Secretaria Nacional de Direitos Humanos será comunicada da morte de universitário da UFPE

Depois de passarem por situações de constrangimento durante o final de semana, os parentes e amigos do universitário Raimundo Neto, 25 anos, finalmente conseguiram a ajuda que precisavam para exigir o direito que eles têm de saber o que aconteceu com o jovem. Samambaia, como era conhecido, era o mais novo de cinco irmãos e foi o primeiro membro da família a chegar à universidade. Por uma fatalidade ou crueldade, não sabemos ainda, seus sonhos foram interrompidos.

Secretário da SDS conversou com parentes do estudante. Foto: Raphael Guerra/DP/D.A.Press

Com Raimundo, morreram também as esperanças dos familiares de uma vida melhor. Os amigos da universidade não param de lembrar como o rapaz era querido e alegre. Seu corpo, enfim, deve ser velado e sepultado nesta terça-feira, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Nessa segunda, um grupo de parentes e amigos falou com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, e com o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro.

Confira notícia publicada no portal Diariodepernambuco.com.br

A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmou que irá acionar o Ministério da Educação e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos para pedir apoio no caso da morte do estudante de ciências sociais Raimundo Neto, mais conhecido como Samambaia. Além disso, a UFPE dará apoio psicológico à família e também criou um Grupo de Trabalho formado por docentes e estudantes para debater quais as novas medidas que irá tomar em relação ao caso.

Durante a manhã, a delegada Gleide Ângelo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi designada para ficar responsável pelo inquérito. O rapaz saiu de casa na quarta-feira (2) passada, dizendo que iria comprar um notebook no Centro do Recife e desapareceu. Seu corpo foi encontrado na manhã da sexta-feira (4), na praia de Boa Viagem, em frente ao edifício Brigadeiro Eduardo Gomes, trajando apenas uma bermuda com a Carteira de Reservista no bolso. A Declaração de Óbito foi assinada pela médica legista Ana Dolores do Nascimento que identificou “asfixia por afogamento”.

Amigos realizaram protesto na UFPE. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, também se comprometeu a entrar em contato com autoridades do governo do estado a fim de auxiliar nas tratativas para custear o enterro e agilizar a apuração do episódio.  “Estou confiante de que essa morte será esclarecida o mais rápido possível, inclusive estamos acompanhado a apuração dos fatos desde a sexta-feira, quando acionamos nosso setor de segurança institucional para ajudar no que for possível”, afirmou Anísio.

Em nota, o Departamento de Sociologia e a Coordenação do Curso de Ciências Sociais da UFPE também se posicionaram.

Leia o documento abaixo:

O Departamento de Sociologia e a Coordenação do Curso de Ciências Sociais da UFPE, diante da trágica morte do estudante do Curso de Ciências Sociais Raimundo Matias Dantas Neto, encontrado morto na madrugada do último dia 04, em circunstâncias ainda não esclarecidas e que dão margem à suspeita de que não teria sido uma morte acidental por afogamento, vêm de público reivindicar das autoridades responsáveis pela investigação em curso uma apuração rigorosa das condições que provocaram seu trágico desaparecimento. Esta nota vem juntar-se às manifestações do corpo discente  no sentido de um esclarecimento cabal dessas condições, de modo que à dor de sua perda tão sentida por seus colegas e familiares, a quem prestamos solidariedade, não venha somar-se o sofrimento, para o qual não há luto, de qualquer dúvida sobre as circunstâncias de sua morte.

Recife, 7 de janeiro de 2013


Maria da Conceição Lafayette de Almeida –  Chefe do Departamento de Sociologia
Eliane Maria Monteiro da Fonte – Coordenadora do Curso de Ciências Sociais
José Luiz Ratton – Coordenador do Programa  de Pós-Graduação em Sociologia
Patrícia Pinheiro de  Melo – Chefe do Departamento de História
Maria do Socorro Abreu de Andrade Lima  – Coordenadora do Curso de história
Gabriela Tarouco – Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Daniel Rodrigues – Diretor do Centro de Educação

Parentes e amigos se reúnem para cobrar esclarecimentos sobre morte de universitário

