Poucas vezes o noticiário político ocupou tanto espaço nas manchetes do Diario de Pernambuco (e na imprensa brasileira) como em 2005, no período do chamado mensalão. Na época eu estava como editor de Política e Pedro Marins era o assistente. Trabalhamos muito, entrando diariamente pela madrugada. Isso porque o volume de informação era gigantesco. Depoimentos bombásticos – e longos – mudavam o rumo do noticiário de uma hora para outra. Quase sempre à noite. Sem contar com as surpresas, não muito republicanas, como dinheiro apreendido em malas ou mesmo na cueca.
Para complicar, o centro da cobertura era Brasília, com muita coisa acontecendo também em Minas Gerais (principalmente por conta de Marcos Valério). Os detalhes, as fontes, os documentos que “vazavam”, os depoimentos ou as entrevistas coletivas estavam a quilômetros da nossa redação. No meio de todo esse turbilhão de informações tínhamos uma grande vantagem: trabalhávamos em conjunto com o Correio Braziliense e o Estado de Minas, jornais dos Diarios Associados e que tinham (e continuam tendo) duas belas e grandes equipes de Política. Ambas postadas no olho do furacão.
Todo esse material produzido serviu de inspiração para o pessoal da primeira página, nossos companheiros da madrugada. Publicamos várias capas muito boas. Algumas marcantes. Aqui, três exemplos significativos do caso: