Desigualdade triunfal

100 anos do campeonato paraenseCelebrando os 100 anos do campeonato paraense, a federação de futebol do estado está promovendo a Copa Centenário, com a participação de todos os campeões desde 1908.

Mas não será um torneio inchado não…

Afinal, foram apenas 4 vencedores em 100 anos! Todos da capital. Somente Remo e Paysandu ganharam 84 vezes.

Trata-se da “maior concentração de taças” em um estado do Brasil. Superior até mesmo a Pernambuco, que tem apenas 7 campeões, nenhum deles do interior. Mas aqui, o último vencedor fora do “trio de ferro” foi o América, em 1944.

Em Belém (digo, no Pará…), a última vez que isso aconteceu foi em 1910. Ano em que o União Esportiva (escudo abaixo) conquistou o seu segundo título (o outro havia sido na estréia, em 1908). Desde então, o troféu passa do Remo para o Paysandu, e do Paysandu para o Remo. De vez em quando a Tuna Luso se mete na história e ganha também, mas a última vez foi em 1988.

O quadrangular está sendo custeado pelo governo do estado, e a maior atração está sendo mesmo a volta do União Esportiva, que há décadas não disputava um campeonato local. Para isso, foi necessária uma parceria com o Clube Municipal de Ananindeua, que emprestou jogadores e a sua comissão técnica.

E não é que na estréia, em 18 de outubro, o time do “bairro do Marco” venceu o Paysandu por 2 x 1!? Gols de Cléo e Tales Macarrão. Paulo de Tássio (é assim mesmo que se escreve) descontou.

Todas as partidas da copa estão sendo realizadas no Mangueirão. Os dois primeiros colocados farão a final no dia 8 de novembro. Você pode ler mais sobre a Copa Centenário clicando AQUI e AQUI.

Ah, o clássico Remo x Paysandu será disputado neste sábado, às 17h. Pela movimentação das torcidas pelo Orkut, o jogo deverá ter um público pequeno. Depois do rebaixamento do Remo para a Série D e da eliminação do Paysandu, que ficará na C em 2009, é até compreensível. As tradicionais torcidas do Leão Azul e do Papão merecem algo melhor mesmo.

Sociedade Atlética União Esportiva, primeira campeã paraenseCampeões do Pará
42 títulos – Paysandu e Remo
10 títulos – Tuna Luso
2 títulos – União Esportiva

Obs. No comecinho do século passado, o futebol paraense era bem mais desenvolvido que o pernambucano, tanto que o campeonato estadual de lá começou em 1908, enquanto o de cá só foi realizado pela primeira vez em 1915. Por isso, a histórica vitória do Sport por 3 x 2 sobre o combinado Remo/Paysandu, em 1919, valeu não só o troféu “Leão do Norte” como o mascote do Rubro-negro.

Além do fanatismo

Você teria paciência para ver o jogo "assim"?Apesar de surreal, trata-se de um caso verídico.

Vou acreditar na fonte, por mais que algo assim só se acredite vendo.

Mas nesse caso isso não seria possível.

No último domingo, a Argentina parou para acompanhar o superclássico de Buenos Aires, que terminou com a vitória do Boca Juniors sobre o River Plate por 1 x 0 (gol de Lucas Viatri), dentro de um Monumental lotado.

Até aí, nada demais… Porém… Dos três canais de televisão do país que passaram a partida, apenas um mostrou as imagens do jogo.

Não entendeu? Não é mesmo para compreender de primeira. Explicação: só um canal de TV aberta tem o direito de transmitir as partidas do torneio apertura. Mas para não passar outra coisa – que não daria audiência mesmo -, os outros canais exibiram apenas as imagens das torcidas no estádio (ao vivo). A transmissão ficou restrita a uma locução, como no rádio. Com a “vantagem” de acompanhar o fanatismo dos hinchas, é claro!

Cabe uma pergunta: por que alguém assistiria o jogo pela televisão sem ver de fato uma partida que está passando livremente em outro canal?

Não sei o motivo, mas algum maluco deve ver dessa forma, ou então as emissoras não fariam isso.

Você pode ver a enorme cobertura do Olé sobre o jogão clicando AQUI.

Fonte do post: Humberto Santos (editor do Aqui PE), que esteve em Buenos Aires no último domingo e viu de perto a loucura no país por causa de um único jogo 8)

Lo que importa es el tenis

Nalbandian vence Rafael Nadal e é campeão do Masters de Paris, em 2007Rivalidade à parte, é preciso admitir: a escola de tênis da Argentina está bem na frente do Brasil. Ainda mais agora que Gustavo Kuerten se aposentou. Esse, aliás, conseguia sozinho inverter a situação.

Mas para não perder o foco: a Argentina terá pela 3ª vez em sua a história a chance de conquistar a Copa Davis, espécie de mundial por equipes do tênis.

E como o regulamento prevê o duelo em apenas um país, os argentinos deram a sorte de decidir em casa, contra a poderosa Espanha, dos craques Rafael Nadal (somente o nº 1 do mundo) e David Ferrer, e campeã em 2000 e 2004. Os 5 jogos (4 de simples e 1 de duplas) serão realizados na cidade de Córdoba, no estádio Orfeu, de 21 a 23 de novembro, como informou a Associação Argentina de Tênis (AAT).

E não será no saibro, como a maioria dos argentinos gosta, até mesmo porque Nadal é quase imbatível nesse solo. A final será disputada no carpete, piso preferido de David Nalbandian, a maior aposta dos hermanos na finalíssima. Por sinal, Nalbandian – o 8º no ranking da ATP – venceu Nadal duas vezes no carpete, em 2007, em Paris (foto acima) e Madri.

Capa do Olé de 3 de junho de 2004O “time” argentino deverá ser formado ainda por Juan Martín del Potro, de apenas 20 anos e que foi decisivo na semifinal contra a Rússia (no Parque Roca, em Buenos Aires), e Guillermo Cañas, que jogará nas duplas, com Nalbandian.

A imagem ao lado foi a capa do jornal Olé em 3 de junho de 2004, quando Nalbandian eliminou Gustavo Kuerten nas quartas-de-final de Roland Garros. Por que o tênis importa tanto? Porque na noite anterior a Argentina havia perdido do Brasil por 3 x 1, em algo que não importa tanto… O que então? Eliminatórias da Copa do Mundo de futebol.

Obs. Nas duas primeiras finais da Copa Davis, a Argentina foi vice-campeã como visitante, perdendo em 1981 para os Estados Unidos (3 x 1) e em 2006 para a Rússia (3 x 2).

Você pode ver mais detalhes sobre a Copa Davis no site oficial da competição e AQUI.