Inscrições para o Enem PPL 2020 são prorrogadas

Inscrições para o Enem PPL 2020 são prorrogadas

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2020 foram prorrogadas. Agora, o responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa terá até o dia 18 de dezembro para realizar o registro dos participantes. A minuta de retificação do edital foi publicada nesta quinta-feira, 10 de dezembro.

As provas do Enem PPL 2020 serão aplicadas nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2021. As unidades deverão garantir a segurança e o sigilo da aplicação do exame dentro dos locais de prova indicados. As unidades prisionais precisam ter um espaço físico adequado à aplicação das provas — ambiente escolar coberto, silencioso, com iluminação, mesas e cadeiras em condições para a realização do exame.

Além de realizar as inscrições, o responsável pedagógico deve determinar as salas de provas dos participantes e a transferência entre as unidades, quando necessário, dentro do prazo previsto, e excluir aqueles que tiverem sua liberdade decretada. O profissional terá acesso aos resultados obtidos pelos participantes e ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para pleitear uma vaga na educação superior. Também ficará a cargo desse colaborador a divulgação das informações sobre o exame aos participantes privados de liberdade.

Os participantes com idade a partir de 18 anos poderão utilizar o desempenho no exame como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior. Já os menores de 18 anos, que fazem a prova com o intuito de conhecer a avaliação e não possuem ensino médio completo — “treineiros” —, só poderão utilizar os resultados individuais no exame para autoavaliação de conhecimentos.

Cronograma do Enem PPL 2020:

Inscrições 30/11 a 18/12/2020
Atendimento Especializado Solicitação 30/11 a 18/12/2020
Resultado 23/12/2020
Recurso 23 a 30/12/2020
Resultado do recurso 6/1/2021
Tratamento pelo Nome Social Solicitação 30/11 a 18/12/2020
Resultado 23/12/2020
Recurso 23 a 30/12/2020
Resultado do recurso 6/1/2021

Enem PPL – As provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A aplicação acontece dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada unidade da Federação.

Acesse a minuta de retificação do edital

Falta de consenso emperra votação para regulamentar o Fundeb

Falta de consenso emperra votação para regulamentar o Fundeb

Por Correio Braziliense

Não foi desta vez que a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) foi votada, como estava prevista para ontem. O texto relatado pelo deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) não obteve consenso entre os parlamentares, o que levou ao adiamento da análise da proposta.

O Fundeb, que é a principal fonte de financiamento da educação básica, precisa ser votado até o final do ano. Do contrário, 1.499 municípios considerados de alta vulnerabilidade, e que têm sob sua responsabilidade aproximadamente sete milhões de alunos, deixarão de receber cerca de R$ 3 bilhões adicionais — de acordo com estimativas da organização não governamental Todos Pela Educação — por conta do novo formato do Fundo, que considera somente o próximo ano.

Um dos pontos a emperrar o acordo é a liberação do Fundeb para o pagamento de psicólogos e assistentes sociais, combatido por um grupo de deputados do PSol, do PCdoB, do PT e da Rede Sustentabilidade — que consideram um retrocesso no texto final aprovado pelo Congresso. Outro item de discordância é sobre o chamado VAAR (Valor Aluno/Ano Resultado): separa 2,5% do valor investido pelo governo federal para serem distribuídos às escolas com melhor desempenho.

O relator considera que o VAAR reduz as desigualdades educacionais em vez de aumentarem, pois enfatiza a evolução e não o nível alcançado pelo aluno. “Para receber essa verba, as escolas devem pegar os alunos com déficit de aprendizagem e ajudá-los a subir. Não adianta investir nos melhores alunos porque isso não vai ter peso”, observou Rigoni.

