O desabafo de uma vítima da violência e da inoperância policial

Por Juliana Fraga*

Quinze minutos. O que se consegue fazer nesse intervalo de tempo? A princípio, pode parecer pouco, mas, acreditem, foi o suficiente para que meu dia fosse inteiramente virado pelo avesso. Quinze minutos foi o tempo que demorei para fazer um exame de sangue em um laboratório de Bairro Novo, em Olinda, e descobrir, depois, atônita, que meu carro havia sido violado e todos os pertences que estavam dentro dele haviam sido furtados. Além da sensação de impotência, de revolta e de raiva, a cidadã aqui, em dia com todas as suas obrigações com o Estado, que fique registrado, ainda teve que enfrentar a incompetência e inoperância de quem faz a segurança pública nesse mesmo Estado.

Passava um pouco das 10h, sol brilhando e rua movimentada. Estacionei embaixo da sombra de uma árvore, a menos de cem metros do meu destino, tentando me prevenir do calor que me esperava na volta. Talvez esse tenha sido meu erro. Ou talvez tenha sido acreditar em um falso sentimento de segurança, que me permitiu deixar pertences de valor, mesmo que escondidos debaixo do banco, dentro do carro.

Na volta, ao tentar destravar o alarme, nenhum barulho. O estranhamento veio seguido da certeza do que havia acontecido. Ao abrir a porta, o início do susto. Do som, restaram apenas fios expostos e arranhões no painel. Do notebook, recém comprado e pelo qual ainda terei que pagar nove parcelas, nem rastro. Movida pelo impulso abri a mala… e o pneu reserva também não estava mais lá. Duas caixas com papeis, canetas, agendas e outros materiais pessoais totalmente revirados. Ainda levaram coisas menores, que nem valem o registro.

Dois homens que trabalham numa construção quase ao lado viram tudo. Não entenderam que se tratava de um furto, ou pelo menos assim disseram. Falaram que dois homens, um bem vestido e outro “sarara”, se aproximaram em um outro carro, um Ágile preto, com os números da placa 9003. Um deles desceu, e fez o famoso “rapa”. Profissional. Tudo profissional. Só isso é possível concluir. Quem consegue abrir o capô de um automóvel, desligar a bateria, forçar a porta e retirar tudo de dentro em quinze minutos só pode ter muita prática no que faz. “Eles acabaram de sair, moça. Se a senhora correr ainda pega eles no sinal”, me disse um dos operários. Por motivos óbvios, não segui o conselho do homem, que afirmou já ter visto o mesmo carro na área outras vezes.

Revoltada, arrasada (sim, eu sei que foram apenas bens materiais. No entanto nada justifica o ocorrido e nada vai trazer de volta arquivos importantes e únicos que estavam em meu computador) fui até a delegacia mais próxima. Ou seja, estava fazendo o Boletim de Ocorrência menos de trinta minutos depois do fato. Já na frente do policial que faria o BO, a primeira decepção. “Infelizmente é assim mesmo, senhora. É quase impossível recuperar os pertences agora. Esses caras vendem isso rapidinho”, me desenganou o homem da lei.

Atônita, não sabia o que falar. Terminei de relatar o que tinha acontecido e o documento foi impresso. Nesse momento, a segunda tapa na cara. O policial me entregou as duas vias do BO. Ainda questionei se realmente teria que ficar com as duas. A resposta? “É. Não adianta deixar aqui, não. Aqui é só plantão e a gente não pode fazer nada”. Muda, constrangida pelo absurdo que tinha acabado de ouvir, fui embora para casa, onde eu ainda me sinto segura para chorar minhas perdas.

Do que vivi hoje, apenas questionamento… Que polícia é essa que não pode fazer nada pelo cidadão? Por que não se acionou a Polícia Militar e se fez uma ronda na área? Por que me deixaram fazer um Boletim de Ocorrência sabendo que seria absolutamente em vão? Quantas pessoas fizeram o mesmo que eu e viram sua tentativa de ao menos registrar a violência ser apenas perda de tempo e esperança? É assim que o governo enche a boca para falar da redução da violência no Estado? Números mascarados, polícia sem função, cidadãos jogados à própria sorte. Esse é o Pernambuco melhor para se trabalhar e viver!?

* Juliana Fraga é jornalista e teve o carro arrombado na manhã desta quarta-feira.

 

Suspeitos de participar de assalto a delegado aposentado são procurados

As polícias Civil e Militar continuam fazendo buscas para prender dois criminosos envolvidos na tentativa de assalto a um delegado aposentado, que reagiu e matou um terceiro suspeito. O caso aconteceu na noite da última quinta-feira, quando o delegado chegava em casa com a esposa e dois filhos no Barro, Zona Oeste do Recife. A família, que ocupava um Civic, foi abordada por três homens que estavam em um Corsa.

