22 de novembro de 2024

Crédito: Reprodução/TV Brasil

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Correio Braziliense

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir ainda nesta semana com o ministro da Defesa, José Múcio, e os três comandantes das Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica para discutir sua modernização. A declaração ocorreu após almoço com Múcio, na pasta da Defesa.
“Falamos sobre a ideia do nosso presidente Lula que é discutir com o Ministério da Defesa, com as Forças Armadas, a modernização das nossas Forças Armadas. Em qualquer lugar do mundo, as principais nações do mundo, há uma um alinhamento dos investimentos na Defesa da nação do país, dos investimentos nas Forças Armadas com ciência, com tecnologia, com desenvolvimento de conhecimento, com formação de mão de obra”, apontou.
“O presidente Lula já tinha definido, desde o período da campanha, que ele gostaria de modernizar as Forças Armadas, aumentar o investimento em Defesa do país e fazer o que as principais nações do mundo fazem, que é que esse investimento tenha um alinhamento com outras ações prioritárias de governo, por exemplo formação de mão de obra”, completou, citando o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
“Nós precisamos trazer conhecimento, desenvolver tecnologias. É esse o conceito que nós queremos implementar junto ao Ministério da Defesa para que a gente possa, inclusive, aumentar o investimento com outras modalidades de captação de recursos e de modernização, inclusive na forma de contratar. Outras nações do mundo, por exemplo, nações grandes, desenvolvidas, fazem projetos de PPP para equipar suas Forças Armadas. Com isso, elas conseguem antecipar investimento que se fossem depender apenas do recurso orçamentário anual não seriam possíveis”, continuou.
Costa ressaltou que Lula já havia solicitado em dezembro que gostaria de receber das Forças Armadas uma proposta em relação à modernização. “Eles já estão prontos e nós vamos marcar agora. Eu vou tentar a agenda ali do presidente e tentar, até sexta-feira, fazer o presidente assistir à apresentação deles, da modernização, dos investimentos, de que forma eles podem se alinhar nesse conceito.”


Ataques extremistas

Porém, o ministro também evitou atrelar as medidas aos atos terroristas de 8 de janeiro. “Eu diria que nós não podemos, de forma nenhuma, permanecer com nossas instituições contaminadas por esse conceito que se encerrou de governo no dia 31. Qualquer nação do mundo, se ela quer se desenvolver, se ela quer ser forte, se ela quer ser democrática, ela tem que ter instituições de Estado e não de governo, e instituições fortes. Um sistema judicial forte, com uma procuradoria forte, um MP forte, Forças Armadas fortes, mas que sejam e pensem enquanto projeto de Estado. As ações de governo estão sendo pensadas e planejadas não somente para o governo Lula, mas como políticas de planejamento de Estado, de longo prazo”, emendou.
“Se queremos que o país seja grande é preciso pensar em projetos de Estado, instituições de Estado. E não podemos misturar isso com comportamentos inadequados de um, de dois, de 10”.
Costa destacou também que a modernização das Forças Armadas não constitui um “afago” às corporações. “Não é afago porque não é novidade. O presidente não pediu isso agora, ele pediu antes. Antes de escolher os comandantes das FA, ele disse que gostaria de receber e alinhar a modernização das Forças Armadas com o que as principais nações do mundo fazem”, continuou, citando a China, Alemanha, Inglaterra França e EUA
“Isso foi pensado antes dos ataques. Não é uma reação, compensação mitigadora do que aconteceu. Isso já vinha sendo planejado e já era uma determinação do presidente”, concluiu.

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