Moradores e frequentadores do bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife, estão preocupados com os frequentes assaltos praticados à noite. Um dos crimes mais recentes aconteceu por volta das 20h30 do domingo, na Rua Marechal Rondon, uma transversal da Avenida 17 de Agosto. Os assaltantes chegaram em um veículo HB20 branco e abordaram um grupo de quatro amigos. Segundo as vítimas, um dos bandidos estava armado com uma espingarda calibre 12.
O bairro faz parte da Área Integrada de Segurança 5. Segundo a Secretaria de Defesa Social, nos dois primeiros meses deste ano, 867 ocorrências de Crimes Violentos contra o Patrimônio foram registradas nessa região. No mesmo período do ano passado, o número foi de 526. O órgão não forneceu dados específicos sobre os crimes ocorridos no bairro de Casa Forte.
O empresário Lucas Pimentel, 29 anos, sabe bem o que representa esse crescimento na criminalidade. Morador do bairro do Parnamirim, ele foi a um show em um bar na Avenida 17 de Agosto com três amigos. O grupo saiu para pegar um carregador de celular no carro quando foi abordado pelos bandidos a bordo do HB20. “Estávamos na Rua Marechal Rondon quando um carro onde estavam quatro homens parou ao nosso lado, sendo dois armados. Levaram telefones celulares e carteiras com dinheiro e documentos. A rua é bastante movimentada e muitos carros estavam estacionados no local”, destacou.
O jornalista Rodolfo Bourbon, que estava junto com Lucas, postou um relato sobre o crime, numa rede social, na tarde da segunda-feira. Ontem, por volta das 23h, a postagem já havia sido compartilhada 1,7 mil vezes.
Uma estudante de 18 anos, que estava comemorando seu aniversário com um grupo de nove amigos, também foi vítima da violência no bairro. No dia 19 de fevereiro, os jovens caminhavam em direção a um posto de combustíveis depois de saírem de um bar na 17 de Agosto quando foram interceptados por ocupantes de um Punto preto. “Estávamos indo comprar bebidas no posto, mas no caminho o carro parou e desceu um homem do banco do passageiro da frente, já anunciando o assalto. Ele estava armado e logo em seguida desceram mais dois assaltantes do banco traseiro. Quatro pessoas do nosso grupo tiveram seus pertences roubados. Eu perdi meu celular e minha bolsa”, contou a estudante.
Os relatos de assalto também vêm do bairros de Casa Amarela, Poço da Panela, Jaqueira, Parnamirim e Tamarineira, que integram a região. “Sei que a violência está em todos os lugares, mas a Zona Norte parece que não tem mais atenção das autoridades”, reclamou um morador do Parnamirim. Os casos devem ser registrados na Delegacia de Casa Amarela. O delegado Paulo Rameh pede que as vítimas prestem queixas. “Somente a partir das denúncias podemos iniciar a investigação. Com os depoimentos teremos elementos para tentar chegar aos criminosos”, explicou Rameh.
O comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Ronaldo Tavares, afirmou que os bairros atendidos pelos policiais do seu batalhão, que inclui Casa Forte, receberam reforço da Operação Ostensividade. “Essa operação conta com duplas de policiais a pé que fazem as rondas”, afirmou.
O temor de ataque pirata está de volta ao Recife. Ao contrário do período colonial, as embarcações surgem no meio do manguezal e não do mar. Precisamente na área que margeia a Via Mangue, em Boa Viagem. Na tarde da última terça-feira, um barco ancorou nas imediações da Rua Alexandrino Martins Rodrigues. Ladrões desceram da embarcação, cruzaram a via e assaltaram uma pessoa que, de carro, deixava uma empresa.
Pouco demorou para policiais militares aparecerem no local. Ouviu-se três disparos. No começo da noite, segundo testemunhas, ainda era possível ver a embarcação no lugar onde havia sido deixada antes do crime. Cena essa semelhante à registrada na semana passada, quando os piratas assaltaram um casal na Rua Irene Ramos Gomes de Matos, interligada à Alexandrino Martins Rodrigues, e conseguiram retornar ao barco.
