Morre um dos suspeitos envolvidos no sequestro do comerciante do Ceasa

Morreu no Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, o suspeito que trocou tiros com os policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, na tarde desta quarta-feira. A polícia estourou o cativeiro onde um comerciante do Ceasa  (Cento de Abastecimento e Logística de Pernambuco) era mantido refém desde a última segunda-feira, no bairro de Jardim Paulista Baixo, em Paulista, no Grande Recife.

Duas mulheres e  um homem foram presos e estão sendo encaminhadas  para o GOE, no bairro do Cordeiro. A vítima estava amarrada e em condições subumanas. Fontes do blog informaram que o sequestro teria  sido articulado por um ex-cunhado da vítima. Nesse momento, os técnicos estão realizando uma perícia no local onde a vítima estava. O comerciante foi levado para um hospital particular, mas está fora de perigo.

Mais informações no portal Diariodepernambuco.com.br

 

 

 

 

Procurador da República que é filho de auditor fiscal morto há 16 anos vai acompanhar julgamento de acusados

Está previsto para começar nesta quinta-feira, na Vara do Tribunal do Júri de Petrolina, no Sertão do estado, o julgamento dos acusados de assassinar o auditor fiscal José Raimundo Aras. O julgamento acontece 16 anos após o crime no salão nobre do Fórum Souza Filho, localizado no Centro da comarca.  Na ocasião, serão julgados os réus Francisco de Assis Lima, Carlos Alberto da Silva Campos, Alcides Alves de Souza e Carlos Robério Vieira Pereira. A sessão será presidida pelo juiz Cícero Everaldo Ferreira Silva.

O presidente do Sindifisco Pernambuco, Francelino Valença, está mobilizando profissionais de Sergipe, Bahia e da Fenafisco. Eles viajam nesta quarta-feira para Petrolina, onde acompanharão o início do julgamento. O  filho da vítima, que hoje é procurador da República Vladimir Aras, afirma que “a Justiça tardou 16 anos. Mobilizemo-nos agora para que não falhe. Esses criminosos não podem ficar impunes”.
Em e-mail enviado ao Sindifisco, Vladimir Aras diz que estará presente na sessão do júri. “Estarei como filho de J. R. Aras que foi vítima de crime de mando – que ficou conhecido na época como o escândalo da Máfia do açúcar. Meu pai era auditor fiscal do estado da Bahia e foi morto a mando de atacadistas de açúcar da região de Juazeiro, em função de autuações fiscais que desvendaram um esquema de sonegação de ICMS entre Bahia e Pernambuco. Meu pai “deu seu próprio sangue” pela carreira que abraçou com tanta honra. A categoria do Fisco não pode ignorar que foi afrontada em 1996 com a supressão da vida de um dos seus integrantes”, relatou o procurador.

CRIME – O auditor fiscal da Secretaria da Fazenda da Bahia, José Raimundo, foi assassinado com seis tiros, no jardim de sua casa, em outubro de 1996. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Pernambuco, a vítima foi assassinada por combater a chamada Máfia do Açúcar, que atuava na divisa dos Estados da Bahia e Pernambuco, no trecho Juazeiro-Petrolina. Os réus Francisco de Assis Lima, Alcides Alves Bezerra, Carlos Alberto da Silva Campos e Carlos Róberio Vieira Pereira serão julgados pela prática de homicídio triplamente qualificado.

 

Pode ser votado nesta semana projeto de prevenção à tortura

Um projeto do Executivo que cria o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (PL 2442/11) deverá entrar na pauta do Plenário da Câmara até esta quinta-feira. A declaração foi feita pela primeira vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputada Érika Kokay (PT-DF), em seminário sobre o sistema carcerário brasileiro realizado nesta terça-feira.

Entre as medidas para prevenção dos casos de tortura previstas na proposta está a composição de um comitê gestor com 23 pessoas indicadas pela presidente da República para elaborar estudos sobre a situação dos presos e avaliar a atuação dos órgãos de segurança.

Além disso, 11 peritos escolhidos pelo comitê deverão visitar periodicamente as instituições de longa permanência do País para analisar se há casos de tortura, divulgar os resultados dessas visitas e propor sugestões de melhoria.

A medida vale para os hospitais psiquiátricos, os abrigos de idosos e de crianças, além dos presídios. Mas, segundo Érika Kokay, é nas prisões que os casos de tortura são mais graves. “A tortura é um dos fatores que mais prejudicam a reabilitação dos presos. A sociedade sabe que o sistema penitenciário não reintegra, entretanto ela tem resistências em fazer modificações que possibilitem essa reintegração, como o combate à tortura” alertou.

Nações Unidas
O projeto que cria o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura faz parte de uma série de compromissos assumidos pelo Brasil com a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, quando assinou o Protocolo Facultativo da Convenção da ONU contra a Tortura (OPCAT). Um relatório do organismo chegou a afirmar que, no Brasil, a tortura é “generalizada e sistemática”.

No último dia 19, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, Érika Kokay e Domingos Dutra (PT-MA) reuniram-se com o presidente da Câmara, Marco Maia, para pedir prioridade para a proposta.

Da Agência Câmara