A importância do Disque-Denúncia no caso Maristela Just

Há mais de dois anos, as polícias de Pernambuco e até a Interpol estiveram empenhadas em encontrar e prender o ex-comerciante José Ramos Lopes Neto, 47 anos. Acusado de matar a ex-mulher Maristela Just, atirar nos dois filhos pequenos e no cunhado, em 1989, ele estava foragido até essa segunda-feira, quando foi preso no bairro do Espinheiro, no Recife. A Justiça condenou José Ramos à revelia a uma pena de 79 anos de prisão. O fim dessa procura que parecia impossível, passados os 23 anos de impunidade, acabou após um telefonema para o serviço do Disque-Denúncia. O homem acusado de um dos homicídios e tentativas de homicídios que mais chocaram o estado, enfim, foi capturado. O denunciante vai receber nesta terça-feira o valor de R$ 10 mil pela informação que levou o Grupo de Operações Especiais (GOE) até o local onde o procurado estava. De cabelos e barba longos, José Ramos foi levado para a sede do GOE e depois para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima.

Denúncias podem ser feitas pela internet. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A/Press

Segundo o Disque-Denúncia, dos R$ 10 mil que serão pagos, R$ 7 mil foram dados pela família de Maristela Just e o restante pelo próprio serviço. Se você tem informação que possa levar à prisão pessoas acusadas de crimes ou até mesmo sobre tráfico de entorpecentes, maus-tratos contra idosos, perturbação de sossego e outras coisas, você pode telefonar para o número (81) 3421-9595 para a Região Metropolitana do Recife, (81) 3719-4545 para o interior do estado ou ainda pela internet no site www.disquedenunciape.com.br.

Nathália e Zaldo Just, filhos de Maristela, estão em São Paulo. Foto: Arquivo Pessoal

Os dois jovens que aparecem na foto acima são os filhos do casal José Lopes e Maristela. Nathália e Zaldo perderam a mãe e o pai muito cedo. Maristela por ter sido assassinada pelo ex-marido. José por ter assassinado a ex-mulher, naquele momento, também morreu para os filhos, que lutaram até agora para que a justiça pela morte da mãe fosse feita. “Estamos aliviados com a prisão de José Ramos”, disseram os jovens. Ambos estão em São Paulo e devem vir a Pernambuco no final deste ano. A prisão de José Ramos Lopes foi destaque em toda a imprensa pernambucana nesta terça-feira e manchete do Diario de Pernambuco. Confira abaixo a capa do caderno Vida Urbana que também destacou a prisão do ex-comerciante. A cobertura da edição impressa foi realizada pelas repórteres Marcionila Teixeira e Alice de Souza.

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Maristela Just: o fim da impunidade 23 anos após o crime

Em abril de 1989, o ex-comerciante José Ramos Lopes Neto tirou a vida da ex-mulher Maristela Just, atirou nos dois filhos pequenos e no ex-cunhado. Maristela morreu e José Ramos, que foi condenado a 79 anos de prisão, estava foragido até o final da manhã desta segunda-feira quando foi preso pelo Grupo de Operação Especiais (GOE), após um telefonema para o Disque-Denúncia revelar onde ele estava. Neto foi preso no bairro do Espinheiro, onde mora sua atual família.

José Ramos Neto deixou o GOE e seguiu para o Cotel. Foto Júlio Jacobina/DP/D.A/Press

O crime chocou o estado e deixou os filhos e outros familiares da vítima revoltados com a impunidade. Por 23 anos, o homem que confessou ter matado a ex-mulher ficou livre de pagar pelo crime que cometeu. Desde junho de 2010, quando o caso foi julgado, José Ramos era procurado pela Justiça. Seu nome chegou a fazer parte da lista dos mais procurados do estado, mas seu paradeiro foi incerto durante todos esses anos.

Maristela e os filhos foram baleados em 1989. Foto: Divulgação

Os depoimentos dos filhos Zaldo Magalhães Just Neto e Nathália Just Teixeira foram decisivos para a condenação dele. O julgamento durou mais de 15 horas. Após saber da prisão do pai, os filhos Zaldo e Nathália disseram que estavam aliviados com a prisão. Durante todos esses anos eles lutaram para que o assassino da mãe fosse preso. Depois da prisão do homem acusado de matar a professora Izaelma Cavalcante, o GOE da Polícia Civil conseguiu também prender o assasino de Maristela Just.