As duas ocorrências reforçam o que a sabedoria popular alerta: “ladrão dorme de olho aberto”. E a polícia, caso queira reduzir a área de alcance do ladrão ou agir rápido, como nessa terça-feira, também não pode fechar o olho. Se cochilar, os piratas partirão em suas barcaças com a mesma tranquilidade que têm chegado às margens da Via Mangue.
Por Larissa Rodrigues, do Diario de Pernambuco
A linha Barro/Prazeres, que trafega entre o Recife e Jaboatão, foi a que registrou o maior número de assaltos na Região Metropolitana em 2015, com 42 abordagens. Em segundo lugar ficou a TI Barro/TI Cajueiro Seco, com 36. As duas trafegam pela BR-101, assim como a TI Cabo, terceira mais assaltada, com 32 casos.Dados do Grande Recife Consórcio de Transportes indicam que das 394 linhas da RMR, 237 registraram assaltos em 2015.A dona de casa Fátima Silva, 59, estava em um ônibus Barro/Prazeres em dezembro passado, quando quatro homens anunciaram o assalto. “Um passageiro reagiu e matou um bandido a tiros.”
Para o especialista em transportes e professor de Engenharia Civil da UFPE, Maurício Andrade, a insegurança está relacionada à falta de planejamento e urbanização, que dificulta até o trabalho da polícia. Segundo ele, nas condições atuais a BR-101 não tem sequer características de rodovia nem de corredor de transportes. “Um corredor deve ter faixa de ôninus exclusiva, paradas em espaçamento, informação, acessibilidade e conforto, iluminação, pavimentação e calçadas. Ou seja, tudo que a BR-101 não tem”, pontuou.
Ele observa que as linhas mais assaltadas não trafegam, por exemplo, pelas avenidas Agamenon Magalhães, Conselheiro Aguiar ou Caxangá. “Prevenir assalto significa urbanizar”, enfatizou. Coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos, o engenheiro César Cavalcanti pondera que a população não pode esperar por esse processo.
Na opinião dele, são necessárias providências de curto prazo, como melhorias na iluminação. “Também é preciso colocar PMs em ônibus nos horários mais vulneráveis e patrulhamento com motos”, sugere.
Por se tratar de via federal que passa por áreas urbanas, o policiamento da BR-101 envolve e PM e a Rodoviária Federal. Segundo a PRF, sete viaturas estão disponíveis para atuar na rodovia, mas não necessariamente no combate aos assaltos. Já a PM informou que o trecho metropolitano é assistido por quatro batalhões com 18 abordagens a ônibus por dia. De janeiro a novembro de 2015, 770 assaltos a ônibus foram registrados no estado, contra 466 no mesmo período em 2014.
Linhas da RMR mais assaltadas em 2015
206 Barro/Prazeres – 42
216 TI Barro/TI Cajueiro Seco – 36
185 TI Cabo – 32
60 TI Tancredo Neves/TI Macaxeira – 31
914 PE 15/Afogados – 31
181 Cabo (Cohab)/TI Cajueiro Seco – 28
860 TI Xamba (Príncipe) – 25
139 TI Cabo/TI Cajueiro Seco – 22
440 CDU/Caxangá/Boa Viagem – 22
322 Jardim São Paulo (Bacurau) – 21
O número de chacinas no estado de São Paulo aumentou de 2014 para 2015. O estado registrou 17 casos em 2015, que resultaram na morte de 69 pessoas, contra 15 no ano anerior, que vitimaram 64 pessoas. Os dados são da Ouvidoria da Polícia de São Paulo.
Para o ouvidor da Polícia de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, um dos fatores que pode ter influenciado a elevação no número de chacinas são os casos em que pessoas tentam fazer justiça com as próprias mãos.
