Acidente com buggy será reproduzido em Maracaípe

Veículo que atropelou jovens foi localizado pela polícia após o acidente

Um ano e oito meses depois do atropelamento que matou a estudante Rafaela de Oliveira Amaral, 20 anos, na praia de Maracaípe, Litoral Sul do estado, o caso ainda não foi julgado. O próximo passo da investigação agora será uma reprodução simulada do momento em que o buggy atropelou Rafaela e os dois amigos, Jéssica Cavalcanti Pires e Felipe Oriá, que estavam com ela na praia no dia 9 de outubro de 2010. A reconstituição foi autorizada pela juíza da Vara Criminal de Ipojuca, Andréa Calado, e será feita pelo Instituto de Criminalística (IC). A ação acontecerá no dia 29 de junho, às 18h. Além dos peritos do IC, participarão de reprodução simulada as duas vítimas, o comerciante Leandro Meireles, motorista do buggy e que foi indiciado por homicídio doloso, além do delegado de Porto de Galinhas.

Rafaela Amaral tinha 20 anos

O acidente na praia de Maracaípe, uma das mais baladas do estado e destino de muitos jovens nos finais de semana, aconteceu por volta das 20h do dia 9 de outubro de 2010. De acordo com as testemunhas ouvidas pela polícia na época, o veículo estava em alta velocidade na areia e com os faróis apagados. Rafaela, Jéssica e Felipe estavam conversando sentados na areia quando foram atingidos. Rafaela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Felipe e Jéssica foram socorridos e passaram vários dias internados. Rafaela morava em Pau Amarelo, Paulista e cursava o terceiro período de Ciências Contábeis na UFPE.

 

“Sexo frágil” com força total na criminalidade

 

Do Diario de Pernambuco

Por Anamaria Nascimento com fotos de Annaclarice Almeida

 (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)

Rosimere (*), 37 anos, é alta e está sempre bem vestida. Gosta de usar joia de ouro e manter o cabelo arrumado. Está presa há dois anos e oito meses na Colônia Penal Feminina do Recife, mas não perde a feminilidade. Já matou sete pessoas, comandava o tráfico de uma comunidade carente do Recife e foi detida por chefiar um grupo de extermínio. “Só ando armada e no salto. Nenhum homem mexe comigo. Nós, mulheres, temos muito mais disposição e atitude para o crime”, revela. A frieza de Rosimere se assemelha aos detalhes confessados por Elize Matsunaga, 30 anos, que matou e esquartejou o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, 42, herdeiro da Yoki Alimentos, em São Paulo, em um crime que chocou o país.

Ao lado de Rosimere, durante entrevista para o Diario, estava Raika (*), 38 anos, também na antiga Bom Pastor. Filha de portugueses e de classe média alta, liderava uma quadrilha de assalto a bancos e arrombamento de cofres. Tem orgulho da posição que passou a ocupar após 20 anos de “trabalho” no grupo. “Consegui chegar onde estou porque é característica da mulher saber articular, planejar”, enfatiza.

Raika e Rosimere não estão sozinhas. De acordo com tese defendida na UFPE, a presença de mulheres em posição de liderança no mundo do crime é crescente. Na pesquisa, a psicóloga e professora da instituição Luciana Ribeiro descreve o perfil das criminosas, apontando que as conquistas femininas também podem ser percebidas em grupos de extermínio, nas bocas e fumo e nas quadrilhas de assalto a banco. Segundo a pesquisadora, elas querem mostrar que podem tanto quanto o homem. “A grande mudança é que, antes, elas ingressavam no crime por causa dos namorados ou maridos bandidos. A configuração atual é outra. Elas são chefes de quadrilha e agem por conta própria”.

 (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)

O estudo aponta que as mulheres criminosas planejam mais os atos ilícitos e avaliam os ganhos e dificuldades da investida. “Foi possível perceber que, entre as mulheres mais velhas, havia uma grande habilidade e experiência nas práticas. Por outro lado, há uma baixa aceitação desse tipo de conduta nos espaços sociais onde elas convivem, por isso, muitas mantêm segredos”, pontua Luciana Ribeiro. Ainda de acordo com a pesquisadora, outra característica marcante entre as encarceradas é usar a fragilidade como forma de manipulação. “Nunca confessei um crime. Tento seduzir dizendo que não sei de nada”, diz Rosimere. “Mandamos. Mas na hora do interrogatório, negamos tudo”, completa Raika. Dados do Ministério da Justiça mostram que histórias como as de Rosimere e Raika não são pontuais e nem estão restritas ao estado. Entre 2005 e 2011, o número de mulheres encarceradas no país – por infrações que vão de furto e roubo simples a extorsão mediante sequestro – saltou de 2.006 para 6.072, um crescimento de mais de 200%. No estado, há  1.750 mulheres presas. (*) nomes fictícios

OBS: Veja matéria completa na edição do Diario de Pernambuco desta terça-feira.

