães - Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press
Ponte Agamenon Magalhães – Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press

Outro equívoco foi projetar um sistema viário de retorno tendo como base um túnel que só atende em parte o fluxo que vai da Zona Sul para o Centro. Os nós da Via Mangue estão ainda nas suas duas extremidades – chegada e saída – e no trecho lindeiro à costa, que não tem opção da pista local e deve se transformar em mais problema com a mudança da ocupação dos espaços que a própria via deverá proporcionar. O assunto é tão polêmico, que os técnicos ouvidos preferiram não serem identificados.

Com 4,5 quilômetros de extensão, a via expressa compreende o trecho entre a Ponte Paulo Guerra, no Pina, e a Rua Antônio Falcão, em Boa Viagem, margeando a área de mangue. Os problemas no projeto já podem ser vistos nos viadutos construídos sobre a Antônio Falcão. Segundo um técnico do setor, que prefere não ser identificado, a Antônio Falcão funciona como um binário com a Félix de Brito, mas o viaduto construído passa por cima apenas da Antônio Falcão.

Via Mangue - nas imediações da Antônio Falcão - Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press.
Via Mangue – nas imediações da Antônio Falcão – Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press.

“É um descalabro de engenharia a chegada da Via Mangue na Antônio Falcão, e, quando chega na Félix de Brito, o elevado que faz o sentido inverso é curto e não permite uma continuação. Isso vai exigir um semáforo, e quem vier da Imbiribeira vai ficar parado debaixo do viaduto”, alertou o técnico. O erro foi também visto por um especialista que fez parte da gestão passada. “Foi observado que o viaduto estava mais curto, mas foram feitos alguns estudos e a decisão foi de manter o desenho”, revelou a fonte que também prefere não ser revelado.

Tem mais no desenho da Via Mangue, segundo os especialistas deveria haver uma pista local no trecho lindeiro à costa. “Ela é uma via que não deve permitir parada de carga e descarga. Mas como impedir a ocupação do trecho lindeiro? Será o mesmo problema que acontece hoje com a Conde da Vista e a Presidente Kennedy”, apontou o especialista, que também preferiu o anonimato. A via também só possibilita que o ciclista trafegue por ela tendo acesso pelo início ou fim da via.

Túnel da Herculano Bandeira e Avenida Antônio de Goes - Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press
Túnel da Herculano Bandeira e Avenida Antônio de Goes – Foto Nando Chiappetta DP/D.A.Press

A ponte

A Secretaria Municipal de Infraestrutura já admite que alguns erros precisam ser corrigidos. Um dos entraves já identificados foi no ponto de retorno do túnel, construído sob a Avenida Herculano Bandeira, porta de entrada do Pina. O túnel permite mais fluidez na via. Já a Avenida Antônio de Góes, via de saída do Pina, recebe o trânsito da própria Antônio de Góes e do túnel, que já está congestionando antes  de a via expressa ficar pronta.

“Acredito que uma alternativa é fazer o prolongamento do túnel. Não sou a favor do elevado, que será muito desconfortável para quem sai do túnel”, observou o engenheiro César Cavalcanti, coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). O elevado é apontado como alternativa pelo técnico que participou da antiga gestão. “O prolongamento do túnel não era viável na época e não é agora. Tanto pelo custo como pelos transtornos no trânsito. A solução é um elevado longitudinal na Antônio de Góes”.

“Se tivessem feito a terceira ponte não haveria necessidade do túnel e nem mesmo do prolongamento do túnel ou da construção de um elevado. Isso não irá resolver por uma razão muito simples: as duas pontes já estão bastante saturadas”, apontou outro técnico do setor que também não quis ser identificado. Pelo projeto que foi simulado no PDTU de 2008 havia uma terceira ponte nas imediações da Compesa e antes do terreno da antiga Bacardi, onde hoje funciona o shopping RioMar.

No lugar dela foi construída a meia ponte estaiada, que se une à Ponte Paulo Guerra. ‘É uma ponte também pela metade que se liga a outra já saturada e ainda não é estaiada. É apenas uma ponte com os fios de aço suspensos. Para ser estaiada, o vão precisaria ser maior”, criticou um engenheiro em reserva.

