MPPE pede punição de banco por morte em assalto

 

A polêmica envolvendo os assaltos a bancos no Recife ganha mais um capítulo a partir de agora. Depois de várias fiscalizações e avisos de que os responsáveis pelos crimes acontecidos devido à falta dos equipamentos de segurança previstos pela lei municipal para a capital do estado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Polícia Civil o indiciamento do superintendente regional do Bradesco, cujo nome não foi revelado. O promotor do Consumidor, Ricardo Coelho, interpretou que a tentativa de assalto ao posto de serviço da agência localizado na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que resultou na morte de uma pessoa, na última sexta-feira, só aconteceu porque houve negligência. Segundo ele, os itens de segurança obrigatórios não estavam instalados. Depois de uma troca de tiros, um dos suspeitos pelo assalto acabou morrendo. Clientes e funcionários do estabelecimento ficaram em pânico.

 

Segundo o promotor do Consumidor, a tentativa de assalto ao posto de serviço da agência do Bradesco localizado na UFRPE, na última sexta-feira, só aconteceu porque houve negligência. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press  (Julio Jacobina/DP/D.A Press)

 

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que “alguns itens dessas leis são de difícil possibilidade material de cumprimento, não atendem os princípios constitucionais e poderiam gerar efeitos colaterais negativos, como a blindagem das agências, que dificultaria a ação da polícia em caso de as dependências serem tomadas por criminosos, e dos bombeiros no caso de incêndio”, completou. Por não cumprimento das leis, cinco bancos do Recife foram interditados no mês passado. Por sua vez, a Polícia Civil adiantou que ainda não sabe se o superintendete do banco será indiciado. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão ao Roubo que tem 30 dias para concluir o inquérito. E você? Concorda que os responsáveis pelos bancos sejam punidos caso acontecem mortes nos assaltos?

Tiroteio entre policiais reconstituído nesta 3ª feira

 

Esta marcada para a manhã desta terça-feira a reconstituição do tiroteio entre policiais civis e agentes da Polícia Federal (PF) que resultou na morte do policial federal Jorge Washington Cavalcanti de Albuquerque, 57 anos. O caso aconteceu no dia 5 de janeiro do ano passado, na BR-232, no bairro do Curado. O caso volta à tona porque o procurador da República Anderson Vagner Goes dos Santos do Ministério Público Federal (MPF) devolveu o inquérito feito pela PF, como divulgou o Diario de Pernambuco com exclusividade, alegando que havia algumas questões que precisavam ser esclarecidas e determinando a realização da reprodução simulada. O agente federal foi morto com um tiro no peito e um outro agente foi baleado na barriga durante uma operação para prender o jovem Wagner Alves do Nascimento, 25, apontado pela polícia como traficante de drogas. Classificado como um mal-entendido e fatalidade, o caso teve repercussão porque envolveu policiais do Departamento de Narcotráfico da PF e da Polícia Civil que estavam na mesma investigação.

Morte do policial federal criou um clima de mal estar entre as duas corporações

O inquérito voltou às mãos do delegado federal responsável pelas investigações, Renato Cintra. O pedido de reconstituição do procurador da República recomenda que todas as pessoas envolvidas no tiroteio voltem à cena do crime. Para isso, até o suspeito Wagner Alves, que está preso por tráfico, vai estar na BR-232. Além dele, o taxista que estava levando o jovem, os três policiais civis e os seis federais que também estavam investigando o suposto traficante estarão presente da reprodução simulada. O objetivo da reprodução simulada é esclarecer todas as dúvidas que o MPF não conseguiu encontrar justificativas no inquérito enviado pela PF. Durante a investigação do caso, peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) de Brasília vieram ao Recife e fizeram uma reconstituição virtual do tiroteio para ajudar a esclarecer de onde teriam partido os primeiros tiros. A equipe trouxe um equipamento de última geração, um scanner 3D. Porém, o resultado de toda a investigação não satisfez o MPF.

Sofisticada tecnologia usada em 2011 não esclareceu dúvidas do MPF