Delegados tirados da Corregedoria para fazer plantões

 

Uma portaria da Secretaria de Defesa Social (SDS) que deve ser publicada nesta quarta-feira já está causando polêmica desde o início desta semana. Por determinação do secretário Wilson Damázio, três delegados que estão lotados na Corregedoria Geral da SDS foram deslocados, temporariamente, para atuar em plantões de delegacias do Recife. A medida, segundo fontes do blog, seria contra a lei. A justificativa da SDS seria a de que como muitos delegados estão de férias neste mês, os delegados que estavam na Corregedoria poderiam suprir essas faltas.

Os profissionais que deixarão as atividades na Corregedoria Geral da SDS são os delegados Camila Figueredo, que passará a dar plantão na Delegacia da Mulher, Diogo Martins e Carlos Ferraz, que irão reversar os plantões da Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

A falta de delegados para atuar nas delegacias e nos plantões do estado é assunto que vem ganhando destaque desde o início deste ano. No mês passado, por exemplo, vários profissionais entregaram os plantões pelos quais estavam respondendo porque, além das precárias condições de trabalho, estavam acumulando duas ou mais delegacias.

Policiais federais doam sangue em protesto nacional

 

Nesta quarta-feira, em todo o País, delegados, peritos e administrativos da Polícia Federal (PF) participarão da campanha “A Polícia Federal dá o sangue pelo Brasil, mas o governo não reconhece”. A ação faz parte do calendário de atividades do Mude PF (Movimento Unido em Defesa da Polícia Federal). Com o protesto, as entidades classistas integrantes do Mude PF – ADPF, APCF, SINPECPF e FENADEPOL – querem denunciar o descaso com o qual o governo vem tratando uma das principais instituições que combatem o crime organizado e a corrupção no País.

Em Pernambuco, os servidores da PF e dirigentes das entidades estarão concentrados na Superintendência da Polícia Federal, no Cais do Apolo, no Recife, a partir das 9h30, onde participarão de palestra promovida pelo Hemope, para onde seguirão os doadores em seguida. Vale ressaltar que o protesto é nacional e em todos os estados serão feitas mobilizações semelhantes. Se a PF está reclamando da falta de atenção por parte do governo, imagem quantas são as queixas do cerca de 20 mil policiais militares do estado e dos menos de 9 mil policiais civis que tentam combater e investigar todos os crimes praticados em Pernambuco.

Mortes no mês de junho apresentam redução no estado

 

O número de pessoas mortas de forma violenta não é algo que possa ser comemorado, afinal são vidas perdidas ou roubadas. Pernambuco, que já figurou entre os estados mais violentos do Brasil, sabe bem o que isso quer dizer. No entanto, a Secretaria de Defesa Social (SDS) está feliz por ter consigo reduzir o número de assassinatos no estado. O balanço do primeiro semestre foi fechado com o melhor resultado desde o lançamento do Pacto pela Vida, em maio de 2007. Em relação aos anos anteriores, o estado alcançou a melhor redução da série histórica do mês de junho, com a redução de 7,3% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Segundo a SDS, foram 267 registros, 18 a menos se comparado ao mesmo mês do ano passado e 23 a menos que no mês de maio deste ano. Os melhores índices foram registrados em Jaboatão dos Guararapes, Igarassu e Limoeiro, cujos resultados foram os menores desde o lançamento do programa. O fim do primeiro semestre também significou uma redução de 10,02% na taxa de CVLIs e o alcance da marca de 37,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. Enquanto isso, o município do Cabo de Santo Agostinho, ainda não conseguir reduzir seus índices de criminalidade. Veja matéria no link abaixo sobre a violência no local.

 

Saiba mais

285 CVLIs registrados em junho de 2011
267 CVLIs registrados em junho de 2012

3,21 CVLIs para cada 100 mil habitantes em junho de 2011
2,97 CVLIs para cada 100 mil habitantes em junho de 2012
7,3% de redução

Mês de junho dos anos anteriores

2007 – 362 homicídios
2008 – 373 homicídios
2009 – 304 homicídios
2010 – 286 homicídios

3 cidades alcançaram a menor taxa de CVLIs da série histórica
Jaboatão dos Guararapes – 49,4 para cada 100 mil habitantes
Igarassu – 40,9 para cada 100 mil habitantes
Limoeiro – 21,6 para cada 100 mil habitantes

5.059 vidas foram salvas desde a implantação do Pacto Pela Vida
14 é a quantidade de meses que o estado fecha o mês com menos de 300 CVLIs
registrados