A Secretaria de Infraestrutura prefere não adiantar que tipo de solução será dada. “Está sendo feito um estudo, que deve ficar pronto em 60 dias. Mas garanto que não ficará do jeito que está”, revelou o secretário Nilton Mota. Ainda segundo o secretário serão adotadas medidas emergenciais de engenharia de tráfego e algumas obras físicas antes de uma solução definitiva.
Conheça os sete erros da Via Mangue

1- Ausência de uma terceira ponte (prevista no PDTU de 2009)
2- Ponte estaiada (que não é estaiada)
3- Túnel da Herculano Bandeira (pela metade)
4- Viaduto do binário da Antônio Falcão (incompleto)
5- Ausência de uma pista local no trecho lindeiro à costa
6- Acesso para ciclistas apenas no início e no fim da via
7- Não serve como via metropolitana

Saiba Mais

Cronograma das obras
Abril de 2011 – início das obras
Setembro de 2013 era a previsão de conclusão
Abril de 2014 – novo prazo contratual para término das obras
Dezembro de 2013 – foi prazo solicitado pelo prefeito Geraldo Julio já descartado

Os números da Via Mangue
992 famílias que moravam em palafitas foram removidas
3 conjuntos habitacionais foram entregues em novembro de 2011
4,75 km é a extensão da via
60 km/h é a velocidade média prevista para a via
R$ 383 milhões é o custo da obra

Equipamentos
4 elevados vão compor o sistema viário
8 pontes estão incluídas no traçado
2 alças farão a ligação com a Ponte Paulo Guerra e o Temudo
1 túnel na Herculano Bandeira

Fonte: Prefeitura do Recife

Corrida contra o tempo para operacionalizar o BRT no Recife

 

Corredor Leste/Oeste - Foto - Roberto Ramos DP/D.A.Press
Corredor Leste/Oeste – Foto – Roberto Ramos DP/D.A.Press

A segunda etapa da licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife deve ocorrer em meados deste mês. Quase dois meses depois do prazo previsto pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. A demora foi para adaptar a demanda de linhas dos terminais integrados que superou os estudos iniciais. O Terminal de Xambá, que previa cerca de 40 mil usuários já alcancou 55 mil. A estimativa é que até dezembro o processo licitatório esteja concluído.

Enquanto a licitação ainda está em andamento, as obras dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste sofreram alguns percalços e os projetos estão tendo que ser adaptados para serem concluídos no prazo. Depois da substituição das estações em concreto por estruturas metálicas para dar mais celeridade às obras, estão sendo feitas adequações no desenho do corredor Leste/Oeste para permitir que o sistema entre em operação antes da Copa do Mundo de 2014.

Uma das mudanças fica no trecho da Avenida Belmino Correia, no centro de Camaragibe, ponto de chegada do Leste/Oeste, onde parte das estações não irá mais ocupar o centro da via. Segundo a Secretaria das Cidades haverá duas estações do BRT no corredor central e outras três paradas nas bordas laterais, nos dois sentidos, que terão os abrigos adaptados para receber o BRT. Com isso, os ônibus terão portas nos dois lados.

 

Avenida Belmino Correia, Camaragibe - Foto - Tânia Passos DP/D.A.Press
Avenida Belmino Correia, Camaragibe – Foto – Tânia Passos DP/D.A.Press

Há pelo menos duas razões apontadas pelo estado para implantar as mudanças: a demora na conclusão do processo de desapropriação de imóveis e a falta da construção da via de contorno em Camaragibe, prevista para ter as obras iniciadas somente em 2014 e que atenderá, principalmente, o transporte individual, que hoje passa pela Belmino Correia.

Há, no entanto, uma terceira razão mais subjetiva, mas não confirmada pela Secretaria das Cidades, em que os comerciantes locais estariam temendo que a avenida se transformasse numa Presidente Kennedy (um dos corredores de tráfego do Sistema Estrutural Integrado (SEI), em Olinda), que se tornou zona de conflito com a população após a implantação do corredor centralizado.

Assim como a Kennedy, a avenida central de Camaragibe é voltada essencialmente para o comércio. “O corredor centralizado possibilita mais agilidade ao transporte público, uma vez que os giros são eliminados. E a prioridade deve ser mesmo para o transporte público e é bom lembrar que a Belmino é mais larga que a Kennedy”, ressaltou o professor do departamento de engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Leonardo Meira.