A chacina de Osasco e Barueri, em agosto, deixou 19 mortos, segundo números oficiais. Na noite dos ataques, foram 18 mortos. Uma menina de 15 anos, que foi atingida em um desses ataques, morreu em 27 de agosto, após ficar internada em estado grave no Hospital Regional de Osasco, com um ferimento abdominal. Entre as hipóteses para os crimes, a polícia investigou a vingança pela morte do policial militar Ademilson Pereira de Oliveira, em 7 de agosto, em Osasco e o revide à morte de um guarda-civil, no dia 12 de agosto, em Barueri.
Quatro meses após os crimes, o processo ainda não chegou à Justiça. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP-SP), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) relatou o inquérito ao Ministério Público estadual (MP-SP) e sete pessoas foram indiciadas. Seis são policiais militares e um é guarda civil metropolitano. Do Ministério Público, o inquérito segue para o Tribunal de Justiça (TJ-SP). A Secretariade Segurança disse ainda que outro homem foi preso, acusado de ameaçar testemunhas do caso.
A defensora pública de Osasco, Maíra Coraci Diniz, que acompanha o caso e atua na defesa de duas famílias, informou que o inquérito está com o Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do próprio Ministério Público. “Ainda não há um processo judicial formalizado. Há um inquérito por enquanto”, disse. O grupo é responsável por analisar o processo e oferecer a denúncia criminal à Justiça, se for o caso.
Também há uma investigação em curso na Corregedoria da PM, que está em fase de instrução. Após consulta para comprovar a acusação, o caso deve seguir para a Justiça Militar.
Quando o caso chegar à Justiça comum e à Justiça Militar, deve haver um entendimento sobre quem vai julgar o processo. “É uma discussão jurídica sobre competência, porque o tribunal militar julga crimes militares, aí eles vão ver se é um crime militar ou um crime comum, apesar de ter sido praticado por militares”, explicou a assessoria da Secretaria de Segurança.
Autoria desconhecida
Além das chacinas, ocorreram no estado mais 123 casos de homicídio com autoria desconhecida, que deixaram 144 pessoas mortas. Essa classificação inclui os assassinatos que vitimam uma ou duas pessoas. Em todo o ano de 2014, ocorreram 183 crimes de autoria desconhecida com 200 mortes.
O ouvidor Julio Cesar Fernandes Neves explicou que os assassinatos enquadrados em “autoria desconhecida” podem ser casos de chacinas de determinada região, como os assassinatos ocorridos em Osasco e Barueri, no dia 13 de agosto, por exemplo, em que houve ataques em diversos pontos próximos, mas registrados em boletins de ocorrência diferentes.
“Em Osasco falaram em 19 [assassinatos] na chacina. Mas tivemos mortes por autoria desconhecida de cinco pessoas, entre a morte de Ademilson Pereira de Oliveira [policial militar, morto em 7 de agosto] e a chacina propriamente dita [que pode ter ocorrido como vingança pela morte do policial], que eles não contabilizaram por ser autoria desconhecida, mas o modus operandi é o mesmo: tiro no rosto, no tórax, na cabeça”, disse o ouvidor.
Pavilhão 9
Em 18 de abril, outra chacina deixou oito mortos na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão 9. Por volta das 23h, três pessoas armadas entraram na sede da torcida organizada do Corinthians. Doze torcedores ainda estavam no local quando os criminosos chegaram. Quatro conseguiram fugir, mas os demais foram obrigados a se ajoelhar e depois se deitar no chão. Todos foram executados. Sete morreram no local. A oitava vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
A defensora pública Daniela Skromov explicou que a investigação da chacina na Pavilhão 9 foi dividida em duas parte: “Uma virou processo judicial contra o Rodney [Dias dos Santos, um ex-policial militar] e contra o Walter [Pereira da Silva Junior, um policial militar], com denúncia. Quando o promotor [do MP-SP] apresenta a denúncia, as investigações param com relação a esses autores”. Ela acrescentou que a segunda parte da investigação segue para identificação do terceiro autor e eventuais outros autores.