PRIMEIRO SEMESTRE  DE 2012
10,02% foi a redução na taxa de CVLI por 100 mil habitantes no primeiro
semestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado

1.702 CVLIs foram registrados no primeiro semetre de 2012
1.875 CVLIs foram rgistrados no primeiro semestre de 2011

Fonte: Secretaria de Defesa Social (SDS)

 

*Colaboração da repórter Alice de Souza


Clique aqui e leia matéria sobre a criminalidade no Cabo de Santo Agostinho:


Aumenta pena para quem submeter crianças à prostituição

 

Da Agência Brasil

 

Brasília – Estão sujeitas à pena de seis anos a 12 anos de reclusão pessoas que submeterem criança ou adolescente à prostituição. Esse foi o teor do projeto de lei aprovado semana passada, em caráter terminativo, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Agora, a matéria segue para análise da Câmara dos Deputados. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece pena para esse crime de quatro anos a dez anos. O projeto, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), estabelece ainda que a mesma pena valerá para quem facilitar ou estimular a prostituição de menores na internet.

Proprietário ou gerente responsável pelo local – hotel, motel, propriedade privada, bares ou restaurantes, entre outros – usado para essas práticas também poderão ser condenados a penas previstas no projeto de lei. A matéria estabelece que caberá à União colaborar com estados e municípios na promoção de campanhas institucionais e educativas para combater a exploração sexual de menores.

Militares brasileiros mergulhados nas drogas

 

Do jornal Estado de Minas

Com fardas imponentes e armas na cintura, eles são treinados para combater o crime, lutar na guerra, salvar pessoas em perigo. A missão nobre, o regime rigoroso de disciplina e uma legislação penal própria extremamente dura, porém, não têm livrado os militares do flagelo das drogas. É crescente o uso de bebida, maconha, pó e pedra nos quartéis. No ano passado, 161 denúncias contra integrantes das Forças Armadas chegaram à Justiça Militar — uma média de 14 por mês. De janeiro à primeira quinzena de junho, foram 56.

O serviço de saúde do Exército encaminhou, de 2010 para cá, 42 usuários graves de crack para internação prolongada. Na Marinha, seis receberam tratamento. A Aeronáutica se recusou a passar informações sobre o assunto. Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, o tema também é tratado com sigilo. Mas Paulo*, que é PM, e José*, bombeiro, aceitaram conversar com o Estado de Minas. Eles relataram o drama das drogas no mundo militar, as dificuldades e facilidades que a carteira diferenciada traz para um usuário e como estão tentando abandonar o vício.

Prestes a completar 20 anos de Justiça Militar, o ministro Olympio Pereira da Silva Junior, vice-presidente do Superior Tribunal Militar, é taxativo: “Os casos estão aumentando, principalmente com o crack. O que aparece no meio civil, aparece aqui dentro também, não tem jeito”. Ele lembra que, embora praticamente todos os processos sejam de militares com pequenas quantidades de drogas, no Código Penal Militar não existe a figura do usuário. “0,01 grama ou 30 quilos é tudo crime, com reclusão de até cinco anos, podendo haver desligamento da instituição”, explica.

*Nomes fictícios a pedido dos entrevistados

 

José – Bombeiro
“Já deixei minha arma por droga na boca”

Da cerveja socialmente aos porres com bebida destilada, ainda nos primeiros tempos de bombeiro, passaram-se não mais que cinco anos. “Quando vi tinha me tornado um alcoólatra. Levava vodca para o quartel. Faltava ao serviço, os colegas iam me buscar em casa bêbado porque senão era deserção”, conta José. A vontade de parar levou o brasiliense, hoje com 40 anos, a procurar ajuda. Mas, entre uma e outra recaída, ele conheceu a cocaína. Com ela, vieram as piores sensações. “Mania de perseguição, ciúme em excesso, alucinação, paranoia mesmo”, conta.

O medo que ainda havia de perder o emprego foi se dissipando. “Usava cocaína dentro do quartel. Chegou uma hora em que pensei: ‘Se quiserem me reformar, dane-se. Vou usar droga até morrer’.” Enquanto as perdas de José aumentavam — sem mulher, longe do filho, sem dinheiro —, sua noção de limite diminuía. “Já deixei minha arma por droga na boca. Vendi uma TV também. Guardava cocaína no carro, fui parado em blitz bêbado. Era só mostrar minha identificação militar que estava liberado”, lembra. “As pessoas veem a gente como um herói. Então, para os vizinhos e conhecidos, nunca fui o José. Sempre era o bombeiro. Passei a ser o bombeiro que chegava doidão, drogado, bêbado. É difícil pedir ajuda”, diz. Desde março sóbrio, o militar de músculos bem torneados e rosto bonito se mantém firme no tratamento. “Sou um bom profissional, sei que posso chegar a major”, aposta José, com 23 anos na corporação.

