Júri de 31 acusados de crimes em Jaboatão é nesta 2ª feira

 

Está previsto para começar na manhã desta segunda-feira o julgamento de 31 pessoas acusadas de crimes de homicídios, tentativas de homicídios, formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva no município de Jaboatão dos Guararapes. Os réus foram presos na Operação Guararapes II. O julgamento será na Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão, e deve terminar apenas no dia 12 de novembro. A juíza Inês Maria de Albuquerque presidirá a sessão.

No total, 38 pessoas foram acusadas. Duas delas, Renilton Oliveira da Silva e Geimison Eduardo da Silva, foram impronunciadas pela magistrada por falta de indícios que comprovassem a autoria ou participação nos crimes. Outras cinco (Fábio José da Silva, José Eurico dos Santos, Tiago da Silva Nery Batista, Heleno José do Nascimento Júnior e Edmário Terto de Andrade) recorreram da decisão de pronúncia, que os mandava a júri popular.

Além dos réus, foram intimadas duas vítimas de tentativa de homicídio pelo grupo, Alex Antônio da Silva e Paula Adriele Firmino. O julgamento será dividido por tipo de acusação. No primeiro dia, será interrogado Flávio Braz de Souza, policial militar acusado de ser o executor do homicídio duplamente qualificado (mediante recompensa e usando recurso que impossibilitou defesa da vítima) de Williams Azevedo da Silva. Os demias réus serão ouvidos nos outros dias.

 

 

 

Delma Freire não é louca, segundo novo exame

 

Dois anos e cinco meses já se passaram e os acusados pela morte da turista alemã Jennifer Kloker ainda não foram julgados. A demora estava na análise da sanidade mental da sogra da vítima, Delma Freire, que foi presa e apontada como mentora do crime pelos demais acusados. No entanto, desde o dia da sua prisão, ela e seus advogados tentam provar que Delma tem problemas mentais. Na Itália, onde morava antes de vir com a família para o Brasil e tramar o crime, recebia inclusive pensão como louca. De acordo com a filha, Roberta Freire, tudo tramado pela própria mãe. Pois bem. Delma tentou fazer seu jogo de cena no Recife e acabou se dando muito mal. Depois de dois exames, os resultados apontaram que ela não tem nunhum problema mental e que pode sim ser julgada pelo crime.

O Ministério Público de Pernambuco já acatou o resultado do novo exame psicológico que comprovou, mais uma vez, que ela não apresenta nenhuma doença mental. O laudo, baseado no teste dos borrões do Rorschach, apontou Delma como uma pessoa de “personalidade estruturada, mas que age de maneira egocêntrica, na busca da satisfação das próprias necessidades”. Os advogados dela solicitaram à Justiça mais detalhes sobre o exame e podem pedir a sua anulação. A data do júri popular que vai levar a acusada, o marido, Ferdinando Tonelli, e o filho, Pablo Tonelli, e o acusado de ter atirado, Alessandro Neves dos Santos ao banco dos réus ainda não foi marcada.

 

Sogra da turista alemã foi apontada como mentora do crime e advogados tentam provar que ela é doente mental (TERESA MAIA/DP/D.A PRESS)
Sogra da turista alemã foi apontada como mentora do crime e advogados tentam provar que ela é doente mental 

 

“A atitude da defesa de solicitar exames mentais para Delma foi meramente protelatória. Uma arma para adiar o julgamento. Os exames comprovaram que não há alteração de temperamento na acusada. Agora não há mais motivos para o júri não acontecer”, disse o promotor André Rabelo. Os advogados da sogra da turista alemã, Washington Barros e José Carlos Penha, afirmam ter interpretado o resultado do laudo de outra forma. “Os testes apontam que Delma não é normal. Ela tem traços de loucura. Solicitamos à Justiça detalhes de como o laudo foi elaborado, pois ele não é conclusivo”, disparou Barros.
Um seguro de vida avaliado em R$ 1,2 milhão motivou um roteiro que resultou na execução de Jennifer Kloker, em 17 de fevereiro de 2010. A princípio seria um sequestro ocorrido após um assalto, às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata. A versão sustentada até então pelos Tonelli e por Delma era a de que dois motoqueiros teriam abordado o grupo e levado apenas a vítima. Após ouvir testemunhas e receber informações do GPS do carro usado pela família, a polícia começou a desvendar o crime.
Com informações do Diario de Pernambuco.

PM que atirou em Lara no ano de 2003 será julgado

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decide hoje o destino do PM Tibério Gentil Figueiredo de Lima. Ele é apontado como o autor do disparo que feriu Lara de Menezes Albert, atualmente com 16 anos, em 2003. Na época, Lara, que tinha sete anos, assistia à TV na sala do seu apartamento, em Boa Viagem, quando foi atingida na cabeça por uma bala perdida. Tibério foi condenado em 2007 por crime doloso, mas conseguiu embargar a decisão judicial. Hoje, o embargo será julgado e o policial poderá ser obrigado ou não a cumprir a pena. Caso discorde da decisão, ele ainda terá a chance de recorrer.

Segundo o irmão de Lara, o estudante Yuri de Menezes, 21, a jovem ficou com sequelas. “Como foi preciso retirar boa parte da massa cefálica que corresponde às reações emotivas, ela ficou com distúrbios alimentares e também sofre de depressão”, relatou. Ele lembra que, como o projétil atingiu a parede do apartamento, o Instituto de Criminalística (IC) conseguiu identificar de onde ele teria partido, no caso, do apartamento do PM, que morava perto da família.

O caso aconteceu no dia 24 de junho de 2003. Na época, a arma do PM foi apreendida, mas Tibério ficou respondendo ao processo em liberdade. Em 2007, ele foi condenado a passar um ano e quatro meses em reclusão, mas recorreu.  “A gente espera esse julgamento há quase dez anos, o que para a família é uma eternidade”, declarou Yuri.

 

Do Diario de Pernambuco