Delegada será ouvida sobre atropelamento

Do Diariodepernambuco.combr

A primeira audiência de instrução do acusado de ter atropelado e matado o major da Polícia Militar e veterinário alagoano José Vieira Bezerra, 51 anos, que estava prevista para a manhã desta segunda-feira precisou ser adiada. A sessão foi cancelada devido à solicitação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que a delegada responsável pelo inquérito, Ana Luiza Mendonça, da Delegacia de Piedade, também participe da audiência e preste depoimento. A nova audiência ainda não tem data marcada, mas também deverá acontecer na Vara do Tribunal do Júri do Fórum de Jaboatão dos Guararapes.

Imagens flagraram carro passando por cima da vítima

O militar foi atropelado em setembro do ano passado na Avenida Bernardo Vieira de Melo, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Um EcoSport o arrastou por cerca de 25 metros e depois passou por cima do corpo com as rodas dianteiras e traseiras. O motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. Imagens do circuito de segurança de um edifício registraram todo o incidente e foram utilizadas na identificação do suspeito. O homem identificado como João do Sofá, proprietário do EcoSport de placas KJQ-7097, teria sido o responsável pela morte e na  manhã do acidente estaria dirigindo após supostamente ter consumido bebidas na noite anterior.

Motorista deixou o local sem prestar socorro, após o atropelamento

Atropelamento de major tem audiência de instrução

 

Está prevista para as 10h desta segunda-feira a audiência de instrução do caso do atropelamento e morte do major da Polícia Militar de Alagoas e médico veterinário José Vieira Bezerra, 51 anos. Ele foi atropelado e morto na manhã do dia 4 de setembro do ano passado, na Avenida Bernardo Vieira de Melo, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. A audiência acontecerá na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. Os familiares da vítima estão confiantes que o autor do atropelamento seja condenado pelo acidente. Ele estava dirigindo um veículo EcoSport de cor clara, que foi encontrado pela polícia no dia seguinte, em um depósito no bairro de Piedade. O carro arrastou o major por cerca de 25 metros e depois passou por cima do corpo com as rodas dianteiras e traseiras. O motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. Imagens do circuito de segurança de um edifício filmaram o exato momento em que o veículo colidiu com a vítima e a atropelou.

Vieira foi atropelado quando caminhava na Av. Bernardo Vieira de Melo

José Vieira saiu de casa logo cedo para caminhar na orla quando foi atropelado numa das principais vias do bairro. O médico e major era casado e tinha um casal de filhos. A filha soube da morte do pai quando participava da aula da saudade de sua turma de publicidade e propaganda. A esposa dele, que também é médica veterinária estava no Rio Grande do Sul participando de um congresso e chegou ao Recife poucas horas depois do acidente. José Vieira era conselheiro efetivo do Conselho Regional de Mecidina Veterinaria do estado de Alagoas. Os familiares de José Vieira ressaltaram ainda que esperam que esse caso sirva de exemplo para que os motoristas sejam mais prudentes e não assumam o volante de carro depois de ingerir bebida alcoólica. Na época do acidente, a polícia cogitou a possibilidade de o condutor do EcoSport estar sob o efeito de álcool.

Preso vai custar R$ 2,5 mil por mês em Itaquitinga

 

O Centro Integrado de Ressocialização (CIR), em Itaquitinga, que está sendo construído através de uma Parceria Público-privada, vai disponibilizar 3.126 vagas e irá abrigar os detentos que serão retirados dos presídios da Ilha de Itamaracá é mais nova aposta para a mudança do Sistema Penitenciário do estado. O CIR vai operar com estrutura e segurança de primeiro mundo, mas custará caro ao cofre estadual. Segundo o empresário do Consórcio Reintegra Brasil, responsável pela construção, Eduardo Fialho, cada preso da unidade vai custar ao estado cerca de R$ 2,5 mil por mês. Atualmente, um detento em presídio comum custa aos cofres públicos em torno de R$ 1,6 mil/mês. O estado gasta com um aluno da rede pública de ensino R$ 150/mês.

