Novos depoimentos no caso Sérgio Falcão

Três novos depoimentos estão marcados para a próxima semana no inquérito que a apura a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, que foi encontrado morto dentro do seu apartamento no dia 28 de agosto do ano passado, na Avenida Boa Viagem.

Empresário tinha 52 anos. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A/Press
Empresário tinha 52 anos. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A/Press

Devem ser ouvidos pelo delegado Erivaldo Guerra, da Delegacia de Boa Viagem, a mãe e o sobrinho de Sérgio e outra pessoa que não teve a identidade revelada. Ontem pela manhã, o delegado ouviu o depoimento do chaveiro que teria sido contratado para abrir os cofres do empresário, que ficavam em dois escritórios. A polícia está investigando o suposto furto de um valor de R$ 350 mil que pertenciam a Sérgio Falcão.

Apesar de não poder comentar o teor do interrogatório do chaveiro, o delegado Erivaldo Guerra informou que o depoimento durou aproximadamente uma hora. O rapaz, que não teve o nome revelado, teria sido contratado pela família do empresário para abrir os cofres que ficam no escritório de Falcão e no da mãe dele, ambos localizados na Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

O caso começou a ser investigado depois que a viúva do empresário, Adriana Miranda, formalizou, no mês de julho, uma queixa-crime alegando que, dias após a morte de Falcão, os familiares retiraram o dinheiro do cofre. A família do empresário informou que os cofres foram abertos mas apenas para a retirada de fotografias e documentos de Sérgio Falcão.

Em entrevista ao Diario no ínicio desta semana, o advogado da irmãs do empresário, Ernesto Cavalcanti, declarou acreditar que a queixa feita pela viúva foi uma maneira de prejudicar os familiares que estão disputando a guarda do filho do casal na Justiça. A avó paterna conseguiu o direito de ficar com a criança em fins de semana intercalados e em alguns dias da semana preestabelecidos.

Motorista que atropelou oito pessoas no Pina não tinha habilitação

O motorista suspeito de avançar o sinal vermelho e atropelar oito pessoas na noite do último sábado no bairro do Pina estava dirigindo sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Desde o ano de 2009, o administrador de empresas Felipe Medrano de Lima, 24 anos havia perdido o direito de dirigir e, mesmo assim, costumava trafegar pelas ruas do Grande Recife sem ser, aparentemente, parado pelas autoridades de trânsito.

Câmeras da CTTU mostram o momento da batida.
Câmeras da CTTU mostram o momento da batida.  Foto: Reprodução TV Clube

Felipe teve o documento apreendido depois de ter sido parado em uma blitz e se recusado a fazer o teste do bafômetro. Atualmente, o rapaz estava frequentado uma escola de formação de condutores do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) para poder tirar uma nova carteira de motorista.

O suspeito prestou depoimento no início da tarde de ontem ao delegado Newson Motta, que está à frente das investigações. Felipe esteve na Delegacia de Delitos de Trânsito, em Dois Irmãos, acompanhado do advogado Fernando Beltrão, que atua em sua defesa. “O rapaz foi ouvido por cerca de uma hora e meia e depois foi liberado. Até o momento, nenhuma vítima do atropalemento ainda foi ouvida, mas a partir de amanhã (hoje) irei iniciar a tomada de depoimentos dessas pessoas”, adiantou o delegado.

O admistrador de empresas disse à polícia que era proprietário do veículo que estava dirigindo e negou que tivesse ingerido bebida alcoólica antes do acidente.

Veículo está na Delegacia de Delitos de Trânsito.
Veículo está na Delegacia de Delitos de Trânsito. Foto: Reprodução TV Clube

Em uma rede social do administrador de empresas, uma foto postada de um velocímetro de carro marcando 160km/h no último dia 13, dava sinais de que ele gostava de andar em altas velocidades. Na publicação, alguns amigos fizeram postagens pedindo para ele não correr tanto. A página foi retirada do ar ainda ontem. O Diario entrou em contato com o advogado Fernando Beltrão mas ele não quis falar sobre o assunto e disse que seu cliente também não iria se pronunciar sobre o acidente.