Uma família pega de surpresa com a notícia da morte de um jovem e uma série de atos que levaram a muitas dúvidas. Nunca tinha ouvido falar de uma liberação de corpo tão rápida do Instituto de Medicina Legal (IML), nem de que os parentes fossem proibidos de entrar na “geladeira” para reconhecer os seus mortos. O que está por trás da morte de Samambaia é o que parentes e amigos querem saber. A polícia precisa investigar e esclarecer o que houve. Podemos estar diante de mais um caso de assassinato que passará impune pelas autoridades. Leia sobre o caso na matéria abaixo:

Do Diariodepernambuco.com.br

Amigos e familiares do estudante de Ciências Sociais  da Universidade Fedeal de Pernambuco (UFPE) Raimundo Matias Dantas Neto, conhecido como Samambaia, farão uma reunião às 16 horas deste domingo para cobrar o esclarecimento sobre a morte dele. O rapaz saiu de casa na quarta-feira passada dizendo que iria comprar um notebook no Centro do Recife e desapareceu. Seu corpo foi encontrado na manhã da sexta-feira, na praia de Boa Viagem, em frente ao edifício Brigadeiro Eduardo Gomes, trajando apenas uma bermuda com a Carteira de Reservista no bolso. O caso está cercado de mistério.

A família questiona a falta de acesso para a identificação do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML) e a liberação muito rápida. A Declaração de Óbito foi assinada pela médica legista Ana Dolores do Nascimento que identificou “asfixia por afogamento”. Irmã do estudante, Martinha Matias Dantas disse que o acesso foi proibido em duas visitas sob o argumento de que a Carteira de Reservista encontrada no bolso dele já o identificava. Segundo familiares, a perita falou que o corpo não apresentava ferimentos ou escoriações e estava com roupa. Mas na segunda tentativa foram mostradas fotos nas quais o estudante estava sem blusa, parte dos seus dreads foram arrancados, existiam escoriações pelo corpo, a bermuda estava rasgada e seu pescoço parecia deslocado.

Raimundo Matias foi encontrado morto na praia. Foto: Arquivo pessoal
Inconformados com a situação, os parentes do estudante foram ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles foram orientados pela delegada Beatriz Leite a levar um ofício solicitando uma nova perícia. Mas ao chegar no IML foram informados que a médica legista não estava. A família comparecerá ao IML na próxima segunda-feira, quando também prestará queixa na Delegacia de Boa Viagem. A irmã do estudante informou que o rapaz era calmo e não costumava dormir fora de casa. “Meu irmão não gostava de praia e nem sabia nadar. Portanto, não tinha o que fazer na praia de Boa Viagem. Além disso, ele vivia de casa para a faculdade e vice-versa”, comentou.

 

Delegados do DHPP defendem atuação do gestor

Delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) se pronunciaram a favor do gestor Casimiro Ulysses de Oliveira. Fontes do blog informaram que alguns delegados da unidade estavam sendo perseguidos pelo atual gestor e que ele teria, inclusive, solicitado a transferência de alguns deles para outras delegacias. Informações negadas por um grupo de delegados.

Procurado através da assessoria de comunicação da Polícia Civil, Casimiro Ulysses disse que preferia não se pronunciar sobre o assunto. Em sua defesa, alguns delegados enviaram ao blog comentários afirmando que o teor da nota anterior não traduzia o sentimento da maioria dos delegados do DHPP em relação ao novo gestor. Fui criticado, inclusive, porque não consultei outros policiais sobre as reclamações.

No entanto, talvez, os delegados não estejam lembrados de que, ultimamente, quase  todos eles estão “proibidos” de falar com a imprensa, a  não ser em casos quando a divulgação é conveniente para a polícia. Concordo que o sentimento não seja o mesmo entre todos os delegados, mas não foi apenas uma ou duas fontes que confirmaram a informação, que talvez não tenha tomado proporções tão grandes antes da publicação.

Entre os comentários do post anterior, os policiais ressaltam que o atual gestor  do DHPP é um excelente profissional, pessoa humana e que está sempre disposto a ajudar, orientar e ouvir todos seus colegas delegados.

 

Delegados são perseguidos dentro do DHPP

Pelo menos seis delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Pernambuco estão sendo acompanhados de perto pelo novo gestor do departamento, Casimiro Ulysses de Oliveira. O blog teve informações de que o chefe do DHPP não estaria satisfeito com o trabalho realizado por alguns dos delegados e, inclusive, teria chegado a propor à chefia da Polícia Civil a troca de alguns desses profissionais. O que não foi atendido.

