Peritos de Brasília estudam tempo de marcas deixadas por impressões digitais

Do Correio Braziliense

Diferentemente do que mostram as longas e árduas investigações da série de televisão norte-americana CSI, a identificação de uma impressão digital, palmar ou da planta dos pés é suficiente para solucionar um caso policial. Isso porque, muitas vezes, o vestígio pertence a uma pessoa que não tem acesso legítimo ao local do crime, e a comprovação de que ela esteve ali facilita imensamente o trabalho dos investigadores.

No entanto, nem sempre o autor é alguém desconhecido das vítimas, e as impressões encontradas são todas de indivíduos que costumam ir ao local. Nessas situações, a investigação tende a se complicar, e a informação sobre o momento em que determinada impressão foi marcada na cena – antes, durante ou depois do crime – pode ser crucial para elucidar a história.

Foi um desses casos que chegou, em 2009, à equipe do Laboratório de Perícia Papiloscópica do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal (II-PCDF). Ao investigar o homicídio do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de sua mulher e da empregada da casa, os responsáveis pelo caso não acharam nenhuma impressão digital estranha. Chegou-se, então, à necessidade de confirmar quando a marca de uma palma da mão havia sido feita em um móvel do apartamento, na 113 Sul.

O objetivo era descobrir em qual período o dono daquela impressão palmar tinha passado pelo local. Frente a esse desafio, o papiloscopista brasiliense Rodrigo Meneses de Barros, que ficou encarregado da missão, desenvolveu um método para chegar à resposta. Replicada em um experimento na Universidade de Brasília (UnB), a técnica foi descrita na última edição da respeitada revista forense internacional Science and Justice.

 

Um bilhão que se ergue pelo fim da violência também no Recife

Um bilhão de mulheres dançando em favor do amor. Um bilhão de mulheres dançando contra a violência sexual e o estupro. A dança da revolução que promete quebrar a cadeia (Break the chain, em inglês) vai acontecer neste sábado, no Recife, às 19h. A praça do Marco Zero servirá como palco. O evento se chama Um bilhão que se ergue (One Bilion Rising) e acontece em cidades do mundo todo há 15 anos. São milhares de mulheres que se reúnem para dançar a mesma música coreografada contra a violência. No Brasil, em algumas capitais, como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a dança será realizada amanhã, apesar da data oficial mundial do evento ter sido ontem.

Foto: Roberto Ramos/DP/D.A.Press

Na capital pernambucana, um grupo de ativistas se reuniu para o ensaio geral da coreografia ontem, no Marco Zero. Para o movimento oficial, 617 participantes estão confirmados na página do evento no Facebook, Um bilhão que se ergue – One bilion Rising – Recife/PE . Elas prometem puxar outras mulheres pela mão, para seguirem a batalha contra a violência. Para quem perdeu o ensaio geral, a música, composta por Tena Clark, pode ser ouvida pelo Youtube, pelo nome How to: “Break the Chain” Choreography.

Foto: Roberto Ramos/DP/D.A.Press

“Há muitos movimentos e protestos de mulheres contra a violência sexual ao redor do mundo, mas esse é diferente pois usamos o corpo para lutar em favor da liberdade dele mesmo”, disse uma das organizadoras do evento, a publicitária Larissa Santiago. No Recife, o ato está sendo organizado pelas mulheres do Coletivo da Marcha das Vadias, com apoio da Ong feminista SOS Corpo e do Fórum das Mulheres.

Como surgiu
Um bilhão que se ergue é um movimento que surgiu inicialmente nos Estados Unidos, quando a escritora feminista Eve Ensler fundou uma instituição de caridade sem fins lucrativos com o objetivo de usar as apresentações da peça Os monólogos da Vagina, que é baseada no livro mais famoso da autora, para beneficiar mulheres e meninas vítimas de violência e abuso sexual. A organização se chama V-Day.

Por que um bilhão de mulheres? Segundo uma pesquisa realizada pela V-Day, no mundo há por volta de 7 bilhões de pessoas, sendo que metade são mulheres. Uma em cada três delas no planeta será estuprada ou espancada em sua vida, ou seja, um bilhão de mulheres.

Por Carolina Braga

Do Diario de Pernambuco

 

Agentes da Polícia Federal pedem o fim do inquérito policial

Da Agência Brasil (texto e fotos)

Policiais federais pediram na manhã deste domingo, na capital federal, mudanças nos processos de investigações criminais e o fim do inquérito policial. Para simbolizar a reivindicação, eles usaram um balão inflável no formato de um elefante branco, de quase três metros de altura, onde está escrita a expressão “inquérito policial”.

“No mundo todo, somos o único país que trata a questão criminal com esse instrumento. Será que somos os únicos certos ou será que estamos ultrapassados? Isso tem que acabar. Polícia tem que investigar, relatar e passar os fatos para o Ministério Público. Polícia não tem que julgar”, defendeu o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sinpol/DF), Jonas Leal.

Durante todo o dia, um grupo de agentes ficou em frente à Torre de TV, uma das principais atrações turísticas da cidade, para iniciar a campanha na capital federal. Nos próximos dias, os moradores de Brasília poderão se deparar com o balão, que será instalado em diferentes locais da cidade. O elefante branco já passou pelas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Agentes federais relataram que o inquérito tem sido usado em ações corruptas. Segundo eles, o processo facilita o objetivo de pessoas que têm interesse em retardar o julgamento de crimes ou ainda esconder as investigações. “As consequências do inquérito são sempre a impunidade e corrupção”, disse Leal.