O alto valor aplicado para a manutenção dos detentos no novo centro chamou a atenção dos representantes da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que acompanharam a visita às obras ontem. “Estou impressionada com o valor que será pago por cada detento dessa unidade”, disse Deise Benedito, representante da Secretaria de Direitos Humanos. De acordo com Eduardo Fialho, as instalações do CIR são seguras e modernas. Além disso, ressaltou, o estado não terá qualquer despesa com serviços e produtos para a unidade. Mas continuará à frente da segurança.

 

Trabalhos na unidade prisional estavam a todo vapor há quatro meses

“O estado não terá gastos com alimentação, nem combustível, nem com carros. Tudo será feito pelo consórcio. Vamos receber o valor aproximado de R$ 2.500 por cada preso, mas o presídio é bem equipado. Somente câmeras de monitoramento nós temos 1.600 espalhadas em toda a área da unidade”, justificou Fialho. Se as 3.126 vagas do local foram preenchidas, por mês o governo pagará ao consórcio o valor de R$ 7,81 milhões. CIR vai oferecer escola, celas com banheiros e serviço médico-odontológico. Ainda segundo os representantes do consórcio, não será permitida a entrada de nenhum alimento, nem carro na unidade. Todos os visitantes e funcionários passarão por um rigoroso sistema de identificação e revista.

O CIR terá cinco presídios independentes, sendo três em regime fechado e dois em regime semiaberto. Ainda no quesito segurança, haverá sensores de movimento em torno de áreas pré-definidas em todos os pavilhões, microfones instalados nos uniformes dos técnicos e ausência de contato manual no manuseio das portas, pois serão todas automatizadas. “Teremos também cachorros, gansos eletrônicos e guaritas longe da visão dos presos. Não consigo imaginar uma fuga daqui.” A unidade entra em operação até o final deste ano.

 

Presídio será de segurança máxima e terá 1.600 câmeras de monitoramento

Saiba mais

CIR Itaquitinga em números

R$ 287 milhões foi o investimento arcado pelo operador privado
3 mil empregos foram gerados durante a construção
1,2 mil empregos serão criados durante a operação

3.126 é a capacidade para internos
3 unidades para regime fechado
2 unidades para o regime semi-aberto
R$ 2,5 mil será o custo mensal por interno

Outubro/2009 foi o início da construção
Até o final de 2012 é a previsão para o início da operação

Morte de engenheira ainda sem resposta

Hoje faz dois meses que a engenheira civil Alzira Cortez de Souza, 58 anos, morreu no Hospital da Restauração (HR) depois de ter chegado à unidade de saúde como vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela foi deixada na unidade de saúde pelo companheiro, que afirmou que a mulher levou uma queda no quarto de casa. No entanto, os familiares da engenheira não acreditaram na versão e acionaram a polícia. Eles acreditam que a engenheira morreu vítima de espancamento supostamente causado pelo ex-marido. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Piedade, que ainda não tem uma data definida para apresentar o resultado das investigações. No entanto, parentes da vítima estão confiantes que o ex-companheiro da engenheira seja indiciado pelo crime de homicídio.

Muita gente compareceu ao sepultamento do corpo da engenheira

O inquérito está sendo apurado pela delegada Ana Luiza de Mendonça, que informou, por meio da assessoria de comunicação da polícia, que já recebeu os laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) e que os mesmos não foram conclusivos. O documento não deixa claro se houve espancamento. A delegada disse ainda que continua em diligências e ouvindo algumas pessoas sobre o caso. O primeiro laudo tanatoscópico do IML apontou para hemorragia interna do crânio por trauma fechado, o que pode ser compatível para as causas jurídicas de homicídio e acidente. “Estamos confiantes na investigação da polícia e não temos dúvidas de que minha irmã morreu por causa dos espancamentos que sofria do marido. Ela estava muito afastada da família e sempre que a encontrávamos ela estava com hematomas pelo corpo, mas nunca disse que era agressão”, destacou o irmão de Alzira, Amaro Cortez de Souza, 50.

