O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) realiza na manhã desta terça-feira uma assembleia em frente à sede do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, com previsão também de uma passeata até o Palácio do Campo das Princesas. Na assembleia será decidido se a paralisação da categoria será de 24, 48 ou 72 horas. Segundo o Sinpol, a medida será votada por conta do tratamento que o governo de Pernambuco tem dado à categoria e à segurança pública do estado.
“Não é novidade para a sociedade pernambucana que a segurança pública de Pernambuco passa por uma profunda crise, faltando comando e sobrando trapalhadas. Os policiais civis de Pernambuco têm o pior salário do Brasil e trabalham diariamente em condições desumanas, sendo obrigados a fazer cotas para material de escritório, água, copos e até mesmo a limpeza das delegacias e Institutos da Polícia Civil. A situação é caótica”, informou a nota oficial divulgada pelo sindicato.
Atualização dia 03/08/16 às 11h10
Depois da assembleia e da passeata realizadas nessa terça-feira, uma comissão do Sinpol foi recebida por representantes do governo no Palácio do Campo das Princesas. Depois da conversa, a categoria decidiu que não faria paralisação das atividades, pelo menos por enquanto.
O advogado Jairo Cavalcanti, que atua na defesa do engenheiro Janderson Rodrigo Salgado de Alencar, 29 anos, solicitou à Justiça a revogação da prisão do seu cliente, na última sexta-feira. Também na sexta-feira, a delegada Gleide Ângelo, que investigou o desaparecimento de Janderson e da filha Júlia Alencar, enviou o inquérito à Justiça no qual ele foi indiciado.
O engenheiro irá responder com base no artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente por ter levado a filha da casa da mãe, que tinha a guarda provisória da menina Júlia Alencar. Janderson está preso no Cotel desde o dia 25 deste mês, caso condenado pode pegar de dois a seis anos de reclusão. Ele e a criança foram encontrados no estado do Amapá, depois de 13 dias fugindo da polícia. Júlia, de um ano e dez meses, voltou para a casa da mãe na semana passada.
“A Justiça já encaminhou o processo ao Ministério Público e agora o juiz vai esperar retornar com o parecer do promotor. Também vou esperar a avaliação do meu pedido de revogação da prisão de Janderson”, pontuou Jairo Cavalcanti.
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou projeto do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) que cria a Lei de Acesso à Informação na Segurança Pública e estabelece diversos procedimentos a serem observados pelos órgãos de da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (PL 4894/16). Segundo a proposta, cada instituição e órgão de Segurança Pública deve criar todos os anos banco de dados e publicar em formato aberto relatório informando:
a letalidade policial, com o resumo dos principais dados sobre número de ocorrências registradas envolvendo mortes decorrentes de intervenção policial, dos laudos periciais, dos inquéritos abertos, e das recomendações sobre qualificações nos processos de treinamento para reduzir a letalidade policial;
sobre policiais mortos, com o resumo dos principais dados dos laudos periciais e das recomendações sobre qualificações nos processos de treinamento para reduzir o número de policiais mortos;
os principais indicadores de criminalidade, por unidade operacional;
pesquisa de satisfação feita junto aos seus servidores sobre as principais condições de trabalho;
pesquisa de avaliação do atendimento com amostra de pessoas atendidas pelo órgão.
O relator, deputado Silas Freire (PR-PI), foi favorável ao texto. Ele apenas retirou a exigência prevista no projeto original de publicar relatório sobre uso da força, contendo pelo menos o número de disparos de armas letais e não letais efetuados por unidade.
“É absolutamente impossível, principalmente em relação a implementos não letais, já que não se tem dados de todos os estados, por isso torna-se impossível saber os números de disparos efetuados pelas Forças Armadas no Brasil”, explicou Freire.
Transparência
A proposta estabelece procedimentos a serem observados pelos órgãos de Segurança Pública em relação a sua transparência e prestação de contas. O texto define que a Lei de Acesso à Informação na Segurança Pública deve observar algumas diretrizes como a publicidade como regra geral e sigilo como exceção; a divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações; o fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência e da prestação de contas na administração pública; entre outras.
O projeto determina que no primeiro semestre do primeiro ano de cada administração, deva ser apresentada a Política de Segurança Pública do ente federado (União, estado, Distrito Federal ou município) e o planejamento estratégico para a gestão.