Uma das preocupações apontadas pelo professor é mais quanto a mudança de faixa do centro para as bordas laterais do que em relação aos abrigos improvisados. “Acho que estão esquecendo o R de Rapid do BRT. Essa mistura com o trânsito misto reduz a velocidade do corredor, que é uma de suas premissas básicas do sistema”, criticou. De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral a mudança não irá comprometer a operação do corredor.

“É uma questão pontual e sem nenhuma complexidade. O ônibus vai mudar de faixa na chegada e na saída”, revelou. Ainda segundo o secretário serão duas estações de BRT na via: 1 e a 2, onde o processo de desapropriação foi concluído. Já as estações 3,4 e 5, serão deslocadas para as calçadas. “Essas três últimas ficam exatamente no miolo do comércio, onde o processo de desapropriação não foi concluído”, revelou.

O secretário disse ainda que as paradas laterais são provisórias até que seja construída a via de contorno para desafogar a maior parte do tráfego que hoje passa pela Belmino Correia. “A via de contorno está orçada em R$ 70 milhões. Nela também está previsto um viaduto para melhorar o acesso de Aldeia, mas falta o estudo de impacto ambiental e uma audiência pública. Acreditamos que no ínicio de 2014 a obra será iniciada”.

Trânsito muda no acesso a Suape e litoral Sul por causa das obras dos viadutos

A partir da próxima segunda-feira (02), a Concessionária Rota do Atlântico começa uma nova fase das obras de construção do complexo de cinco viadutos que facilitará o acesso ao Porto de Suape e ao Litoral Sul do Estado. Serão iniciados os trabalhos de aterro junto aos elevados que passam sobre a BR-101 Sul, na altura da rotatória próxima ao Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho. O conjunto de viadutos, que terá um total de quatro quilômetros de extensão e 14 alças de acesso, fará a ligação das vias nos sentidos de Recife, Ponte dos Carvalhos, Suape, Centro do Cabo e Alagoas.

Para a realização dos trabalhos, haverá uma intervenção no tráfego de meia pista no acesso da BR-101 nova para a rotatória junto à BR-101 antiga. A previsão de liberação total do trecho para a circulação de veículos, de aproximadamente 400 metros, é no final do mês de setembro. Desta quinta (29) até o domingo (1º), fora dos horários de pico, a área estará recebendo os preparativos para o início dos serviços. A mesma intervenção já foi realizada em outras etapas da obra. Os viadutos já estão prontos e agora começa a terraplenagem para a ligação entre eles. Na sequência, serão realizados os trabalhos de pavimentação das alças de acesso.

Orientação e alternativas – Durante o bloqueio de meia pista, os motoristas que saírem do Recife para Suape e Litoral Sul poderão utilizar ainda o caminho alternativo pela BR-101 Nova, acessando o Centro do Cabo pelo bairro da Charneca, na altura do quilômetro 103 da rodovia federal. Outra opção é seguir pelo Complexo Viário do Paiva em direção à PE-028, acessando à PE-060.

Para minimizar retenções e manter a segurança dos usuários na área, o tráfego será supervisionado diretamente pela engenharia operacional e equipes de tráfego da Rota do Atlântico.Nas outras intervenções não registramos grandes retenções de tráfego. Mesmo assim nossas equipes estarão de plantão no local para auxiliar o trânsito caso necessário, destaca o superintendente de operações da concessionária, Ivan Moraes.

Placas refletivas de sinalização serão implantadas para alertar os motoristas sobre as intervenções, a partir de 1,5 km antes do início do bloqueio, na BR-101 nova, sentido Recife-Alagoas. Além disso, um Painel de Mensagens Variáveis transmitirá informações aos motoristas sobre a interdição.

