Polícia vai buscar experiência fora

 
Policiais de Pernambuco estão no Rio de Janeiro visitando o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para trazer experiências a serem usadas aqui no estado durante a Copa das Confederações, em 2013, e Copa do Mundo, em 2014. A caravana pernambucana seguiu com o diretor geral de operações da Polícia Civil, delegado Osvaldo Morais, o gestor do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), delegado Antônio Barros, e os PMs coronel Luís Aureliano e o capitão Ivanildo Torres.

 

Policiais pernambucanos junto ao Bope

 

O objetivo da visita técnica é “agarrar” as experiências dos policiais cariocas para trazê-las para o efetivo especializado do estado. Depois do Rio de Janeiro, o grupo segue para Brasília, onde também irá buscar experiências a serem aplicadas por aqui. A expectativa dos pernambucanos para os jogos é muito grande, por isso, vai caber à polícia garantir a segurança durante os dois campeonatos.

Titular da SDS destaca importância do blog

 

O mais novo canal de comunicação do Diario de Pernambuco para discutir o tema Segurança Pública foi visto como uma boa iniciativa pelo secretário de Defesa Social, Wilson Damázio. Depois de chefiar o Departamento de Narcotráfico, ocupar por duas vezes a superintendência da Polícia Federal de Pernambuco e ter cargo de destaque na PF também em Brasília, o delegado federal voltou ao estado para comandar a SDS. Damázio disse que o trabalho da imprensa é de extrema importância para que a população saiba o que a polícia está fazendo para garantir a segurança de todos e parabenizou o grupo pela abertura do blog que nasceu com a proposta de discutir as ações de segurança pública desenvolvidas no estado.

 

O secretário ressaltou ainda que em cinco anos de execução, o programa Pacto pela Vida conseguiu reduzir os índices de mortes no estado em torno de 38%. Ainda segundo ele, na capital, a redução chegou a 44%. “Além de conseguir diminuir o número de assassinatos, estamos combatendo também o crime contra o patrimônio”, afirmou Wilson Damázio. Um dos grandes desafios do governo agora é o problema das drogas, principalmente, o crack. Muitas mortes acontecem em decorrência da disputa ou dívidas de drogas.

O racha na Polícia Civil

 

Desde o dia 14 de março, quando a cúpula da segurança pública do estado resolveu montar a Operação Corsário, que prendeu o delegado Tiago Cardoso, um comissário, um escrivão e dois agentes que faziam parte da sua equipe na Delagacia de Combate à Pirataria e eram suspeitos de participarem de um esquema criminoso, o clima não anda muito bom entre chefes e subordinados. Ainda nas primeiras horas da operação, a imprensa tomou conhecimento do trabalho da polícia e precisava noticiar o que estava acontecendo. Então, as primeiras informações sobre o grupo que foi preso e levado para o Grupo de Operações Especiais (GOE) começaram a ser divulgadas. No dia seguinte, a cúpula da Defesa Social convocou uma entrevista coletiva para revelar os nomes e mostrar as fotos de todos os policiais presos, o que causou revolta em muitos policiais. Não que eles estivessem querendo defender os presos, mas que a exposição do grupo fosse evitada. Nessa hora, o corporativismo dos colegas não comoveu a chefia.

 

Esquema funcionava na Delegacia Anti-pirataria

 

Os cinco suspeitos foram todos levados para o Centro de Triagem, o Cotel, em Abreu e Lima, para onde já mandaram tantos presos e estão lá até agora. O que muitos delegados e agentes têm dito é que esse grupo preso foi escolhido como bode expiatório pelo primeiro escalão para que servisse de exemplo aos demais policiais. “Eles (chefes) não precisavam ter feito o que fizeram. Os policiais erraram e devem pagar pelo erro, mas não precisavam ter exposto o caso desse jeito”, disse um delegado. O que se vê agora é um clima de mal estar e desconfiança entre chefes e subordinados. As investigações que duraram um ano descobriram um esquema de cobrança de propina por parte dos policiais presos para liberar material apreendido em operações ou deixar de recolher mercadorias pirateadas no Grande Recife e ainda não encaminhar inquéritos para a Justiça.