Um protesto organizado por moradores das proximidades da Lagoa do Araçá, na Imbiribeira, vai ganhar as ruas do bairro nesta sexta-feira. Cansados da onda de assaltos na localidade e da ausência de policiamento, moradores estarão concentrados a partir das 18h na Praça de Eventos da Lagoa para chamar a atenção do poder público para a violência no local. Na manhã desta quinta-feira, pelo menos dois assaltos já foram praticados por suspeitos em motos nas proximidades da Lagoa do Araçá, um na Rua David Kauffman e outro na Engenheiro José Brandão Cavalcante.
Através das redes sociais, a população está convocando o maior número possível de pessoas para participarem do protesto. A saída está prevista para as 19h e o percurso será as ruas, Leôncio Soares Pessoa, Av. Engenheiro Alves de Souza, Arquiteto Luiz Nunes, Grasiela e José Brandão de Cavalcante. A caminhada deve terminar por volta das 21h em frente ao Núcleo de Seguraça Comunitária da Lagoa.
Organizadores do protesto pedem que as pessoas levem cartazes, apitos, panelas ou qualquer coisa que faça barulho para chamar a atenção das autoridades. Também está sendo pedido que quem foi assaltado leve o Boletim de Ocorrência para anexar ao ofício que será entregue à Prefeitura do Recife e à Polícia Militar. Segundo os moradores da área, os assaltos são, geralmente, praticados por suspeitos em motos e em cinquentinhas e acontecem a qualquer hora do dia.
Um grupo de policiais militares revoltados com a suspensão do Curso de Formação de Sargentos realizou um protesto na manhã desta quinta-feira para pedir apoio à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Eles reclamaram que as aulas do curso foram suspensas quando uma turma ainda estava em andamento.
Os militares afirmaram que as aulas de formação foram encerradas após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ter concedido ao Executivo uma liminar suspendendo todas as decisões favoráveis aos militares, que haviam entrado com ações no Judiciário por se sentirem prejudicados durante o processo de seleção para o curso, em 2010, devido a uma modificação em um dos itens do edital do concurso.
De acordo com o Gerente Geral de Articulação e Integração Institucional e Comunitária, Manoel Caetano, não houve cancelamento da 6ª turma do Curso de Formação de Sargentos (CFS). Os candidatos da 6ª e última turma do CFS concluíram o curso desde 30 de julho de 2014, sendo a portaria de promoção dos novos sargentos publicada no Diário Oficial do Estado, no dia 2 de agosto de 2014, onde foram formados 228 (duzentos e vinte e oito) graduados.
Ainda segundo Maneon Caetano, não houve suspensão do concurso, pois o mesmo expirou após o término da 6ª turma. Desde o ano de 2011 foram concluídas seis turmas do Curso de Formação de Sargentos, sendo formados 1.952 novos sargentos nas dependências do Campus de Ensino Metropolitano I da Academia Integrada de Defesa Social.
Na época, segundo o advogado dos militares, José Carlos Madruga, a banca examinadora disse aos candidatos que eles teriam que acertar, em média, 40% das questões nas provas gerais, composta por sete disciplinas, e 40% nas provas específicas, com três matérias. No entanto, após a realização dos exames, houve uma retificação, estabelecendo que os candidatos teriam que acertar 40% das questões em cada disciplina nas provas gerais e específicas.
O estado informou que solicitou a liminar porque a formação de novas turmas por determinação judicial causava prejuízo de R$ 2.016, 56 por aluno.
Em nota, a SDS afirma que “o Estado recorreu das liminares (obrigação do Estado através de sua Procuradoria) de centenas e não dezenas, pois foram 519 (quinhentas e dezenove) liminares, muitas delas com mais de quatro autores, beneficiando em vários casos, candidatos com notas abaixo da nota mínima do concurso – 5,00 (cinco). Esses candidatos chegaram ao Campus de Ensino Metropolitano I da Academia Integrada de Defesa Social, depois que o Curso já havia iniciado e algumas disciplinas já tinham sido ministradas.”
A SDS disse ainda que “a continuidade de concessões de liminares vinha forçando a SDS a complementar os cursos já realizados, no sentido de repor as aulas dos que ingressaram depois do início do curso. Tal decisão estava causando um enorme prejuízo ao erário estadual.”