Rota do Atlântico – É a empresa responsável pela modernização, manutenção, operação e administração do novo sistema viário que irá atender a região de Suape, localizada entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A nova via expressa, a PE-009, segue da BR-101 Sul, na altura Hospital Dom Helder, até a PE-038, no distrito de Nossa Senhora do Ó. Além de atender os caminhões que seguem para o porto e as indústrias da área, será também o caminho principal para as praias do Litoral Sul, encurtando a distância em 8,4 quilômetros em relação à PE-060. A nova rodovia irá representar uma economia de tempo de cerca de 20 minutos, considerando a velocidade de 100 km/h da via expressa.

Com um contrato de 35 anos de concessão e investimentos de R$ 450 milhões, a concessionária ficará responsável pela manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio e também pela implantação e conservação de equipamentos de segurança como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação. A Rota do Atlântico conta com Centro de Controle Operacional (CCO), com serviço de atendimento ao usuário e apoio ao caminhoneiro, monitoramento 24 horas e ambulância de resgate a acidentados.

O trecho concessionado inclui o complexo de cinco viadutos; uma nova rodovia entre Suape e a PE-038; a requalificação do acesso à Ilha de Tatuoca; a rotatória na Curva do Boi; o Contorno do Cabo; as alças Norte e Sul e a VPE-052.  O início das operações está previsto para este segundo semestre de 2013.

Fonte: Rota do Atlântico

 

Corredores do BRT do Recife com mais da metade das obras para concluir

 

A 10 meses da Copa do Mundo, os dois mais importantes corredores da RMR – Norte/Sul e Leste/Oeste – não têm só o prazo de execução como desafio, mas sobretudo o legado que deixarão. Dois aspectos devem ser considerados: a qualidade e a eficácia dos equipamentos e o planejamento além da Copa.

Em Bogotá, Curitiba e Belo Horizonte, a implantação do modelo BRT veio acompanhada de um plano de expansão. No Recife, mesmo com o Plano Diretor de Transporte Urbano de 2007 como referência, ações futuras não têm cronograma certo. Pior: o PDTU não tem dados atualizados desde que foi lançado. A estimativa de demanda em Suape até 2020 , por exemplo, foi superada em 2012. E há risco de ações desconectadas de uma lógica no sistema, como um modal ferroviário na Av Norte.

Até dezembro de 2013, a Secretaria das Cidades espera concluir o corredor Norte/Sul, aquele que tem 33 estações, das quais apenas 15 foram iniciadas, e 33,2 km de extensão, dos quais 12 km tiveram, até agora, reforço no pavimento do corredor exclusivo. Sem falar no Terminal Integrado de Abreu e Lima, que está no início da construção, e nos outros três terminais do Norte/Sul: Igarassu, Pelópidas e PE-15, que ainda não foram adaptados para receber o BRT.

Também não há sinal da ciclovia e melhoria dos passeios ao longo do corredor. A favor do cronograma, estão os viadutos de Ouro Preto, Bultrins e Complexo Salgadinho, já concluídos. Pelos cálculos do governo, cerca de 67% das obras já foram executadas.

“As estações estarão concluídas até dezembro. Já as obras de adaptação dos terminais serão iniciadas em setembro e o projeto de urbanização da PE-5 está sendo concluído e será executado até março de 2014”, afirmou o secretário das Cidades, Danilo Cabral. Para agilizar a montagem das estações, as estruturas em concreto estão sendo substituídas por metálicas. “A execução é bem mais rápida e a durabilidade é equivalente. O design é o mesmo”, afirmou Juliana Barreto, gerente de projetos da Secretaria das Cidades.

Elevado da Caxangá - Corredor Lesste/Oeste - Foto - Arthur Souza DP/D.A.Press

O corredor Leste/Oeste tem 45% das obras concluídas e a previsão é que fique pronto até março de 2014. Das 21 estações, 14 foram iniciadas e estão em fase mais avançada de acabamento. Os terminais de integração, no entanto, são um problema. O de Camaragibe não teve a ampliação iniciada, e os terminais da 3ª e 4ª perimetrais estão no início das obras. Também em Camaragibe, as cinco estações na Avenida Belmino Correia dependem de desapropriação. “Estamos aguardando autorização da Justiça, mas acreditamos que até setembro as obras serão iniciadas”, afirmou.