Rodney e Wagner são acusados da chacina. O processo está em fase de audiência de instrução, já na Justiça, quando testemunhas de acusação e de defesa são ouvidas. Como são muitas testemunhas, as audiências foram desmembradas. Após essas audiências, ocorre o julgamento, ainda sem previsão de data. “O julgamento não tem previsão e pode ter três resultados: a pronúncia, que é a decisão que manda [o caso] a júri popular; a impronúncia, que não leva a juri e engaveta o caso por falta de provas; ou a absolvição sumária”, explicou a defensora.
A Secretaria de Segurança Pública disse, em nota, que o DHPP já relatou o inquérito dos crimes da Pavilhão 9 ao Ministério Público, indiciando duas pessoas. As duas já estiveram presas, mas uma delas, o policial militar Walter, obteve liberdade. “Há suspeita de participação de uma terceira pessoa, ainda não identificada, cuja atuação é investigada em outro inquérito policial”, confirmou a secretaria.
Federalização das investigações
Familiares de vítimas e movimentos sociais e de direitos humanos, preocupados com a demora na investigação e, muitas vezes, com a falta de punição aos responsáveis pelas chacinas, buscam uma solução para os processos, principalmente aqueles que envolvem policiais militares. Para eles, uma alternativa seria convocar a Polícia Federal para auxiliar nas investigações desse tipo de crime no estado de São Paulo.
O relator da Comissão de Violência e Letalidade do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, afirmou que há uma lentidão na apuração de chacinas. Ele acredita que a federalização de alguns casos, passando as investigações do âmbito estadual para o federal, poderia acelerar os processos.
“O aparelho do estado não é competente para investigar uma questão de chacinas que envolvem policias militares do estado. Como você vai pedir para a Corregedoria da Polícia Militar investigar a corporação dela? [O estado] não tem vontade de punir e mostrar em público quem são os que comandam as chacinas”, diz Luiz Carlos. Além disso, ele aponta que, quando há envolvimento de policiais, o estado faz um julgamento precoce das vítimas. “Muitos porque tem passagem [pela polícia], muitos porque estavam em local que era periferia, mas isso não justifica uma questão de chacina”, exemplificou.
Questionada sobre a capacidade de investigar a polícia, a Secretaria de Segurança disse que tem competência e estrutura para investigar o que chamou de “desvios de conduta praticados por policiais”, seja por meio de inquéritos policiais ou pelas corregedorias.
Em encontro ocorrido há duas semanas, com a presença do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), entidades da sociedade civil, familiares de vítimas de violência e representantes dos poderes estadual e municipal, o Condepe informou que está finalizando um relatório sobre mais de 20 chacinas ocorridas no estado e que encaminhará ao CNDH.
“O conselho, dentre as comissões permanentes, tem uma que é Direitos Humanos e Segurança Pública em que nós analisamos essas ocorrências criminosas que são as chacinas e também grupos de extermínio e atuamos na cobrança de políticas públicas e de responsabilização nos estados”, explicou a vice-presidente do conselho, Ivana Farina.
“O conselho é um órgão que tem como investigar essas violações, que tem como tratar disso de forma preventiva e também tem a possibilidade de aplicar sanções aos agentes violadores”, disse ela.
As casas de praia desocupadas ou sem reforço na segurança são o principal atrativo para criminosos que têm agido no Litoral Sul. Na noite do último domingo, a invasão de um imóvel de veraneio em Tamandaré terminou com troca de tiros entre os ocupantes da casa – onde estavam duas policiais militares – e dois ladrões. Não houve feridos. No mesmo fim de semana, dois imóveis fechados foram invadidos em Serrambi, no Condomínio Enseadinha. De um deles, os ladrões levaram duas garrafas de uísque e o aparelho de som.
As invasões têm se tornado um pesadelo. Uma mulher que foi vítima, em Tamandaré, disse que dois homens entraram na casa dela porque o muro é baixo e o portão de madeira pode ser facilmente aberto.