Depois de saírem do Parque 13 de Maio até a Alepe, o grupo foi recebido pelo presidente da Alepe, Guilherme Uchôa, que afirmou que iria analisar o caso e verá o que é possível ser feito.
Os reservas do concurso da Polícia Militar de 2009 prometem para esta terça-feira um novo protesto cobrando mais contratações. No mês de março, o então governador do estado, Eduardo Campos, autorizou a nomeação de dois mil candidatos para a Polícia Militar de Pernambuco. No entanto, até hoje, essas nomeações não foram feitas.
No protesto marcado para a partir das 12h desta terça, os reservas irão seguir da Assembleia Legislativa de Pernambuco até o Palácio do Governo, onde querem pedir que o número de PMs nomeados seja maior. “Ainda restam 12 mil pessoas para serem chamadas e o governo do estado não contrata ninguém. A segurança de Pernambuco está em estado de calamidade. Estamos querendo trabalhar para reduzir essa criminalidade”, disse um dos reservas ao blog.
Segundo o governo do estado, os dois mil novos convocados serão submetidos às fases complementares da primeira etapa do certame, que compreende o exame físico, exame médico e avaliação psicológica. Na sequência, serão submetidos ao curso de formação, para serem nomeados, o que ainda não tem data prevista.
Há três meses sem uma resposta, parentes, amigos e entidades de defesa dos direitos das mulheres pretendem realizar nesta sexta-feira, no bairro do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, um ato público para chamar a atenção das autoridades e da sociedade. Eles pedirão que a polícia apresenta uma solução para o caso do desaparecimento da adolescente Beatriz Vital, 15 anos.
A garota saiu de casa no dia 24 de janeiro para um passeio na praia com o namorado, um homem de 29 anos, com o qual tem uma filha de nove meses. Segundo a mãe da adolescente, a dona de casa Maria Celma Vital, 52, até agora, nenhum contato foi feito com a família para informar o paradeiro da jovem. O caso está sendo investigado pelo delegado Carlos Barbosa da Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente e Atos Infracionaios de Jaboatão.
A dona de casa Maria Celma chora todos os dias sem notícias de Beatriz. “Minha filha saiu de casa no sábado para ir à praia com o namorado. Quando foi no domingo ele apareceu aqui pedindo o bíquini dela. Eu perguntei por ela e ele respondeu que Beatriz já estava na praia esperando pela roupa de banho. Desde então, não tivemos mais notícia da minha filha”, revelou Celma.
Segundo a gerente de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de Jaboatão dos Guararapes, Bianca Freire, integrantes dos conselhos municipais de Direitos Humanos, da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Direitos das Mulheres participarão do ato desta sexta. “Queremos mobilizar a comunidade e pedir à polícia que o caso seja tratado como violência doméstica e investigado com maior rigor”, ressaltou Bianca.
O delegado Carlos Barbosa, responsável pelo inquérito, rebateu as críticas ao trabalho da polícia. “O inquérito está em andamento. Estamos esperando uma documentação da Justiça para dar os próximos passos. Por enquanto, não podemos tratar o caso com um homicídio porque o corpo não foi localizado”, afirmou Barbosa. O suspeito já foi ouvido pela polícia e disse que após voltar da praia com a jovem a deixa na entrado do Curado IV, no entanto, segundo a polícia, não há testemunhas ou câmeras de monitoramento que comprovem essa versão.
Serviço:
Quem tiver informações sobre o paradeiro de
Beatriz pode telefonar para os seguintes números
Nesta terça-feira, policiais federais de todo país farão mobilizações de protesto. Em Pernambuco realizarão o velório da Segurança Pública, denunciando principalmente a crise institucional da Polícia Federal, pois consideram a burocracia e a falta de investimentos os grandes cânceres das polícias brasileiras. A concentração será na Superintendência da Polícia Federal, no Cais do Apolo, a partir das 10h.
Com caixões, coroas de flores e roupas pretas, o movimento protesta contra a crise da segurança pública, que envolve tanto o sucateamento da estrutura do órgão, quanto o boicote aos policiais federais. O desaparelhamento da instituição decorre dos sucessivos cortes de recursos para o custeio de suas atividades básicas de manutenção e operacionais. Paralelamente, os policiais federais enfrentam a desvalorização e o descaso do Governo Federal.