A notícia do perrengue entre o chefe e os delegados já ganhou os quatro andares do prédio da especializada, localizado na Imbiribeira, e até as outras delegacias do estado. O clima não anda muito bom no local de trabalho e existe uma espécie de queda de braço entre os profissionais. Fariam parte da lista dos policiais que não agradam o atual gestor os delegados José do Prado, Alfredo Jorge, Vitor Hugo, Ian Campos, Gleide Ângelo e Paulo Furtado.

Casimiro chegou ao DHPP entre o final do mês de julho e começo de agosto. Antes de assumir o cargo, ele era gestor de Polícia do Sertão I.

Leia mais sobre o DHPP em:

Novo chefe do DHPP vem do Sertão

 

Imagens podem ajudar a polícia a esclarecer morte de jornalista goiano

Muitas dúvidas ainda estão por trás do assassinato do jornalista goiano de 28 anos encontrado morto nesse final de semana no Cabo de Santo Agostinho. Nesta segunda-feira, uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai até o Cabo para começar a investiga o caso que teve repercussão nacional. Por enquanto, a polícia não descarta nenhuma possibilidade. Segundo os investigadores a morte pode ter sido um crime passional, um latrocínio, um crime de homofobia ou até mesmo uma morte por acidente. Leia abaixo matéria publicada no Diario desta terça-feira.

 

Do Diario de Pernambuco

As imagens das câmeras de segurança da Pousada Caravelas de Pinzón, onde o jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos, estava hospedado antes de ser encontrado morto, serão solicitadas hoje pela polícia. Segundo amigos, a vítima teria sido vista na noite da última sexta-feira, tentando entrar no local com um homem desconhecido. Na noite do sábado, Lucas saiu da pousada e seu corpo foi encontrado na manhã do domingo. Exames toxicológicos, sexológicos e subungueal (coleta de material nas unhas que servirá para a identificação de suspeitos por meio de DNA) também foram solicitados ao Instituto de Medicina Legal (IML), que, preliminarmente, informou que a causa da morte do jornalista foi espancamento e afogamento. O pai dele, Avelino Fortuna, e amigos acreditam, no entanto, que o assassinato teve motivação homofóbica.

Pai de Lucas veio liberar o corpo do IML. Foto: Carolina Braga/DP/D.A/Press

O gestor da Diretoria Geral de Polícia Judiciária Especializada, Joselito Kehrle, informou ontem à noite que nenhuma hipótese está descartada. “A mais frágil é o latrocínio (assalto seguido de morte), mas por enquanto é cedo para dizer que a morte foi passional ou homofobia. Pode inclusive ter sido apenas um afogamento. Os cortes podem ter sido provocados pelas pedras do mar”, afirmou. Vestindo apenas uma cueca, o corpo de Lucas foi encontrado com várias marcas de espancamento, próximo ao mar, entre as praias de Gaibu e Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. Um documento de identidade, sujo de sangue, também estava rasgado. A delegada Gleide Ângelo, do DHPP, irá hoje ao Cabo dar início às diligências.

Homossexual assumido, militante ativista do movimento LGBT e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Santo Antônio de Goiás, Lucas chegou à capital pernambucana na última quarta-feira para arbitrar a Série A do Campeonato Brasileiro de Vôlei Paralímpico. A passagem de volta estava marcada para o domingo, mas o jornalista conseguiu adiar por mais dois dias, que seriam usados para visitar amigos recifenses. Estava feliz com a possibilidade de se tornar um árbitro nacional. Ele pode ter sido a 30ª vítima de intolerância sexual contabilizada neste ano em Pernambuco, de acordo com o Movimento Gay Leões do Norte. Em 2011, foram 25 casos.

“A violência roubou o futuro de um jovem que contribuía e poderia contribuir muito mais na luta contra a intolerância. Espero que tudo isso não tenha sido em vão”, afirmou o pai, Avelino Fortuna. O sepultamento está previsto para hoje, em Goiás. Para Luciano Freitas, amigo da vítima e integrante do Grupo Leões do Norte, alguém teria atraído o jornalista até o local. “O que importa agora é entender o porquê de um assassinato cruel desses ter sido cometido e não quais foram as circunstâncias que o levaram para aquele local, àquela hora”, disse.

