Gaúcha encontra buzinas por toda parte

O som das buzinas, acionadas constantemente no trânsito do Recife, ficou na cabeça da biomédica Aline Peixoto, 25 anos, por muito tempo. Assim que chegou à capital pernambucana depois de sair da cidade natal, Santa Maria (Rio Grande do Sul), para fazer mestrado na Fiocruz Pernambuco, ficou impressionada com a falta de paciência dos motoristas recifenses.

Depois de três anos morando no Recife, ela conta que ainda não se acostumou totalmente ao barulho constante no trânsito. Aline conta que quando os familiares vêm do Sul para visitá-la fazem os mesmos comentários que ela fazia quando chegou. “Eles dizem que se eu consigo dirigir aqui, posso dirigir em qualquer lugar”, diz.

Os diferentes tipos de buzina deixaram a gaúcha confusa. “Aqui tem buzina para tudo: uma mais rápida para alertar, uma intermitente quando o motorista está muito irritado e até uma de dois toques para agradecer. Achei muito engraçado existir uma de agradecimento, pois isso não existe em Santa Maria”, compara.

Agora, depois de ter identificado os “códigos” dos motoristas recifenses, Aline se sente mais preparada para enfrentar os engarrafamentos constantes. “Entendo como o motorista daqui é, mas não repito o que não considero legal. Torço para encontrarem uma solução para o trânsito, mas não acredito que isso deva acontecer tão cedo. Enquanto isso, faço minha parte”, ressalta.

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