 

 

Armas de fogo, crianças e mais uma morte

Uma criança morta e duas famílias despedaçadas. Um garoto de 12 anos perdeu a vida após ter sido baleado acidentalmente por um colega de 14 anos enquanto brincavam na rua onde moravam, no bairro de Cavaleiro. Segundo os parentes da vítima, os meninos estavam brincando. Mas para dois adolescentes brincarem é preciso uma arma de fogo? E ainda com munição? A polícia está investigando o caso e deve indiciar a pessoa que deixou a arma ao alcançe do adolescente. O episódio traz, mais uma vez, a discussão sobre a guarda de armas de fogo em casa. Quantas crianças mais irão morrer para que os adultos entendam que não se pode deixar armas em lugares acessíveis? Aliás, para que ter armas em casa? A não ser que esse adulto seja um profissional da segurança pública e trabalhe armado, ninguém precisa ter revólveres, pistolas ou espingardas em casa.

 

Veja parte da reportagem publicada no Diario de Pernambuco desta segunda-feira.

A guarda irresponsável de armas de fogo fez mais uma vítima na Região Metropolitana do Recife (RMR). O corpo de Jonas Silva de Souza, 12 anos, foi sepultado, nesse domingo, no Cemitério do Pacheco, em Jaboatão dos Guararapes. O menino morreu depois de ser atingido com um tiro à queima-roupa no abdômen, supostamente disparado por um vizinho, de apenas 14 anos. Antes de morrer, a criança contou, em segredo, à mãe, que foi ferido pelo colega. O menino, disse a vítima, teria atirado “sem querer”. Jonas morreu no Hospital da Restauração, na madrugada do último sábado.

No velório, o pai de Jonas, João de Souza, 52 anos, disse que o filho tinha acabado de chegar da escola, onde cursava o 5º ano, quando aconteceu o acidente. “Ele somente tinha tirado a blusa da farda. De calça comprida, correu para a rua onde costumava brincar. Ninguém viu nada, apenas ele gritando por socorro e depois sendo carregado no colo por um rapaz. Sangrava e dizia que doía muito o ferimento”, lembrou o ajudante geral.

Corpo do garoto Jona s Silva Souza foi velado e enterrado no cemitério de Cavaleiro, em Jaboatão (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)

Enterro aconteceu no Cemitério do Pacheco. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A/Press

Após a morte do filho, o pai de Jonas decidiu procurar o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para tentar esclarecer o fato. Inicialmente a família recebeu a informação do próprio adolescente de 14 anos de que Jonas tinha atirado nele próprio. Em seguida, surgiram notícias de que ele havia sido vítima de bala perdida. Por fim, veio a hipótese do tiro acidental. “No hospital, a médica disse que meu filho havia sido ferido à queima-roupa, o que descartou a hipótese de bala perdida”, raciocinou o pai. A arma, segundo o ajudante geral, teria sido localizada, a partir de informações do adolescente de 14 anos.

João de Souza disse que o suposto autor do disparo prestou depoimento no DHPP. O jovem também cursa o 5º ano e costumava brincar com o vizinho de 12 anos. Há informações de que ele teria sido levado para um abrigo da Funase, mas até o fechamento desta edição a informação não foi confirmada. “Não digo que o menino tem culpa, já que ele não fez porque quis. Ele foi vítima de uma cilada, de algum adulto que deixou uma bomba perto dele. Essa pessoa tem que ser responsabilizada, pagar pelo que fez”, comentou João de Souza. O episódio aconteceu na Rua Alfredo de Freitas, no Alto do Cristo, em Cavaleiro, em Jaboatão.

 

Júri de 31 acusados de crimes em Jaboatão é nesta 2ª feira

 

Está previsto para começar na manhã desta segunda-feira o julgamento de 31 pessoas acusadas de crimes de homicídios, tentativas de homicídios, formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva no município de Jaboatão dos Guararapes. Os réus foram presos na Operação Guararapes II. O julgamento será na Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão, e deve terminar apenas no dia 12 de novembro. A juíza Inês Maria de Albuquerque presidirá a sessão.

No total, 38 pessoas foram acusadas. Duas delas, Renilton Oliveira da Silva e Geimison Eduardo da Silva, foram impronunciadas pela magistrada por falta de indícios que comprovassem a autoria ou participação nos crimes. Outras cinco (Fábio José da Silva, José Eurico dos Santos, Tiago da Silva Nery Batista, Heleno José do Nascimento Júnior e Edmário Terto de Andrade) recorreram da decisão de pronúncia, que os mandava a júri popular.

