Modelo do Pacto pela Vida servindo de exemplo

 

Os resultados do programa de segurança pública Pacto pela Vida foram apresentados nessa quinta-feira a representantes da Colômbia e da Argentina. Em 2006, ano anterior à criação do programa, Pernambuco mantinha um índice de 55,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Atualmente, este número caiu para 37,3. O encontro foi na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), onde, semanalmente, gestores das polícias Civil e Militar, além de representantes do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, reúnem-se para discutir melhorias nas metas de redução dos índices de violência, como reforço de policiamento e repressão qualificada. A expectativa é de que Pernambuco termine o ano com uma redução de 12,5% nos índices de CVLIs em relação a 2011.

“É sempre positivo que possamos interagir com as experiências de outros estados e países. No ano passado fui chamado para apresentar o programa aos prefeitos eleitos da Colômbia. Agora, a visita foi feita por representantes deles. Isso é importante porque eles também nos dão dicas. O olhar deles vai indicar sugestões”, disse Eduardo Campos. “O Pacto é uma construção permanente. Outras delegações querem vir conhecer. Os números indicam uma redução na capital em quase 50% em cino anos e meio. Isso mostra que estamos no caminho certo”, completou o governador.

Governador acompanhou reunião realizada ontem (RAPHAEL GUERRA/DP/D.A.PRESS)
Governador acompanhou reunião realizada nessa quinta-feira na sede da Seplag

O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, também esteve presente na reunião de monitoramento. Demonstrou satisfação em apresentar o trabalho desenvolvido em Pernambuco para as cinco autoridades da Província de Antioquia, na Colômbia. Damázio destacou que este mês de julho deve se tornar o de maior redução de CVLIs da história do Pacto, lançado em maio de 2007. “Devemos fechar com uma queda de 25 a 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vamos trabalhar para segurar os outros cinco meses do ano e fechar 2012 atingido a meta de pelo menos 12%”, afirmou o secretário de Defesa Social. Em 2011, o índice de redução dos CVLIs foi de 1,2%, o mais baixo desde a criação do programa de segurança.

Com informações do Diario de Pernambuco

 

 

 

DHPP é exemplo para outros estados

 

 

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Pernambuco está servindo de exemplo para as polícias de outros estados do Brasil. Segundo o gestor do departamento, delegado Joselito Kerhle, representantes da área de segurança de vários estados já visitaram o DHPP para acompanhar o trabalho das equipes que investigam os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) para adotarem o mesmo modelo de trabalho. “Já recebemos policiais da Bahia, Ceará, Paraíba e até de São Paulo para observar nossa experiência e passarem a trabalhar da mesma forma em seus estados”, afirmou Kerhle.

Antes do DHPP existir, todos os homicídios registrados no estado era investigados pelas delegacias dos municípios onde as mortes aconteciam. “Recentemente, recebemos a visita da diretora do DHPP da Bahia, que veio acompanhada do comandante da Polícia Militar e do diretor de polícia da capital baiana para ver de perto nosso trabalho. Eles acompanharam desde a saída de uma equipe da Força-tarefa para atender uma ocorrência até o encaminhamento do inquérito criminal para a Justiça”, contou Joselito. No mês de março, o DHPP mandou um total de 102 inquéritos para a Justiça. Desses, 91 estavam com a autoria esclarecida.

“Pernambuco é sinônimo de excelência na redução da criminalidade violenta, mais especificamente no que se refere a homicídio. Já participamos da capacitação de agentes e delegados de outros estados, o que mostra que nosso trabalho tem dado bons resultados”, destacou Kerhle. O DHPP já recebeu também a visita de uma comissão de delegados e oficiais da Polícia Militar de Alagoas. De acordo com Joselito, o Departamento de Homicídios do Ceará foi montado a partir da experiência de Pernambuco. “Eles mandaram um total de 60 policiais para colher informações nossas e depois iniciaram o trabalho no estado deles”, lembrou o gestor do DHPP de Pernambuco.