Irmão de Mução ainda está preso no Centro de Triagem

 

Mução (C) chegou a vir para o Recife quando foi preso como suspeito em Fortaleza (REPRODUCAO/TV CLUBE)
Mução (C) chegou a vir para o Recife quando foi preso como suspeito em Fortaleza

Até o fim desta semana, a Polícia Federal deverá entregar o inquérito ao Ministério Público Federal (MPF). Materiais de HDs, tablets, celulares e pen drives usados pelo radialista foram recolhidos para perícia em cinco imóveis residenciais e comerciais de Mução. Segundo a polícia, apesar do compartilhamento de imagens, não é possível associar a rede a casos de pedofilia. Outras 31 pessoas continuam sendo investigadas em todo o país por participação na quadrilha. Nesta terça-feira, os advogados de Bruno Vieira Emerenciano, 31, chegaram no Recife para ler o decreto de prisão e nesta quarta-feira devem entrar com um pedido de habeas corpus. Bruno foi preso depois de ter contado à polícia que cometeu os crimes usando a identidade do irmão famoso.

Quando foi preso, no dia 28 de junho, o radialista negou a participação no caso, apesar dos fortes indícios. A polícia chegou a afirmar que era particamente impossível que Mução não tivesse participação na rede. Até que as investigações chegaram ao irmão dele. Procurados, familiares não quiseram comentar o caso. “Fomos orientados por nossos advogados a não dar novas declarações”, explicou a irmã dos envolvidos, Renata Vieira. Os advogados também não comentaram a reviravolta no caso. À época, eles afirmaram que o radialista estava tranquilo, pois tinha certeza da inocência.

A operação Dirty Net é um desdobramento da operação Caverna do Dragão, que levou à descoberta dos outros integrantes do grupo. A organização funcionava através de uma rede privada, criptografada, em um programa de compartilhamento. Para entrar, os usuários precisavam de convite e aprovação dos outros participantes. Cada um tinha sua própria coleção de imagens, que disponibilizavam para os outros, sem comercialização. Durante as operações, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão.

Greve continua mesmo decretada ilegal pela Justiça

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol/PE), Cláudio Marinho, informou que a greve da categoria continua por tempo indeterminado mesmo com o despacho do Tribunal de Justiça que considera a paralisação ilegal e solicita a retomada dos serviços. De acordo com o presidente, até o final da noite dessa segunda-feira não havia sido notificado oficialmente, mas disse que iria recorrer da decisão. “O governo do estado não quis negociar com a categoria durante os cinco meses da nossa campanha. Claro que vamos recorrer. Era previsível que o governo do estado utilizasse esse artifício, mas estamos tranquilos e vamos continuar em greve até o resultado do recurso”, explicou. “Tomamos todas as precauções antes de parar nossas atividades. Fizemos atos de protesto, enviamos ofícios, mantivemos o mínimo de 30%, tudo o que determina a legislação. Ainda não entendi o que há de ilegal. Mas é preciso deixar claro que essa decisão não vai diminuir a insatisfação da categoria”.

Cláudio Marinho disse que a greve está mantida e que irá recorrer da decisão (EDILSON SEGUNDO/DP/D.A PRESS)

Ainda de acordo com Marinho, a determinação da greve foi acatada por 100% da categoria. “Nós fazemos a segurança pública nesse estado que tanto se orgulha da redução da violência. O poder é transitório entre as autoridades, mas somos nós que continuamos dia após dia nas ruas. Hoje travamos os trabalhos, mesmo com a pressão que sofremos. O reajuste no Programa de Jornada Extra e Segurança, assim como o aumento salarial de 47,35% até 2014, não existe. O secretario de Defesa Social sequer sentou com o secretario de Administração para negociar. Quando a ideia foi discutida conosco, recusamos. Não há nada disso assinado.” O presidente do sindicato também considerou a determinação judicial truculenta. “É muito fácil não negociar quando você tem o judiciário a sua disposição. Trabalhamos arduamente para manter a segurança dos cidadãos. Essa situação é vergonhosa. Só voltaremos quando sair a decisão do recurso”, concluiu.

