90 anos da Patativa = prata ou roxo?

Camisa do Central criada por um torcedor no OrkutO Central completará 90 anos em 15 de junho de 2009. Camisa comemorativa? É claro que sim… Depois do dourado do Sport, do futuro padrão azul do Santa Cruz, agora é a vez da Patativa, que estuda 2 opções para a data.

Uma delas não é novidade no mercado: a camisa roxa, a mesma lançada pelo Corinthians neste ano, homenageando a torcida, “fanática” pelo time. Esse é o modelo (que seria o 3º padrão) preferido do presidente alvinegro, Ronaldo Lima. No entanto, a sugestão não agradou aos torcedores em Caruaru. 😯

Na comunidade do clube no Orkut, o modelo preferido seria a blusa listrada preta e prata (ao invés do branco). Diga-se que a camisa foi criada por um torcedor.

A fornecedora de material esportivo da Patativa (Rota do Mar) deverá apresentar em breve a camisa que marcará os 90 anos do Central, o clube mais tradicional do interior pernambucano. Equipe que segue atrás de um título pernambucano desde 1937, quando participou do Estadual pela primeira vez.

E você, prefere a versão prateada ou roxa? Opine!

Time coral começa a sair do papel

Quadro do Santa Cruz pintado por Bajado, "um artista de Olinda"Considerando a provável hipótese de que o técnico do Santa Cruz, Márcio Bittencourt, irá escalar o time com jogadores do pacotão de 21 reforços (contabilizando Sandro e Parral), como seria o esboço da equipe para 2009?

Ainda não vi nenhum treino do Santa, e nem teria adiantado muito, pois os jogadores vêm fazendo mais trabalhos físicos. Para completar, 9 jogadores foram anunciados somente nesta segunda-feira.

Por isso, vou montar esse time de acordo com a relação “idade (experiência)/último clube (nível técnico)”. Na minha opinião, um time com a formação 4-4-2 (sendo 3 volantes) ficaria assim:

André Zuba; Parral, Sandro, Thiago Matias e Adílson; Bilica, Elder, Hudson e Leandro Gobatto; Roger e Marcelo Ramos

Caso o time jogue com dois meias tradicionais, sai Hudson e entra Juan Felipe.

Voce concorda? Opine!

Goleiros: André Zuba, 22 anos (Mirassol/SP) ; e Adriano, 25 (Santa Cruz/RN)
Zagueiros: Sandro, 35 (Vitória/BA); Thiago Matias, 26 (Santo André); Leandro Camilo, 22 (Diamantino/MT); e Daniel Horst, 27 (Alwak, do Catar)
Laterais-esquerdos: Adílson, 27 (Bahia); e Juca, 22 (Oeste/SP)
Lateral-direito: Parral, 27 (Ituiutaba/MG)
Volantes: Bilica, 29 (Ponte Preta); Hudson, 20 (Santos); Wagner, 32 (Juventus/SP); Elder, 32 (Juventus); e Anderson, 25 (Paulista/SP)
Meias: Juan Felipe, 21 (Mogi Mirim/SP); William, 24 (Gremio Inhumense/GO); e Leandro Gobatto, 26 (Brujas, da Costa Rica)
Atacantes: Roger, 29 (Al Arabi, dos Emirados Árabes); Márcio Barros, 27 (Jiang Su, da China); João Paulo, 20 (Fernandópolis/SP); e Marcelo Ramos, 35 (Bahia)

26,3 anos, a média de idade dos 21 contratados.

Saiba mais sobre o pintor, e tricolor, Bajado clicando AQUI.

Ano zero do futebol pernambucano – 4

A Princesa Isabel foi a primeira ponte de ferro do Recife

Por Carlos Celso Cordeiro*

Com o fracasso da tentativa de criação de uma liga pernambucana e de um estadual, em 1912, os clubes voltaram à disputa dos jogos amistosos. Ainda no ano de 1912 ocorreu um fato muito importante para a história do futebol de Pernambuco.

O “Minas Geraes Foot-ball Club”, do Recife, atravessou as fronteiras do Estado para disputar duas partidas de futebol na capital da Paraíba. Este clube, que estava entre os que disputaram o campeonato inacabado da Liga de 1912, foi o primeiro a disputar uma partida de futebol fora do nosso Estado. O primeiro destes jogos foi disputado no dia 13 de outubro de 1912. O adversário foi o América da Paraíba.

É interessante lembrar que, mesmo sem uma Liga que patrocinasse um campeonato, havia, desde 1909, uma tabela anual de jogos, organizada pelo British Club. Naquela época, a influência, dos ingleses que moravam em Recife, no nosso futebol, era enorme. A começar pela tabela anual de jogos do British Club. Um fato ocorrido em 1910 retrata bem esta influência dos ingleses. A tabela organizada pela direção do British Club marcava para o dia 13 de maio de 1910 um amistoso entre Náutico e Sport.

Ocorre que, no dia 6 daquele mês, morreu o monarca inglês Eduardo VII, filho primogênito da Rainha Vitória. A morte do Rei, em Londres, fez com que fosse adiado um jogo, em Recife. No ano de 1913, a exemplo do já ocorrera em 1912, as atividades futebolísticas do Sport, do Náutico e dos clubes de ingleses foram mínimas. Náutico e Sport realizaram uma única partida no dia 15 de junho. Jogos envolvendo os times de ingleses também foram raros. No “Jornal Pequeno” de 14 de abril de 1913 encontramos um registro que dá uma idéia de como as atividades futebolísticas destes clubes foram, realmente, escassas.

“O director do Sport Club Recife lastima a falta de comparecimento de jogadores no campo do Derby, hontem pela manhã, onde só estiveram a trenar trez jogadores; não é de se esperar que essa mocidade forte, vivaz, queira abandonar de vez o foot-ball, espécie de sport que tanto bem faz ao nosso systema nervoso. A manhã de hontem estava esplendida para jogar, e tanto é assim que os inglezes, esse povo que sabe comprehender melhor que nós o resultado ultra-benefico dos sports, especialmente pela manhã, andavam a passeiar pelos campos a jogar golf”.

* Carlos Celso Cordeiro é escritor e pesquisador do futebol pernambucano

Confira a história completa: parte 1, parte 2, parte 3, parte 5 e parte 6.