“Eles nos abordaram com armas pelos janelões da sala, que têm grades com um metro de altura. Nesse momento, uma das policiais que estava conosco conseguiu ir ao quarto e pegou a arma”, contou. Ontem a família prestou queixa da tentativa de roubo à Delegacia de Tamandaré. Descobriram que a moto usada pelos suspeitos tinha sido roubada em Barreiros. “Vamos investir na segurança da casa”, comentou a vítima.
A Polícia Civil não confirmou o número de arrombamentos e assaltos registrados nos últimos meses, mas pelo menos oito deles vieram à tona em Serrambi, em Ipojuca; Enseada dos Corais, no Cabo; e Tamandaré. Um dos mais violentos aconteceu no feriadão de 7 de setembro, quando quatro homens armados invadiram uma casa em Serrambi enquanto os ocupantes conversavam no terraço. Uma das vítimas foi feita refém e um dos assaltantes ameaçou matar uma criança.
A Polícia Militar informou que soldados recém-formados estão reforçando o efetivo. Segundo a PM, uma operação realizada no dia 12 teve a prisão de uma quadrilha de sete homens e uma mulher. A polícia não informou o número de inquéritos instaurados, mas adiantou que na sexta-feira cinco homens foram presos por manterem uma família refém em Enseada dos Corais.
Três irmãos são suspeitos de queimar dois ônibus na Estrada do Barbalho, Iputinga, e causar pânico entre passageiros das linhas Monsenhor Fabrício e Barbalho/Detran, que tiveram suas atividades suspensas pelo sindicato após as ocorrências. Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil fará uma coletiva de imprensa para informar mais detalhes das diligências que seguem em andamento.
Leonardo Santos da Silva, 28; Ronaldo Adriano dos Santos da Silva, 27, e Leandro Lucas da Silva, 25; são irmãos de Romário Lucas da Silva, 21, preso na segundafeira, juntamente com sua companheira de 17 anos, portando 48 pedras de crack na comunidade do Detran. O incêndio criminoso em dois coletivos – um às 20h da segunda-feira e outro às 10h30 de ontem – teria sido uma represália.
Os três têm passagem pela polícia por tráfico e contra Leonardo pesa um mandado de prisão por homicídio. Ontem, até o fechamento desta edição, a polícia procurava os suspeitos, que conseguiram fugir. Um carro foi apreendido.
Os dois ônibus eram da CRT. O coletivo queimado na segunda estava lotado e o que foi atacado ontem tinha 20 passageiros. Ninguém se feriu. Após a segunda ocorrência, o Sindicato dos Rodoviários anunciou a suspensão temporária da circulação de coletivos das duas linhas por falta de segurança. O serviço parou de ser oferecido ontem e a interrupção prosseguirá hoje, segundo a ent i d a d e . O Grande Recife Consórcio de Transportes, porém, i n formou que as viagens serão retomadas hoje. A Polícia Militar reforçou a vigilância e afirmou que vai garantir a segurança de motoristas, cobradores e passageiros.
Além de duas viaturas da Patrulha do Bairro, três motos e uma equipe do Gati, o 13º BPM adiantou que contará com mais dez viaturas. “O ato desta terça-feira foi praticado por homens armados que mandaram as pessoas descerem e tocaram fogo no veículo”, disse o o subcomandante do 13º Batalhão, major Daniel Dias. Antes disso, os bandidos teriam ido à Escola Casarão do Barbalho e ordenado que os estudantes fossem liberados.
Os dois coletivos foram destruídos.“ Tentei voltar para casa ontem por volta das 12h e passei muito tempo esperando o Monsenhor Fabrício. Não sabia que eles tinham parado de circular”, reclamou uma funcionária pública de 33 anos.
O delegado Ricardo Cysneiros, da Seccional do Espinheiro, investiga os crimes.OUrbana- PE, sindicato que representa as empresas, divulgou nota afirmando que “temendo por sua segurança, os rodoviários decidiram usar do direito de recusa ao trabalho.” Também segundo o Urbana-PE, a CRT solicitou apoio policial para restabelecer os serviços. “Os operadores não irão trabalhar nessas linhas hoje”, garantiu Genildo Pereira, do Sindicato dos Rodoviários.
