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Candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral defendeu o legado do BRT na Região Metropolitana do Recife (RMR) e a permanência do metrô sob a alçada do governo federal. Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário estadual de Cidades durante o governo Eduardo Campos (PSB) questionou se o usuário do sistema acha o BRT ruim, mas admitiu que melhorias precisam ser implementadas.
Hoje candidato ao Executivo estadual, Danilo assumiu a titularidade da pasta de Cidades em 2011, deixando o cargo três anos depois. Nesse período, o estado empreendeu obras que visavam modernizar a Região Metropolitana para o período da Copa do Mundo. Uma das mais aguardadas pela população, o sistema BRT, não só não foi entregue durante o prazo previsto como possui obras que se arrastam até os dias atuais. “Eu fui secretário e saí em 2014; deixamos ele com 90% entregue. O fato é que depois de 2014 em diante a gente vivenciou uma crise”, justificou Danilo.
“E hoje a gente tem alguma coisa remanescente dele, que está sendo concluída pelo governo do estado. No [corredor] Leste-Oeste, por exemplo, só faltam três estações, ali em Camaragibe, serem feitas. No [corredor] Norte-Sul tem um pedaço que já está sendo requalificado, inclusive sendo refeito, porque durante a pandemia houve degradação e ataques que quebraram as estações. E teve algum ganho de qualidade – teve, sim! Pergunta a quem está andando dentro do BRT se ele está achando ruim porque está andando no ar-condicionado. Está lá, está andando nos corredores do BRT com ar-condicionado. Está bom? Ainda não está bom, porque isso é um problema dos grandes centros urbanos.”
Além dos desafios enfrentados pelos usuários do BRT, a péssima qualidade do metrô pernambucano é outra queixa recorrente entre aqueles que precisam utilizar o transporte público na RMR.
Frequentemente interditado por problemas técnicos, o Metrô do Recife é administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), pertencente ao governo federal. Este ano, o governo Paulo Câmara (PSB) propôs estadualizar a gestão dos trilhos pernambucanos e, em seguida, concedê-la a iniciativa privada. O candidato do PSB, por sua vez, é contra a ideia.
“O metrô é um dos principais meios de deslocamento e nós precisamos ter um entendimento com o governo federal. Primeiro, ele é federal, não pertence ao estado – e eu acho que ele deve permanecer como público e vinculado ao governo federal. Agora, nós precisamos requalificar o metrô, porque houve também um sucateamento da parte do metrô. Aquilo que foi, inclusive, comprado no período da Copa, que foi um avanço, novas estações, novos vagões, aquilo deixou de funcionar. Dos 49 comboios, tem 19 quebrados. Nós precisamos requalificar o metrô e isso é função do governo federal”, disse.