Além dos réus, foram intimadas duas vítimas de tentativa de homicídio pelo grupo, Alex Antônio da Silva e Paula Adriele Firmino. O julgamento será dividido por tipo de acusação. No primeiro dia, será interrogado Flávio Braz de Souza, policial militar acusado de ser o executor do homicídio duplamente qualificado (mediante recompensa e usando recurso que impossibilitou defesa da vítima) de Williams Azevedo da Silva. Os demias réus serão ouvidos nos outros dias.

 

 

 

Arrombamentos e roubos viram moda no bairro do Pina

Nem mesmo uma viatura permanente na esquina da Rua Tomé Gibson com a Avenida Domingos Ferreira e os carros da Patrulha do Bairro que circulam pelo Pina são suficientes para garantir tranquilidade aos moradores e comerciantes da localidade. Os casos de furtos, assaltos e arrombamentos estão virando rotina na área. De mãos atadas, a população espera que a polícia tome as providências e combata a criminalidade na região. A seguir, na matéria publicada no Diario de Pernambuco deste sábado, você vai ver o que dizem os moradores sobre a violência no local. O texto é do repórter Raphael Guerra e as fotos de Annaclarice Almeida.

Casas e lojas da Rua Tomé Gibson, na Zona Sul do Recife, têm sido invadidas com frequência na localidade (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)

Uma onda de furtos a residências e assaltos a estabelecimentos comerciais está assustando moradores da Rua Tomé Gibson, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. No último mês, sempre no horário da madrugada, pelo menos seis imóveis teriam sido invadidos por um ou dois criminosos. Um restaurante bastante frequentado da localidade também foi alvo de investidas quatro vezes à noite. Em uma delas, clientes foram rendidos e tiveram seus pertences levados. As vítimas relataram ao Diario que já pediram ajuda à Delegacia de Boa Viagem para investigar os casos. No entanto, o delegado titular Paulo Berenguer, disse que, até ontem, nenhuma queixa sobre os crimes havia sido registrada.

Casa de Ozéas de Oliveira foi invadida por uma dupla (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)
Casa de Ozéas de Oliveira foi invadida por uma dupla

Dono de um mercadinho e da Central da Picanha Restaurante e Pizzaria, ambos na Tomé Gibson, o comerciante Weden Bezerra, 39 anos, já soma mais de R$ 5 mil em prejuízos. Os dois estabelecimentos foram assaltados. “Recentemente, três homens entraram armados, sem capuz, e renderam os clientes e funcionários do restaurante”, contou o comerciante. “Outra vez vi, meu mercadinho sendo furtado. Telefonei na mesma hora para a polícia, mas nenhum suspeito foi capturado”, completou.

O soldador Ozéas de Oliveira, 23, contou que dois homens pularam o muro de sua casa enquanto ele dormia. O barulho fez com que ele acordasse e presenciasse a fuga de um deles com um bujão de gás. “Ele é alto, magro e com muitas tatuagens pelo corpo”, descreveu. Outro comerciante de 50 anos, que preferiu não se identificar, relatou que, por duas vezes, bandidos pularam o muro da residência dele para furtar objetos. Numa das investidas, ele teve o carro arrombado. “Decidi aumentar a altura das paredes para evitar novos casos. Não tenho mais condições de ficar acordado, todas as noites, esperando os bandidos chegarem”, disse.

Weden Bezerra já soma um prejuízo de R$ 5 mil (ANNACLARICE ALMEIDA/DP/D.A PRESS)
Weden Bezerra já soma um prejuízo de R$ 5 mil

A segurança da localidade é de responsabilidade do 19º Batalhão da PM, que tem apoio de policiais com motocicletas e da Patrulha do Bairro. Por meio de nota, o comandante da área, tenente-coronel João da Silva Neto, informou que “não tem conhecimento desse tipo de criminalidade, porém, de posse dessa informação, irá aumentar a segurança a partir do incremento no policiamento”, afirmou. A PM recomendou que os moradores e comerciantes entrem em contato pelo telefone 3181-3573, para denunciar novos casos ou tirar dúvidas. Outra possibilidade através do Disque-Denúncia, pelo telefone 3421-9595.

 

Vender Jack3D agora é considerado tráfico de drogas

Depois de toda a repercussão sobre a proibição da comercialização e crescente consumo do suplemento Jack3D no Brasil, a Anvisa decidiu que uma das substâncias contidas no produto passou a ser considerada entorpecente e sua comercialização seria enquadrada como tráfico de entorpecentes. Veja matéria publicada no Diario de Pernambuco desta sexta-feira. O blog tentou contato com o escritório de advocacia que representa o Jack3D, mas não obteve sucesso.

 

Do Diario de Pernambuco

A substância dimethylamylamine (DMAA), presente no suplemento Jack3D, passou a fazer parte da lista de entorpecentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que pode levar à prisão, por tráfico de drogas, das pessoas que comercializarem o produto. A inclusão, no entanto, só ocorreu em junho. O estagiário que vendeu o suplemento ao estudante Wilson Sampaio Júnior, morto aos 18 anos, em 2011, não poderá ser enquadrado nesse crime nem indiciado por homicídio. Segundo a delegada Gleide Ângelo, como os laudos periciais não apontaram a causa da morte nem a presença da substância no corpo de Wilsinho, não há como se apontar homicídio. A notícia revoltou os pais do estudante, que ficaram emocionados durante a entrevista coletiva realizada pela delegada e pelo chefe do laboratório do Instituto de Criminalística (IC), Gilberto Pacheco.

Pais de estudante (E) creem que substância causou morte (BRUNA MONTEIRO ESP.DP/D.A PRESS)

Pais de Wilsinho conversaram com delegada e perito. Foto: Bruna Monteiro/DP/D.A/Press
O inquérito que seguiu para a Justiça pedia o indiciamento do estagiário que vendeu o suplemento ao estudante em uma academia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O professor foi indiciado pelos crimes contra a saúde pública e de relações de consumo e responde em liberdade. “É um absurdo que o país não tenha uma metodologia para encontrar essa substância no corpo de quem usa o Jack3D. Quantas pessoas vão precisar morrer para que alguém seja indiciado por isso?”, indagou o pai de Wilsinho, o dentista Wilson Sampaio. A mãe do estudante também desabafou. “Nós não vamos desistir de provar que o Jack3D matou o nosso filho. Não vamos nos dar por derrotados”, afirmou Marcelle Sampaio.

Atleta tinha 18 anos (REPRODUÇÃO DA INTERNET/FACBEOOK)

Wilsinho tinha 18 anos. Foto: Divulgação

“Entendemos a dor da família, mas não temos como indiciar por homicídio o rapaz que vendeu o produto. Os laudos não afirmam que houve homicídio”, ressaltou a delegada. “Peço desculpas em não poder avançar nas análises, mas não conheço um laboratório que tenha metodologia para identificar a presença do DMAA no corpo das pessoas”, afirmou o perito Gilberto Pacheco.

 

 

Perícias em mulheres agredidas serão agilizadas no IML

Uma parceria entre a Secretaria Estadual da Mulher e o Instituto de Medicina Legal (IML) vai agilizar a realização dos exames periciais em casos de violência doméstica contra as mulheres. Os exames poderão ser feitos na sede do IML, no bairro de Santo Amaro, como também nas unidades descentralizadas nos municípios de Paulista e Jaboatão. O atendimento acontece em diferentes dias da semana e de acordo com os plantões médicos.

No início dessa semana, representantes do Comitê de Acompanhamento do Plano Intersetorial de Atenção Integral à Saúde da Mulher realizaram uma visita técnica ao IML onde promoveram a integração das ações instituições. O governo do estado tem como meta ainda inaugurar mais três delegacias da Mulher em Pernambuco até o final deste ano.

 

Leia mais sobre o assunto:

Três Delegacias da Mulher serão inauguradas no estado

 

 

DHPP recebe capacitação sobre Sistema de Proteção à Pessoa

Nesta sexta-feira pela manhã, a secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – SEDSDH, através  da executiva de Justiça e Direitos Humanos, apresenta, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa – DHPP, as ações do Sistema de Proteção a Pessoas, que integra o Programa Nacional de Direitos Humanos.

A ação tem como objetivo reforçar a atuação dos programas de proteção e orientar o policiais do órgão sobre os requisitos para ajuda a pessoas ameaçadas. O DHPP é  departamento que investiga todos os crimes de homicídios praticados no Grande Recife. De Janeiro deste ano até agora, o sistema de proteção atendeu a mais de cinco mil pessoas em seus programas. Deste total, mais de 300 foram protegidas por ameaça de morte.

O Sistema de Proteção à Pessoa é formado pelos programas de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM); de Assistência às Vítimas, Testemunhas ameaçadas e Familiares de Vítimas de Violência (PROVITA); de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH); e pelo Nap, Núcleo de Acolhimento Provisório. Também fazem parte do sistema o Centro de Apoio a Vítimas de violência (CEAV); Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra o Idoso (CIAPPI); e Centro Estadual de Combate a Homofobia (CECH).

 

A volta das explosões dos caixas eletrônicos

Depois de um período de meses sem se preocupar com explosões a caixas eletrônicos em agências bancárias, a polícia pernambucana viu essa tranquilidade ir por água abaixo na manhã dessa quarta-feira, quando soube de uma tentativa de roubo à agência do Banco do Brasil do município de Condado. Um grupo de criminosos utilizou explosivos para arrombar os caixas e levar o dinheiro. O plano, no entanto, não deu certo. Além da ação ousada, a polícia suspeita que os assaltantes tenham feito um grupo de turistas de Brasília de reféns enquanto tentava explodir os caixas. No ano passado, várias pessoas foram presas e os grupos especializados nesse tipo de crime foram desarticulados. O que a Polícia Civil vai investigar, a partir de agora, é se as pessoas que participaram dessa tentativa de assalto fazem parte de uma nova quadrilha.

 

Ação contra a agência do município de Condado aconteceu durante a madrugada (POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO/DIVULGAÇÃO)

Barulho das explosões assustou moradores. Foto: Polícia Militar/Divulgação

Veja parte da matéria publicada na edição do Diario desta quinta-feira.

Cinco turistas de Brasília que reservaram as férias para viajar pelos estados do Nordeste viveram momentos de terror nas mãos de uma quadrilha de assaltantes de banco. As vítimas seguiam numa Pajero preta pela BR-101, na altura do município de Abreu e Lima, quando foram abordadas por cinco criminosos que estavam em outro veículo, de modelo não identificado. Sob ameaças de morte, os turistas foram jogados para dentro das malas dos dois carros. Por cerca de quatro horas foram reféns de uma ação ousada que acabou com a fuga dos suspeitos, na madrugada de ontem, após tentarem explodir caixas eletrônicos do Banco do Brasil da cidade de Condado, na Mata Norte de Pernambuco.

De acordo com as investigações preliminares da polícia, a abordagem às vítimas aconteceu por volta das 23h30 da última terça-feira, quando seguiam para a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Cerca de três horas depois, todos já estavam dentro da agência bancária. Os criminosos usaram bananas de dinamite para explodir quatro caixas eletrônicos, mas não conseguiram. Até tiros de fuzil foram disparados. O forte barulho assustou os moradores do centro da cidade e acabou alertando a Polícia Militar.

Leia mais no Diario de Pernambuco que está à venda nas bancas ou com gazeteiros.

Policiais receberão R$ 94 para trabalhar na Operação Enem

 

Depois de botarem a boca no trombone e reclamarem do valor que foi pago pela diária trabalhada durante as eleições no último dia 7 de outubro, que foi de R$ 54, os policiais militares e também os civis terão direito a um valor um pouco maior para garantir a ordem pública e promover a defesa do cidadão durante a Operação Enem. Portaria conjunta das secretarias de Administração, Fazenda e Defesa Social determina o pagamento de R$ 94,01 para as diárias dos profissionais que trabalharem durante os dias 3 e 4 de novembro escalados para serviços ligados à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). É o que o diz o velho ditado: “quem não fala, Deus não ouve.”

Terão direito à gratificação tanto na Polícia Civil como na Polícia Militar, servidores de todas as categorias e patentes. Segundo a portaria, os delegados e comissários irão receber o mesmo valor que os escrivães e os agentes de polícia, assim como os coronéis e demais oficiais colocarão no bolso o mesmo dinheiro que os cabos e soldados irão receber. A portaria é assinada pelos secretários José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira (Administração), Paulo Henrique Saraiva Câmara (Fazenda) e Wilson Salles Damázio (Defesa Social).

 

Leia também: PMs reclamam do valor pago na diária das eleições