 

Além da família, os vizinhos de Alzira também acreditam que o ex-companheiro dela tenha sido o responsável pelos supostos espancamentos que a levaram à morte. Depois que o inquérito foi aberto, o ex-marido da engenheira foi chamado para prestar depoimento e, segundo a polícia, negou que tivesse espancado a esposa. Segundo os parentes de Alzira, o técnico em informática não está mais morando na casa onde o casal vivia no bairro de Candeias. Ao saber da morte da engenheira, alguns moradores das proximidades chegaram a fazer uma pichação no muro do imóvel dizendo que alí seria a residência de lúcifer.

 

Vizinhos do casal fizeram pichação no muro da residencia

 

Alzira Cortez trabalhava com aplicação de estruturas metálicas em grandes construções e era muito conhecida no meio profissional. A mais velha de seis irmãos, deixou dois filhos e havia ficado viúva aproximadamente um ano antes de morrer. Poucos meses após a morte do marido, a engenheira passou a morar com o homem que hoje é investigado como suspeito de seu assassinato.

 

Delegacia comemora elucidação de assassinatos

 

O resultado de dois anos e meio de investigação da equipe de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da 23ª Circunscrição de Cavaleiro, em Jaboatão, foi motivo de orgulho e comemoração para quem fez parte desse trabalho. Os policiais conseguiram encaminhar à Justiça um total de 100 inquéritos de homicídios concluídos com autorias definidas.

Bolo teve direito a velas marcando os 100 crimes solucionados. Foto: Divulgação

 

Para celebrar o feito, a equipe comandada pelo delegado Ramon Teixeira, comemorou o fechamento do mês de maio com uma pequena festa com direito a bolo e velas representando as mortes esclarecidas. De acordo com o delegado, somadas às tentativas de homicídio, foram 170 crimes desvendados. O que representa uma média de 5,86 procedimentos encaminhados à Justiça por mês.

 

 

Analisando os números dos últimos quatro anos da delegacia, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009 um total de 157 mortes foram registradas. Nesse período, os policiais encaminharam 28 inquéritos com definição, o que representa o desvendamento de 1,1 CVLI ao mês ou 17,83% de elucidação. Já o quantitativo de janeiro de 2010 até maio de 2012 foi de 158 CVLIs e 100 elucidações, o que significa dizer que foram quase dois crimes esclarecidos a cada três consumados, ou 63,29% de crimes esclarecidos.
Delegado Ramon Teixeira comanda área que abrange 13 bairros de Jaboatão

 

O delegado afirma ao blog que toda sua equipe, formada por sete policiais incluindo ele, trabalha focada em esclarecer todos os crimes de CVLI que são praticados em sua circunscrição. “Temos uma área que abrange 13 bairros e tem uma população de mais de 170 mil habitantes. Nosso trabalho é focado na elucidação dos crimes. Não mandamos nenhum inquérito para a Justiça que não esteja completamente amarrado”, destacou Teixeira.

 

 

Elas são bonitas e poderosas

Lúcia, Paula e Lourdes escolheram fazer carreira na Polícia Militar. Em meio a um grupo de 380 profissionais, elas, junto com mais duas colegas, são as únicas mulheres do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) de Pernambuco. Sempre maquiadas e de brincos, as policiais costumam chamar atenção quando estão envolvidas em grandes operações e despertam admiração em muita gente que enxerga a profissão como algo essencialmente masculino. O comandante do BPChoque, major Walter Benjamin, diz que não há diferença entre as meninas e os homens da tropa. “Elas fazem os mesmos testes para chegar até aqui e participam das mesmas atividades. Elas não querem ser tratadas diferentemente dos homens.”

Lúcia, Paula e Lourdes adoram o trabalho no Batalhão de Choque

 

A tenente Lúcia Helena Salgueiro, 27 anos, está no batalhão há quase cinco anos e diz que o local onde mais gosta de trabalhar é onde também encontra mais dificuldades. “Quando estou nos presídios, seja em revistas ou rebeliões, sempre tenho problemas quando os presos escutam minha voz e percebem que sou mulher. Muitas vezes eles têm resistência em atender aos pedidos, mas os colegas homens acabam nos ajudando a contornar a situação. Mesmo assim, adoro participar de operações nas unidades prisionais”, revela a oficial, que antes de chegar ao BPChoque passou por todos os batalhões de área da Região Metropolitana do Recife (RMR).