Outro ponto pendente é a Avenida Conde da Boa Vista, cujo projeto é do município. Os estudos para a requalificação da via ainda estão sendo feitos. “Há um questionamento sobre a mudança do conceito para a Conde da Boa Vista. Não é apenas uma questão de fixar estações. Essa é a parte mais simples. Mas como se dará o uso do espaço é uma decisão do município, que estamos aguardando”, revelou Juliana Barreto.

Segundo o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, já houve a definição do conceito. “A Conde da Boa Vista será apenas para o BRT. Os ônibus convencionais usarão vias paralelas. Apresentamos a proposta ao Grande Recife, que nos dirá de que forma poderá ocorrer a operação do sistema enquanto a obra estiver sendo tocada”, pontuou. Segundo ele, a ideia também é resgatar o glamour e a beleza da avenida. “Haverá um trabalho paisagístico para recuperar a via”, afirmou.

As vias paralelas e transversais também vão sofrer mudanças. “Nós acreditamos que até o fim do ano o projeto esteja esteja concluído”. Segundo o secretário, as obras das estações do BRT poderão ser iniciadas desde que haja um plano de circulação para as vias que hoje passam pela avenida.

Marinha não cede ruas para o desvio do tráfego na Avenida Cruz Cabugá

A Marinha responde, mas não explica porque o interesse de uma minoria se sobrepõe à maioria. Os interesses legítmos, aos quais a nota se refere, se traduz em apartamentos para os oficiais em troca da liberação do arruamento que passa dentro dos muros da Vila Naval e que é essencial para as obras o Corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Cruz Cabugá. Veja a nota na íntegra:

MARINHA DO BRASIL
CAPITANIA DOS PORTOS DE PERNAMBUCO

Em resposta à solicitação da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife para a abertura de vias no interior da Vila Naval do Recife, o   Comando do 3º Distrito Naval esclarece que a área em tela pertence à União, tendo em vista a desapropriação estabelecida pelo Decreto Presidencial nº 29.113, de 09 de janeiro de 1951.

Desta forma, toda a área da Vila Naval – inclusive os seus arruamentos, deixaram de ser de uso comum, passando para bem de uso especial federal, com a finalidade de atender às necessidades da Marinha no cumprimento de suas atribuições constitucionais. Portanto, o eventual registro no Cadastro de Logradouros do Município, envolvendo o terreno, é inadequado por confrontar o Decreto Presidencial.

O Comando do 3º Distrito Naval, no entanto, permanece à disposição para o diálogo e eventuais tratativas que atendam aos legítimos interesses de ambas as partes, conforme vinha ocorrendo com o Governo do Estado de Pernambuco, desde o início de 2012.

Obras do Corredor Norte/Sul chegam à Avenida Cruz Cabugá

Avenida Cruz Cabugá - Foto Júlio Jacobina

A Avenida Cruz Cabugá começa nesta terça-feira a receber as primeiras intervenções para a construção do corredor exclusivo de ônibus Norte/Sul. Ao longo da via, seis estações do Transporte Rápido por Ônibus serão construídas e, nesses trechos, a pista será alargada.

Seguindo o cronograma da obra, a Secretaria das Cidades atuará com duas frentes de trabalho, sendo a primeira na Praça General Carlos Pinto (em frente ao Shopping Tacaruna) e, a segunda, em frente à Praça 11 de junho (no lado oposto ao Palácio Frei Caneca).  Nos dois locais, a construtora retirará as interferências não visíveis, como a drenagem urbana e as tubulações de água. Só após a conclusão desta fase, a empresa iniciará a construção da pista.
O fechamento parcial das duas praças traz mudanças apenas para os usuários do Sistema de Transporte Público de Passageiros. Parte da Praça General Carlos Pinto, localizada em frente ao Shopping Tacaruna, será transformada em uma pista para carros. Por esse motivo, as duas paradas existentes no espaço serão desativas e relocadas. Os dois pontos (localizados no sentido subúrbio/cidade) passarão a ter como ponto de embarque e desembarque de passageiros a calçada em frente ao estacionamento do Shopping (antes do semáforo de pedestre).

Já na Praça 11 de Junho, as duas paradas de ônibus (sentido cidade/subúrbio), no lado oposto à vice-governadoria, serão desativadas e relocadas para frente do Hospital da Marinha. Parte desta praça também será reduzida para abrigar uma pista para carros.