Saiba Mais

Pernambuco

30 homossexuais assassinados neste ano
25 homossexuais assassinados em 2011
20% é o aumento nos casos já registrados

Brasil

266 homossexuais assassinados em 2011
260 homossexuais assassinados em 2010

118% é o aumento de casos registrados entre 2005 e 2011
A cada 33 horas um homossexual foi assassinado em 2011

Ranking dos estados com maior número de casos (2011)

Bahia    28
Pernambuco    25
São Paulo    24
Paraíba    21
Alagoas    21
Minas Gerais    21
Rio de Janeiro    20

As formas de assassinato (2011)

70 por arma de fogo
67 por arma branca (faca, foice, machado, tesoura)
56 por espancamento (pauladas, pedradas, marretadas)
8 por enforcamento
65 outros (afogamentos, atropelamentos, carbonização, degolamentos, tortura, violência sexual)

Fontes: ONG Leões do Norte, Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais de 2011

 

Corpo de empresário passará por nova perícia

As investigações sobre a morte do empresário da construção civil Sérgio Falcão parecem cada dia mais difíceis de serem concluídas. Depois da exumação do corpo realizada nessa quarta-feira no Cemitério Morada da Paz, o corpo precisou ser encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) onde passará por uma nova perícia nesta quinta-feira. Para isso, um moderno equipamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) será usado.

Corpo do empresário foi exumado ontem. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A/Press

O objetivo da análise será descobrir se havia pólvora no corpo do empresário encontrado morto dentro do seu apartamento na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O aparelho chamado Microscópico Eletrônico de Varredura (MEV) é muito preciso para detectar qualquer resquício de pólvora. Até agora, as investigações feitas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não concluíram se a morte foi um homicídio ou um suicídio. A família da vítima acredita na primeira possibilidade.

Apesar do empenho da polícia para esclarecer o caso, as irmãs e o advogado de Sérgio Falcão pediram o afastamento do perito que estava responsável pelos exames do caso, solicitaram a indicação de um promotor do Ministério Público de Pernambuco para acompanhar o trabalho da polícia e sinalizaram que irão pedir ajudar à Polícia Federal para investigar uma conta bancária que o empresário tinha na Suíça. “Com o novo exame, esperamos outros esclarecimentos periciais. Será mais um passo para elucidar o que aconteceu naquele dia. O MEV é muito preciso para detectar qualquer resquício de pólvora”, explicou a delegada Vilaneida Aguiar, responsável pelo inquérito.

 

Veja matéria completa sobre o caso na edição impressa do Diario de Pernambuco desta quinta-feira

 

 

Corpo do empresário Sérgio Falcão será exumado nesta quarta-feira

Está prevista para acontecer às 8h desta quarta-feira a exumação do corpo do empresário da construção civil Sérgio Falcão. O pedido foi feito à polícia pela família do empresário. A exumação acontecerá no Cemitério Morada da Paz, no município do Paulista, no Grande Recife. As irmãs de Sérgio irão acompanhar o trabalho dos peritos e devem conversar com a imprensa pela primeira vez desde a morte do empresário.

Sérgio Falcão morreu com um tiro na boca. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A/Press

Também a pedido da família Falcão, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) designou um promotor para acompanhar o inquérito que está sendo conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Conhecido por ter acompanhado o caso da morte da turista alemã Jennifer Kloker, o promotor de Justiça André Rabelo foi o escolhido.

Morte aconteceu neste edifício de luxo. Foto: Bruna Monteiro/DP/D.A/Press

A delegada Vilaneida Aguiar só vai se pronunciar sobre a investigação depois de receber os laudos do Instituto de Criminalística (IC), ainda sem prazo para serem concluídos. O principal suspeito do caso é o sargento reformado da Polícia Militar, Jailson Melo, 58 anos. Ele alega que Sérgio cometeu suicídio. A família do empresário acredita que ele foi assassinado. A morte aconteceu na casa do empresário em um apartamento de luxo na Avenida Boa Viagem.

 

DHPP recebe capacitação sobre Sistema de Proteção à Pessoa

Nesta sexta-feira pela manhã, a secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – SEDSDH, através  da executiva de Justiça e Direitos Humanos, apresenta, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa – DHPP, as ações do Sistema de Proteção a Pessoas, que integra o Programa Nacional de Direitos Humanos.