O policial disparou vários tiros contra os suspeitos. Um deles, Jerônimo Fabiano de Souza Galdino, 19 anos, foi atingido por seis balas e morreu na hora. O assaltante, que dirigia o Corsa, havia deixado uma unidade da Funase uma semana antes.

O delegado Paulo Furtado assumiu as investigações. Segundo ele, o aposentado agiu em legítima defesa. O inquérito segue aberto. Em entrevista à TV Clube/Record, a vítima contou como foi a reação. “Tirei a arma da pochete e botei no colo. Um deles desceu e disse: ‘Perdeu! Perdeu! Desça!’. Efetuei diversos disparos”. Denúncias sobre os bandidos podem ser feitas pelo telefone (81) 3183-5392.

Bancos poderão ter divisória entre caixas e local de espera dos clientes

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4912/12, do Deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), que obriga as agências e os postos de serviços bancários a instalar divisórias individuais entre o espaço de atendimento dos caixas e a área de espera. O objetivo é garantir segurança e privacidade ao cliente que está sendo atendido.

De acordo com a proposta, as divisórias deverão ter a altura mínima de 1,80m e ser confeccionadas em material opaco que impeça a visibilidade. O texto estabelece multa diária de R$ 5 mil pelo descumprimento da medida. Além disso, determina que a fiscalização caberá ao órgão nacional de defesa do consumidor, à entidade estadual ou municipal semelhantes.

Segundo o autor, a ideia é “evitar a existência de bandidos que possam observar as movimentações dos clientes” e, assim, “dificultar os roubos e preservar a vida e o patrimônio das pessoas”.

Da Agência Câmara

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Duas mortes e nenhuma segurança nas agências bancárias

A polícia que prende e respeita o próximo

A imagem abaixo não teria me chamado tanto atenção se fosse vista em qualquer outro lugar. Uma pessoa precisando tomar água e outra ajudando a matar a sede. No entanto, o registro feito pela fotógrafa Maria Eduarda Bione, do Diario de Pernambuco, dentro do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mostra um jovem (que tinha acabado de ser preso suspeito de participar do assalto que vitimou com um tiro no pescoço um sargento da Polícia Militar) e o braço de um dos soldados responsáveis pela sua prisão dando água ao rapaz.

Num ato louvável, policial levou água para o suspeito. Foto: Maria Eduarda Bione

O suspeito e um adolescente, que também foi apreendido pelos PMs, confessaram participação no crime contra um companheiro de farda daqueles que os capturaram. A dupla foi levada para a delegacia para os procedimentos de rotina. Lá, após falar com a imprensa, o rapaz, que estava com as mãos algemadas para trás, pediu água ao soldado. Talvez outro militar não tivesse a mesma reação e ato correto que aquele policial teve. De pronto, ele pegou um copo descartável, foi até o gelágua e o trouxe cheio para o suspeito. Fez isso duas vezes e ainda perguntou se o mais novo queria também.

Diante dos inúmeros relatos de desrespeito aos direitos humanos, essa foi uma lição de civilidade e respeito com o próximo. Coisa que poucos de nós temos. O PM estava muito revoltado com a ação do suspeito que atirou no sargento sem que o mesmo tivesse reagido ao assalto, mesmo assim, não se negou a atender o pedido dele. E não fez isso para que a imprensa visse. Fez de maneira discreta, mas que eu a Maria Eduarda percebemos. Quero ressaltar ainda que os militares não estavam protegendo os suspeitos, apenas os tratando com respeito.

 

Suspeito de assaltar PM pode ser um dos estupradores de Cruz de Rebouças

O suspeito preso por participação no assalto em que um sargento da Polícia Militar e sua esposa foram baleados em Igarassu, no domingo, pode ser um dos autores dos estupros que vêm aterrorizando o distrito de Cruz de Rebouças. Diego Anunciado, 19 anos, foi preso e um adolescente de 17 anos foi apreendido pelos PMs do Grupo de Apoio Tático Itinerante do 17º BPM. Com a dupla, os policiais encontraram o revólver calibre 38 usado no crime e a pistola .40 que pertencia ao PM.

Diego nega participação nos crimes de estupro. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A.Press

“Depois que o prendemos, a população passou informações de que Diego seria um dos quatro homens que estão praticando os estupros”, disse o soldado Écliton Nunes, que participou da prisão. O suspeito negou ligação com os estupros. O delegado de Cruz de Rebouças, Roberto Geraldo, vai mostrar a foto dele às vítimas, mas adiantou que ainda não há qualquer confirmação sobre ele ser um dos suspeitos.