Graduação em Biblioteconomia da UFPE completa 70 anos

Graduação em Biblioteconomia da UFPE completa 70 anos

O curso de graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), único existente no estado, completa 70 anos de fundação. Ao longo desse período, já formou mais de 1,6 mil profissionais aptos a atuar em bibliotecas e centros de documentação/informação de vários setores da sociedade. Para comemorar a data histórica, um evento on-line será realizado, nesta quarta-feira (9), das 10h às 12h, com transmissão no canal da UFPE no YouTube.

A programação do evento contará com apresentações culturais, breve histórico dos 70 anos do curso, momento para memórias e homenagens, além de exibição de vídeo comemorativo. O evento on-line, que ocorre no contexto da pandemia do novo coronavírus, será aberto ao público.

Segundo o coordenador de Biblioteconomia da UFPE, professor Lourival Pereira Pinto, o curso tem acompanhado as mudanças na sociedade, bem como a evolução das demandas relacionadas à gestão e à organização da informação em seus diversos aspectos. “Podemos dizer que o curso é responsável pela área da informação institucionalizada em todo o Estado, trabalhando com tecnologia e mão de obra que contribuem para todos os setores envolvidos com a indústria da informação”, explica.

Ainda de acordo com ele, as contribuições do profissional vão desde a aprendizagem informacional em bibliotecas públicas, escolares e comunitárias até a gestão e organização de grandes volumes de informação em empresas e instituições que utilizam e compartilham informação. “Assim, no seu segmento, o curso busca contribuir com o desenvolvimento sustentável da sociedade pernambucana”, afirma o docente.

O curso de Biblioteconomia da UFPE é vinculado ao Departamento de Ciência da Informação (DCI), do Centro de Artes e Comunicação (CAC), no Campus Recife. Atualmente possui 28 docentes e 218 discentes. A cada ano, são ofertadas 55 vagas para novos alunos via Sistema de Seleção Unificada (Sisu)/MEC, todas para a primeira entrada. O tempo mínimo de integralização do curso é de oito semestres letivos.

HISTÓRIA – O curso começou a ser pensado, em 1948, quando a Diretoria de Documentação e Cultura (DDC) da Prefeitura do Recife iniciou o processo de criação de bibliotecas populares municipais. No ano seguinte, a Prefeitura do Recife enviou um grupo de profissionais para uma visita técnica às instalações da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), com o intuito de levantar informações sobre a estrutura curricular do curso de Biblioteconomia ofertado por essa instituição.

Em 1950, o então reitor Joaquim Amazonas, da Universidade do Recife, entusiasmado com o movimento iniciado pela prefeitura, instituiu o curso de Biblioteconomia na Universidade do Recife (posteriormente tornada UFPE), após aprovação do Conselho Universitário.

O curso de Biblioteconomia da época integrou conhecimentos de bibliografia, classificação e catalogação de livros, organização e gestão de bibliotecas, história dos registros do conhecimento, literatura e psicologia. O curso tinha duração de dois anos e funcionava junto à Biblioteca da Faculdade de Direito do Recife. A primeira turma graduou-se em 1952.

O reconhecimento do curso aconteceu por meio do Decreto nº 59.114, de 23 de agosto de 1966. Em 1968, a graduação em Biblioteconomia transferiu-se para o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, a partir da criação do Departamento de Biblioteconomia.

Em 1975, o Departamento de Biblioteconomia transferiu todas as suas atividades para o recém-criado Centro de Artes e Comunicação, onde permanece até os dias atuais. No ano de 1998, o departamento passou a ser denominado Departamento de Ciência da Informação para atender às transformações sociais e tecnológicas relacionadas ao campo científico.

Cursos de federais têm melhores resultados em indicador de qualidade

Cursos de federais têm melhores resultados em indicador de qualidade

Por Agência Brasil

Cursos de instituições públicas federais obtiveram os melhores resultados no Conceito Preliminar de Curso (CPC), divulgado hoje (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O CPC é um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior. Os resultados são referentes a 2019. Entre os cursos avaliados estão medicina, enfermagem e engenharias.

O indicador segue uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior recebem os conceitos 4 ou 5.