Segundo o diretor integrado especializado da Polícia Civil, Joselito Amaral, o suspeito contou ao delegado Newson Motta que o seu carro teria sido trancado por outro veículo na descida da Ponte Paulo Guerra. “Ele negou que tivesse ingerido bebida alcoólica e disse não ter visto o sinal vermelho por ter olhado pelo retrovisor para o veículo que o teria dado o tranca. Quanto à carteira, no momento do acidente, ele estava sem o documento, já que havia sofrido as punições administrativas e frequentava as aulas do Detran para poder tirar um novo documento”, explicou Joselito Amaral.

Agentes da CTTU estiveram no local logo após o acidente. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press
Agentes da CTTU estiveram no local logo após o acidente. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

Segundo a polícia, Felipe provocou o acidente na Avenida Herculano Bandeira e fugiu sem prestar socorro. As câmeras de monitoramento da Companhia de Trânsito e Transporte (CTTU) registraram o momento em que o veículo Veloster de placa PFA-4916 bateu em dois motoqueiros e depois nas seis pessoas. O carro foi localizado na casa dos avós de Felipe, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

O veículo que está com a frente e lateral direitas amassadas, foi periciado e apreendido pela polícia. “O inquérito tem um prazo de 30 dias para ser concluído e, como não houve mortes, o rapaz deverá ser indiciado por lesão corporal e com o agravante de ter avançado o sinal vermelho”, explicou o delegado Newson Motta.

 

Promotor entrega questionamentos à delegada do caso Sérgio Falcão

O promotor André Rabelo já entregou para a delegada Vilaneida Aguiar do Departamento de Homicíidos e Proteção à Pessoa (DHPP) as respostas das 17 perguntas que ele havia feito aos peritos do Instituto de Criminalística (IC) sobre o caso Sérgio Falcão. Segundo o promotor, os questionamentos respondidos pelos peritos não conseguiram o convencer que o empresário cometeu suicídio.

Promotor tem certeza de que a morte foi um homicídio. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Promotor tem certeza de que a morte foi um homicídio. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

Rabelo vai esperar agora a delegada remeter o inquérito ao MPPE, o que deve acontecer ainda neste mês. “Por tudo que eu vi até agora, essa morte foi um homicídio. Os peritos estão pensando que são Deus. Numa investigação, a perícia, muitas vezez, é apenas 10% do resultado”, apontou o promotor. Em coletiva de imprensa na manhã dessa segunda-feira, o presidente da Associação da Polícia Científica de Pernambuco, Enock Santos, voltou a afirmar que o empresário Sérgio Falcão cometeu suicídio.

Suspeito de matar Sérgio Falcão se contradiz em depoimento

Em duas horas de um depoimento cercado de contradições, o policial militar reformado Jailson Melo, 53 anos, suspeito de assassinar o empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52, em agosto do ano passado, voltou a afirmar nessa quarta-feira, ao sair do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que é inocente. Segundo informações extraoficiais, o inquérito sobre o caso, ocorrido há nove meses no apartamento da vítima, na Avenida Boa Viagem, deve ser concluído em junho. Além do indiciamento de Jailson, considerado o executor, outras pessoas que teriam envolvimento no crime serão denunciadas à Justiça.

Acompanhado de seu<br />
advogado, na saída do<br />
DHPP, Jailson disse ser<br />
inocente. Ao lado, óculos<br />
da vítima, que foram<br />
encontrado pela polícia<br />
por baixo de um dos pés<br />
dela, seria uma das<br />
provas de homicídio (BRUNA MONTEIRO DP/D.A PRESS)

A linha principal é de que o homicídio foi motivado por interesses no patrimônio financeiro da vítima, que, apesar da crise da Construtora Falcão, mantinha contas  no exterior. A defesa do suspeito segue com a tese de negativa de autoria. “Jailson não mudou em nada o depoimento. Sérgio Falcão puxou a arma que estava na cintura dele (do PM) e atirou contra a boca. Foi um ato de covardia, que acabou prejudicando outra pessoa”, disse o advogado André Fonseca. Na saída do DHPP, o suspeito voltou a afirmar que era inocente. Durante o depoimento, a delegada Vilaneida Aguiar questionou se Jailson Melo poderia participar de uma nova reconstituição. Ele se negou a repetir a simulação.

