As Copas, os Jogos Olímpicos e a segurança pública no Brasil

*Artigo

 

Embora em ritmo aquém do desejado, os investimentos necessários para a realização no Brasil da Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 estão avançando. Em uma área essencial, contudo, os planos ainda não estão traçados. O que o país fará para garantir a segurança pública nas cidades que sediarão os jogos e receberão, além das delegações, dezenas de milhares de turistas? O que será feito para assegurar que todos os órgãos públicos e de segurança disponham da infraestrutura tecnológica e de comunicações para atender às demandas de missão crítica?

O Brasil precisa definir rapidamente as respostas a essas questões. Especialmente, porque essas respostas não só estabelecerão o tipo de segurança e de tecnologia que se quer para esses eventos, mas também o legado de segurança pública que será oferecido à sociedade nos próximos anos.

Um dos passos a serem seguidos para equipar as cidades e os Estados é a definição, por parte do governo, da faixa de espectro de tecnologia LTE a ser utilizada pelos órgãos de segurança pública. De preferência uma faixa dedicada, capaz de atender às necessidades específicas dessa área, além de oferecer folga para o futuro.

É necessário iniciar o processo de especificação e padronização das tecnologias e dos equipamentos a serem utilizados. Entre as soluções que podem ser licitadas e utilizadas, estão: as redes Wi-Fi, os sistemas digitais de rádiocomunicação, as centrais de comando e controle, os computadores móveis, entre outros.

A grande tendência tecnológica, principalmente levando em conta as características do Brasil, é a implementação de centrais de comando e controle em que os aplicativos para despacho das ocorrências são os elementos mais importantes para que as forças possam tomar decisões precisas e de forma rápida no momento em que os problemas são detectados pelo sistema. Sem essa função, as centrais perdem em eficiência e não atendem às exigências de missão crítica que as operações de segurança demandam.

Nas licitações, a serem realizadas após o processo de escolha, é preciso que se garanta abrangência – para que todas as empresas possam se candidatar – e, ao mesmo tempo, seletividade, para que sejam habilitados somente fornecedores qualificados e bem preparados, capazes de atender às exigências de uma área estratégica e vital para o País.

Outro passo que representa um grande desafio é mensurar o porte do investimento que cada Estado e cada município vão requerer para atingir os níveis de exigência tecnológica da Fifa e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos. E, nessa etapa, é preciso levar em conta que as soluções que forem adotadas precisam atender não somente a esses critérios, mas também serem capazes de se transformar num legado para a população. Ou seja, os novos sistemas de segurança pública devem também atender às necessidades da sociedade brasileira nos próximos anos.

Outra questão que precisa ser analisada é a capacitação do contingente que irá operar esses sistemas e dar suporte ao trabalho dos órgãos de segurança pública. Precisaremos contratar pessoas e treiná-las para operar os equipamentos, seja na rua, nos centros de comando e controle ou em corporações como Polícias Militar e Civil e Corpos de Bombeiros.

Se conseguirmos implementar uma boa infraestrutura de sistemas de videovigilância nas 12 capitais que sediarão os jogos da Copa do Mundo, o Brasil certamente se tornará uma referência em segurança pública e confiabilidade, pois conseguiremos entregar à população as melhores soluções disponíveis.

*Wagner Andrade

Diretor de novos negócios da Motorola Solutions no Brasil

 

Governo não tem previsão para chamar classificados no concurso da PM

Depois de várias solicitações dos leitores para uma resposta do governo do estado sobre as nomeações dos classificados no último concurso para a Polícia Militar, a Secretaria de Defesa Social (SDS) esclarece ao blog que, por enquanto, não há previsão de que essas pessoas sejam convocadas para assumir os cargos.

Segundo o gerente geral de articulação e integração institucional comunitária da SDS, Manoel Caetano Cysneiros, o número de pessoas convocadas que foram aprovadas no concurso realizado no ano de 2009 já superou o que estava previsto no edital.

Ainda segundo Cysneiros, os candidatos que se “denominam remanescentes ou reservas, para continuarem no certame teriam de submeter-se aos Exames de Aptidão Física, Teste Psicológico e Exames Médicos, todos classificatórios e eliminatórios.”
Veja na íntegra a resposta da Secretaria de Defesa Social

 

1. CONCURSO SOLDADOS PM

O concurso público instituído pela Portaria Conjunta SAD/SDS nº 101, de 31 de agosto de 2009, se deu para o preenchimento de 2.100 (duas mil e cem) vagas, para o Cargo de Soldado da Polícia Militar de Pernambuco, para serem preenchidas pelos critérios de conveniência e necessidade da Polícia Militar, respeitadas a ordem de classificação constante do resultado final do concurso.

Inscreveram-se para o certame mais de 100.000 (cem mil) candidatos, desses, segundo as regras do concurso, concorreriam as demais etapas do concurso (Exame de Aptidão Física, Teste Psicológico e Exame Médico) os aprovados no Exame de Conhecimentos e cujas notas nesse exame classifiquem-se entre as 6.300 (seis mil e trezentas) mais altas.

Restaram aprovados acima do ponto de corte, 19.679 (dezenove mil, seiscentos e setenta e nove) candidatos, desses foram submetidos aos testes 6.781 (seis mil setecentos e oitenta e um), 481(quatrocentos e oitenta e um) a mais motivado pelo empate de notas, e após a realização das demais fases do concurso (Exame de Aptidão Física, Teste Psicológico e Exame Médico), restaram aprovados 3.712 (três mil setecentos e doze), candidatos, sendo chamados em 2010, 2.100 (dois mil e cem) concorrentes e desses, 1.953 (um mil novecentos e cinquenta e três) concluíram a Formação Profissional e foram nomeados Soldados PM, restando, aprovados 1.612 (um mil seiscentos e doze) candidatos.

Foram convocados em agosto de 2012, os 1.612 (um mil seiscentos e doze) candidatos restantes para se apresentarem com a finalidade de realizar o Curso de Formação Profissional, desses estão realizando o Curso 1.393 (um mil trezentos e noventa e três) candidatos, completando assim, 3.346 (três mil trezentos e quarenta e seis), ou seja, 1.246 (um mil duzentos e quarenta e seis) a mais do que o previsto no Edital do certame.

Os demais candidatos que se denominam remanescentes ou reservas, para continuarem no certame teriam de submeter-se aos Exames de Aptidão Física, Teste Psicológico e Exames Médicos, todos classificatórios e eliminatórios.

2. OFICIAIS PM e BM

Já estão sendo tomadas as medidas administrativas para a abertura do certame, como a elaboração do Termo de Referência para escolha da Instituição que irá elaborar o concurso para Oficiais PM e BM. O edital deverá sair no início do ano de 2013.  Para Oficiais da PM e BM se faz necessário ter o nível superior. Sendo a princípio 20 vagas para oficial do Bombeiro Militar podendo ter qualquer formação de nível superior e para a PM serão inicialmente 100 vagas onde é necessário ser Bacharel em Direito. A idade é de 28 anos no ato da inscrição do certame.