A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional lançou nessa segunda-feira, em Londres, sede da ONG, um manual inédito que tem por objetivo mostrar às autoridades de todo o mundo como implementar princípios internacionais do uso da força e das armas de fogo por agentes da segurança pública. O evento marcou os 25 anos de adoção dos Princípios Básicos da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses princípios servem como orientação para o uso da força e das armas de fogo pelas polícias.
Apesar de haver essa referência internacional, o assessor de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Alexandre Ciconello, disse à Agência Brasil que nesses 25 anos foram registrados poucos avanços em termos da implementação desses princípios pelos países.
Analisando relações de direitos por parte das polícias em várias nações, a ONG percebeu que era necessário criar um manual ou guia que pudesse detalhar como os governos podem implementar, na prática, esses princípios da ONU “e, realmente, limitar o uso excessivo da força e de armas de fogo pela polícia, indicando em que circunstâncias isso pode ocorrer, quais os mecanismos de prestação de contas”.
Segundo Ciconello, há uma série de protocolos que não está ainda devidamente implementada na legislação dos países. Uma primeira medida sugerida no manual é que essas regras sejam reguladas por lei. Para o assessor, os Princípios da ONU não são um tratado internacional e, por isso, não têm força normativa. Trata-se de uma orientação que deve ser adotada pela legislação dos países.
Ciconello disse que no Brasil não existe uma legislação nacional que adote os princípios internacionais sobre o uso da força dos agentes de segurança. “Isso não existe nem na legislação nacional, nem nas legislações estaduais”. É preciso, de acordo com ele, incorporar na lei esses princípios mundiais. O que há, completou, são manuais internos que, “muitas vezes, não são transparentes. Mas não há uma lei que regule, que seja pública e possa ser discutida com a sociedade”, disse.
O Brasil é considerado um dos países que têm muitos casos em que a polícia usa a força de forma excessiva e desproporcional, ocasionando muitas mortes e abusos. Por isso, a iniciativa da Anistia Internacional é importante, afirmou o assessor de Direitos Humanos da ONG. Ele entende que os gestores brasileiros, a Secretaria de Segurança Pública, o Ministério da Justiça e o Congresso Nacional deveriam deixar mais claro e incorporar na lei e nos regulamentos das polícias as normas da ONU de uso da força.
O relatório de agosto da Anistia Internacional mostra que nos últimos dez anos (de 2005 a 2014), 8.466 pessoas foram vítimas de homicídios cometidos pela polícia no estado do Rio de Janeiro, onde existem dados disponíveis. Em outras unidades da Federação, segundo ele, há dificuldade de se obter informações sobre a letalidade provocada pela polícia. “Uma letalidade alta assim pressupõe que a força está sendo usada de forma desproporcional. Não é comum polícias em outros países terem um índice de letalidade tão alto como acontece no Brasil”.
De acordo com Ciconello, o Brasil precisa melhorar as informações nessa área, ter mais transparência, e isso o manual pode ajudar. “É preciso ter transparência para saber o que está ocorrendo e, depois, se tiver excessos, o próprio gestor e o policial têm de ser responsabilizados. Isso é algo que ainda falta muito no Brasil”. Ele ressaltou que essa deficiência ocorre também em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, por exemplo, em que a maioria dos 50 estados não tem incorporadas, na lei, normas de uso da força pela polícia.
O uso da força, segundo o assessor, é registrado também no policiamento de protestos e está disseminado no mundo. “Isso é algo que precisa também de uma regulamentação. A polícia tem que ter bem delimitados o seu mandato e sua atuação”. Em vários países, a polícia utiliza gás lacrimogêneo, balas de borracha e outras armas em protestos, causando consequências sérias, que incluem morte e ferimento de pessoas, O importante, acentuou Ciconello, é que há referências, que devem ser aplicadas. “E hoje, elas não são”. A Anistia Internacional considera que na reação a manifestações públicas, a polícia prefere, muitas vezes, usar a força, em vez de buscar uma resolução pacífica para o conflito. Os Princípios Básicos da ONU têm recomendações específicas para esses eventos.