De acordo com o texto, o não cumprimento destas medidas implica em ato de improbidade administrativa do dirigente da instituição ou órgão federal, estadual, distrital ou municipal.
Um local que já foi considerado um dos mais tranquilos do Grande Recife para moradia voltou a ser palco da violência. Dezoito dias depois que moradores de Aldeia, em Camaragibe, realizaram um protesto pacífico para cobrar mais segurança para a localidade, mais um crime foi registrado. Dessa vez, por volta das 5h de ontem. O estudante de direito João Lucas Ochoa de Siqueira, 22 anos, foi baleado no rosto depois que teve seu carro roubado no Km 3,5 da Estrada de Aldeia. João foi abordado por três homens numa caminhonete Strada. Eles anunciaram o assalto e um deles atirou no vidro do carro do universitário.
O disparo atingiu o rosto de João, que foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento e depois para o Hospital Português. O carro dele, um Voyage, foi encontrado no Córrego do Jenipapo, no Recife. Peritos papiloscopistas realizaram a perícia no veículo ontem à tarde e recolheram alguns objetos encontrados no automóvel. A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) afirmou que todos os esforço estão sendo feitos para tentar conter a criminalidade no local. O caso ocorrido com João Lucas deixou assustados moradores que já pensam em criar mecanismos próprios para garantir a segurança das suas famílias.
O pai da vítima, o médico neurocirurgião e advogado Gláucio Veras, disse que o filho voltava para casa quando sofreu o assalto e que ele, mesmo sem ter reagido, foi baleado e deixado caído no chão. João foi submetido a uma cirurgia e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda segundo o pai, a bala atingiu a face e saiu pelo pescoço. “Meu filho disse que não reagiu. Já tinha havido um tiroteio em outro local e eles (suspeitos) chegaram, tomaram o carro, atiraram e jogaram meu filho no chão. Em plena luz do dia, com gente, ônibus, carro, tudo passando. Não é a primeira vez que isso acontece e providência que é bom, é zero”, desabafou o médico que mora em Aldeia com a família há 22 anos.
Gláucio Veras reclamou ainda do socorro prestado ao filho. “Um caso de trauma não deveria ter sido levado para a UPA. Eu e minha mulher, que é enfermeira, chegamos na UPA e encontramos o médico pedindo pelo amor de Deus por uma senha para a ambulância levar meu filho. Arranjamos uma ambulância sem soro e dois colegas da UPA vieram. Outra ambulância do 192 precisou ir na frente abrindo caminho porque a ambulância que meu filho estava não tinha sirene. Tenho 64 anos, trabalho em hospitais há muitos anos, e nunca vi um negócio desse”, reclamou o pai.
O crime deixou assustados moradores da Estrada de Aldeia, que relatam não aguentar mais a violência que invadiu a localidade. No último dia 2, o idoso Nilton José Dias, 62, foi morto ao tentar reagir a um assalto em uma farmácia no Km 10. Dois homens entraram armados mandando todos se deitarem no chão. A vítima teria tirado uma faca da bolsa para se defender quando um dos assaltantes disparou contra ele. O suspeito do crime foi preso no dia 13, na Ilha de Itamaracá.
“Moro em Aldeia há 45 anos e antigamente não era violento assim. Não vou dizer que acontecem assaltos todos os dias, mas eles são cada vez mais frequentes. O caso desse rapaz mesmo aconteceu muito perto da minha casa e ninguém ouviu nada. Quando eu saí com os cachorros para passear eram 6h30 e tudo já havia acontecido. Só vi o sangue no chão e um carro abandonado”, contou Tânia Andrade, 56 anos. Ainda segundo a moradora de Aldeia, na última quarta-feira duas pessoas foram assaltadas ao lado de sua casa por homens que estavam em uma motocicleta.
A Polícia Militar informou, através de assessoria de imprensa, que o policiamento na Estrada de Aldeia e adjacências é feito pelo 20º Batalhão como o apoio de outros quatro batalhões e duas Companhias Independentes. “Estamos realizando abordagens nas rotas de fuga, vamos ampliar o programa de Olho na Rua, que tem ligação direta com alguns condomínios e estamos colocando em prática ações de combate à criminalidade. Reconhecemos as ocorrências de assaltos na área, mas estamos trabalhando para inibir os crimes. No mês passado, quatro homens que praticavam assaltos na região utilizando motos foram presos por policiais militares”, destacou o major Júlio Aragão, da comunicação da PMPE.
O Marco Zero, no Bairro do Recife, ganha reforço no monitoramento com 14 câmeras térmicas de longo alcance e abrangência de 360 graus que irão ajudar em ocorrências noturnas. Em funcionamento desde o início do mês, a unidade móvel da Plataforma de Observação Elevada – POE da Polícia Militar fica estacionada na Avenida Alfredo Lisboa, todos os domingos a partir das 12h e sai nas manhãs das segundas-feiras. Nos domingos em que não houver jogos de futebol, a Cavalaria e o Batalhão do Choque também estarão presentes.
A medida atende a uma reinvindicação dos comerciantes dos Armazéns do Porto para combater a insegurança na região, sobretudo tentativas de assaltos e boatos de arrastões na localidade, o que tem assustado clientes.
Segundo o empresário Tito Lívio Saraiva, os Armazéns do Porto reúnem cerca de cinco mil pessoas aos domingos. Segundo ele, geralmente no final da tarde, os vândalos se inflitram no meio dos clientes e turistas para fazer baderna. “Estou muito animado e tenho esperança na melhoria da segurança. Mas espero que não fique como um paliativo, seja realmente uma ação permanente”, pontuou.
O secretário-executivo da Secretaria de Defesa Social, Alexandre Lucena, confirmou que a unidade móvel será redirecionada do viaduto Capitão Temudo, na Joana Bezerra, para o Marco Zero todos os domingos. “Temos um problema sério no Recife Antigo e isso não pode continuar. Muitas vezes, os arrastões e assaltos são boatos e o medo de frequentar esse ponto turístico acaba acontecendo. Queremos propor aos cidadãos um lazer com mais tranquilidade. A partir das câmeras, vamos ter facilidade para ver de perto se há essas ocorrências e inibir os vândalos”, contou.
O comerciante Epitácio Henrique da Silva não avalia que essas medidas serão suficientes para inibir a violência na região. “A segurança precisa ser diariamente. Ainda ficamos assustados ao anoitecer”, contestou. Segundo o comandante do 16º Batalhão da PM, tenente-coronel Alexandre Cruz, responsável pelo policiamento do local, o Bairro do Recife tem um núcleo ostensivo de policiamento. Ele também acrescentou a utilização de veículos tripulados elétricos, além do aumento do efetivo nos finais de semana.
O engenheiro Janderson Salgado Alencar, 29, que está preso no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, pretende explicar os motivos que o levaram a fugir com a filha Júlia Alencar, de um ano e dez meses, assim que deixar a prisão. Detido no pavilhão especial da unidade prisional, ele recebeu ontem a visita do advogado Jairo Cavalcanti, com quem conversou sobre o processo.
“Ele está bem e tranquilo. Assim que deixar a prisão vai dar uma entrevista coletiva para explicar as razões dele para o que aconteceu. Como ainda não tive acesso aos autos do processo, não pude entrar com o pedido de habeas corpus”, explicou Cavalcanti. A mãe de Janderson, Maria de Nazaré Salgado de Alencar, disse que o filho não era “bandido”. “Quando ele sair do Cotel vai contar as verdades do fato. Meu filho não é um bandido como estão dizendo”, ressaltou.
Já no bairro de Casa Caiada, em Olinda, em seu primeiro dia de volta à rotina, a menina Júlia Alencar foi cercada de carinhos e cuidados da mãe, Cláudia Cavalcanti, 42, e de toda a família. Na primeira noite em que dormiu na companhia materna, Júlia acordou duas vezes e chorou um pouco. “Ela deve ter acordado ainda com medo, mas fora isso, passou a noite bem. Ainda ontem (anteontem) à noite quando ela chegou em casa ficou um pouco quieta, mas depois que reconheceu o ambiente e reencontrou suas coisas, ficou eufórica. Foi uma alegria só”, contou a mãe que passou 15 dias longe da filha.
A criança que havia sido levada pelo pai foi encontrada na noite do último sábado pela polícia do Amapá e chegou ao Recife no início da tarde de ontem. O engenheiro contou à polícia que não desistiria de tentar morar com a filha.
Até serem encontrados na cidade de Santana, no estado do Amapá, Janderson e a filha percorreram mais 3,5 mil km e passaram por nove cidades de cinco estados. Segundo a delegada Gleide Ângelo, pai e filha deixaram o Recife no final da manhã do dia 10 de julho, depois que o engenheiro pegou a menina na casa da mãe. O acordo judicial determinava que ela deveria ter sido devolvida às 18h, o que não aconteceu.