Em julho deste ano deve ter início a construção das estações no canteiro central da Avenida Cruz Cabugá. As estações serão construídas nos moldes do sistema Transporte Rápido por Ônibus e serão equipadas com pagamento antecipado da tarifa e ar-condicionado. Para agilizar a construção desses pontos a SECID montou um método construtivo diferenciado. As estações serão montadas com base de concreto e estrutura metálica de aço. A estrutura metálica será construída fora do espaço da Avenida (interferindo menos no tráfego local) e instalada de forma rápida. Cada estação será construída em uma média de quatro meses.

Só na Av. Cruz Cabugá serão construídas seis estações. Elas ficam localizadas em frente a Praça Gen. Carlos Pinto e do Terreno da Marinha do Brasil; a Praça 11 de Junho e da Compesa; em frente a Praça Gen. Abreu e Lima e do Mercado de Santo Amaro; em frente da Rua Artur Coutinho; em frente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus e em frente do Parque 13 de Maio.

Confira que linhas de ônibus terão os pontos de embarque e desembarque modificados durante as obras:

1º ponto: Praça General Carlos Pinto (em frente ao Shopping Tacaruna)

Novo ponto de embarque: calçada em frente ao estacionamento do Shopping.

117 -CIRCULAR (PREFEITURA)

822-JARDIM BRASIL I (CRUZ CABUGÁ)

824-JARDIM BRASIL II (CRUZ CABUGÁ)

831-AGUAZINHA

838-ALTO DA CONQUISTA

841-NOVA OLINDA

843-ALTO DA BONDADE (VILA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO)

844-SANTA CASA

847-ALTO NOVA OLINDA

851-CÓRREGO DO ABACAXI

852-CAIXA D’ÁGUA

958-COSTA AZUL

971-AMPARO

973-CASA CAIADA

974-JARDIM ATLÂNTICO

981-RIO DOCE (CONDE DA BOA VISTA)

983-RIO DOCE (PRINCESA ISABEL)

992-PAU AMARELO

993-CONJUNTO PRAIA DO JANGA

994-CONJUNTO BEIRA MAR

2º ponto: Praça 11 de junho (lado oposto ao Palácio Frei Caneca)

Novo ponto de embarque: em frente do Hospital da Marinha

911-OURO PRETO (COHAB)

915-PE-15

921-OURO PRETO (JATOBÁ I)

926-OURO PRETO (JATOBÁ II)

946-IGARASSU (BR-101)

967-IGARASSU (SÍTIO HISTÓRICO)

976-PAULISTA (PREFEITURA)

977-PAULISTA (CONDE DA BOA VISTA)

Navegabilidade do Capibaribe entrará em nova etapa

Rio Capibaribe Foto - Gil Vicente DP/D.A.Press

Começa hoje mais uma etapa para o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe. O edital de licitação para contratar a empresa que irá construir as futuras estações de embarque e desembarque foi publicado hoje no Diario Oficial do Estado.A empresa que vencer a licitação também irá cuidar de toda a sinalização náutica.  A previsão é que a empresa inicie os trabalhos em 90 dias.

Também estão sendo feitos os serviços de dragagem ao longo do corredor por onde irão passar as embarcações. De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, a previsão é que em julho estejam sendo construídas as estações. A expectativa é que em julho estejam sendo construídas as estações. Antes disso, em maio, serão escolhidos os tipos de embarcações que serão utilizadas.

O programa prevê a integração da navegabilidade.A calha do Rio Capibaribe será utilizada como rota para o transporte público, promovendo a integração do uso das embarcações com o sistema de ônibus e de metrô, onde o usuário pagará uma única passagem. As estações também vão oferecer bicicletários.

Cerca de 335 mil usuários deverão ser atendidos pelo sistema de navegação, que será composto por duas rotas: Norte e Oeste, totalizando 13,9 km. O trajeto contará com sete estações climatizadas, que terão ainda acessibilidade plena, guichês para emissão dos bilhetes e estacionamento para quem quiser deixar o carro para fugir dos congestionamentos e pegar o barco. Todo o projeto está orçado em R$ 289 milhões. Os recursos são do governo federal, por meio do PAC da Mobilidade.