Ao todo, 1.008 cursos de instituições federais obtiveram conceito 4 e 68 cursos, conceito 5. Isso significa que 75,7%, ou três a cada quatro cursos avaliados nessas instituições, estão “acima da média”, com conceitos 4 ou 5.

Entre as instituições privadas, que são as que concentram mais de 75% das matrículas de estudantes dos cursos avaliados, 1.068, o equivalente a 31% dos cursos de instituições com fins lucrativos, e 1.047, o equivalente a 38% dos cursos de instituições sem fins lucrativos, obtiveram os maiores conceitos.

Ensino a distância

Entre os cursos a distância, 23,3% obtiveram conceitos 4 ou 5. A educação a distância representa, no entanto, apenas 2% de todos os cursos avaliados. Considerando somente os cursos presenciais, a porcentagem “acima da média” foi maior, 42,7% obtiveram conceitos 4 ou 5.

Indicador de qualidade

O CPC leva em consideração diferentes aspectos dos cursos de graduação, como o desempenho dos estudantes nas provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a percepção dos próprios estudantes em relação ao curso e à formação dos professores.

A cada três anos, um conjunto diferente de cursos é avaliado no Enade. São os mesmos que têm o CPC divulgado pelo Inep. No ano passado, foram cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Ao todo, foi o calculado o CPC de 8.188 cursos de graduação de 1.215 instituições de ensino superior. Considerando todas as instituições e as modalidades, 22 cursos – o equivalente a 0,3% – obtiveram conceito 1, o mais baixo; 665 cursos, ou 8%, o conceito 2; 4.034 cursos, ou 49,3%, conceito 3; 3.255 cursos, ou 39,8%, obtiveram conceito 4; e, 212, ou 2,6%, o conceito 5, o máximo.

De acordo com o Inep, além de subsidiar a definição de politicas públicas, os resultados do CPC são utilizados como critério seletivo ou de distinção em processos de supervisão e regulação da educação superior; na construção de matriz de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; e em programas e políticas públicas do governo federal, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni).

MEC lança programa para professores de alfabetização

MEC lança programa para professores de alfabetização

Por Agência Brasil

O Ministério da Educação vai ofertar curso gratuito e a distância para a qualificação de 40 mil professores de alfabetização, com duração total de 160 horas, a partir de 11 de janeiro.

O curso Alfabetização Baseada na Ciência (ABC) deverá ser acessado no Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec), onde os professores poderão assistir a vídeos, baixar os materiais de leitura e preparar as tarefas de estudo.

“O curso é composto por um manual teórico, de 24 capítulos, elaborado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, e um Programa de Intervenção Prático, desenvolvido pelo Centro de Investigação e Intervenção na Leitura do Instituto Politécnico do Porto. A Universidade Aberta de Portugal ficou responsável por gravar as videoaulas e produzir as legendas para o português do Brasil”, informou o MEC em nota.

O conteúdo abarca noções fundamentais de alfabetização, de literacia emergente (antes da instrução formal), da aprendizagem da leitura e escrita e das dificuldades desse processo.

Desde de fevereiro, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC, mantém parceria com as instituições portuguesas. A criação do curso a distância é uma solução para o período de distanciamento social. A Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto licenciaram o governo brasileiro para uso do material na capacitação dos docentes.

Além do curso online, professores brasileiros poderão participar de capacitação presencial em Portugal. A Capes deverá abrir editais para esses cursos nos próximos dois anos. No total, a autarquia prevê investimento de R$ 6,3 milhões na formação de professores alfabetizadores.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, tem expectativa que a formação dos professores reflita na qualidade da alfabetização dos alunos e perdure durante toda a vida escolar. “A iniciativa do MEC é lançar as sementes para que num futuro próximo, talvez não tão próximo, mas a médio prazo, as nossas universidades estejam recebendo jovens no mínimo alfabetizados”, assinalou o ministro.