“As viagens deles foram feitas de ônibus, carros e barcos. Por muito pouco ele não conseguiu sair do Brasil, mas graças a Deus deu tudo certo e a menina agora está com a mãe. Como a prisão aconteceu no sábado, ainda tenho alguns dias para fechar o inquérito e encaminhar para a Justiça”, destacou a delegada Gleide Ângelo, que investigou o caso junto com a delegada Fabiana Leandro e o chefe de investigação Raldney Júnior.
Caso seja condenado, Janderson Alencar poderá pegar de dois a seis anos de reclusão. Ele foi preso em cumprimento a um mandado pelo artigo 237 do Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA), que corresponde a subtrair criança ou adolescente com o fim de colocação em lar substituto. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Ressocialização (Seres), Janderson poderá receber visita de familiares a partir deste domingo. Já seu advogado pode visitá-lo todos os dias, no horário das 9h às 20h. Ainda segundo a Seres, no pavilhão especial, onde ficam detentos com formação superior, as celas costumam abrigar de dois a cinco detentos. No entanto, nem a defesa nem a Seres souberam informar com quantas pessoas Janderson está dividindo a cela.
Ainda no sábado à noite, pouco antes das 23h, recebi a informação de que a menina levada pelo pai havia sido localizada pela polícia do Amapá e que o homem estava preso. Na mesma hora, corri para escrever um texto e postar aqui no blog. A notícia logo foi para as redes sociais do Diario de Pernambuco. No dia seguinte, por volta das 9h, cheguei em frente ao prédio onde mora a mãe da criança, em Casa Caiada, Olinda. O objetivo era saber como ela havia recebido a notícia e o que pretendia fazer de agora em diante.
No entanto, no início da tarde de hoje, foi o ponto principal de toda essa cobertura. Era o momento de acompanhar o reencontro de mãe e filha depois de 15 dias afastadas. Além da cena de carinho da mãe com a filha e a expressão de alívio em seu rosto, me chamaram atenção também a satisfação dos policiais pernambucanos envolvidos na investigação e a multidão que esperava para ver não só mãe e filha, mas também a delegada Gleide Ângelo, que comandou os trabalhos.
Dezenas de curiosos e pessoas que se comoveram com a história da menina Júlia Alencar, que havia sido levada pelo pai, fizeram uma festa quando viram a menina com a mãe, Cláudia Cavalcanti, ao lado da delegada Gleide Ângelo no aeroporto do Recife. Aplausos, gritos, fotos e muitas filmagens foi o que se viu na área de desembarque. “Delegada, a senhora é rocheda. Eu sabia que iria dar tudo certo”, gritou uma mulher enquanto registrava as cenas.
O blog Segurança Pública e o Diario de Pernambuco acompanharam a chegada dos policiais, do pai e da criança e selecionou essas imagens do que aconteceu no aeroporto. O caso do desaparecimento da menina Júlia Alencar, de um ano e dez meses, que havia sido levada pelo pai no último dia 10 de julho ganhou a atenção de muita gente pelo drama vivido pela mãe da garota. Depois de ter sido encontrada pela polícia do Amapá e o pai, Janderson Alencar, preso, a garota voltou ontem para os braços da mãe, a servidora pública Cláudia Cavalcanti.
Designados para investigar o desaparecimento de Júlia no último dia 19, as delegadas Gleide Ângelo e Fabiana Leandro e o chefe de investigação Raldney Júnior chegaram ontem ao Recife trazendo a menina que estava aparentemente assustada. O avião que trazia os policiais, a criança e o pai pousou em solo recifense por volta das 12h30. Na área do desembarque do aeroporto, vários jornalistas esperavam para registrar o reencontro de mãe e filha.
A caminhada de Gleide e Cláudia, com a filha nos braços, até a Delegacia do Turista, que fica dentro do aereporto, foi bastante tumultuada. Várias pessoas quase foram derrubadas no chão, inclusive idosas e crianças. Mesmo assim, muita gente fez questão de chegar perto da delegada para dar parabéns por ela ter voltado para o Recife com a criança. Janderson foi levado dentro de uma viatura direto para o IML, onde fez exames e depois seguiu para o Cotel, em Abreu e Lima. Antes da sua saída do aeroporto, o colega fotógrafo Peu Ricardo conseguiu esse registro dele dentro da viatura. Valeu, Peu.
