Nenhuma multa na carteira e educação como prioridade

Equipamentos de fiscalização se espalham pela cidade. O celular vibra chamando atenção o tempo todo. O sinal está amarelo e, às vezes, a pressa sugere acelerar. As tentações são várias e cometer um deslize ao volante é quase uma regra no jogo do trânsito. Em média, duas infrações por minuto são contabilizadas em Pernambuco. Contudo, por mais impossível que pareça, as exceções existem. Habilitados há anos e sem nenhum ponto na carteira estão dirigindo para provar que, para ter uma mobilidade segura, basta apenas vontade e respeito ao próximo.

A comerciante Eliane Lages, 49 anos, precisa conferir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para se certificar há quanto tempo tem o documento, mais de duas décadas. Fruto de uma necessidade profissional, a habilitação de Eliane sempre passou em branco pelas renovações: nenhuma multa contabilizada em todos esses anos.

Ainda nos primeiros anos de volante, Eliane passou por um susto que pautou a conduta dela no trânsito nos anos seguintes. “Percebi o sinal amarelo e acelerei. Por um tempo, achei que tinha levado um multa”, lembra. Desde então, a comerciante firmou o compromisso de nunca mais repetir o risco.

Pelo menos três vezes por semana, ela sai do bairro da Várzea em direção ao Bairro do Recife, onde trabalha. São mais de 15 km, pelos quais ela trafega sempre prestando atenção na velocidade máxima e também nos outros motoristas. “O segredo é ter paciência, respeitar as leis e ter cuidado com os possíveis erros dos outros condutores”, analisa ela, que faz questão de repassar o exemplo aos filhos.

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