Formando uma geração de ciclistas

Ajudar a diminuir os engarrafamentos adotando a bicicleta como meio de transporte para os trajetos diários não foi o suficiente para o autônomo Enio Paipa, 27 anos. Desde 2009, ele só se desloca de bike. Percorre cerca de 60 km por dia, saindo do Janga, em Paulista, passando pela Boa Vista e indo até Casa Amarela, no Recife. Inquieto, o ciclista decidiu ir além e repassar os conhecimentos adquiridos nas ruas. Ele é um dos 53 voluntários do Bike Anjo no Recife e ensina outras pessoas a pedalarem.

Em três anos de atuação como “professor de bike”, Enio perdeu as contas de quantas pessoas já formou no Recife. “A primeira pessoa que ensinei a pedalar foi uma mulher chamada Eugênia. Ela tinha 36 anos quando decidiu fazer as aulas. Sofria com piadas quando dizia que queria aprender. Ensinei e, uma semana depois, ela participou de uma pedalada do Recife até Paulista. Hoje, usa a bike. São histórias como essa que me inspiram e nos fazem continuar”, diz.

Para Enio Paipa, é fácil ser do bem no trânsito. “É simples. Basta respeitar os outros atores da mobilidade. O motorista respeita o ciclista, que respeita o pedestre, que respeita o motociclista, que respeita o motorista e vice-versa”, pontua. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os ciclistas têm prioridade sobre todos os outros veículos. “Mas não temos só direitos. Temos a obrigação de respeitar os pedestres. Se não, como poderemos cobrar nossos direitos”, completa.

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