Espera
Enquanto junta as últimas peças do quebra-cabeça, a polícia ainda aguarda a entrega das respostas aos 17 questionamentos feitos sobre o laudo do Instituto de Criminalística, que apontou o suicídio – contrariando as investigações. Uma lesão na testa e outra na região esquerda da cabeça, além de marcas no chão, apontariam para luta corporal entre vítima e suposto assassino.

O laudo negou que houve agressão. Outra dúvida: os óculos da vítima estavam por baixo de um dos pés dela. Como foram parar lá? Hoje completam-se 70 dias de espera. O promotor André Rabelo afirmou que pode responsabilizar criminalmente os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos, se entender que houve protelação para divulgação dos resultados.

Por Raphael Guerra, do Diario de Pernambuco

 

Reconstituição do caso Sérgio Falcão foi adiada

Foi adiada para uma data ainda a ser definida a nova reconstituição da morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos. A reprodução simulada estava prevista para esta terça-feira, mas como o PM reformado Jailson Melo, suspeito de ter matado a vítima com um tiro na boca, em 28 de agosto do ano passado, decidiu que não iria participar, os peritos do Instituto de Criminalística resolveram adiar o procedimento.

A delegada responsável pelas investigações, Vilaneida Aguiar, disse que a próxima reconstituição acontecerá com três novas testemunhas, entre elas a irmã do empresário, a médica Alda Falcão, que chegou ao apartamento dele antes da polícia, mas não entrou no quarto onde estava o corpo. A nova simulação foi solicitada pelo MPPE, que acredita no assassinato a mando de outra pessoa. Já a perícia apontou suicídio.

Caso Sérgio Falcão: reconstituição será nesta terça-feira

A nova reconstituição da morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, está confirmada para a próxima terça-feira. A defesa do PM reformado Jailson Melo, suspeito de ter matado a vítima com um tiro na boca, em 28 de agosto do ano passado, ainda não decidiu, entretanto, se ele participará da simulação.

Reprodução simulada será no dia 30 deste mês. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press
Reprodução simulada será no dia 30 deste mês. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press

O advogado André Fonseca disse que só definirá isso no dia da simulação, quando se encontrar com o seu cliente. A delegada responsável, Vilaneida Aguiar, garantiu que mesmo sem a presença do principal suspeito, a reconstituição acontecerá, inclusive com três novas testemunhas, entre elas a irmã do empresário, a médica Alda Falcão, que chegou ao apartamento dele antes da polícia, mas não entrou no quarto onde estava o corpo.

Quatro peritos diferentes dos que participaram do primeiro laudo irão participar. A nova simulação foi solicitada pelo MPPE, que acredita no assassinato a mando de outra pessoa. Já a perícia apontou suicídio.

Caso Sérgio Falcão tem nova reconstituição marcada

Oito meses após a morte do empresário Sérgio Falcão, que levou um tiro na boca dentro de seu apartamento na Avenida Boa Viagem, uma nova reconstituição tentará, finalmente, apontar se ele foi assassinato ou se suicidou. A simulação foi marcada para o dia 30 e deverá apresentar surpresas, com a presença de três novas testemunhas.

A defesa do PM reformado Jailson Melo, que é suspeito de matar o construtor de 52 anos e participou da primeira simulação em 3 de setembro do ano passado, seis dias após a tragédia, afirmou que ainda não decidiu se ele estará nesta segunda reconstituição. O advogado André Fonseca disse que vai avaliar as condições psicológicas do suspeito, que está em liberdade, para tomar uma decisão. Mesmo assim, a delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelo caso, garantiu que a nova dramatização está mantida. “Ninguém é obrigado a produzir provas contra si”, ponderou Vilaneida.

Reprodução simulada será no dia 30 deste mês. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press
Reprodução simulada será no dia 30 deste mês. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A. Press

A polícia convocou a irmã do empresário, Alda Falcão, e um funcionário do Edifício 14 Bis, pois ambos entraram no apartamento de Sérgio antes da polícia. Os dois não teriam entrado no quarto onde estava o corpo. Para comprovar essa tese, a delegada pediu a presença de um PM acionado pelo Ciods para verificar a morte da vítima. “Essa reconstituição será mais completa”, disse a delegada. Ela acrescentou que há uma lista de pessoas para prestarem depoimento. Quatro peritos criminais e o promotor André Rabelo também vão participar da simulação.

