Ontem à noite, eu abria algumas caixas – mudança recente -, quando encontrei uma pilha de edições da revista Placar. Nesse bolo, o Guia Placar do Brasileirão de 1995. Na revista, o meia Chiquinho, então com 19 anos, foi apontado como destaque do Sport.
No Flamengo, o “melhor ataque do mundo”, Sávio, Romário e Edmundo. Já no Fluminense, Renato Gaúcho era o Rei do Rio, por causa do antológico gol de barriga na final do Carioca daquele ano. Puro saudosismo.
Mas o que me chamou a atenção mesmo no guia foi a informação sobre o valor pago pelas emissoras de TV pela Série A do ano anterior. Para transmitir o Brasileiro de 1994 (o primeiro do Plano Real), as redes Globo e Band, além da Globosat, pagaram a bagatela de…
R$ 4,5 milhões.
Isso mesmo. E essa verba ainda foi rateada por 24 clubes. Na média (a divisão, obviamente, não foi igual), cada participante recebeu R$ 187.500. Menos de 1/3 do que o Sport vem recebendo mensalmente pela Série A deste ano.
Em 2009 – 15 anos depois -, o valor será pelo menos 100 vezes maior. Para ser mais exato:
R$ 466,6 milhões.
E para apenas 20 clubes, é bom lembrar. Na média (que será ainda mais desigual que a do passado), aproximadamente R$ 23,3 milhões para cada um.
Obs. Esse montante das televisões apresentou um crescimento tão exponencial quanto o avanço dos aparelhos celulares das duas épocas. O primeiro modelo é um Motorola MicroTac, o primeiro celular “leve” (290 gramas). Já é o segundo é o iPhone. E basta dizer apenas isso.