Após passar três dias praticamente trancado junto sua filha Júlia Alencar no kitnet que havia alugado na cidade de Santana, no Amapá, o engenheiro Janderson Barbosa Alencar, 29 anos, foi preso depois que um policial entrou no imóvel como se fosse um eletricista.
Segundo informações do blog amapaense Selesnafes.com, Janderson e a menina chegaram ao local por meio de uma embarcação vinda da cidade de Altamira, no Pará, um dos locais onde pai e filha chegaram a se hospedar.
O delegado Uberlândio Gomes, do Amapá, estava monitorando os passos do pernambucano. “Ele estava esperando uma parente dele chegar de Santarém para ajudá-lo na fuga. Provavelmente ia atravessar para a Guiana Francesa”, comentou o delegado Uberlândio ao Selesnafes.com.
Para tentar forçar a saída de pai e filha do imóvel, a polícia cortou o fornecimento de energia elétrica do local. A iniciativa não deu certo. Foi então que a polícia resolveu criar um plano para entrar no imóvel.
A proprietária do kitnet disse ao engenheiro que havia chamado um eletricista para checar a instalação do kitnet. No entanto, o eletricista era um agente da Polícia Civil do Amapá.
Ele entrou no local com autorização do engenheiro, que ao perceber um descuido de Janderson deu sinal para os outros policiais entrarem no imóvel e imobilizaram o engenheiro.
De acordo com a polícia, ele não teve tempo de reagir. Os policiais encontraram com o engenheiro mais de R$ 25 mil em dinheiro. Janderson, Júlia e os três policiais pernambucanos que estavam investigando o caso chegam ao Recife no início da tarde desta segunda-feira. A mãe da menina, Cláudia Cavalcanti, vai receber a filha no aeroporto.
A notícia recebida na noite desse sábado de que sua filha Júlia Alencar, de apenas um ano e dez meses, foi encontrada no estado do Amapá, a servidora pública Cláudia Cavalcanti, 42 anos, só quer uma coisa: pegar a filha em seus braços. Na manhã deste domingo, Cláudia recebeu a imprensa em seu apartamento, na cidade de Olinda, e falou sobre o alívio de saber que a filha está bem.
“Quando recebi a ligação da delegada Gleide Ângelo dizendo que minha filha havia sido encontrada, minha vontade foi de pegar o primeiro avião e ir embora me encontrar com ela. Chorei muito e também fiquei com o corpo todo trêmulo. A delegada disse que só voltaria com Júlia e graças a Deus isso vai acontecer. Não vejo a hora de ter minha filha nos meus braços”, declarou Cláudia.
Janderson Alencar, pai da garota, estava sendo procurado pela polícia pernambucana desde o dia 10 deste mês. Ele tinha autorização da Justiça para ficar com a filha das 9h às 18h. Como não devolveu a menina no horário determinado, o caso foi denunciado à polícia e os dois passram a ser procurados. Antes de fugir com a filha, segundo a Polícia Civil de Pernamnbuco, Janderson realizou um saque bancário no valor de R$ 400 mil, o que o ajudou em seu deslocamento pelo Brasil.
Foi localizada na noite deste sábado, pela Polícia Civil de Pernambuco, a menina Júlia Cavalcanti de Alencar, de 1 ano e 9 meses, que havia sido levada pelo pai. Ela está em segurança. A garota e o pai, Janderson Rodrigo Salgado Alencar, 29, estavam na cidade de Santana, no Amapá. Ele está preso.
A operação pela prisão contou com o apoio da Polícia Civil daquele estado que realizou a abordagem em uma residência localizada na área central da referida cidade. A operação que resultou na localização da criança e prisão do genitor da mesma foi fruto de trabalho em conjunto entre as Polícias Civis de Pernambuco e do Amapá, onde esta última também contou com informações da Inteligência da PCPE.
As delegadas da 9ª DPH da cidade de Olinda/PE, Gleide Angelo e Fabiana Leandro, que presidem as investigações, estão em vôo do Pará para o Amapá com o objetivo de proceder ao recambiamento do preso e trazer a criança para o Estado de Pernambuco.
Júlia e Janderson estavam sendo procurados desde o dia 10 de julho depois que ele não devolveu a menina para a mãe como estava previsto em decisão judicial. Ainda não há previsão para o horário de chegada de pai e filha a Pernambuco, pois as delegadas irão precisar de autorizacão judicial para viajar com a criança.