Desaprendeu a pontuar

Série A-2009: Náutico 0 x 2 Internacional

Já que o termo da moda é “colegiado”, então fica a sugestão abaixo…

Está na hora de aprender a pontuar.

Mais uma derrota na conta do Náutico. Desta vez para o Internacional. Mesmo combalido, após a perda do título da Copa do Brasil, o Colorado veio ao Recife neste domingo e levou 3 pontos para Porto Alegre.

Náutico 0 x 2 Inter, nos Aflitos, diante de quase 13 mil pessoas. Incrédulas.

O empate até parecia ser algo produtivo, principalmente diante de um dos favoritos ao título da Série A e após ter defendido um pênalti.

Mas Nilmar, que não produziu nada na final da Copa diante do Corinthians, marcou 2 vezes no segundo tempo. E piorou as estatísticas do Alvirrubro pernambucano. 😯

5 derrotas seguidas

5 jogos sem marcar gol (450 minutos! 450 minutos!)

O aproveitamento, que era de 66,66%, caiu para 29,62%, após essa sequência bizarra de resultados.

O Náutico chegou à 2ª rodada seguida na zona de rebaixamento. Em 2007, passou 20 e conseguiu escapar. Mas aquilo não acontecerá sempre com clube algum. Portanto, reação e organização! Ainda dá tempo.

Leia mais sobre a derrota timbu no Brasileirão clicando AQUI.

Foto: site oficial do Inter

Interior desarticula Sergipe

Bandeira de SergipeTambém foi a estreia do Central na Série D.

Um time que teve apenas 2 semanas de preparação, com o técnico Adelmo Soares dizendo que bons resultados seriam um milagre.

Com a chuva adiando os poucos coletivos da equipe. Mas o time jogaria no Lacerdão, diante de sua mais do que fiel torcida. Foram quase 9 mil torcedores! Parou Caruaru.

A Patativa recebeu o Sergipe, vice-campeão estadual e que vinha atuando em outra competição no estado, e estreou muito bem.

De maneira surpreendente. Mesmo em casa. 😈

Vitória por 1 x 0, gol de Vágner Rosa, um dos inúmeros atletas cedidos pelo rival Porto (que cedeu até a vaga, inclusive).

Outro time do interior pernambucano enfrentou um time sergipano neste domingo. Um adversário mais qualificado. Afinal, o Confiança era o atual campeão estadual. Mas a divisão também era superior, a C.

E o Salgueiro precisava da vitória, em Aracaju, para seguir sonhando com a classificação à segunda fase da Terceirona.

Vitória por 2 x 1, de virada. E aos 40 minutos do 2º tempo! Gols de Eridon e do atacante Paulo Rangel, que deixou o Sertão tão feliz quanto o Agreste. 😀

A alegria da capital

Série D-2009: CSA 0 x 3 Santa Cruz

Parece, mas não é. A imagem acima não foi registrada no Arruda. A foto foi tirada em Maceió, a 265 quilômetros do Recife. Distância que parece não existir para a paixão coral, ano após ano.

No sábado, encontrei alguns amigos tricolores (dois deles colaboram aqui no blog: Elton Ponce e Rui Monteiro), e ouvi o mesmo recado:

“Amanhã (domingo) cedinho a caravana sai pra Maceió. To lá. Tu vai ver o que é torcida, rapá!” 😀

E foram mesmo. Ao todo, 4.200 tricolores invadiram a capital das Alagoas, para assistir a estreia do Tricolor no estádio Rei Pelé. Foram 96 ônibus saindo do Recife!

E neste domingo, aquela torcida que tanto sofre desde 2006 termina o dia como a única feliz no Recife.

Apoiado pelo povão, o Santa Cruz atropelou o CSA.

Os gols da vitória por 3 x 0 foram de Juninho, Reinaldo e Neto Maranhão.

Os 3 jogadores são reforços que chegaram para a disputa da Série D. Três tiros certos? Tomara. Uma largada assim é realmente empolgante.

Não importa se o tradicional adversário foi rebaixado no Estadual. Não mesmo. A missão do Santa nesta estreia na 4ª divisão foi cumprida.

Em 9 jogos, Sport  perdeu 5 vezes.

Em 9 jogos, o Náutico perdeu 5 vezes.

Nesta segunda-feira, o único sorriso na capital será tricolor. Mesmo na Série D. 😎

Leia mais sobre a goleada tricolor na estreia da Série D clicando AQUI.

Foto: site oficial do Santa Cruz

Maria Esther Bueno, nossa rainha das quadras

Por Tatiana Nascimento*

Federer é o maior de todos os tempos no tênis. Mas nós não podemos nos esquecer daquela que foi a nossa maior tenista. E que até hoje é reverenciada em Wimbledon (e não só lá). Há 50 anos, num 4 de julho, Maria Esther Bueno ganhava seu primeiro título de simples na grama sagrada do All England Club.

Pela primeira vez, uma tenista que não era européia ou norte-americana erguia a taça de campeã de simples de Wimbledon. O título de 1959 foi a primeira de uma série de conquistas da única brasileira a ter o nome no Internacional Tennis Hall of Fame.  Estherzinha ganhou outras duas competições de simples em Wimbledon (60 e 64) e quatro no Aberto dos Estados Unidos (59, 63, 64, 66).

Maria Ester BuenoContabilizando os títulos nas disputas de duplas e duplas mistas, Maria Esther Bueno somou 20 títulos de Grand Slam ao longo da carreira, encerrada em 1977.

Na campanha vitoriosa de 50 anos atrás, Maria Esther cedeu apenas dois sets nos sete jogos disputados. Ao vencer a norte-americana Darlene Hard na final por 6/3 e 6/4, a brasileira acabou com um domínio de 21 anos de tenistas dos EUA. De volta ao Brasil, ela foi recebida pelo presidente Juscelino Kubstichek no Rio e desfilou em carro aberto em São Paulo.

Estherzinha ganhou o primeiro título em Wimbledon (nas duplas) um ano antes, em 1958. Até chegar a Londres, nunca tinha pisado em uma quadra de grama. Em 1960, Maria Esther foi a primeira mulher a vencer o torneio de duplas nos quatro torneios do Grand Slam (Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Estados Unidos) num mesmo ano.

A admiração por Maria Esther é tamanha lá fora, que a tcheca naturalizada norte-americana Martina Navratilova ­– considerada por muitos a melhor tenista de todos os tempos – disse o seguinte quando ganhou seu nono título em Wimbledon:  “Ainda preciso fazer muito para me igualar a Billie-Jean King ou Maria Bueno”. Se Navratilova falou isso, quem somos nós para discordar, não é?

Salve Maria Esther Bueno, a nossa rainha do tênis.

*Tatiana Nascimento é blogueira, repórter do Diario e colaboradora do blog