A ciranda de Bala

Quase 7 meses depois de marcar um dos gols na decisão da Copa do Brasil contra o Corinthians, Carlinhos Bala deixa o Sport para dar sequência à sua ciranda nos grandes clubes do Recife (6ª participação em 10 temporadas). Após uma negociação que vinha se desenhando há muito tempo, o atacante acertou com o Náutico por R$ 50 mil mensais. Valor que ele havia recusado para renovar no Sport. Porém, o jogador deverá receber R$ 100 mil de luvas do Alvirrubro, que formou um ótimo ataque para 2009 (Bala/Somália).

A negociação, concretizada na noite desta terça-feira, foi muito bem articulada pelo vice de futebol alvirrubro Ricardo Valois (esse sim, um ótimo “reforço” do Timbu). Esta será a 2ª passagem de Bala pelo Timbu. Em 2001, quando ainda era chamado de “Carlinhos Silva“, ele formou a dupla de ataque com o… Menino Kuki! A parceria durante a Série B quase levou o Náutico à elite. Kuki fez 14 gols, enquanto Bala fez 6. O time foi eliminado nas quartas-de-final pelo Figueirense (veja AQUI). Na foto abaixo, Bala (de cabeça raspada… 😯 ) é abraçado por Kuki.

“Estou muito feliz em jogar pelo Náutico. A torcida alvirrubra pode acreditar no meu potencial, irei me esforçar o bastante para conquistar os objetivos, primeiramente o Pernambucano”, disse o jogador em entrevista ao site oficial do Náutico após o acerto.

Ao todo, Bala já disputou 86 jogos pela Série A, marcando 20 gols. Veja mais números do jogador no Blog dos Números.

Calinhos é abraçado pelos companheiros do Náutico em 20011999/2001 – Santa Cruz
2001 – Náutico
2002 – Santa Cruz
2004/2006 – Santa Cruz
2007/2008 – Sport
2009 – Náutico

Obs. Entre 2002 e 2004, Bala esteve no Beira-Mar, de Portugal. E em 2006, o jogador foi negociado com o Cruzeiro.

Abaixo, o vídeo com a polêmica declaração de Carlinhos após a vitória rubro-negra sobre o Alvirrubro, nos Aflitos, no segundo turno do último Estadual.

Estádio ecológico

Eco-EstádioO custo de estádios modernos, com o conceito “arena”, já atingiu um nível estratosférico. A Arena Recife-Olinda (que, apesar de secreta, 😎 segue como o projeto oficial do estado para 2014) tem um orçamento total de cerca de R$ 235 milhões.

Esse valor é 903 vezes maior que o custo do novo estádio do J.Malucelli (PR), que adotou outro conceito para erguer o seu campo. Nada de modernidade extrema nem enorme capacidade de público. O clube inaugurou em 7 de julho de 2007 o Eco-Estádio (“Jota” 1 x 0 Cianorte). Trata-se do primeiro estádio ecológico do Brasil, em Curitiba. São 6 mil cadeiras em uma arquibancada de grama.

"Placar" eletrônico do Eco-EstádioA execução do projeto seguiu à risca a linha do “ecologicamente correto”. A arquibancada foi escavada num barranco no Parque Barigui (local que recebe mais de 40 mil visitas aos domingos).

A madeira veio de uma área de reflorestamento, enquanto o ferro utilizado no Eco-Estádio foi retirado de uma ferrovia desativada. Tudo no estádio é rústico. Desde o banco de reservas até o placar eletrônico (foto).

O próximo jogo oficial no Eco-Estádio será no dia 24 de janeiro, entre J.Malucelli e Paraná Clube, na abertura do Estadual. Leia mais sobre o campo mais ‘Greenpeace’ do Brasil clicando AQUI.