Com apenas 12 meses no Choque, as soldados Paula de Oliveira Alves, 21, e Maria de Lourdes Santos, 24, se dizem honradas. “As pessoas levam um susto quando percebem que somos mulheres”, conta Lourdes. A soldado acabou um namoro de cinco anos após ter entrado no BPChoque. “O meu ex-namorado tinha muitos ciúmes, porque aqui tem muito policial homem. Sete meses depois que eu cheguei aqui, a gente terminou”, lembra. Loura e de olhos azuis, a militar fala que é olhada com respeito pelos homens na rua.

A colega Paula de Oliveira ressalta que a companhia masculina serve de proteção nessas horas. “Como a gente sempre está acompanhada dos PMs masculinos, os homens têm medo de dizer alguma coisa. Porém, em alguns jogos de futebol, vez por outra escutamos algumas gracinhas”, ressalta.
Diferentemente de Lourdes, Paula segue firme no namoro. “Meu namorado não é policial, mas entende que é a minha profissão”, destaca. A tenente Lúcia conta que já teve problemas com um antigo namorado. “Meu atual namorado não é militar, mas não temos problemas quanto ao meu trabalho. Mas já tive um namorado que fazia questão de vir no batalhão e até de me beijar na frente de todo mundo”, entrega. As mulheres que atuam nessa batalhão enfrentam situações de rebeliões, grandes shows, jogos de futebol, reintegrações de posse e participam de operações especiais.

 

OBS: As fotos que ilustram a matéria são de autoria da repórter fotográfica especial do Diario de Pernambuco Teresa Maia.

Entrada “tartaruga” na Barreto Campelo

 

A Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, já não é de fácil acesso para os familiares que vão visitar os seus presos nos finais de semana. A unidade prisional, que foi a primeira de segurança máxima do estado, fica numa área afastada da pista principal da Ilha. Agora, some a isso a demora para que as visitas consigam entrar na penitenciária aos domingos. O blog recebeu denúncias de pais e parentes de detentos de que os homens que vão à Barreto Campelo têm tratamento diferente das mulheres na hora da liberação do acesso. “Todo final de semana é a mesma coisa. As mulheres são liberadas e os homens ficam mofando do lado de fora. Esse domingo eu cheguei na Barreto era 8h30 e só consegui entrar para ver o meu filho de 14h50. A visita termina às 16h, não tive nem tempo de ficar com ele direito. Minha esposa chegou para visita às 14h e entrou na unidade primeiro que eu. Isso é um absurdo”, reclamou o pai de um preso.

Segundo os familiares dos detentos, eles não fazem reclamações formais na unidade nem questionam os agentes penitenciários que fazem a revista na entrada para os parentes não sofrerem retaliações na cadeia. “A gente fica calado para eles não serem prejudicados. Os agentes botam cinco homens para dentro e só chamam mais cinco depois de uma ou duas horas. Isso é uma falta de respeito com a gente e com os presos. Eles têm direito a visitas. Espero que o governo tome uma providência urgente. Ninguém é palhaço pra sair de casa e ficar do lado de fora do presídio esperando a boa vontade dos agentes”, ressaltou o primo de outro detento. O problema foi informado à assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres) que afirmou que irá apurar a denúncia para poder se pronunciar.

Sequestradores também condenados à morte

Do Diario de Pernambuco

Entre as capitais pesquisadas pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), Recife se destaca com o maior percentual de pessoas que defendem a pena de morte para sequestradores, com 19,21%, apontando que o crime é pouco tolerado, assim como a prática de estupro. O índice chega a ultrapassar a média nacional, que é de 12,8% para crimes dessa natureza. “A lei de crimes hediondos, por exemplo, não reduziu esse tipo de crime. A questão é mais complexa. Nos países onde a pena de morte foi aplicada, o problema da criminalidade não foi solucionado”, defende Eduardo Paysan, advogado do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).

Para o juiz Laiete Jatobá, não é a morte de um infrator que fará com que outros deixem de cometer crimes. Apontado como um dos estados que mais encaminham adolescentes em conflito com a lei para unidades fechadas, Pernambuco também se destaca por ter uma capital que defende a prisão com trabalhos forçados (30,05%) e a prisão perpétua (28,08%) para jovens que matam.

Há dez anos, a mesma pesquisa foi realizada em capitais brasileiras. “Os novos resultados servirão para implementação de programas educacionais voltados aos direitos humanos e são importantes porque trazem a sensibilidade da população em relação a temas ligados à violência”, explica Renato Alves, da equipe da Pesquisa Nacional sobre Valores em Relação à Violação de Direitos Humanos e Violência.