A rotina de medo na comunidade foi mostrada pelo Diario na última quinta-feira. Após pelo menos três casos de estupro contra adolescentes do sexo feminino, muitas jovens evitam sair de casa e são acompanhadas por parentes na ida e na volta da escola.

Buscas
A polícia procura o terceiro envolvido no assalto contra o policial e sua esposa. Durante a investida, as vítimas foram atingidas por um mesmo tiro. O sargento Luiz Rodrigues de Lima e Silva, baleado no pescoço, está internado em estado grave no Hospital da PM, para onde foi transferido do Hospital da Restauração ontem à tarde. Adriana Lisboa, 35, sofreu um ferimento de raspão no braço e passa bem. O crime foi cometido por volta das 21h, quando o sargento, que é lotado no Quartel do Derby, voltava da igreja na companhia da esposa e dos filhos. Eles passavam por um retorno da BR-101 quando foram abordados.

Segundo o tenente-coronel Hailton Araújo, comandante do 17º BPM, os dois suspeitos já sob custódia confessaram participação na investida, mas um apontou o outro como autor do disparo. Ambos foram reconhecidos por Adriana Lisboa. O adulto foi encaminhado ao DHPP, autuado em flagrante e levado para o Cotel, em Abreu e Lima. Já o adolescente ficará à disposição do MPPE.

“O sargento não reagiu ao assalto. Ele é evangélico e chegou a pedir aos ladrões que não atirassem porque estava com a família no carro. Mesmo assim, um dos assaltantes acabou atirando”, disse o soldado Écliton Nunes. Segundo ele, as duas armas foram encontradas na casa de Diego. “Também havia vários tipos de munição e R$ 800 em dinheiro”.

 

Policial Militar assassinado em Itamaracá durante desfile de bloco de carnaval

O policial militar Moisés Félix da Silva, 35 anos, foi assassinado a tiros no final da tarde desta terça-feira de carnaval, durante o desfile do bloco As Katraias de Itamaracá. O militar estava de folga e brincando no bloco quando foi morto a tiros. O crime aconteceu no bairro de Jaguaribe e o PM foi baleado durante uma tentativa de assalto. As primeiras informações dão conta de que os criminosos queriam roubar a pochete do soldado e ao descobrirem que ele era da polícia o mataram.

Moisés tinha 35 anos. Foto: Reprodução/Facebook

Houve troca de tiros e um dos acusados está baleado e internado sob custódia no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Segundo o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Hailton Arruda, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando o caso. “Moisés estava conosco já fazia uns cinco anos e sempre foi um policial tranquilo. Ainda estamos sem muitas informações concretas do que aconteceu, mas estamos acompanhando tudo”, declarou o oficial.

Atualmente, Moisés estava servindo à equipe do Gati (Grupo Tático de Apoio Itinerante). A morte do policial deixou colegas de farda revoltados. Nas redes sociais, alguns PMs estavam afirmando que os culpados pela morte do companheiro não ficarão impune.

Mais informações em instantes.

Prosegur nega ter enviado equipe ao banco roubado em Casa Forte

A Prosegur, proprietária da Nordeste Segurança desde 2011, informa que não é responsável pela segurança eletrônica do Banco Bradesco localizado na Rua 17 de Agosto, no Bairro de Casa Forte, no Recife. A empresa presta serviços de segurança patrimonial à referida agencia, o qual é realizado em dias úteis durante o expediente bancário.

O incidente citado ocorreu na madrugada do último sábado (26) e o blog e Diario de Pernambuco publicaram que “uma equipe da empresa de segurança Prosegur chegou a ir ao local, mas não percebeu nenhuma movimentação e retornou”, o que não procede.

Da assessoria de imprensa da Prosegur

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Roubo cinematográfico em banco de Casa Forte

 

Roubo cinematográfico em banco do bairro de Casa Forte

Do Diario de Pernambuco

A agência do Bradesco da Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, teve todo o dinheiro do cofre central levado por ladrões na madrugada do último sábado, numa ação digna de filme. Tanto, que o furto só foi descoberto mais de 48 horas depois. Sem disparar um único tiro, os criminosos conseguiram despistar a empresa de segurança e fugiram sem serem vistos. O banco não informou o valor da quantia levada.

A agência não abriu as portas para o público ontem. Só funcionaram os caixas eletrônicos. Do lado de fora não havia nenhum sinal de arrombamento. Esse foi o diferencial para que ninguém percebesse o que acontecia no interior da agência. O alarme do banco soou por volta da meia noite da sexta-feira. Uma equipe da empresa de segurança Prosegur chegou a ir ao local, mas não percebeu nenhuma movimentação e retornou. Os ladrões tiveram tempo de sobra para continuar a ação sem serem incomodados.

Polícia esteve na agência nessa segunda-feira. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A.Press

O furto só foi descoberto ontem, por volta das 7h30, quando o primeiro vigilante chegou para trabalhar. O cenário que o vigilante encontrou parecia de filme. A porta de aço, que dá acesso ao cofre central, com cerca de 5 centímetros de largura, foi aberta com um maçarico. O local onde ficava o painel da senha foi recortado e eles conseguiram abrir a porta. Dentro da sala do cofre, os ladrões se depararam com quatro cofres e repetiram em todos o mesmo procedimento.

Para entrar na agência os criminosos não tiveram muita dificuldade. Eles serraram a grade de uma janela, que fica nos fundos da agência, na área do estacionamento. E para ninguém perceber a movimentação, tiveram o cuidado de colocar um painel escondendo a janela. Outra preocupação para não serem descobertos foi com as câmeras de vídeo. Ao entrar na agência, eles tiveram o cuidado de mudar a direção do equipamento para tirá-las do alcance de visão deles. Também se preocuparam em levar o HD e a placa mãe do computador que gravava as imagens. Além do dinheiro levaram dois revólveres calibre 38.

O caso vai ser investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos. De acordo com a delegada Érica Bezerra, não há como saber se os ladrões são de fora ou da região. A delegada disse ainda que vai aguardar o resultado da perícia. Sobre a ação da empresa de segurança, ela acredita que houve falha.“Pelas informações que recebi, eles foram até o banco e voltaram sem verificar o que acontecia”, disse. Em abril passado, a  agência foi alvo de assaltantes. Na ocasião, houve troca de tiros.

 

População fazendo o papel da polícia. Isso é certo?

 

A sensação de impunidade e a revolta com os crimes cometidos a qualquer hora do dia fez, mais uma vez, a população reagir a uma tentativa de assalto. Passageiros de um ônibus que trafegava no bairro do Pina atiraram contra um bandido e usaram as mãos para imobilizar outro, momentos após a investida, na Avenida Antônio de Góes. Assustadas, algumas pessoas fugiram pelas janelas do coletivo e buscaram abrigo nas lojas e bancos próximos. Apesar da reação dos passageiros, fazer justiça pelas próprias mãos não é recomendado por policiais e especialistas. Ao contrário, aumenta as chances de tragédias, inclusive com riscos reais de morte. Daí, podemos tirar um questionamento. Esse tipo de atitude por parte da sociedade está certo?

 

 (GLYNNER BRANDÃO/DP/D.A PRESS)
A ação da dupla durou pouco mais de um minuto, o suficiente para aterrorizar a viagem de quem seguia no coletivo. O ônibus fazia a linha Opcional/Aeroporto e já havia sido alvo de um dos integrantes da dupla na semana passada, nos mesmos horário e local. O condutor e a cobradora também foram os mesmos nos dois casos. A dupla de assaltantes pegou o ônibus como passageiros e usou a arma para render o motorista. Não contava, no entanto, com a reação das vítimas, que frustraram o assalto, momentos antes da fuga. Nenhum pertence foi levado. No momento da investida, 40 pessoas viajavam no ônibus. A operação envolveu seis motos e três viaturas do 19º Batalhão da Polícia Militar e militares do BPChoque e do Gati.

Coletivo estava com 40 passageiros no momento do assalto. Ítalo Rodrigues seguiu para o Cotel (GLYNNER BRANDÃO/DP/D.A PRESS)
Coletivo estava com 40 passageiros no momento do assalto. Ítalo Rodrigues seguiu para o Cotel
De acordo com o gestor do Depatri, o delegado José Cláudio Nogueira, qualquer tipo de reação deve ser evitada. Em casos de assalto, o indicado é manter a calma e conter os movimentos bruscos. Na prática, essas atitudes, combinadas ou isoladas, podem soar como “resposta” da vítima, potencializando os riscos de óbitos e lesões graves. “A vítima deve manter o controle sempre. Dentro do ônibus, por exemplo, existem outras pessoas. Na maioria das situações, o assaltado não está preparado para enfrentar o criminoso. Nós precisamos considerar o fator surpresa”, completa. A delegada Rosileide Carmina, que iniciou as investigações do caso, também comentou a tentativa de assalto. “A orientação é não reagir. Mas, às vezes, acontece.  A sensação de insegurança existe.” O bandido ferido segue internado no Hospital da Restauração e corre o risco de ficar tetraplégico. Já  Ítalo Rodrigues, 21 anos, prestou depoimento e, em seguida, foi transferido para o Cotel.

Do Diario de Pernambuco