O efetivo reduzido, o excesso de horas de trabalho, as perseguições internas e o assedio moral vem causando estresse, adoecimentos e suicídios. Os cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista amargam o maior congelamento da história, estando há mais de cinco anos sem qualquer aumento, nem correção da inflação. Um Policial Federal hoje recebe a metade do salário de outros cargos públicos federais que há cinco anos tinha remunerações semelhantes.
Somente no ano passado, mais de 115 agentes federais abandonaram a carreira, número que somado às aposentadorias, resultaram numa baixa de 230 policiais. A natureza de risco da atividade policial, a dedicação exclusiva, a participação em plantões e a baixa remuneração fazem com que outras carreiras públicas mais bem remuneradas e estruturadas, sejam mais atrativas.
Segundo Jones Leal, Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), várias unidades especializadas da PF possuem menos da metade do número ideal de investigadores. “Existem núcleos operacionais de delegacias especializadas com 2 ou 3 agentes federais, e isso significa que uma investigação que deveria durar 2 meses vai durar 2 anos. É um absurdo, pois crimes são prescritos, e os corruptos e o crime organizado comemoram o descaso do governo com a Polícia Federal”.
Divulgação recente da Polícia Federal anunciou que atualmente o órgão está investigando fraudes e corrupção em investimentos do Governo Federal que ultrapassam o valor de 15 bilhões de reais. (http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/nos-jornais-pf-investiga-contratos-que-somam-r-156-bi-em-recursos-publicos/ ). E Leal critica o que considera uma incoerência: “é injustificável o Governo Dilma sucatear a carreira dos agentes federais, se eles são os especialistas responsáveis por investigações que defendem investimentos de mais de 15 bilhões de reais do próprio Governo Federal”.
Após o episódio ocorrido na última segunda-feira, onde um policial militar teve o rosto melado de tinta durante uma manifestação na Avenida Conde da Boa Vista, o comando da PMPE divulgou uma nota de repúdio nesta sexta-feira. Confira a nota na íntegra:
O Comando da Polícia Militar de Pernambuco vem, de forma veemente, tornar público o seu apoio ao policial militar que, durante o exercício de suas atividades profissionais, servindo à população na proteção da vida, do patrimônio e da dignidade humana, foi atingido no rosto e no seu uniforme com tinta que seria utilizada em pichação de paredes, durante um protesto realizado por ambulantes na avenida Conde da Boa Vista, na última segunda-feira (24). Não podemos admitir que os integrantes da Polícia Militar de Pernambuco, entidade com 188 anos de serviços prestados à sociedade, sejam tratados de forma afrontosa por indivíduos que não têm compromisso com o civismo e, tampouco compreendem o direito à cidadania. Manchar com tinta a farda de um Policial Militar arrepia e contradiz os direitos democráticos conquistados pela sociedade durante anos de luta. Por fim, o Comando Geral da Corporação em nome de toda família policial militar, irmana-se com o PM, que pelo treinamento, senso de responsabilidade e compromisso profissional, portou-se de forma irrepreensível e com total respeito aos Direitos Humanos, mesmo sendo visivelmente afrontado e instigado a agir por outros meios de força, legalmente amparados, quando do exercício da sua nobre e honrosa missão. JOSÉ CARLOS PEREIRA Comandante Geral
Um policial militar que estava de serviço no Centro do Recife nessa segunda-feira foi alvo de uma atitude desrespeitosa, que partiu de manifestantes que diziam estar protestando por melhorias para os comerciantes informais da Avenida Conde da Boa Vista. O militar foi atingido por uma tinta branca no rosto e nas costas no momento em que teria abordado pessoas que estavam pichando portas e fachadas de lojas com a frase Não vai ter Copa.
A imagem, que circulou na internet durante todo o dia de ontem e está nas capas do jornais desta terça-feira é um retrato da falta de educação do brasileiro. Como alguém pode dar crédito a uma pessoa que protesta quebrando e incendiando ônibus, destruindo o patrimônio público e privado, saqueando lojas e agora sujando policiais de tinta?