O presidente do Sinpol/DF acrescenta que o procedimento representa pouca qualidade na apuração dos fatos. Ele lembra que, durante o inquérito, não existe direito de defesa das partes acusadas. “É só inquisitório, só pergunta. O acusado só pode apresentar a defesa quando chega à Justiça”, disse o policial, destacando que, até o caso chegar aos tribunais, o acusado pode ficar preso por dias sem que exista comprovação de seu envolvimento no crime.

“Não seria mais prático fazer o relatório e entregar para o Ministério Público que avalia e manda para o Judiciário? Teria mais celeridade. Nos Estados Unidos, as coisas chegam a ser julgadas no mesmo dia. Aqui, você chega às delegacias e tem pilhas de inquéritos acumuladas ao longo de meses”, criticou Leal.

 

Vídeos de supostos PMs são retirados do ar e repudiados

 

Do Correio Web

O Comando da Polícia Militar de Brasília não vai tolerar a apologia à violência por parte da tropa. A garantia partiu do comandante-geral da corporação, Suamy Santana. Ele prometeu investigar e punir os supostos policiais responsáveis pela publicação de um vídeo sobre o batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) que enaltecia a truculência e lançava ameaças a quem resistisse às abordagens policiais. “Acabou a época do Tropa de Elite. Agora, os policiais são treinados para respeitar os direitos humanos e não para sair atirando por aí ”, afirmou Santana, em alusão ao longa metragem brasileiro que revela os bastidores do treinamento do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

 (Youtube/Reprodução de vídeo)

Após denúncia publicada com exclusividade pelo Correio Braziliense, a Corregedoria da PM abriu inquérito para apurar o caso, considerado “gravíssimo” pelo titular da corregedoria, coronel Paulo Roberto Oliveira. O prazo para concluir a sindicância é de 30 dias. Na manhã dessa quinta-feira, o vídeo “Dia a dia da Rotam no DF” não estava mais disponível no YouTube. Ele mostra cenas de carros baleados e dois homens ensanguentados enquanto aparecem legendas como “Se tentar fugir da Rotam, vai se dar mal”. A segunda publicação revela imagens do confronto entre a cavalaria e manifestantes na Praça do Buriti.

 (Youtube/Reprodução de vídeo)

Jovens presos no aeroporto com suplementos

 

Três homens foram presos suspeitos de contrabando de suplementos alimentares e medicamentos que têm a comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. O trio foi detido por investigadores da 3ª Delegacia de Polícia, no Cruzeiro Velho, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, na noite desse sábado. De acordo com o delegado-chefe da 3ª DP, Ecimar Loli, os suspeitos compraram as substâncias em Foz do Iguaçu e iriam comercializar no Distrito Federal. Bruno Eduardo Rodrigues, 30 anos, Halan Chagas de Sousa, 24, e Geraldo de Souza Teixeira, 26, foram surpreendidos na área de desembarque do aeroporto. Suplementos alimentares, remédios e mais de 200 estimulantes sexuais foram apreendidos com os suspeitos. Ações ou operações policiais desse tipo não são comuns em Pernambuco, o que faz a comercialização desses produtos ainda ser grande.

 

Suplementos, remédios e mais de 200 estimulantes sexuais foram apreendidos com o trio (Foto: Zuleika de Souza/CB/DA Press)

As prisões no Distrito Federal  ocorreram após os investigadores receberem informação de uma fonte sigilosa, garantindo que os homens teriam ido para o Paraguai buscar drogas e suplementos, na última quinta-feira. Na delegacia, segundo a polícia, Bruno assumiu que 90% dos produtos que estavam com ele seriam para consumo próprio. O restante seria para vendas. “Não importa se é para consumo ou venda, é proibido portar produtos sem registros ou de procedência ignorada”, garante o delegado. Os investigadores não localizaram drogas com os suspeitos, mas continuam as investigações. Eles responderão pelo crime de comercializar ou armazenar medicamentos sem registros da Anvisa. A pena varia de 10 a 15 anos de reclusão. Os três homens foram levados para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Parque da Cidade, e devem ser transferidos para o presídio da Papuda nos próximos dias.

Enquanto isso, aqui em Pernambuco, o comércio de suplemetos alimentares proibidos e até mesmo de anabolizantes corre solto. Já se tornou inclusive prática comum dentros de alguns estabalecimentos de musculação do Grande Recife. O Conselho Regional de Educação Física até que tenta coibir a venda, mas alguns funcionários e alunos das academias são os responsáveis pela comercialização. No ano passado, um jovem de 18 anos, morador do bairro de Boa Viagem, morreu subitamente. Os pais do garoto suspeitam que o filho perdeu a vida devido ao uso do suplemento Jack 3D, que lhe foi oferecido e vendido por um estagiário de educação física da academia onde treinava. O estagiário acabou sendo indiciado por crime contra a saúde pública e relação de consumo. A polícia ainda investiga se ele pode ter sido o responsável pela morte do estudante.

 

Com informações do Correio Braziliense