Uma das principais causas da perda de visão após os 50 anos é a Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI), que afeta a área central da retina, a mácula, que vai se degenerando com a idade. A DMRI acarreta baixa visão central (mancha central) dificultando principalmente a leitura. A oftalmologista, especialista em retina clínica Ana Lúcia Arcoverde explica que o diagnóstico é feito através do exame de fundo de olho, com a pupila dilatada, e que nos casos em que a DMRI é detectada, o paciente é encaminhado para exames específicos. A médica explica que há dois tipos de degeneração macular: a seca, que atinge a maioria da população, e a exsudativa ou úmida, que acontece com menor frequência e que tem um maior índice de cegueira.

Diversos fatores de risco podem estar associados à degeneração macular. Segundo Ana Lúcia, a exposição à luz solar, pessoas com alimentação pobre em vitaminas e rica em gorduras, de peles claras, fumantes e pessoas com predisposição genética têm mais tendência à degeneração. O tratamento exige mudanças no estilo de vida. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de retardar a evolução da doença.

Diagnóstico da Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI), que afeta a área central da retina, é feito com exame de fundo de olho. Foto: Rodrigo Silva/DP/ D.A.Press

“A partir dos 50 anos deve-se fazer visitas ao oftalmologista. Em casos de visão borrada, falta de foco, é preciso realizar exame de fundo de olho com a pupila dilatada. É importante valorizar as queixas e fazer os exames periódicos”, ressalta a oftalmologista. Para ela, o importante é prevenir, manter os exames de rotina atualizados, investir em uma alimentação saudável e em atividades físicas, pois a degeneração “pode não ser evitada, mas pode se retardada, preservada e até melhorar a visão do paciente”.