A ação tem como objetivo reforçar a atuação dos programas de proteção e orientar o policiais do órgão sobre os requisitos para ajuda a pessoas ameaçadas. O DHPP é  departamento que investiga todos os crimes de homicídios praticados no Grande Recife. De Janeiro deste ano até agora, o sistema de proteção atendeu a mais de cinco mil pessoas em seus programas. Deste total, mais de 300 foram protegidas por ameaça de morte.

O Sistema de Proteção à Pessoa é formado pelos programas de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte (PPCAAM); de Assistência às Vítimas, Testemunhas ameaçadas e Familiares de Vítimas de Violência (PROVITA); de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH); e pelo Nap, Núcleo de Acolhimento Provisório. Também fazem parte do sistema o Centro de Apoio a Vítimas de violência (CEAV); Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra o Idoso (CIAPPI); e Centro Estadual de Combate a Homofobia (CECH).

 

Morte de dono de construtora ainda em investigação

 

Por Maiara Melo

Às vésperas de completar dois meses de investigação sobre a morte do empresário Sérgio Falcão, dono da Falcão Construtora, uma das últimas testemunhas do caso prestou depoimento nessa segunda-feira, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Durante cerca de três horas, a esposa do principal suspeito, o policial militar Jailson Melo contou à polícia detalhes  do comportamento do marido antes e depois do empresário ter sido encontrado morto dentro do seu apartamento de luxo na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A polícia ainda não sabe se foi um homicídio ou se o empresário cometeu suicídio.

Esposa do PM saiu do DHPP sem falar com a imprensa. Foto: Maiara Melo/DP/D.A/Press

De acordo com a delegada Vilaneida Aguiar, o caso está perto de ser concluído. Daqui a aproximadamente 10 dias, os laudos do Instituto de Criminalística (IC) serão liberados. “Ela só foi chamada para completar o inquérito. Algumas testemunhas ainda serão ouvidas. Nós temos algumas novidades, que não podem ser divulgadas no momento”, explicou a delegada.

Delegada Vilaneida está à frente do caso. Foto: Maiara Melo/DP/D.A/Press

O advogado do casal, André Fonseca, continua afirmando que o seu cliente é inocente e que Sérgio teria cometido o suicídio, mas que teria chamado o policial até o apartamento para montar um cenário de homicídio para receber o dinheiro do seguro de vida. “A apólice não é liberada em caso de suicídio, por isso ele precisava induzir um homicídio”, explicou. “Está no processo que ele tinha 20 anos de porte de arma e tinha uma arma em casa. Sérgio era um exímio atirador”, afirmou o advogado, tentando explicar como o empresário teria sido ágil ao tirar a arma da cintura de Jailson e disparado.

Advogado diz que seu cliente é inocente. Foto: Maiara Melo/DP/D.A/Press

André Fonseca apresentou um arquivo com 56 páginas onde depoimentos e ofícios de policiais militares retratam a conduta de Jailson Melo. “O documento é público e só constam elogios ao sargento. São 30 anos de prestação de serviço ao estado, sempre com boa conduta”, disse. O inquérito será encerrado em aproximadamente 15 dias. “Acreditamos que ele não será acusado e o caso será arquivado”, concluiu André.

Novo chefe do DHPP vem do Sertão do estado

 

Diante das recentes mudanças na Polícia Civil de Pernambuco, uma surpresa. Vários nomes de delegados do Recife estavam cotados para assumir o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por investigar os crimes de assassinato praticados na Região Metropolitana do Recife (RMR), no entanto, um delegado do Sertão é quem ocupará o cargo. O delegado Casimiro Ulysses de Oliveira vai assumir o lugar deixado por Joselito Kherle que vai responder agora pela Diretoria Geral de Operação das delegacias especializadas.

Casimiro assume, por enquanto, informalmente até que toda a burocracia para sua nomeação seja resolvida. Atualmente, Casimiro Ulysses estava como gestor de Polícia do Sertão I. O nome dele já estaria na mesa do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, para ser efetivado no novo cargo. O DHPP foi criado no ano de 2006 para tentar esclarecer os crimes de homicídios praticados em Pernambuco. Por enquanto, a sede do DHPP funciona no bairro da Imbiribeira, mas deve ser transferida para o bairro do Cordeiro até o final deste ano.

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