O irmão do jogador Daniel Alves, o cantor Ney Alves, que é vocalista da banda Forró na Hora fez um desabafo em suas redes sociais após ter sua imagem associada ao retrato falado do possível assassino da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, assassinada a facadas dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão, no dia 10 de dezembro passado.
O caso está dando o que falar na cidade. Depois da divulgação do retrato falado feito a pedido da Polícia Civil de Pernambuco, uma montagem foi colocada na internet com a imagem do suspeito ao lado da foto do cantor. Ele procurou a polícia e prestou queixa sobre o caso. Ney afirmou que está sentindo-se “humilhado” com o ocorrido. Na publicação, Ney também alerta sobre as punições para quem compartilhar a imagem.
Mais de dois meses após o crime, a Polícia Civil divulgou o retrato falado de um dos suspeitos de matar a estudante Beatriz Angélica Mota, 7 anos, que foi assassinada em Petrolina, no Sertão do estado. A peça foi montada a partir de relatos de testemunhas que perceberam comportamento suspeito de uma pessoa que estava na festa de formatura das turmas de Ensino Médio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Uma testemunha contou à polícia que o suspeito tinha sido visto no banheiro feminino na presença de duas crianças. Já outra relatou que o homem teria lavado o rosto e o cabelo de forma suspeita. A recompensa para quem repassar pistas que levem à captura subiu de R$ 5 mil para R$ 10 mil.
De acordo com a Polícia Civil, cerca de 80 pessoas foram ouvidas no caso e aproximadamente 50 perícias foram realizadas pela Polícia Científica. Segundo Marceone Ferreira, delegado da seccional de Petrolina que está à frente das investigações, a esperança é de que com a divulgação do retrato falado, a conclusão do caso esteja mais próxima. “Com o retrato falado, pode haver a identificação dos culpados mais rapidamente”, ressaltou. Quem identificar o suspeito pelo retrato falado pode entrar em contato com o Disque-Denúncia pelo número (81) 3719-4545 ou 3421-9595, com garantia de anonimato e podendo ter uma recompensa de R$ 10 mil.
Beatriz Mota foi assassinada a facadas no dia 10 de dezembro do ano passado, durante uma festa no colégio onde seu pai é professor de inglês. A criança foi encontrada morta em uma sala utilizada como depósito de equipamentos esportivos que estava desativada, minutos depois de seus pais e o restante dos convidados da festa saírem a sua procura. Como não havia sinais de tentativa de abuso sexual, a polícia acredita que a intenção do suspeito era realmente praticar o homicídio.
Federalização
A assessoria de imprensa da Polícia Federal de Pernambuco emitiu nota no último domingo afirmando que ainda não há autorização para que o caso da menina Beatriz Mota fique a cargo de investigação federal. Em visita à cidade de Juazeiro (BA) na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff ouviu do prefeito de Petrolina que um pleito para que a PF assumisse o caso foi entregue ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal ressaltou que, se ficar sob responsabilidade federal, Petrolina integra a cobertura da PF do estado da Bahia.