O manual traz dados de 58 países, onde foram coletados exemplos de leis, regulamentos internos e documentos da própria polícia, “para entender quais são as táticas hoje e como se pode avançar nessa área”. O objetivo é que a polícia dê prioridade máxima ao respeito e proteção da vida e da integridade física das pessoas, afirmou Alexandre Ciconello.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só irá se manifestar sobre o manual depois que houver a divulgação da publicação com as recomendações sugeridas.
A Polícia Civil do Pará encaminhou hoje à Vara de Combate às Organizações Criminosas o inquérito que indiciou 11 pessoas da quadrilha que usava sites de venda online para publicar falsos anúncios de carros usados. Segundo a polícia paraense, o grupo criminoso fez publicações nos sites OLX, Bom Negócio e outro de nome não informado, além de criar uma página falsa na internet em nome de uma agência de carros do Pará.
Pelo menos 100 pessoas de sete estado do país foram vítimas do golpe que causou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão. Os criminosos ofereciam carros com valores abaixo do mercado, pediam parte do pagamento mas os carros nunca eram entregues. Dez suspeitos foram presos, sendo seis no Sertão de Pernambuco e quatro na Bahia.
Ainda de acordo com a Polícia Civil do estado do Pará, os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. O delegado Bruno Brasil, da Delegacia de Capanema, identificou pelo menos dez vítimas do golpe no estado do Pará. As outras pessoas enganadas são dos estados do Tocantins, Maranhão, Ceará, Bahia, São Paulo e Santa Catarina.
A organização tinha bases em Petrolina e Juazeiro (BA). Segundo a assessoria de impresa da Polícia Civil do Pará, uma segunda fase da investigação será iniciada no mês de setembro, quando o delegado Bruno Brasil retornar das férias, para identificar os responsáveis pelas contas bancárias onde eram realizados os depósitos. Os anúncios ofereciam desde carros populares até luxuosos. Um comprador chegou a perder R$ 100 mil.
O grupo foi preso por policiais do Pará no último dia 24 com o apoio das polícias pernambucana e baiana. A investigação foi iniciada em novembro do ano passado, na cidade de Capanema, após a dona de uma loja de carros denunciar à polícia que havia sido procurada por duas vítimas do golpe. As pessoas realizaram depósitos pensando que estavam comprando carros no site da loja Estrela Veículos, mas a empresa não oferece esse tipo de serviço.
O blog procurou a assessoria de imprensa do site OLX, o qual também é proprietária do site Bom Negócio que respondeu por meio de nota que lamenta o ocorrido e coloca-se à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário. A nota diz ainda que “apesar de não participar da negociação realizada diretamente entre comprador e vendedor, a OLX ressalta que preza pela qualidade do serviço prestado. Para isso, conta com uma equipe de atendimento dedicada a aprimorar e melhorar ainda mais seu serviço, a fim de manter segura a comunidade de usuários.”
A empresa ressaltou ainda que disponibiliza um botão de denúncia em todos os anúncios e recomenda que quando os usuários verificarem a existência de anúncios que apontem para práticas irregulares ou conteúdos indevidos, denunciem o conteúdo no próprio site ou entrem imediatamente em contato com a equipe de atendimento ao cliente da OLX, para que a empresa investigue o anúncio e tome as medidas necessárias.
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A Polícia Civil de Pernambuco determinou a abertura de um inquérito policial para apurar de onde partiu o tiro que atingiu o sexto andar do prédio da Prefeitura do Recife, na Avenida Cais do Apolo, no Bairro do Recife. O projétil, de calibre ainda não identificado, passou pela janela e ficou alojado na coluna de uma das salas onde funciona a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
A marca do disparo foi encontrada na manhã de ontem e comunicada à polícia pelo comando da Guarda Municipal. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local ainda ontem para realizar a perícia, mas o resultado só deve ficar pronto em 30 dias. A conclusão do laudo vai ser fundamental para guiar a investigação policial.
De acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, um Boletim de Ocorrência relativo ao caso foi aberto ontem. “Fomos comunicados pela Guarda Municipal sobre o disparo que atingiu o sexto andar e solicitamos a realização de uma perícia do IC no local. Além disso, vamos designar um delegado especial para apurar o caso. Por enquanto, são apenas essas informações que temos”, ressaltou Barros.
O tiro foi disparado em um horário que não havia ninguém na sala. Em todo sexto andar trabalha a equipe da secretária Ana Rita Suassuna. No andar acima funciona o gabinete do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira.
O que a perícia do IC vai precisar identificar é o ângulo do disparo. A análise pode apontar se o tiro partiu do chão, onde funciona um estacionamento, do meio da rua ou até mesmo de algum prédio nas proximidades. Em matéria publicada na edição de ontem, lembramos que a perícia ajudou a esclarecer um crime ocorrido no ano de 2003 na Zona Sul do Recife.
A menina Lara de Menezes Albert, 7 anos, foi atingida na cabeça por uma bala perdida quando estava dentro do apartamento onde morava com a família no bairro de Boa Viagem. No primeiro momento da investigação, o caso era um mistério para a polícia, que não sabia de onde teria partido o tiro que feriu a garota. A perícia do IC concluiu que o disparo que atingiu Lara partiu de um apartamento de um prédio próximo ao dela.
O prédio
O edifício-sede da Prefeitura do Recife foi construído no final da década de 1960 e inaugurado no ano de 1975. Localizado às margens do Rio Capibaribe, o imóvel conta com 17 pavimentos e tem uma área de aproximadamente de 39 mil metros quadrados. Em 2011, o edifício-sede foi reformado. As mudanças incluíram a ampliação do mezanino, além de melhoria na acessibilidade e na segurança. No Palácio Antônio Farias funcionam os gabinetes do prefeito e do vice-prefeito, além de secretarias e órgãos.
A poucos dias da festa de São João, a capital do forró no Agreste pernambucano apresenta um índice assustador de homicídios. Nos 12 primeiros dias do mês de junho, 12 assassinatos foram registrados em Caruaru, o que corresponde a uma morte por dia. A vítima mais recente foi um homem assassinado ontem à noite no bairro das Rendeiras. Na quinta-feira, três pessoas foram mortas em menos de uma hora na cidade. De acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), 69 mortes violentas foram registradas pela polícia de janeiro a abril deste ano na cidade, 27 a mais que o mesmo período do ano passado.
Segundo o delegado da divisão de homicídios de Caruaru, Bruno Vital, houve um aumento geral da criminalidade na cidade neste ano. “Em abril, fizemos um diagnóstico da situação porque os números já sinalizavam um aumento nas mortes”, afirmou. “Os assassinatos estão ligados em sua maioria ao tráfico de entorpecentes.”
Ainda segundo a SDS, no ano passado, 900g de crack foram apreendidos em Caruaru entre janeiro e abril. No mesmo período de 2015, foram 3kg recolhidos. Os bairros de Santa Rosa e João Mota são os mais atingidos pelos Crimes Violentos Letais intencionais (CVLIs). A polícia acredita que nessas localidades os crimes estejam sendo praticados por integrantes de uma mesma quadrilha.
Na madrugada dessa sexta-feira, um ex-presidiário foi assassinado a tiros. De acordo com informações da Polícia Militar, Fagner José da Silva, 24 anos, foi atingido por vários disparos na estrada que liga os bairros Agamenon e Alto do Moura. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. Na quinta-feira, a PM registrou três homicídios em menos de uma hora. O primeiro crime ocorreu na Rua Otaviano Ribeiro, no bairro José Carlos de Oliveira. A vítima, Daniel dos Santos Silva, 31, foi morta a pedradas.
Já na Rua São Cristovão, no bairro Petrópolis, dois adolescentes foram assassinados a tiros. Segundo a polícia, os dois adolescentes aparentavam ter 15 anos.