Tropeçando no próprio discurso

Adesivo da oposição ao governo sobre a Cidade da Copa

Faltando apenas 4 dias para a licitação da arena pernambucana para a Copa do Mundo de 2014, eis que a bancada de oposição no estado aparece com uma última cartada contra o projeto de São Lourenço da Mata. Lançaram até adesivo (acima). Política, política, política… E pouco conteúdo. Analisando o discurso do deputado Augusto Coutinho (DEM), fica nítida a falta de informação para o Plano B.

Não vou utilizar o post para dizer se sou a favor ou contra o projeto (pra lá de caro mesmo), mas ao criticar abertamente a Cidade da Copa, a oposição na Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco) acaba tropeçando em alguns pontos sobre o Mundial de 2014. E, consequentemente, o discurso perde a sua força.

Um dos pontos está relacionado à capacidade de público. A Arena Coral (chamada de Arena Pernambuco pelo parlamentar) teria capacidade para 68.500 pessoas, num projeto orçado em R$ 195 milhões. Coutinho alega que assim Pernambuco poderia pleitear um jogo da semifinal da Copa do Mundo. Antes da análise, o texto de Coutinho:

“Além de tudo, a Arena Pernambuco (nossa proposta) teria capacidade de 68 mil pessoas. O elefante branco apenas, 45 mil. Com a Arena Pernambuco, poderíamos sediar jogos das semifinais (a FIFA exige, para esta fase, estádio com capacidade superior a 60 mil). Isso dobraria o número de jogos realizados no estado, de 4 para 8, já que o elefante branco não pode receber jogos desta fase.”

Francamente… Essa hipótese está descartada. Mesmo que o estádio tivesse 100 mil lugares, diga-se. Na composição dos jogos, o que vale é outra política, bem além da capacidade, e neste tema a arena pernambucana (seja ela qual for) não chegará até a penúltima fase. Na semi, uma briga restrita a São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

A luta de Pernambuco é para chegar até as quartas de final. Assim, o estado teria um jogo a mais, uma vez que três partidas da primeira fase e uma das oitavas de final já estão garantidas.

Curiosidade: o estádio Olímpico de Berlim, palco da final da Copa do Mundo de 2006, recebeu apenas 6 jogos. Sem mais. 😯

Leia o texto completo sobre o pronunciamento do deputado Augusto Coutinhoa em sua página oficial no Twitter AQUI.

Vitória do antijogo

Wellington Silva, do Paraná Clube

37 minutos do segundo tempo.

Numa jogada muito rápida, Ciro entrou na área do Paraná C;ube pelo lado esquerdo, driblando todo mundo. Diante da TV, a torcida se levantou.

Com um a menos, o Leão tomava um sufoco, segurando o empate, e aquela era a grande chance de construir um grande resultado na noite desta quarta.

O atacante passou pelo zagueiro, pelo goleiro e chutou…

Seria o segundo gol do Sport!

Nada disso. Foi uma defesaça de Irineu.

Ué… Não havia passado pelo goleiro?

Pois é. Irineu é zagueiro.

O defensor foi expulso e o árbitro assinalou pênalti.

Um antijogo permitido pela regra, diga-se.

Mesmo assim, a chance ainda era enorme. Chutando mais a cal que a bola, Eduardo Ramos bateu mal a penalidade e o goleiro defendeu.

Com 17 graus no termômetro de Curitiba, Paraná 1 x 1 Sport.

Agora, mais duas semanas e finalmente o campeão da Copa do Brasil de 2008 voltará a jogar na Ilha do Retiro, após aquele tal 11 de junho de dois anos atrás.

Sem espaço para um novo vacilo.

Ps. A foto deste post não é de Irineu, mas sim do atacante Wellington Silva, que marcou um gol de mão na vitória do Paraná por 1 x 0 sobre o Ceará, na Série B do ano passado (veja AQUI). Por lá deve haver treinamento…

Isso não é Copa do Brasil

Copa do Brasil-2010: Náutico 0 x 1 Vitória

Contra o Ivinhema a reclamação foi a mesma.

Aflitos às moscas.

Nesta quarta, contra um adversário bem mais atrativo e técnico, um público de apenas 3.854 pessoas para assistir ao Náutico.

Isso é Copa do Brasil? De jeito nenhum.

Copa do Brasil é pressão, é o fator mando de campo sendo primordial, é a empolgação de confrontos de 180 minutos.

Não a frieza vista nesta noite em Rosa e Silva.

A indeferença do seu próprio torcedor.

Em campo, o Alvirrubou cansou de perder gols, durante toda a partida.

Isso também não é Copa do Brasil. O tempo de recuperação é curtíssimo. Um golzinho perdido significa uma classificação jogada fora.

O Vitória, que há anos trata a Copa do Brasil como prioridade (para tentar ganhar um título nacional), soube aproveitar o detalhe.

Uma finalização de Bida aos 38 minutos do 2º tempo. O suficiente para cravar no placar eletrônico: Náutico 0 x 1 Vitória, e uma vantagem daquelas para o Barradão.

Será que o público em Salvador vai ser tão pífio assim?

Se for, que o Náutico também aproveite. Fica a lição.

Foto: Edvaldo Rodrigues/DP