Comissão quer mais verba para combate à violência contra a mulher

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher trabalha pela ampliação do orçamento federal destinado ao enfrentamento do problema. A presidente do colegiado, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), destaca que, no projeto de lei orçamentária para o próximo ano, a verba da Secretaria de Políticas para as Mulheres é de R$ 62 milhões – R$ 12 milhões a menos do que o reservado para 2012. Ela informa que a CPMI tenta sensibilizar o governo e os parlamentares para que apresentem emendas à proposta. “Nossa meta é chegar a R$ 100 milhões.”

Segundo Jô Moraes, o relatório final da CPMI deve sugerir a criação, para os próximos anos, de um Orçamento Mulher, como já existe no México e na Austrália. “Assim, teremos verbas asseguradas à Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e uma dotação específica para cada ministério com atividades afins”, explica.

A deputada acrescenta que o texto da relatora, senadora Ana Rita (PT-ES), deve indicar ainda a necessidade de melhoria do sistema de informação sobre casos de violência e de abertura de concurso público para as áreas que cuidam do problema. O colegiado defende também que o debate sobre um novo Código Penal incorpore crimes como o feminicídio, que é o assassinato de mulheres motivado por questões de gênero, a exemplo de um marido que mata a esposa. A CPMI tem prazo de funcionamento até março de 2013, mas caminha para a conclusão dos trabalhos em dezembro deste ano. A comissão já realizou diligências em mais de dez estados.

Da Agência Câmara

Sinpol e Apoc irão procurar diretor do IC para falar sobre o caso Sérgio Falcão

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Cláudio Marinho, e o presidente da Associação dos Peritos Criminais de Pernambuco (Apoc), Jairo Brito, irão, nesta segunda-feira procurar o diretor do Instituto de Criminalística (IC).
O encontro acontecerá às 8h, mesmo horário em que está marcada visita do promotor e do advogado da família do empresário da construção civil Sérgio Falcão, encontrado morto com um tiro na boca no apartamento em que morava, no dia 28 de agosto deste ano, na Avenida Boa Viagem. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O principal suspeito pela morte era um ex-funcionário do empresário, que estava no local no momento em que ele morreu, no entanto, o Instituto de Criminalística (IC) não encontrou nenhum vestígio de enfrentamento entre os dois. Também nada foi levado do apartamento. Imagens das câmeras de segurança do prédio mostram o momento em que o ex-funcionário entra e sai do apartamento guardando uma pistola na cintura.
“Queremos que a perícia trabalhe de forma imparcial. Os peritos de Pernambuco são profissionais competentes. Não aceitamos nenhum tipo de pressão sobre o trabalho que eles fazem”, defende Cláudio Marinho.
Com informações da assessoria de imprensa do Sinpol