Em paralelo, os peritos Sérgio Almeida e Jairo Lemos realizam a revisão do laudo que apontou suicídio. A revisão foi solicitada pela Ministério Público, que discordou do resultado. Para o órgão, Sérgio foi assassinado por Jailson a mando de outra pessoa.

Por Raphael Guerra do Diario de Pernambuco

Instituto Antônio Carlos Escobar vai encerrar suas atividades

Criado em 2005 para discutir a segurança pública em Pernambuco e apresentar propostas para reduzir a criminalidade, o Instituto Antônio Carlos Escobar (Iace) fechará as portas na próxima semana. De acordo com o psicanalista José Carlos Escobar, um dos fundadores, a instituição cumpriu sua missão de cobrar investimentos do poder público. Isso porque, desde 2007, com a criação do Pacto pela Vida, o estado vive um momento de redução da violência. No próximo dia 21, às 19h30, uma cerimônia no Conselho Regional de Medicina (Cremepe) oficializará o encerramento das atividades.

Para José Carlos Escobar, entidade cumpriu sua função (HELDER TAVARES/DP/D.A. PRESS)

Para José Carlos Escobar, entidade cumpriu a sua função

“Nossa avaliação é positiva, pois o estado está apresentando queda na violência. Ao longo desses anos, fizemos muitas mobilizações pedindo segurança. Vamos apresentar uma revista com o balanço das ações”, afirmou Escobar. Ele é irmão de Antônio Carlos Escobar, que deu nome ao instituto. Antônio Carlos foi assassinado em dezembro de 2005, quando ladrões atiraram contra ele num sinal da Avenida Domingos Ferreira, no Pina. A vítima tinha acabado de acionar a buzina do seu carro para chamar a atenção para o assalto a um casal que ocupava um veículo à frente dele.

Uma das campanhas de maior impacto do Iace aconteceu logo após sua criação. Representantes de 37 entidades, a maioria ligada aos direitos humanos, decretaram “estado de medo” em Pernambuco. O movimento divulgando a violência foi estampado em outdoors e outbuses com imagens de vítimas de crimes. Em 2006, o estado registrava uma taxa de 55 homicídios para cada 100 mil habitantes, uma das médias mais altas do Brasil. Seis anos depois, o índice caiu para 37 mortes para cada 100 mil habitantes.

Do Diario de Pernambuco

Armas em casas de shows. Problema frequente e muito sério

O caso de um homem que se apresentou como policial e sacou uma arma dentro de uma boate na madrugada desta quarta-feira no bairro de Boa Viagem traz à tona uma discussão séria. A entrada de pessoas armadas em casas de shows. Felizmente, nesse caso, não houve registro de feridos. Mas, segundo as testemunhas, o tal policial teria ficado com a arma na mão, por algum tempo, dentro da boate. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Boa Viagem e abre espaço para muitos questionamentos.

Festa com grande público pode ser um perigo Fotos: Teresa Maia/DP/D.A.Press
Festa com grande público pode ser um perigo Fotos: Teresa Maia/DP/D.A.Press

Na madrugada do último domingo, um homem foi baleado na área dos camarotes de um clube no centro de Jaboatão. Ele está internado em estado grave no Hospital Restauração. O show foi encerrado pela polícia. Casos como esses têm sido cada vez mais frequentes. Daí vem a pergunta: Como essas pessoas conseguem entrar armadas em casas de shows? O que elas pretendem para estarem armadas durante uma festa? É preciso rever essas situações e reforçar as abordagens nas entradas das festas. Outra coisa que não poderia ser permitida é a entrada de policiais armados em eventos, sem que estejam a trabalho.

