DETRAN passa a reciclar sucatas de veículos apreendidos

 

Detran-PE/Divulgação

O Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE) mudou a forma de descarte de veículos considerados ‘sucata’: eles passaram a ser triturados e reaproveitados para reciclagem. Através do novo procedimento, passam a ser reciclados os veículos considerados ‘sucata’ localizados nos depósitos sob guarda do DETRAN.

Após a retirada de placas e chassis para baixa no sistema do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), as sucatas passam por um processo de descontaminação para retirada de artigos plásticos, cilindros de gás, extintores, óleos e combustível. A medida integra o pacote de modernização do órgão.

Para atestar a condição de veículo irrecuperável, os bens recebem laudo técnico emitido pela Unidade de Fiscalização de Trânsito do DETRAN-PE, responsável pelo recorte dos chassis e retirada de placas. Os débitos são baixados com amparo da Lei Estadual Complementar 216/2012 (autoriza o DETRAN a fazer a baixar os IPVAs dos veículos classificados como sucata única e exclusivamente para reciclagem e trituração).

Para a presidente do Detran-PE, Fátima Bezerra, a medida também irá contribuir para a mobilidade urbana e o meio ambiente. “Com o novo formato, também iremos impedir o reaproveitamento de carcaças para a construção de carros ‘artesanais’ usados de maneira indevida e retiraremos de circulação, definitivamente, uma média de 500 carros das vias a cada ano”, estima a presidente.

Nos últimos 10 anos, o Detran já retirou mais de cinco mil veículos das ruas através dos leilões públicos e pelo menos a metade destes é considerada ‘sucata’, termo empregado para veículos que não apresentam mais condições de trafegabilidade.

A nova modalidade irá contribuir efetivamente para aumentar a segurança nas vias e dos usuários, além de preservar o meio ambiente e a saúde pública, já que os veículos abandonados podem se transformar em nichos para proliferação do inseto da Dengue, por exemplo.Nos últimos 10 anos, o Detran já retirou mais de cinco mil veículos das ruas através dos leilões públicos e pelo menos a metade destes é considerada ‘sucata’.

Fonte: Detran-PE

Japão defende reciclagem de veículos

 

A importância de investir na reciclagem de veículos, para reduzir assim o acúmulo de resíduos e evitar outros problemas ao meio ambiente, foi o tema de um debate no último final de semana da Rio+20. A programação oficial da conferência da ONU terminou na sexta-feira (22), mas no sábado e no domingo (23 e 24), o público ainda pode participar de algumas atividades.

No Parque dos Atletas, o Japão mostrou como funciona o sistema de reciclagem de veículos. O país se tornou uma referência mundial nesse assunto. A taxa média de reciclagem por unidade é de 95%. Ou seja, em um veículo que pesa 1,1 tonelada, só não são recuperados 55 kg, que vão para o aterro. A Lei de Reciclagem de Automóveis no Japão é de 2005 e conta também com a participação dos usuários. Ao adquirir um veículo novo, o consumidor já paga uma taxa destinada à reciclagem.

No mesmo local, foi distribuído o livro “Reciclagem e Sustentabilidade na Indústria Automobilística”, que foi lançado na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em março deste ano. O livro foi escrito pelo engenheiro aeronáutico Daniel E. Castro, doutor em engenharia de materiais e professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). Um dos capítulos, sobre a situação dos veículos de transporte de cargas no Brasil e a necessidade da reciclagem, tem como autor o engenheiro Vinicius Ladeira, assessor governamental da CNT.

O livro diz que um veículo possui aproximadamente 15 mil peças, sendo que praticamente 80% de todos os materiais utilizados atualmente são metais, que podem ser reciclados de diversas formas. A discussão sobre o tema na Rio+20 foi promovida pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) – órgão do governo japonês responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento.

A Jica apoia medidas em países em desenvolvimento. No mês de março, agência participou de um seminário sobre reciclagem de veículos e renovação de frota, promovido na sede da CNT, em Brasília. A Confederação Nacional do Transporte defende a implantação de um plano nacional que permita a renovação da frota de veículos no Brasil, especialmente de caminhões, e que também seja viabilizada a reciclagem dos materiais.

Fonte: Agência CNT

Instrutores de trânsito, de volta às salas de aula

 

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2911/11, que obriga todos os profissionais das áreas de formação, aperfeiçoamento ou reciclagem de condutores, como diretores, instrutores e examinadores de autoescolas, a participar de curso de atualização em trânsito a cada cinco anos, no mínimo.

“Não é suficiente apenas exigir uma qualificação inicial desses profissionais, especialmente em decorrência das constantes atualizações legais e das novas tecnologias dos veículos”, justificou o autor da proposta, deputado Luciano Castro (PR-RR).

A proposta delega ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) a responsabilidade para estabelecer o conteúdo, a carga horária e a periodicidade do curso.

O deputado deu um exemplo para argumentar em favor da medida: “Será que todos os instrutores de autoescolas sabem orientar corretamente sobre a forma de frear um veículo dotado de dispositivo antitravamento (freios ABS)? Deverá esse tipo de freio ser utilizado da mesma forma que um freio convencional em situações de emergência? Apesar de os freios ABS serem dispositivos gradualmente obrigatórios nos veículos brasileiros desde janeiro de 2010, certamente um profissional desatualizado não saberá responder adequadamente a essas questões”.

A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara