Sonífero

Pernambucano-2010: Sport 2 x 1 Salgueiro

Cheguei a uma conclusão.

Sábado não é dia de futebol. O clima sempre é diferente… As pessoas já chegam no estádio com hora marcada para sair, pois à noite têm algo mais pra fazer.

Os públicos também costumam ser menores. Na Ilha do Retiro, 13 mil pessoas.

Chegando lá, em cima da hora, encontrei um casal de amigos, Lauro Mafra e Raquel Nunes. Ele disse logo que era a 1ª vez que Raquel iria assistir a um jogo no estádio.

A chance de conhecer de perto o Sport. A mística da Ilha, o calor da torcida etc.

A primeira impressão é a que fica? Tomara que não.

Contrao Salgueiro, vitória leonina por 2 x 1, mas a emoção passou longe.

Pode-se dizer que a partida foi um dos soníferos mais potentes dos últimos tempos. Reservas sendo testados, titulares se poupando, preciosismo nos passes e conclusões.

ZZZZZZzzzzzzz…

O resultado serviu “apenas” para atualizar os números do Rubro-negro.

O time chegou a 43 jogos sem perder no Estadual (desde março de 2008). Já são 18 partidas invicto na atual temporada. E agora a equipe somou a sua 11ª vitória no Pernambucano, aumentando a vantagem na mais do que consolidada liderança.

Torcida satisfeita? Sem chance. 😯

No fim, um misto de vaias e aplausos.

A explicação me parece simples… Sair de casa num sábado para ver um jogo tão sonolento, só vaiando mesmo, para ver se o time acorda.

Não encontrei mais o casal. Talvez, eles tenham deixado o estádio nos minutos finais para fugir do trânsito. Ou, quem sabe, Lauro soubesse das vaias que estavam para acontecer e quis amenizar o impacto de um jogo tão chato.

Foto: Heitor Cunha/DP

Domingo deles

Pernambucano-2010: Náutico 2 x 1 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP

O domingo pertence a tricolores e alvirrubros.

A FPF mudou a tabela da 16ª rodada do Pernambucano.

São 5 jogos no sábado.

O complemento será no Arruda, com o Clássico das Emoções.

Ambos vêm de resultados ruins na Copa do Brasil. Perderam em casa por 1 x 0 no jogo de ida, deixando a classificação às oitavas de final bem distante.

Mas, na visão das torcidas, foram boas atuações.

Principalmente no caso do Santa Cruz, que encarou um duelo Série D x Série A.

O Tricolor não ganha um clássico desde 2007, quando acabou com a invencibilidade rubro-negra na última rodada. A hora parece estar chegando. Mais! Uma vitória diante de sua torcida também vai significar passar por cima dos alvirrubros na classificação.

Além disso, será o primeiro clássico de El Loco Brazón. 😈

No Náutico, a estreia de Gustavo. Bom goleiro. Mas logo num clássico…? Paciência.

O Timbu precisa fazer logos as pazes com a sua torcida, que sumiu na Copa do Brasil. E se tem um estádio onde o clube tem boas recordações, esse é o Arruda. Lá, o Náutico foi campeão 3 vezes nesta década.

Lá, o Timbu ganhou por 3 x 1 em 2009.

Lá, o Alvirrubro busca a sua redenção.

Lá, Carlinhos Bala vai tentar voltar a marcar diante do clube que o revelou. Contra o seu clube do coração, por mais que não exista isso no futebol profissional. E Bala é profissional. Do jeito dele.

Às 17h, nenhum outro jogo no estado. Todos os olhos no Arruda. Na foto de Helder Tavares/DP, um registro do emocionante clássico no primeiro turno. Timbu 2 x 1.

Imperdível.

Construindo o futuro

A sorte da Cidade da Copa será lançada na próxima segunda-feira.

24 consórcios compraram o edital, que custou R$ 100.

19 grupos chegaram a visitar o terreno de 270 hectares em São Lourenço da Mata.

Mas apenas 2 consórcios depositaram a caução de R$ 4,9 milhões para poder participar da licitação. Dois concorrentes ao megaprojeto orçado em R$ 1,59 bilhão.

São 3 construtoras brasileiras divididas em 2 consórcios.

OdebrechtDe um lado, a Odebrecht.

Fundada por Norberto Odebrecht em 1944, em Salvador, o conglomerado conta hoje com 129.226 empregados (diretos e indiretos) espalhados em 24 países.

Entre os vários segmentos, destaque para a maior construtora do país e a maior petroquímica da América Latina. O seu faturamento em 2009 foi de US$ 19 bilhões.

Site oficial: http://www.odebrecht.com.br

A concorrência será através da parceria entre a OAS e a Andrade Gutierrez.

Consórcio OAS/AGOu, simplesmente, consórcio OAS/AG.

O Grupo OAS foi criado em 1976, também a Bahia, e faz parte do clã ACM, ligado à política baiana. Até hoje, já levantou mais de 41 mil unidades residenciais e 3.500 quilômetros de rodovias.

A empresa começou na construção civil e evoluiu para o ramo do petróleo. A empreiteira já vem construindo um estádio, a Arena Barueri, em São Paulo. Em 2008, o faturamento foi de US$ 1 bilhão.

Site oficial: http://www.oas.com.br

Apesar da sede em São Paulo, o Grupo Andrade Gutierrez foi criado em Minas Gerais, em 1948. Entre as suas principais obras estão a Hidrelétrica de Itaipu e boa parte do metrô de São Paulo. Atualmente é dividida em 3 subsidiárias, sendo uma delas de telecomunicações. No ano passado, o faturamento da empresa foi de US$ 9,5 bilhões.

Site oficial: http://www.andradegutierrez.com.br

Curiosidade: o consórcio que venceu a licitação para reconstruir a Fonte Nova (também visando o Mundial de 2014) é formado pela Odebrecht e OAS. A dupla também construiu o estádio Engenhão, no Rio de Janeiro. Rivais, mas nem tanto… 😯

Abaixo, um vídeo do programa Megaconstruções, do Discovery Channel, sobre a construção do estádio olímpico Engenhão.