 

Paulo – Policial Militar
“Passava cinco, oito dias usando crack direto”

Aos 18 anos, quando vestiu a farda da Polícia Militar do DF pela primeira vez, Paulo combatia a droga por convicção. Somente aos 30, para acompanhar a então mulher, passou para o outro lado. “Foram 10 anos usando cocaína, sem grandes prejuízos. Quando experimentei o crack, vi o fundo do poço. Em cinco meses, estava acabado”, conta Paulo. Com faltas excessivas e sem condições de trabalhar, ele pediu ajuda ao comandante do quartel, que o encaminhou para o Centro de Assistência Social da PM do DF, chamado pela sigla Caso.

Hoje existem cerca de 70 policiais militares sendo tratados no Caso. A PM afirmou que 12% da corporação são dependentes de álcool, segundo estudo de 2008. “Novos levantamentos apontam para um percentual maior”, diz a nota. Paulo não arrisca levantamentos, mas a experiência o leva a uma conclusão grave: “A PM e os bombeiros estão doentes”.

Pai de cinco filhos, o maranhense de 45 anos se lembra com tristeza da época em que fumava a pedra. “Passava cinco, oito dias usando crack direto, sem querer saber de nada. É uma droga miserável. Foi preciso um baque grande, uma traição conjugal, para eu acordar”, afirma. Mais de cinco meses sem consumir, participando de terapia individual e em grupo, além de sessões de musculação para combater a ansiedade, Paulo não se importa com os cochichos e olhares atravessados dos colegas. “Comentam: ‘Esse aí foi internado por causa de crack’. Eu não ligo, o que importa é que estou limpo.”

Mução cai na pegadinha do próprio irmão

 

Depois de passar quase 48 horas preso pela Polícia Federal (PF), o radialista Rodrigo Vieira Emerenciano, 35 anos, o Mução, ganhou a liberdade após saber que, na verdade, estava respondendo por um crime cometido pelo seu irmão, segundo a PF. Muito famoso por seu programa de rádio e por passar trotes para pessoas de todo o Nordeste, Mução, desta vez, foi a vítima de uma grande pegadinha. E o pior, protagonizada pelo próprio irmão, que trabalhava com ele. O humorista chorou e ficou muito abalado, ao saber que estava preso porque seu irmão teria criado e-mails e perfis nas redes sociais em seu nome, de onde acessava e compartilhava imagens de bebê, crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito. O que é crime. De acordo com os delegados da PF, depois da prisão de Mução, as diligências continuaram até que se chegou ao irmão dele, que é engenheiro da computação. O rapaz que não teve o nome revelado foi intimado a depor na PF de Fortaleza e lá confessou o crime que cometeu usando a identidade do irmão. Foi indiciado por isso, mas segue em liberdade. Ele poderá responder ainda por falsidade ideológica.

Delegados falaram sobre o caso nessa sexta-feira

Durante todo o dia dessa sexta-feira, a imprensa pernambucana ficou de plantão na PF do Recife à espera de notícias sobre o destino de Mução, que chegou ao Recife pouco antes das 9h escoltado por policiais. A PF iria mandá-lo para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima, mas logo mudou de ideia após uma suposta ameaça dos presos daquela unidade prisional. Na noite dessa sexta-feira, os advogados de Mução chegaram à sede da PF e informaram que a prisão dele havia sido revogada. Pouco tempo depois, os delegados Nilson Antunes e Kilma Caminha concederam uma entrevista coletiva explicando os motivos pelos quais Mução estava sendo solto. O radialista deixou a PF sem falar com a imprensa e teria se comprometido a dar uma entrevista neste sábado, no entanto, segundo os advogados, Mução pode divulgar apenas uma nota sobre o que aconteceu. Mais informações no portal www.diariodepernambuco.com.br ou no twitter @wagner__oliver.

MPF denuncia policiais civis envolvidos no tiroteio com a PF

Como o blog já havia antecipado, o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco denunciou à Justiça Federal os policiais civis Fabiano Ponciano da Silva e Leandro Barbosa de Souza pelo envolvimento no tiroteio que resultou na morte do agente da Polícia Federal (PF) Jorge Washington Cavalcanti de Albuquerque, ocorrida em 5 de janeiro de 2011, no Recife. A denúncia foi feita pelo procurador da República Anderson Vagner Gois dos Santos.