Policiais civis desabafam, diante da greve no estado

 

O blog tem recebido diversas denúncias de policiais civis, inclusive delegados, relatando a precariedade com a qual estão sendo obrigados a trabalhar e mostrando que a categoria está descontente com os salários recebidos. Nessa segunda-feira, como forma de dar mais uma injeção de ânimo nos servidores, o governo do estado anunciou o aumento dos valores do Programa de Jornada Extra (PJEs) para todos os policiais e muitas outras novidades para tentar dar mais segurança à população, que ainda sente na pele os males da criminalidade nas ruas e avenidas da Região Metropolitana do Recife e do interior do estado.

Em uma das mensagens enviadas ao blog, o policial relata que reconhece o esforço do governo para melhorar alguns pontos como o PJE, o Prêmio de Defesa Social (PDS), o investimento nas equipes de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e que a categoria sabe que falta efetivo, falta material de proteção e que algumas delegacias estão em situações precárias. Porém, o mesmo e-mail afirma o seguinte: “Por gentileza, solicito que o blog divulgue a insatisfação dos policiais civis com o governo do estado no tocante ao reajuste salarial da categoria. Isso é o estopim da decretação da greve por tempo indeterminado. Estamos na 20ª posição no ranking salarial dos policias civis do Brasil”, diz o policial.

Em outro e-mail recebido pelo blog, o denunciante cobra que os agentes civis e os escrivães recebem o mesmo percentual de risco de função policial que os delegados recebem atualmente. “Se o governo pagasse aos agentes e escrivães de polícia os mesmos 225% de gratificação que é creditado mensalmente para os delegados os profissionais estariam mais motivados. Agentes e escrivães recebem 100% de gratificação. A vida de um delegado de polícia vale mais que a de um agente ou escrivão?”, questiona o policial.


Censo vai mapear presos de Pernambuco

 

Quem são e qual a situação processual dos 25 mil reeducandos do estado? As respostas serão apresentadas pelo primeiro Censo Penitenciário de Pernambuco que será realizado nos meses de agosto e setembro deste ano. Nesta terça-feira, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) fará um workshop para capacitar os cerca de 250 profissionais que estarão envolvidos na atividade. O censo faz parte do Sistema Integrado de Administração Prisional (Siap), que vai reunir as informações de todo o sistema prisional do estado. O Siap é fruto de um convênio com o Ministério da Justiça no valor de R$ 5 milhões e deverá estar concluído em março de 2013.

Os dados serão recolhidos de todos os apenados e não por amostragem. O recolhimento será feito por biometria. O objetivo é construir um perfil do detento considerando os aspectos da família, trabalho, educação e saúde. As informações serão cruzadas com as disponíveis nos bancos de dados da Polícia Federal (PF) e do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB). “O censo vai dar a radiografia de que precisamos para criar políticas prisionais mais direcionadas para o nosso público”, explicou o gerente de Tecnologia da Informação da Seres, Frederico Haendel.

O sistema vai permitir, ainda, que o apenado seja acompanhado segundo seu processo na Justiça, o que ajudará a evitar equívocos como o de deixar preso alguém que já deveria estar solto. “Poderemos verificar o tempo de cumprimento da pena dele e se já é está na hora de progredir de regime ou de estar for a do presídio”, exemplificou Haendel. O Siap também abrange a aquisição de novos equipamentos de tecnologia, como catracas eletrônicas e novos computadores, e um sistema de reconhecimento avançado através da leitura da íris do preso, sem data para ser implantado.

Saiba mais

O sistema penitenciário de Pernambuco possui cerca de 25 mil reeducandos

712 mulheres é a população da Colônia Penal Feminina do Recife

Cerca de 800 visitantes já foram cadastrados na unidade

Cada detenta tem direito a receber 3 adultos por visita. O número de crianças é ilimitado

 

Com informações do Diario de Pernambuco