Post com a colaboração de Anna Stubert, torcedora do Paraná Clube

PE 2004 – Massacre com ajuda da bandeira

Com Iranildo em grande fase, o Santa Cruz venceu o primeiro jogo da final do Estadual de 2004 por 1 x 0, contra o Náutico, nos Aflitos. Apenas uma derrota por 2 gols de diferença na partida de volta, em 18 de abril, tiraria a taça do Arruda. Em apenas cinco minutos, o Náutico reverteu a vantagem de maneira incrível. Primeiro, com um gol de cabeça do hoje assistente técnico Batata (zagueiro naquele ano).

Logo depois, uma ajuda incrível da bandeirinha. E não estou falando do assistente, mas sim da bandeirinha de escanteio mesmo… No fim da jogada, Jorge Henrique empurrou para o gol vazio. No começo do segundo tempo, aos 2 minutos, o tiro de misericórdia. Marco Antônio cruzou para Kuki, tão livre quanto Jorge Henrique, completar de cabeça. O categórico 3 x 0 deu o 3° título ao Timbu em 4 anos. Todos eles comemorados no Arruda. Alvirrubro soberano no começo da década.

Leia mais sobre o título de 2004 clicando AQUI.

Investimento pesado

A contratação de Paulo Baier “acordou” a torcida rubro-negra, que vinha reclamando bastante (e com razão) sobre a falta de reforços visando a Taça Libertadores. Os valores oficiais da negociação com o experiente meia de 34 anos, obviamente, não foram divulgados pela direção leonina. No entanto, o Sport travou um batalha com o Goiás pelo atleta, como revelou o empresário dele, Neco Cirne – em entrevista ao repórter Marcel Tito, do Diario. Na Ilha, comenta-se que o Leão tenha oferecido R$ 300 mil de luvas e R$ 90 mil de salário, por um contrato de 2 anos.

Assim, considerando as duas próximas temporadas (e os dois 13º salários) e as luvas, Baier custará ao Rubro-negro a bagatela de:

R$ 2.640.000. 😎

O meia joga muita bola. Tomara que o investimento seja justificado. Vale ressaltar que, para fazer um bom papela na Libertadores, é necessário se esforçar um pouco mais financeiramente mesmo.

Obs. Esse post foi o 500º do blog, no ar desde 3 de agosto de 2008. Obrigado a todos que seguem colaborando!

Cofre aberto na Sulanca

A situação financeira dos clubes do interior pernambucano sempre foi bastante apertada. Com uma fonte de renda muito menor que a receita dos clubes do Recife, o demais participantes do Estadual precisam “se virar nos 30”. Mas até que o Ypiranga abriu o cofre neste início de temporada… 😯

Curiosamente, o dinheiro não foi investido em medalhões, como nos anos anteriores (Júnior Amorim, Lima, Miltinho, Wilson Surubim…), mas sim em estrutura. O time de Santa Cruz do Capibaribe passou 30 dias treinando no estádio municipal Valdomiro Silva, em Brejo da Madre Deus (Agreste), já que o estádio do clube, o Otávio Limeira Alves, estava passando por uma reforma no gramado.

E o custo disso…?

R$ 45 mil, o valor agregado da hospedagem, alimentação, transporte e aluguel do estádio em Brejo da Madre de Deus.

R$ 20 mil, o preço para a troca do campo, que foi nivelado e está bem razoável. Eu vi de perto o gramado nesta segunda, durante a viagem para detalhar no Diario a participação do Ypiranga no Pernambucano. “Está bonzinho até demais para o meu gosto”, disse o técnico Pedro Manta, “quase” achando ruim. 😎

O dinheiro até apareceu entre novembro (início da pré-temporada) e dezembro. Mas a folha do time, porém, será de R$ 40 mil, uma das mais baixas do interior. A base do grupo é formada pelos atletas que foram vice-campeões estaduais de juniores com o Ypiranga em 2008. Além disso, a Máquina de Costura vem respaldada pela garantia de 3 patrocinadores fixos (Rota do Mar, Pontes Têxtil e Qumilson). Boa sorte ao Ypiranga!