Procurador Anderson Vagner mudou indiciamento do delegado Renato Cintra

Na ação, o MPF requer à Justiça que ambos sejam julgados pelo Tribunal do Júri Federal. Fabiano da Silva é acusado de cometer o crime de homicídio culposo (sem intenção de matar) e Leandro de Souza, homicídio tentado. No inquérito investigado pelo delegado Renato Cintra, da PF, o policiail civil que fez o disparo havia sido indiciado por homicídio doloso (com intenção), no entanto, o procurador não aceitou o resultado e pediu que fosse feita uma reprodução simulada, que ele acompanhou de perto.

Reconstituição do tiroteio esclareceu as dúvidas do Ministério Público Federal

De acordo com as investigações, o policial Fabiano foi responsável pelo tiro que causou a morte do policial federal. Durante o episódio, Leandro de Souza disparou um tiro de pistola na direção de um motociclista que passava pelo local, sem, porém, conseguir atingi-lo. Os dois policiais são também acusados de cometer o crime de fraude processual qualificada, por terem retirado a arma do policial federal do local do conflito.

Presos do Cotel teriam ameaçado Mução

A Polícia Federal (PF) decidiu que não vai mais mandar o radialista Rodrigo Vieira Emerenciano, o Mução, para o Centro de Observação Criminológica e Triagem, Cotel, em Abreu e Lima. Segundo a PF, a delegada responsável pelo caso teria recebido uma informação de que os presos estariam esperando o humorista chegar à unidade prisional. Devido a isso, ele deve ser encaminhado para outro presídio, para um batalhão da PM ou até mesmo passar a noite na sede da PF, no Cais do Apolo.

Mução segue prestando depoimento e nega envolvimento no esquema criminoso. O advogado dele já adiantou que vai entrar com um pedido de habeas corpus em favor do radialista. Mução foi preso durante uma operação da PF que investiga uma quadrilha que praticava pedofilia pela internet. Familiares alegam que ele é inocente. O radialista pode ir fazer o exame de corpo de delito ainda nesta sexta-feira.

Informações direto da sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo.

Mais notícias pelo twitter @wagner__oliver

Após ser ouvido, Mução deve ir para o presídio

A Polícia Federal já informou que o radialista Rodrigo Vieira Emereciano, 35 anos, o Mução, dever ser levado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem, o Cotel, em Abreu e Lima. Mução está prestando depoimento na sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo, enquanto isso, seus advogados tentam conseguir um habeas corpus para evitar que o radialista seja levado ao presídio. Como não tem curso superior, Mução deve ficar em cela comum na unidade prisional.

O depoimento do radialista deve terminar antes das 12h. Segundo a PF, depois do interrogatório, Mução será levado para fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Até o momento, nenhum familiar do humorista chegou à sede da PF. Mução chegou ao Recife pouco depois das 9h, no voo 4207 da empresa Azul. Ele entrou no prédio da PF pela porta dos fundos, em um veículo Corolla.

Os familiares e advogados do artista dizem que ele é inocente e que tudo será esclarecido em breve. Mução está com a prisão temporária decretada por cinco dias, que pode ser prorrogada por mais cinco. No entanto, a PF pode pedir a prisão preventiva.

Com informações do repórter Glynner Brandão

Mução já está no Recife para depor na Polícia Federal

 

O humorista Mução já chegou ao Recife e está sendo recambiado neste momento para a sede da Polícia Federal (PF), no Cais do Apolo. Rodrigo Vieira Emereciano, 35 anos, foi detido nessa quinta-feira, em Fortaleza, suspeito de fazer parte de uma quadrilha de pedofilia através da internet. Familiares e advogados do artista afirmam que ele é inocente. Mução chegou ao Recife pouco antes das 9h, num voo da Azul. Ele vai ser ouvido por delegados pernambucanos.

Até o final da noite dessa quinta-feira, os advogados estavam aguardando que o pedido de habeas corpus em favor do radialista fosse julgado, o que não aconteceu. De acordo com o advogado Waldir Xavier, Mução não tem qualquer ligação com o grupo que está sendo investigado por disponibilizar e trocar imagens na internet de cenas de sexo explícito envolvendo bebês, crianças e adolescentes. Um total de 32 pessoas foram presas em nove estados do Brasil, como resultado da Operação Dirty Net (rede suja).

Mais informações em instantes.