Veja a nota divulgada pela assessoria da Polícia Civil sobre o caso da boate em Boa Viagem:

A Polícia Civil de Pernambuco esclarece que a Delegacia de Boa Viagem vai investigar uma ocorrência registrada nesta madrugada (13) sobre um suposto constrangimento sofrido por frequentadores da boate UK Pub no interior do estabelecimento. As vítimas relataram na ocorrência que estavam no fumódromo da casa de festa quando uma pessoa que se autodeclarou “policial”, conforme consta no BO nº 13E0097003909, registrado pelas partes, sacou uma arma de fogo após verificar que um dos presentes fumava um suposto cigarro de maconha. As partes disseram também que o suposto policial ordenou que três seguranças da referida boate revistassem todos os presentes no fumódromo a procura de drogas. As pessoas contaram ainda no boletim que esta pessoa teria ficado portando a arma de fogo a todo tempo, causando um certo medo e constrangimento a todos. O delegado Erivaldo Guerra, responsável pelos trabalhos, informa que neste primeiro momento não há confirmação se a conduta foi praticada por algum policial. Ele disse ainda que vai enviar uma equipe de investigadores agora pela manhã ao estabelecimento comercial para tentar recolher mais informações sobre o caso e tentar resgatar imagens do sistema interno de câmeras do local. As pessoas citadas no boletim de ocorrência também serão reinquiridas para prestarem depoimento.

SDS quer coibir abusos na orla. Apenas na orla

O luau que tirou o sono dos moradores de um trecho da Avenida Boa Viagem, na madrugada de sábado para domingo, devido ao som alto vindo de diversos carros parados ao longo da via, foi apenas um exemplo “extravagante” de uma tendência. Nos últimos meses, jovens do Recife estão usando as redes sociais para organizar festas em áreas públicas. A Secretaria de Defesa Social (SDS) anunciou a abertura de inquérito para apurar o episódio do último fim de semana, além de medidas para coibir novos abusos.

Outra medida para tentar impedir os abusos partiu da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife. Trata-se de uma notificação, além de multa de R$ 141,48, ao proprietário do Point do Açaí, na frente do qual os jovens se reuniram no último fim de semana, pelo fato de o estabelecimento funcionar 24 horas por dia. Pelo decreto 24.844/2009, ele só poderia estar aberto das 6h às 22h.

Imagens gravadas por morador da orla mostram<br /><br />
viaturas. Mas nada de ações para impedir a festa (ROSA PANDOLFI/DIVULGAÇÃO)
Imagens gravadas por morador mostram viaturas. Mas nada de ações para impedir a festa

Em relação à segurança, o secretário Wilson Damázio afirmou que, a partir do próximo fim de semana, uma equipe de aproximadamente 20 policiais ficará responsável por fazer “rondas” na Zona Sul do Recife. “Vamos lançar uma operação para coibir a perturbação do sossego. Os policiais  vão patrulhar a área em um micro-ônibus. Se perceberem alguma aglomeração, vão descer e resolver eventuais problemas”.

Segundo Damázio, os PMs são orientados para, a princípio, buscar um diálogo com os envolvidos. “Quando a situação chega ao ponto do último sábado, porém, cabem apreensão de equipamentos, revista dos participantes e, em casos extremos, prisão.”

Segundo moradores da Avenida Boa Viagem, no trecho entre as ruas Bruno Veloso e Ribeiro de Brito, os PMs sequer tentaram dissipar o último luau. Essas queixas motivaram a SDS a abrir uma investigação para apurar se houve omissão dos policiais. “Também determinei a instauração de um inquérito pela Delegacia de Polícia do Meio Ambiente , para buscar os responsáveis”, afirmou Damázio.

Da próxima sexta-feira até domingo, fiscais da secretaria vão realizar um plantão noturno, para verificar se outros quiosques da orla estão extrapolando o horário regular de funcionamento. Entre os alvos, está o “Coco Loko”, localizado em frente ao terreno da Aeronáutica no início da Avenida Boa Viagem (Setúbal).

O que chama a atenção é o cuidado das autoridades com a perturbação de sossego apenas na área nobre de Boa Viagem. Naquele mesmo bairro, nas comunidades afastadas da orla, existem inúmeros casos de barulho provocado por carros e festas durante a noite e que não são lembrados pela polícia. E mais. Tal problema não é privilégio apenas de Boa Viagem. Festas com barulho acontecem em várias localidades de Olinda, Jaboatão dos Guararpes e tantas outras do Recife e Região Metropolitana. E cadê a polícia? Cadê a fiscalização?

Com informações do Diario de Pernambuco