A agressão aconteceu durante um protesto realizado por comerciantes ambulantes, que cobram a construção de um shopping popular na Conde da Boa Vista. O gesto foi repudiado pelo presidente do Sindicato dos Comerciantes Informais de Pernambuco, Severino Silva, que reforçou, no carro de som, o tom pacífico da mobilização.
Uma fantasia diferente foi encontrada por nossa equipe em meio à multidão que aproveitou neste sábado o 37º desfile do Galo da Madrugada. Bala perdida era a roupa usada por Conceição Anghinoni. Entrevistada pela blog, ela disse que sua fantasia era uma forma de protesto ao elevado número de pessoas que perdem a vida por causa de balas perdidas.
“O governo precisa tomar uma providência em relação a essas mortes por bala perdida. Em Pernambuco, acontecem muitos desses casos. Se for para atirar balas, que sejam doces”, ressaltou. Além de estar com um saco de bombons nas mãos, várias balas (doces) estavam colados nas costas de Conceição.
Aprovados no concurso para agentes de segurança penitenciária do ano de 2009 realizaram uma passeata, na manhã dessa segunda-feira, da praça do Derby com destino à Assembleia Legislativa e ao Palácio do Campo das Princesas. Os manifestantes protestaram pelo anúncio feito na última sexta-feira pelo governador Eduardo Campos, sobre a abertura de um edital para uma nova seleção de 200 agentes penitenciários, quando já existe um vigente, em que 2.400 aprovados ainda não foram convocados. Durante o trajeto, os manifestantes distribuíram uma carta aberta e fizeram apitaço.
O presidente da Comissão dos Concursados, Sílvio Tadeu, informou que, de acordo com um levantamento feito pela própria comissão, Pernambuco é o estado com a menor quantidade de agentes penitenciários para cada preso no Brasil. “São 22 presos para cada agente, quando sabemos que o ideal é que sejam apenas cinco presos. Ou seja, ao invés de convocar essas pessoas que já foram aprovadas, o governo vai lançar um novo edital, o que vai demorar mais ainda para suprir esse número”, explicou.
Segundo ele, ainda neste mês, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou com um ofício solicitando a contratação emergencial de 100 agentes penitenciários do último concurso. “Das pessoas aprovadas, apenas 1.500 foram chamadas, enquanto outras 2.400 aguardam a convocação. Essas não passaram pelos outros processos, como exame médico, teste físico e psicotécnico, além da academia, que dura quatro meses. Mas mesmo assim, seria mais rápido do que fazer uma nova seleção”, disse. Na Alepe, os manifestantes foram recebidos pelo deputado estadual Sérgio Leite.
O secretário executivo da Secretaria de Ressocialização (Seres), coronel Romero Ribeiro, declarou que serão feitas reuniões para lançar o edital de concurso para os 200 novos agentes. Conforme ele, no último concurso, foram 770 pessoas convocadas. “O compromisso era de chamar 500. Além disso, outros 34 do concurso passado ainda serão selecionados”, relatou. O coronel Ribeiro acrescentou que, antes da realização da seleção de 2009, eram 35 presos para cada agente, número que caiu para 22. Após o novo concurso, serão 17.
Nesta terça-feira, os agentes federais, escrivães e papiloscopistas de Pernambuco farão a primeira de três paralisações programadas para os meses de fevereiro e março. Liderados pelo SINPEF/PE, os policiais federais pernambucanos irão parar em adesão à greve de 24 horas que acontece em todo o país.
Os motivos são os mesmos que levaram a categoria a protestar com o “Algemaço” na última sexta-feira, que foram as más condições de trabalho, desaparelhamento da polícia, corte do orçamento e perdas salariais. A concentração dessa paralisação será na Superintendência da PF, no Cais do Apolo, a partir das 9h.
Uma das principais revoltas dos profissionais da PF é contra uma política de Segurança Pública que não valoriza os servidores, cujo trabalho é combater o tráfico de drogas, armas e a corrupção em nosso país. E isso vai da falta de investimento em melhores condições de trabalho a defasagens salariais. A categoria amarga um congelamento salarial de cinco anos, imposto pelo Governo Federal, já que o último reajuste simbólico foi de 3,4% em 2009 e a conseqüência são perdas salariais superiores a 40%.
Com informações da assessoria de imprensa do SINPEF/PE.